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Psicoterapia Breve Professora: Michele Bonon

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Apresentação em tema: "Psicoterapia Breve Professora: Michele Bonon"— Transcrição da apresentação:

1 Psicoterapia Breve Professora: Michele Bonon
“Marcos e linhas-mestras no processo terapêutico das estruturas obsessivas” FIORINI, H.J. Estruturas e Abordagens em Psicoterapias Psicanalíticas. Ed. ampl. Martins Fontes, São Paulo, 2004

2 Introdução Para Fiorini, o trabalho psicoterapêutico com pacientes de personalidade obsessiva apresenta muitas dificuldades, dificuldades estas, em linguagem, comunicação, as dissociações idéia-afetos, mente-corpo, representação-impulso, constituem alguns dos problemas fundamentais a serem trabalhados com essas estruturas.

3 1. Inverter a perspectiva do ego obsessivo
O paciente obsessivo de modo consciente em alguns casos e inconscientes em outros, costuma depositar na terapia expectativas de aperfeiçoamento, julgando que o problema seja esta falta de perfeição e não a aspiração a esta perfeição. O ideal narcisista desta estrutura e egossintônico, o trabalho terapêutico deverá ter por orientação evidenciar de modo progressivo que o ideal é inimigo do sujeito.

4 O paciente obsessivo carrega em si uma carga de esforços para estes aperfeiçoamentos, chegando aos limites da condição humana, ou seja, esgota-se, deprime, se desilude, em momentos de raiva, não sabe pra onde dirigir sua raiva impotente, boa parte desta raiva dirije-se para ele mesmo, tomando a forma de uma exigência implacável. O trabalho terapêutico visa uma ampla perspectiva de insight, proporcionando uma compreensão que para além de cada fracasso anedótico, o terrível está no ideal.

5 2. Criar noções e experiências de sujeito e de subjetividades;
Na estrutura obsessiva, o ego ideal tiraniza o sujeito, estabelece um implacável sistema de demandas. Nosso objetivo é por em evidência que em toda essa modalidade de comportamentos, não há um “sujeito”. Alguém que possa escolher entre as condutas alternativas, ser o centro de auto-avaliações para proceder a tal escolha, que possa se considerar alguém com necessidades a serem colocadas em relação as necessidades dos outros. A busca incessante de um objeto desejante para o sujeito desejado encobriu um sujeito também desejante (que ficou rigidamente encerado no sistema de desejar ser objeto de desejo do outro).

6 A proposta destina-se a encontrar obstáculos, diferente do pressuposto behaviorista que esperaria encontrar a possibilidade de respostas relativamente fáceis a perguntas que se tornam impossíveis para a estruturação obsessiva do ego. O que se propõe é a criação de perguntas sobre o lugar do sujeito, que não estão destinadas a encontrar respostas imediatas, mas a criação de uma direção rumo ao insight, rumo ao working though e a elaboração. É também uma maneira fecunda de controlar o ego obsessivo com a experiência de suas limitações, não só com a experiência dessa evidência, mas ao mesmo tempo com a presença de uma tarefa.

7 Entre as experiências a constituir em tarefas, devemos privilegiar a criação de experiências de “solidão”. Trata-se de constituir espaços, tempos nos quais o paciente fique temporariamente livre das pressões próprias de sua modalidade de interação com os outros significativos. Com o alivio das pressões imediatas, o paciente obsessivo poderá se deparar mais diretamente com suas dificuldades internas, com seu vazio de funções de sujeito, com seu desconhecimento de si mesmo, com sua dificuldade de ocupar este tempo e este espaço. Dessa forma essas dificuldades já não poderão ser confundidas com as condutas efetivamente demandantes que com freqüência os demais adotam.

8 Inicialmente essas experiências serão experiências de angustia, experiências de falta de autonomia. Pouco a pouco se transformarão também em experiências de registro de potenciais próprios, de esboços de autonomia, de localização incipiente de impulsos não deriváveis de um mandato exterior. A experiência clinica nos mostra a fecundidade de cultivar atentamente essa direção de experiências.

9 3. Mobilizar condutas expressivas e desejantes;
Procuraremos confrontar o paciente com várias tarefas: * Reconhecer emoções próprias e alheias; * Nomear uma gama crescente de afetos a ser identificados; * expressar esses afetos á medida que vão sendo reconhecidos. Não se trata apenas de mostrar para o paciente suas dificuldades relativas ao reconhecimento e à expressão de emoções, mas propor simultaneamente o desenvolvimento dessas capacidades expressivas como condutas necessárias para o seu processo de crescimento com maturação emocional.

