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Controle de Plantas Daninhas

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Apresentação em tema: "Controle de Plantas Daninhas"— Transcrição da apresentação:

1 Controle de Plantas Daninhas
Manejo das Plantas Daninhas Aula 7 e 8: 05 e 11/03/2014

2 5.2.5 Influência das condições de solo e clima
5.1 Interferência 5.1.1 Interferência Direta Competição Alelopatia Parasitismo Depreciação do produto Intoxicação por plantas Entupimento de comportas, pontes e bueiros Redução de vida útil de corpos d’água 5.1.2 Interferência Indireta Inicialismo Hospedagem de pragas e doenças Prejuízos a atividade de manejo

3 5.2.5 Influência das condições de solo e clima
5.2 Grau de Interferência 5.2.1 Comunidade infestante 5.2.2 Cultura agrícola 5.2.3 Manejo da área de produção 5.2.4 Período de convivência entre daninhas e cultivadas Período anterior a interferência Período total de prevenção a interferência Período crítico de prevenção a interferência

4 Período de convivência e de controle de plantas daninhas em diversas culturas anuais e bianuais
Dias após a semeadura ou Plantio (d) Fonte PTPI PAI PCPI GIRASSOL 30 21 21-30 Mascarenhas et al. (1980) ARROZ SEQ. 40 30-40 Alcântara et a.. (1982) 60 45 45-60 Oliveira e Almeida (1982) FEIJÃO 20 20-30 Victoria Filho (1994) MILHO 42 14 14-42 Ramos e Pitelli (1994) SOJA Spadotto et al. (1994) Martins (1994) Fonte: Adaptado de SILVA e SILVA, Tópicos em manejo de plantas daninhas, 2007.

5 Fonte: Adaptado de MARTINS (1994).
Período de convivência e de controle de plantas daninhas em Soja (Glycine max) PAI PCPI Plantio Dias 20 30 PTPI Fonte: Adaptado de MARTINS (1994).

6 5.2.5 Influência das condições de solo e clima
Todos os fatores descritos acima são, de maneira direta ou indireta, influenciados por condições de solo e clima. Locais com condições de solo e clima diferentes tendem a apresentar comunidades de plantas daninhas de composição distinta devido à adaptação das espécies. Além disso, a composição pode até ser a mesma, mas a importância relativa das espécies pode ser diferente, também devido à adaptação das espécies. Portanto, mesmo que comunidades infestantes semelhantes se estabeleçam em dois locais de condições distintas de solo e clima, o grau de interferência exercido por elas em uma mesma cultura pode ser diferente. O comportamento dos herbicidas no ambiente é diferente quando se compara solos de texturas diferentes e mesmo condições de clima diferenciadas. Clima mais ameno tende a ter menos perdas por volatilização. Solo mais argiloso tende a reter mais herbicida, enquanto solo mais arenoso tende a lixiviar mais herbicida (logicamente depende de propriedades dos herbicidas).

7 5.2.5 Influência das condições de solo e clima
O comportamento das culturas também é influenciado de modo que culturas mais adaptadas a determinada região se desenvolvem melhor nessa região ou em regiões com condições edafo-climáticas semelhantes. Principalmente se a cultura em questão responde ao fotoperíodo, como é o caso da soja. Dessa maneira, diz-se que condições edafo-climáticas condicionam os demais fatores que compõem o grau de interferência (plantas daninhas, planta cultivada, período de convivência e manejo), sendo, também, um fator que influencia o grau de interferência.

8 6. Manejo Para se manejar plantas daninhas e evitar, assim, sua interferência em atividades do ser humano, deve-se lançar mão de métodos diretos de controle (que matam ou impedem a germinação ou o desenvolvimento das plantas daninhas), como os métodos de controle cultural, mecânico, físico, biológico e químico). Deve-se também pensar em métodos que impeçam a proliferação das espécies presentes na área ou mesmo a entrada de novas espécies, através do manejo preventivo (prevenção), que, na verdade, não é essencialmente um método de controle, devendo, em geral, utilizar-se de métodos diretos de controle para fazer a prevenção. Além disso, pode-se pensar em exterminar as plantas daninhas, denominado de erradicação, o que é muito difícil, principalmente em áreas de produção agrícola.

