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O fim das metanarrativas: o pós-modernismo

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Apresentação em tema: "O fim das metanarrativas: o pós-modernismo"— Transcrição da apresentação:

1 O fim das metanarrativas: o pós-modernismo
Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando , por convenção, se encerra o modernismo ( ). Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50. Toma corpo com a arte Pop nos anos 60. Cresce ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até microcomputadores), sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural. (Jair Ferreira dos Santos – O que é pós-moderno)

2 O fim das metanarrativas: o pós-modernismo
Noções de educação, pedagogia e currículo – centradas na Modernidade e nas ideias modernas. Educação – instituição moderna por excelência Pós-modernismo questiona as noções modernas: - as “grandes narrativas” – teorias e explicações abrangentes; - as noções de razão e de racionalidade – que levaram ao pesadelo de uma sociedade totalitária; - a noção de progresso – que nem sempre é algo necessariamente desejável e “bom” - o sujeito racional , livre e autônomo – considerando o sujeito fundamentalmente fragmentado e dividido; O sujeito não é o centro da ação social. Ele não pensa, fala e produz: ele é pensado, falado e produzido. [...] para o pós-modernismo, o sujeito moderno é uma ficção) (SILVA, 2003, p. 113, 114)

3 O fim das metanarrativas: o pós-modernismo
- privilegia o pastiche, a colagem, a paródia e a ironia; - prefere o local ao universal ; - inclina-se para a incerteza e a dúvida; - prefere o “subjetivismo” das interpretações parciais e localizadas; - rejeita distinções categóricas (entre “alta” e “baixa” cultura, p.ex. “Mesmo que não se aceitem certos elementos da perspectiva pós-moderna, não é difícil verificar que a cena social e cultural contemporânea apresenta muitas das características que são descritas na literatura pós moderna” (p. 114). “A cena contemporânea é – em termos políticos, sociais, culturais, epistemológicos – nitidamente descentrada, ou seja, pós-moderna” (p. 115)

4 O fim das metanarrativas: o pós-modernismo
Currículo existente – encarna as características modernas (separa por exemplo, conhecimento científico e conhecimento cotidiano, “alta” e “baixa” cultura. Da perspectiva pós-moderna o problema não é apenas o currículo existente, é a teoria crítica do currículo que é colocada em questionamento. Teorização crítica do currículo – pressupõe a existência de um sujeito crítico que através de um currículo crítico se tornaria emancipado e libertado. O pós-modernismo desconfia dos impulsos libertadores da pedagogia crítica, acaba com qualquer vanguardismo, qualquer certeza e qualquer pretensão de emancipação. “O pós-modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-crítica” (p. 116).

5 A crítica pós-estruturalista do currículo
Pós-estruturalismo - em geral tem como referência autores franceses (Foucault e Derrida) - Como categoria descritiva, foi “inventado” provavelmente na universidade americana; - abrange um número variável de autores e perspectivas; - é frequentemente confundido com o pós-modernismo, mas pertencem a campos epistemológicos diferentes; - limita-se a teorizar sobre a linguagem e o processo de significação; - define-se como uma continuidade e uma transformação em relação ao estruturalismo. Estruturalismo – movimento teórico baseado no estruturalismo linguistico de Saussure, que dominou a cena intelectual nos anos 50 e 60 (p. 118)

6 A crítica pós-estruturalista do currículo
O almoço estruturalista: Michel Foucault, Jacques Lacan, Claude Lévi-Strauss e Roland Barthes em desenho de Maurice Henry publicado na revista La Quinzaine Littéraire de 1º de julho de 1967

7 A crítica pós-estruturalista do currículo
Estruturalismo – privilegia a noção de estrutura, característica das relações entre os elementos de um fenômeno ou “objeto”. “A estrutura, tal como na arte da construção, é precisamente aquilo que mantém de forma subjacente, os elementos individuais no lugar, é aquilo que faz com que o conjunto se sustente” (p. 118). O pós-estruturalismo é uma continuidade e ao mesmo tempo, vai além do estruturalismo. Aquilo que se entende hoje por “pós-estruturalismo” deve sua definição principalmente aos trabalhos de Foucault e Derrida. Contribuição de Foucault – transformação na noção de poder Para Foucault saber e poder são mutuamente dependentes. “O sujeito é resultado dos dispositivos que o constroem como tal.