10 Quando o paciente toma consciência da possibilidade e de sua necessidade de expressar estados emocionais que aprendeu a reconhecer que as necessidades para essa expressividade se transformam num fator revelador, que evidencia a influência de ansiedades e defesas estruturantes de um mundo inconsciente e dinâmico. Essa colocação em evidência é para trabalho de um ego observador, um elemento impulsor de elaborações de profundidade crescente. Ex: Caso Eduardo p. 73

11 4. Dar lugar à emergência do terapeuta no lugar do terceiro
Por um longo período, o paciente não consegue deixar de situar o terapeuta no lugar de um outro que exige dele tal ou qual conduta, um outro demandante. Esse lugar é para o paciente o de um segundo personagem, o outro de uma díade especular. Aqui estamos levando em conta uma parte considerável das condutas transferenciais do paciente obsessivo.

12 O que acontece nesse longo período inicial?
O terapeuta faz o esclarecimento sobre sua neutralidade. Faz as interpretações das projeções que o paciente faz nele de uma figura super egóica, porém, isso não produz grandes alterações nos automatismos transferenciais. O trabalho do terapeuta deverá mobilizar essa estrutura diádica repetitiva. É o trabalho de tentar-se colocar numa posição não desejante. Por exemplo. Quanto a possibilidade de aceitar um paciente que não associa, racionaliza, rejeita interpretações muitos dos observáveis.

13 O que é preciso, portanto em primeiro lugar?
Que o terapeuta possa assumir que a sessão não deve produzir nada, exceto a evidência das dificuldades para uma produção. Se o terapeuta conseguir sustentar essa posição não desejante, pouco a pouco seu papel vai surgindo como o efetivo lugar do terceiro, o que sai do mundo diádico narcisista e assim vai aceitando que o paciente seja um simples humano, com bloqueios, repressões e essa posição vai apresentando para o psiquismo do paciente uma organização vincular nova e a independência de cada um, uma radical solidão.

14 5. Desenvolver relações de integração entre diferentes níveis e tipos de pensamento e linguagem
Aqui, o objetivo é introduzir uma linguagem capaz de aproximar o paciente do mundo que é próprio do processo primário de pensamento. Utilizaremos uma linguagem plástica, a uma linguagem poética, a uma linguagem dramática. O terapeuta usará uma linguagem não intelectual, e utilizará recursos dramáticos que podem enriquecer de modo decisivo as linguagens que a estrutura obsessiva precisa descobrir e desenvolver.

15 Algumas vertentes sugerem caminhos técnicos de grande eficácia expressiva, como por exemplo a corrente gestaltista de Perls e os enfoques transpessoais. Estes permitem estabelecer contatos com zonas reprimidas e inexploradas do self, contatos que criam impactos de experiência e a aprendizagem a partir dos quais é possível desenvolver o trabalho do INSIGHT e da elaboração que se sustentam nas investigações psicanalíticas.

16 6. Desenvolver as condições para uma reconstrução da historia pessoal
Num momento avançado desse processo, o paciente pode proceder a uma revisão de seu lugar na sua história, desejos, rivalidades, fantasias... E na reconstrução da historia passa a ocupar uma posição como novo observador critico desse acontecer grupal. Esses níveis de elaboração levam a rever tudo o que estava estabelecido como uma história “oficial” para o ego obsessivo. Essa historia passa agora a ser montada.

17 Reconstruir a historia
Ex. (pag. 77) - a identificação com a figura materna foi reformulada. - conclusão diferente a respeito da mãe após rever episódios familiares.

18 7. Abertura para experiências profundas de castração, assumindo seu caráter libertador
O avanço no processo das estruturas obsessivas encontra marcos fundamentais em experiências de perda, de abandonos da imagem de si, que passam a ser desejados. Perdas e descontroles dessa imagem que se tornam passagens necessárias num caminho de libertação do sujeito. O que está em jogo é o movimento pelo qual o paciente se desprende ativamente dos traços que o submetiam, tornando-o passivo.

19 Essa etapa é a de abrir caminhos para desenvolvimentos criativos, que são aqueles capazes de desestruturar o dado, o que já existia, e permitir a emergência do desconhecido, do espontâneo, do inédito. Ex. (pag. 78) – perder o papel de “bom moço”, animar-se a suscitar irritações e criticas. - tolerar contrair dividas. A onipotência sustentava-se em ser eterno credor, jamais devedor. Elaboração das fantasias e a confrontação com a necessidade de contrair dividas. O trabalho de elaboração assenta-se em experiências de demolição e aquisições agora possíveis e assim vai aparecendo um novo sujeito...


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