9 6. Manejo Entende-se por controle a intervenção pontual não-estratégica sobre a comunidade infestante a fim de, rapidamente, eliminá-la ou impedir seu desenvolvimento. Por manejo entende-se a intervenção não-pontual estratégica, que pode envolver o uso de um só ou mesmo mais de um método de controle (manejo integrado), a fim de reduzir o potencial de interferência da comunidade infestante em curto, médio ou longo prazo. Portanto, controle dá ideia do uso de uma prática de controle (seja qual for) em um momento específico, enquanto manejo dá ideia de controle ao longo do tempo.

10 6.0 Controle Preventivo O método de controle preventivo consiste no uso de práticas que visam prevenir a introdução, o estabelecimento e a disseminação de determinadas espécies-problema em áreas ainda por ela não infestadas. Há legislações federal e estadual que regulamentam a entrada de sementes no país ou estado e sua comercialização interna, determinando os limites toleráveis de semente de cada espécie de planta daninha e também a lista de sementes proibidas por cultura ou grupo de culturas. É de responsabilidade de cada agricultor ou de suas cooperativas de produção prevenir esse que pode se tornar um sério problema em sua região. Em síntese, o elemento humano é a chave do controle preventivo.

11 6.0 Controle Preventivo Algumas medidas podem evitar a introdução da espécie daninha na região, como: a) Utilizar sementes de elevada pureza b) Limpar cuidadosamente máquinas, grades e colheitadeiras. c) Inspecionar cuidadosamente mudas adquiridas com torrão e também matéria orgânica (esterco e composto) proveniente de outras áreas d) Limpar canais de irrigação e) Colocar animais comprados em quarentena A falta desses cuidados tem causado ampla disseminação das mais diversas espécies, como a tiririca (Cyperus rotundus), que possui sementes muito pequenas e tubérculos que infestam novas áreas com grande facilidade, por meio de estercos, mudas com torrão, etc. O picão (Bidens pilosa) e o capim-carrapicho (Cenchrus echinatus), além de outras espécies, que se espalham por novas áreas por meio de roupas e sapatos de operadores, pêlos de animais, etc. Já o capim arroz (Echinochloa sp.) e o arroz vermelho (Oryza sativa) são distribuídos com as sementes do arroz.

12 Nota: Sufixos - Colheitadeira
Máquina de lavar roupas Máquina de secar roupas Máquina de colher Pessoa que lavar roupas Pessoa que passa roupas LavadORA roupas SecadORA roupas ColhedORA LavadEIRA de roupas PassadEIRA de roupas Colheita = Total da Produção Máquina ColhedORA colhe a colheita toda. ColheitadEIRA = Máquina, com sufixo de profissão, e não a pessoa que faz a colheita.

13 6.1 Controle Cultural O método de controle cultural baseia-se no uso do manejo da própria cultura para controlar as plantas daninhas. Dentro do método de controle cultural existem diversas práticas de controle cultural, destacando-se: a) Uso de cultivares mais competitivas – como já foi discutido, assim como há espécies mais competitivas, há cultivares dentro da mesma espécie que são mais competitivas, ou porque crescem inicialmente mais rápido ou porque têm maior enfolhamento. Normalmente, cultivares com ciclo menor crescem mais rápido e fecham (sombreiam) as entrelinhas mais cedo, impedindo o desenvolvimento das plantas daninhas (principalmente de ciclo longo ou que germinam algum tempo após o plantio);

14 6.1 Controle Cultural b) Uso de espaçamento mais estreito – quando se faz o plantio da cultura em espaçamento mais estreito, a tendência é que a cultura feche (sombreie) a entrelinha mais cedo, aumentando sua capacidade competitiva frente às plantas daninhas. Porém, deve-se estar atento à interferência intraespecífica dentro da cultura, sendo que espaçamentos muito estreitos podem prejudicar o desenvolvimento das plantas da própria cultura e causar reduções de produtividade; c) Uso de densidade de plantio mais alta – a ideia é semelhante ao item anterior, pois a densidade mais alta de plantio pode proporcionar maior habilidade competitiva à cultura;

15 6.1 Controle Cultural d) Uso de sistemas de cultivo distintos – comparando-se plantio direto com plantio convencional sabe-se que há diferenças de manejo que influenciam o desenvolvimento das plantas daninhas; muitas plantas importantes no plantio convencional deixaram de ser no plantio direto. Sistema de cultivo consorciado tende a dar maior habilidade competitiva para as culturas, pois elas exploram mais e melhor o solo, sombreiam mais rápido e por mais tempo as entrelinhas etc; e) Uso de cobertura verde (culturas de cobertura) – manter o solo coberto na entressafra é essencial para impedir o aumento do banco de dissemínulos do solo; assim, o cultivo de cobertura verde, adubo verde, pastagem de inverno ou qualquer outra cobertura vegetal que impeça o desenvolvimento de plantas daninhas durante a entressafra é prática muito importante no manejo cultural de plantas daninhas;