8 A crítica pós-estruturalista do currículo
Contribuição de Derrida – sintetizada através do conceito de différance Différrance – termo cunhado por Derrida para estender e radicalizar o alcance do conceito de diferença – “adiamento”. Muitos autores contemporâneos da área do currículo passaram a adotar livremente alguns dos elementos da análise pós-estruturalista. Uma perspectiva pós-estruturalista sobre currículo questionaria: - onde, quando, por quem os “significados transcendentais” ligados à religião, à pátria, à política, à ciência, que povoam o currículo, foram inventados? - a concepção de sujeito autônomo, racional, centrado e unitário na qual se baseia todo o empreendimento pedagógico e curricular

9 Uma teoria pós-colonialista do currículo
Teoria pós-colonialista – tem como objetivo analisar o complexo das relações de poder entre as diferentes nações que compõem a herança econômica, política e cultural da conquista colonial européia tal como se configura no momento. Considera toda a história da expansão imperial européia desde o século XV. Relações coloniais de poder: - ocupação e dominação direta (Índia, países da África e da Ásia; - projetos de “colonização” realizados por grupos de “colonos” (Austrália) - relações atuais de dominação entre nações (exploração econômica e imperialismo cultural.

10 Uma teoria pós-colonialista do currículo
Numa concepção mais restrita, a teoria pós-colonial deveria estar focalizada nas manifestações literárias e artísticas dos povos subjugados. Reivindicam a inclusão das formas culturais que refletem a experiência de grupos cujas identidades culturais e sociais são marginalizadas pela identidade européia dominante. Há versões contraditórias sobre as origens da teoria pós-colonial: Frantz Fanon – nascido na colônia francesa de Martinica ( ) Livros “Pele negra, máscaras brancas” “ Os condenados da terra” Psiquiatra, dirigiu o Dep. de Psiquiatria do Hospital Blida-Joinville, na Argélia, onde também se engajou na luta pela independência daquele país. Soldado durante a II Guerra, foi condecorado duas vezes por bravura. Os amigos mais próximas diziam que era um revolucionário e um homem de temperamento forte. Seu pensamento filosófico, de origem basicamente humanista, inspirou outros estudiosos e pensadores da diáspora africana, teoria política e social, teoria da literatura, estudos culturais e, principalmente, estudos sobre o colonialismo e o pós-colonialismo. Ao todo, escreveu quatro livros.

11 Uma teoria pós-colonialista do currículo
Autores pós-coloniais contemporâneos como Homi-Bhabha recorrem às análises da situação dos anos 50 e 60 feita por Fanon No Brasil a obra inicial de Paulo Freire pode ser considerada como uma espécie de teorização pós-colonial no campo educacional. Está fundamentada, em parte, nos livros de Fanon e de Albert Memmi. Homi-Bhabha - Nasceu na Índia em 1949, leciona nos Estados Unidos e na Inglaterra

12 Uma teoria pós-colonialista do currículo
O livro Orientalismo de Edward Said é, em geral, considerado como o marco dos estudos pós-coloniais contemporâneos. Nasceu em Jerusalém em 1935 (palestino) e morreu em 2003 Oriente como uma invenção do Ocidente

13 Uma teoria pós-colonialista do currículo
A ênfase da teorização pós-colonial está nas relações de poder entre as nações. A teoria pós-colonial focaliza as complexas relações entre a exploração econômica e a ocupação militar e a dominação cultural. O conceito de representação ocupa lugar central na teorização pós-colonial . “Foi através da representação que o Ocidente, ao longo de sua expansão colonial, construiu um “outro” como supostamente irracional, inferior e como possuído por uma sexualidade selvagem e irrefreada. Vista como uma forma de conhecimento do Outro, a representação está no centro da conexão saber-poder” (p. 128). O projeto colonial teve, desde o início, uma importante dimensão educacional e pedagógica, pois era preciso “ensinar” a visão européia e civilizada de mundo aos nativos.

14 Uma teoria pós-colonialista do currículo
A teoria pós-colonial percebe o processo de dominação cultural como uma via de mão dupla, enfatizando os conceitos de hibridismo, tradução, mestiçagem como resultado de uma relação complexa em que tanto a cultura dominante como a cultura dominada são modificadas. Existem processos de dominação e processos de resistência. Em que medida o currículo contemporâneo, apesar de toas as suas transformações e metamorfoses, é ainda moldado pela herança epistemológica colonial? Como as formas culturais que estão no centro da sociedade de consumo contemporânea expressam novas formas de imperialismo cultural? “Uma perspectiva pós-colonial exige um currículo multicultural que não separe questões de conhecimento, cultura e estética de questões de poder, política e interpretação. Ela reivindica, fundamentalmente, um currículo descolonizado” (p. 130).


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