(Praça do Farol e imediações)

Apresentação em tema: "(Praça do Farol e imediações)"— Transcrição da apresentação:

1 (Praça do Farol e imediações)
C L ESTAÇÃO (Praça do Farol e imediações) A Ç A A D

2 C L A A A D Ç ESTAÇÃO (Praça do Farol e imediações)
MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO NESTA ESTAÇÃO: ( )- Tabuleiro ( )- Amostras de calcários (branco e escuro) e de basalto ( )- Pó de pedreira de calcário ( )- Vinagre ( )- Pipeta de plástico ( )- Lupa de mão ( )- Esfregão ( )- Papelinhos azuis escuros e beges/ folha quadriculada e lápis de carvão ( )- Papel absorvente ( )- MATERIAL INFORMATIVO C L ESTAÇÃO (Praça do Farol e imediações) A Ç A A D

3 Calçada Portuguesa A calçada portuguesa surgiu em meados do século XIX e é ainda usada no calcetamento de muitas cidades encontrando-se em cidades de ex-colónias. Em Portugal, os trabalhadores especializados na colocação deste tipo de calçada são denominados mestres calceteiros. O aproveitamento do contraste a preto e branco para produzir padrões decorativos é um dos aspectos distintivos da calçada portuguesa. Os cubos de rocha clara e escura utilizados no revestimento do pavimento são ambos de calcário, embora nalgumas regiões do país- ilhas em particular- se use basalto negro, em vez do calcário cinzento-escuro, na ornamentação dos passeios. É o caso dos Açores, onde a rocha basáltica é tão abundante que os desenhos são realizados a branco sobre um fundo preto, invertendo o padrão continental. N.B.- Quando é basalto, distingue-se pelo maior mate e pela sua maior irregularidade no corte, pois este é muito mais rijo- não é possível executar com o martelo, os detalhes técnicos dos motivos elaborados presentes por exemplo na calçada lisboeta. Nos passeios desta zona do Barra, pode observar-se uma combinação de rochas claras e escuras, dando forma a desenhos de motivos marinhos .

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5  A chamada "calçada à portuguesa", em calcário branco e negro, caracteriza-se pela forma irregular de aplicação das pedras. Todavia, o tipo de aplicação mais utilizado hoje, desde meados do séc. XX, designado por "calçada portuguesa", é aplicado com cubos, e tem um enquadramento diagonal. Calçada À portuguesa, e calçada portuguesa são coisas distintas.

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7 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE CALÇADA MAIS COMUNS
1.- A antiga calçada à portuguesa, que se caracteriza pela forma irregular de aplicação das pedras 2.- O malhete, semelhante mas com mais espaço entre as pedras 3.- A calçada portuguesa clássica, que tem uma aplicação em diagonal, segundo um alinhamento de 45 graus com os muros ou lancis 4.- A calçada à fiada, com as pedras alinhadas em filas paralelas 5.- A calçada circular 6.- A calçada sextavada 7.- A calçada artística, que se caracteriza pela aplicação de pedras com formatos específicos e/ou pelo contraste de cores 8.- O Mar Largo. 9.- O leque segmentado 10.- O leque florentino 11.- O rabo de pavão 12.-

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9 Calcário O calcário branco é uma rocha compacta com textura homogénea, constituída por cristais muito pequenos (< 0,005 mm) de um mineral chamado calcite (carbonato de cálcio – CaCO3). Devido a sua pequena dimensão, não é possível observar os cristais de calcite a vista desarmada. No entanto, experimente adicionar uma gota de ácido clorídrico (HCl) e verificará que a rocha faz efervescência. A calcite é dos poucos minerais que reage com o ácido clorídrico a frio e, por isso, a reacção observada indica-nos que este mineral é o principal constituinte desta rocha. Em contacto com o ácido, os carbonatos (CaCO3) decompõem-se e libertam bolhas de gás (dióxido de carbono - CO2). Os cubos escuros também são de calcário, como pode ser rapidamente comprovado com o teste do ácido. A sua coloração escura resulta da presença de matéria orgânica e/ou de óxidos de ferro. Os calcários são rochas sedimentares formadas, essencialmente, em ambiente marinho, por precipitação química e bioquímica de iões dissolvidos em água e/ou por acumulação das partes duras de organismos que segregam carbonato de cálcio

10 Um pouco de História… São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros); Relação com a expressão:"Quando o rei faz anos...“ Em Lisboa no ano de 1842, foi feita uma calçada calcária, muito mais próxima da que hoje mais conhecemos e continua a ser utilizada. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Em O Arco de Sant'Ana, romance de Almeida Garrett, também a calçada seria referida, tal como em Cristalizações, poema de Cesário Verde. A chamada "calçada à portuguesa", conforme a conhecemos, em calcário branco e negro, foi empregada pela primeira vez em Lisboa, na encosta do castelo, no ano de Após este primeiro acontecimento, foram concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa, numa extensão de 8 712 m².

11 Artigos para discussão em : http://p3. publico

12 Possíveis atividades Fotografarem os motivos náuticos que aparecem na calçada portuguesa que se encontra junto ao farol; Recriarem os motivos fotografados usando colagem de quadradinhos/ proporem e ou desenharem novos motivos,…. Fazerem in loco a identificação das rochas usadas usando ácido clorídrico Justificarem o recurso a 2 tipos de calcário em vez do tradicional basalto. Listarem problemas de conservação e repavimentação de calçada portuguesa- proporem medidas que permitam a sua utilização. Pesquisarem sobre o contexto em que surge a ideia de pavimentar as ruas, o uso de presidiários como calceteiros, fundação da escola de calceteiros, Explorarem as referências às calçadas na obra  O Arco de Sant'Ana, romance de Almeida Garrett, e no poema de Cristalizações de Cesário Verde