16 6.1 Controle Cultural f) Uso de rotação de culturas – com a rotação de culturas há o cultivo de espécies distintas em uma mesma área de um ciclo para o outro; com isso, o desenvolvimento das plantas daninhas é dificultado, pois há culturas mais competitivas, há culturas potencialmente alelopáticas, há o uso diferenciado de herbicidas e outros métodos de controle etc., que impedem o desenvolvimento das plantas daninhas. Assim, o ciclo de desenvolvimento de uma espécie ou um grupo de espécies de plantas daninhas (que possam estar se adaptando ao manejo) é “quebrado”, reduzindo o potencial de interferência da comunidade infestante nas culturas agrícolas em rotação.

17 6.2 Controle Mecânico O método de controle mecânico baseia-se no uso de algum instrumento que arranque ou corte as plantas daninhas. Dentro do método de controle mecânico existem diversas práticas de controle mecânico, destacando-se: a) Monda – nada mais é que o arranquio ou corte das plantas daninhas utilizando as mãos como instrumento de controle. A monda é uma prática de controle de rendimento muito baixo, viável apenas para áreas muito pequenas e restritas, cuja mão de obra é demasiadamente onerosa. Costuma ser aplicado apenas em áreas de agricultura familiar de subsistência;

18 6.2 Controle Mecânico b) Capina – é o arranquio ou corte manual das plantas daninhas utilizando instrumentos de controle como enxada, enxadão, picão, enxada-rotativa, rolo-faca etc.). A capina pode ser dividida em: capina manual (quando o instrumento de controle – enxada, enxadão etc. – é operado com as mãos) ou capina mecânica. A capina mecânica pode ser de tração animal (quando o instrumento – enxada, picão etc. – é tracionado por animais) ou de tração tratorizada (quando o instrumento – enxada-rotativa, etc. – é tracionado por trator). A capina manual, assim como a mecânica de tração animal, é uma prática de controle de baixo rendimento (pouco maior que a monda), viável apenas para pequenas áreas, cuja mão de obra também é onerosa. Costuma ser aplicada em áreas de agricultura familiar e pequenas áreas de agricultura orgânica. A capina mecânica tratorizada é uma prática de controle de médio rendimento, viável em algumas ocasiões em lavouras perenes para manejo de coberturas vegetais, sendo menos onerosa que a anterior;

19 6.2 Controle Mecânico c) Roçada – é o corte das plantas daninhas utilizando instrumentos de controle como roçadeiras elétricas ou motorizadas, foices, roçadeiras tratorizadas, rolo-faca etc. A roçada pode ser: roçada manual (operada com as mãos) ou roçada mecânica (implemento acoplado ao trator). A roçada manual é uma prática de controle de rendimento médio, viável em áreas em que a roçada mecânica não é possível (geralmente em função da declividade do terreno ou da dificuldade de entrada de máquinas na área), cuja mão de obra é onerosa, porém menor que as anteriores. A roçada mecânica é uma prática de controle de médio-alto rendimento, viável principalmente em lavouras perenes já implantadas recentemente; o valor do custo de controle baseia-se, principalmente, no consumo de combustível e manutenção de máquinas e implementos, não na quantidade de mão de obra;

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22 6.2 Controle Mecânico d) Cultivo (ou cultivo do solo) – é o arranquio das plantas daninhas através do revolvimento do solo realizado por implementos agrícolas cultivadores (arado de disco, arado de aivecas, subsoladores etc.), denominado de cultivo mecânico, ou mesmo quando se prepara o solo manualmente (enxada ou enxadão), denominado de cultivo manual. O cultivo mecânico pode ser de tração animal ou tratorizado, como descrito anteriormente. O cultivo manual e o cultivo mecânico por tração animal costuma ser empregado em pequenas áreas de agricultura familiar e/ou orgânica, onde é viável, pois o rendimento é médio-baixo. O cultivo mecânico tratorizado é empregado, normalmente, em áreas de plantio convencional, sendo áreas pequenas, médias ou grandes. Normalmente, o custo do controle através do cultivo do solo não é computado no valor total de gastos com controle de plantas daninhas, pois é uma prática de preparo do solo e não de controle de plantas daninhas, especificamente. Se a planta daninha possuir meios de propagação assexuada por meio de partes da planta, como caules, raízes, rizomas, estolões, tubérculos, bulbos, esse tipo de controle ajudará na sua propagação ao longo de toda a área.

23 Cultivo mecânico de tração animal

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25 Cultivo mecânico tratorizado
Arado de aivecas

26 Cultivo mecânico tratorizado
Arado de discos

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28 Arado de aivecas

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33 6.3 Controle Físico O método de controle físico baseia-se no uso de alguma prática que exerça influência física sobre as plantas daninhas. Dentro do método de controle físico existem diversas práticas de controle físico, destacando-se: a) Inundação – é o uso da água para controle de plantas daninhas terrestres. Geralmente usado em culturas inundadas, como o arroz irrigado. Esta prática é eficiente no manejo de espécies de difícil controle, como tiririca (Cyperus spp.), grama-seda (Cynodon dactylon), capim-quicuio (Penisetum spp.), entre outras plantas daninhas anuais. Esta prática causa limitação extrema do fornecimento de oxigênio para as raízes de plantas não adaptadas, causando sua morte; b) Fogo – a queima da vegetação, normalmente feita por lança chamas, é uma prática antiga e de uso limitado no Brasil. Foi muito utilizada em algodão e vem ganhando expressiva conotação principalmente entre praticantes de agricultura orgânica na Europa;

34 Inundação VANTAGENS: Não deixa resíduos no solo
Água pode ser reaproveitada Inundação DESVANTAGENS: Grande custo na construção e manutenção dos diques e canais Necessidade de água disponível

35 Fogo

36 Nota: O novo código florestal e o uso de fogo em Unidades de Conservação - uma "exceção curiosa
Em regra, é proibido o uso de fogo na vegetação, prática histórica e cultural comum no manejo de propriedades rurais em muitas regiões. Contudo, o novo Código Florestal aprovado em 2012 autoriza o uso de fogo em situações excepcionais quando em atividades de agricultura de subsistência exercidas pelas populações tradicionais e indígenas, sendo as seguintes hipóteses: 1) Em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente), para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle; 2) Emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo; 3) Atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.

37 Aqui o lança chamas é puxado pelo trator.
O primeiro lança chamas que leva um canteiro inteiro empurrado por 2 pessoas Aqui o lança chamas é puxado pelo trator. Funciona bem! Abaixo foi passado lança chamas, e em cima não (testemunha).

38 6.3 Controle Físico c) Cobertura morta (palha ou resíduo vegetal) – apresenta três efeitos que podem ser benéficos ou maléficos às plantas daninhas. O efeito físico baseia-se no impedimento da germinação de sementes de plantas daninhas em função da limitação de absorção de luz por sementes de plantas fotoblásticas positivas ou, ainda, no impedimento da emergência das plântulas após a germinação, não conseguindo transpassar a camada de palha presente sobre o solo. O efeito biológico, melhorando as condições do solo para o desenvolvimento de micro-organismos que podem auxiliar na quebra de dormência de algumas sementes de plantas daninhas ou mesmo deteriorá-las. Por fim, o efeito alelopático de coberturas vegetais oriundas de plantas que produzam compostos alelopáticos, podendo suprimir o crescimento ou mesmo matar as plantas daninhas sensíveis;

39 FOTOBLASTISMO Fotoblastismo é o efeito da luz sobre a germinação de sementes. Semente fotoblástica positiva A luz estimula a germinação das sementes fotoblásticas positivas. Portanto, estas plantas não germinam no escuro. No ambiente, essas sementes germinam quando se encontram na camada superficial do solo. Semente fotoblástica negativa A luz inibe a germinação das sementes fotoblásticas negativas. Portanto, estas plantas só germinam no escuro. No ambiente, essas sementes germinam quando se encontram numa camada profunda do solo. Semente não-fotoblástica As sementes não-fotoblásticas germinam tanto na ausência quanto na presença de luz.

40 POSITIVAS NEGATIVAS

41 ESTIOLAMENTO Estiolamento é o conjunto das características apresentadas por uma planta que se desenvolve no escuro. O estiolamento é um mecanismo que protege as plantas recém-germinadas do atrito com o solo e faz com que elas cresçam mais rapidamente em direção à luz. As folhas são pequenas e o ápice caulinar tem forma de gancho para evitar que as folhas e o meristema apical sejam danificados pelo atrito com o solo. Ao atingir a luz, a planta passa a ter desenvolvimento normal.

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44 6.3 Controle Físico d) Solarização – é uma prática agrícola em que se proporciona a cobertura do solo com filme de polietileno, causando aumento na temperatura, o que, inicialmente, pode estimular a germinação e, em seguida, matar as plântulas; ou ainda pode matar o embrião dentro da semente, diretamente. Normalmente, é utilizada em pequenas áreas de produção de hortaliças, com alto grau de eficiência. Em áreas muito infestadas com tiririca (Cyperus spp.) não é recomendada, pois as plantas, ao emergirem, geralmente, furam o filme, causando prejuízos ao agricultor; e) Controle térmico – baseia-se no uso de altas temperaturas em ambientes aquáticos para controlar plantas daninhas aquáticas. Não é uma prática muito comum, porém pode ser utilizada, conjuntamente com o controle mecânico, em reservatórios de água. Já foi testada no Brasil, controlando eficientemente plantas como aguapé (Eichornia crassipes), tanner-grass (Urochloa subquadripara), alface-d’água (Pistia stratiotes) e salvínia (Salvinia auriculata) (Marchi et al., 2005)

45 Solarização Com o solo úmido, coberto e alta radiação solar, a temperatura desse solo alcançará entre 49º a 54º nas camadas superficiais, primeiros 10 cm de profundidade (temperaturas consideradas letais a muitos fitopatógenos); nas camadas mais profundas prevalecem temperaturas sub-letais (35º a 42º), que alteram a população microbiana do solo. Outras vantagens da solarização, é o controle de plantas daninhas, devido a alta temperatura do solo e a falta de circulação do oxigênio, as sementes não germinam e morrem; e o controle de pragas, que também não sobrevivem em altas temperaturas.

46 O período para solarização é de 30 a 60 dias, durante o processo, é necessário a inspeção diariamente para verificar se houve danos no plástico e crescimento de plantas daninhas ( o crescimento de plantas daninhas indica que as temperaturas atingidas não estão sendo suficiente para o controle satisfatório).

47 6.4 Controle Biológico O método de controle biológico baseia-se no uso de inimigos naturais (fungos, insetos, bactérias, vírus, aves, peixes etc.) capazes de reduzir as populações de plantas daninhas e, assim, sua capacidade de competir com as culturas agrícolas. Normalmente, busca-se o equilíbrio populacional entre o inimigo natural e a planta daninha hospedeira. O controle biológico é dividido em três práticas (ou estratégias):

48 6.4 Controle Biológico a) Inoculativa (Clássica) – aplicável para o controle de plantas daninhas introduzidas em novas áreas e que estejam separadas geograficamente dos seus inimigos naturais (normalmente insetos ou fungos). É uma estratégia de longo prazo, que visa reduzir e estabilizar a densidade de plantas em determinada área. Para que seja eficiente, o inimigo natural não pode erradicar a planta daninha, mantendo hospedeiro para sua sobrevivência. Os inimigos naturais devem ter coevoluído com as plantas-alvo, devem ser altamente específicos para determinado grupo de plantas e não podem apresentar hospedeiros alternativos. Via de regra, é feita uma introdução em massa do inimigo natural e, essencialmente, o monitoramento frequente do impacto ambiental causado por essa liberação. Um exemplo é o controle de aguapé (Eichornia crassipes) por três espécies de insetos (Neochetina brushi, Neochetina eichhoriniae e Sameodes albiguttalis) no Sul dos EUA. Outro exemplo, curioso, é o uso de peixes herbívoros não-seletivos, como a carpa, para o controle de plantas daninhas aquáticas submersas, ou mesmo animais de pastejo;

49 6.4 Controle Biológico b) Inundativa (Bioherbicida) – conhecida, essencialmente, como estratégia bioherbicida (apesar de a estratégia aumentativa também tratar de bioherbicida). Nesta estratégia, o hospedeiro é eliminado radical e rapidamente, mas não erradicado, sendo que o inimigo natural (normalmente fungos ou bactérias) é liberado toda vez que a população do hospedeiro retoma seu crescimento. O inóculo do patógeno (bioherbicida) é aplicado através de métodos convencionais de aplicação de produtos fitossanitários, cria rápida epidemia da doença e leva as plantas à morte. Como o patógeno não sobrevive nos restos vegetais, o mesmo deve ser reaplicado quando as plantas crescerem novamente. O bioherbicida ‘De Vine®’ (formulado com o fungo Phytophthora palmivora) foi desenvolvido para o controle de Morreria adorata. Outro bioherbicida é o ‘Colego®’ (formulado com o fungo Colletotrichum gloeosporioides f.sp. aeschynomene) desenvolvido para o controle de angiquinho (Aeschynomene virginica). O bioherbicida ‘Biomal®’ (formulado com o fungo Colletotrichum gloeosporioides f.sp. malvae) foi desenvolvido para controle de malva (Malva pusilla), enquanto o ‘Casst®’ (formulado com o fungo Alternaria cassiae) foi desenvolvido para o controle de fedegoso (Senna obtusifolia).

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51 6.4 Controle Biológico Diversos outros fungos têm sido estudados para o desenvolvimento de bioherbicidas. Além dos fungos, bioherbicidas à base de bactérias também têm sido desenvolvidos, como o ‘Camperico®’ (formulado com Xanthomonas campestris f.sp. poeae) para controle de pastinho-de-inverno (Poa annua). Outras bactérias também estão em estudo para o desenvolvimento de novos bioherbicidas;

52 6.4 Controle Biológico c) Aumentativa – normalmente usada para inimigos naturais (fungos, geralmente) de difícil produção em larga escala e que são aplicados periodicamente somente em partes das áreas em que se pretende obter controle. É uma prática com características clássicas (ocupação de grande área após aplicação) e inundativas (várias liberações). Procura-se, anualmente, manter a fonte de inóculo no ambiente por meio das liberações de inimigos naturais endêmicos que causarão epidemia da doença na estação de cultivo. Tiriricas (Cyperus rotundus e Cyperus esculentus) foram controladas eficientemente pela ferrugem (Puccinia caniculata), através do bioherbicida ‘Dr. Biosedge®’, registrado nos EUA (Phatak et al., 1987; Tebeest, 1996). Utilizando insetos, tem-se, como exemplo, o controle de salvínia (Salvinia molesta) por liberação periódica do curculionídeo Cyrtobagous salviniae.

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59 6.4.1 Controle Biológico no Brasil
A pesquisa nesta área no Brasil é recente. Os maiores esforços tem sido direcionados para a busca, identificação e avaliação de patógenos e de insetos com potencial de utilização no controle biológico, principalmente de Tiririca (Cyperus rotundus), Fedegoso (Sena obtusifolia), Leiteiro (Euphorbia heterophylla) , e Aguapé (Eichhornia crassipes). Outro exemplo é o controle biológico de certas plantas trepadeiras, como as do gênero Ipomoea (corda-de-viola) que prejudicam a colheita mecânica do milho, que resolve um problema operacional de grande importância nesta cultura. Para o controle destas daninhas, a pesquisa tem se direcionado principalmente para a estratégia inundativa, embora o controle biológico clássico também tenha sido considerado em alguns casos. O programa pioneiro de controle biológico inundativo de plantas daninhas iniciou-se na EMBRAPA-CNPSo, no início dos anos 80, para o controle de leiteiro (Euphorbia heterophylla), com o fungo Bipolaris euphorbiae.

60 Tiririca Tiririca se desenvolvendo em batata

61 1 4 3 2 Leiteiro Leiteiro ou Amendoim Bravo (Euphorbia heterophylla) germina desde 20 cm de profundidade mantendo a viabilidade germinativa por vários anos, mesmo quando enterradas. Estágio de controle com 2 a 4 folíolos (Foto 4).

62 1 2 Fedegoso 3 Arbustivas e Subarbustivas fedegoso (Senna obtusifolia)

63 1 3 2 5 Aguapé 4 6

64 6.4 Controle Biológico TRABALHO PARA A PRÓXIMA SEMANA 18/03 - Individual Pesquisar e discorrer sobre um exemplo de controle biológico, preferencialmente no Brasil, ou de cultura de maior interesse nacional e/ou regional. Conter: 1. Cultura(s) econômica(s) protegida(s) 2. Organismo utilizado no controle biológico 3. Planta(s) daninha(s) controladas 4. Nível de infestação que determine controle 5. Método de controle (dosagem, técnicas de aplicação, etc) 6. Resultados esperados 7. Exemplos de aplicações e resultados obtidos 8. Outros (Fotos, Vídeos, 9. Revisão Bibliográfica (Livros, artigos, sites, links internet, etc) Alguns apresentarão em sala de aula. (Fazer versão impressa para entregar e Power Point para apresentar)


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