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Maria do Rosário Longo Mortatti (2004)

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Apresentação em tema: "Maria do Rosário Longo Mortatti (2004)"— Transcrição da apresentação:

1 Maria do Rosário Longo Mortatti (2004)
Educação e letramento Maria do Rosário Longo Mortatti (2004)

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3 “Educação”: palavra conhecida e utilizada em diferentes significados;
“Letramento”: Uso a partir da década de 80; Diferentes significados e objetivos em seu uso; Relação mais imediata: Letramento e educação; Letramento: aquisição, utilização e funções da leitura e escrita em sociedades letradas;

4 CAPÍTULO 1 - Analfabetismo, alfabetização, escola e educação - Uma dívida secular
É dever do Estado proporcionar, por meio da educação, o acesso de todos os cidadãos ao direito de aprender a ler e a escrever como forma de inclusão social, cultural e política e de construção da democracia; Dificuldades em garantir; 2003: Cristovam Buarque:” um país que produz aviões, exporta automóveis[...] não pode negar a 20 milhões de seus filhos o direito de ler e escrever.” Valorização dos professores; “ A história se faz com a vontade dos homens e daqueles que os lideram.”

5 “[...] se conseguirmos igualdade na educação, vamos reduzir todas as outras desigualdades.”
Dívida histórica do Brasil com seus filhos. Aproveitar todo o tempo, todos os espaços, todos os métodos de ensino; O ANALFABETISMO NO BRASIL: período colonial – grande número de pessoas que não sabiam ler e escrever ; 1881/1882- proibição do voto dos analfabetos; Circulação de idéias do liberalismo; Constituição de voto facultativo para analfabetos; Discriminação e marginalização do analfabeto ( incapaz); º censo no Brasil ( Recenseamento Geral do Império); 1890- Período Republicano- 2° censo;

6 1900- 3° censo- todos tiveram problemas;
1940- IBGE( Fundado em 1936)- Produção de estatísticas sistemáticas e especializadas; Buscava-se o número de pessoas que sabia ler e escrever; Mudança de critérios que consideram uma pessoa analfabeta ou não; Até 1940: Declaração das pessoas sobre sua capacidade de ler e escrever; 1950: Alfabetizado: pessoas capaz de ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecesse; Alfabetização/analfabetismo da UNESCO( Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura); “ Analfabetismo funcional” : tidas as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas;

7 Critérios internacionais de medição do analfabetismo/alfabetização- comparação entre países;
Mudança nos indicadores de faixa etária; Correlações entre analfabetismo e outros indicadores sociais, econômicos, culturais, educacionais e geográficos; PROBLEMA: Simultaneidade entre a queda da taxa percentual de analfabetismo e o aumento do número absoluto de analfabetos e a forte correlação entre as taxas de escolaridade, escolarização e analfabetismo; ESCOLARIDADE: duração dos estudos; ESCOLARIZAÇÃO: relação entre população escolarizada e população escolarizável; Ainda é alto o número de analfabetos no país; Ampliação do atendimento escolar;

8 Quantidade ≠ qualidade: Muita evasão e repetência;
Brasil: penúltimo lugar em competência para leitura, matemática e ciência; Segundo a UNESCO: temos uma das maiores taxas de analfabetismo da população acima de 15 anos; “ [...] o analfabetismo está comprometendo o futuro do Brasil, contribuindo para aumentar o número de excluídos” ( UNESCO) Necessidade de engajar-se na “ Década das Nações Unidas para a Alfabetização”; “ Alfabetização como liberdade”; Setembro de Programa Brasil Alfabetizado; Intenção: Alfabetizar 20 milhões de pessoas até 2005; Universalizar a alfabetização por meio da universalização da educação escolar;

9 SOLUÇÃO: métodos de ensino da leitura e escrita; formação do professor; processos cognitivos do aluno; estrutura e funcionamento do sistema de ensino; alternativas não escolares; ESCOLA E ALFABETIZAÇÃO DO POVO: Educação e escola- principais soluções para o analfabetismo e outros problemas; Educação ( do latim educatio, educere- conduzir para fora de)- Finalidade: formação, desenvolvimento das virtualidades próprias do ser humano, considerando sua capacidade de ensinar e aprender em diferentes situações;

10 Relações dos indivíduos entre si e com a sociedade e a cultura;
Século XVIII: A preocupação com a educação escolar surgiu com reformadores moralistas e religiosos, que lutavam contra a “anarquia” da sociedade medieval; Compreensão da Sagrada Escritura- Reformadores protestantes; Século XIX- Educação escolar: sentido religioso para o sentido “moderno” e laicizante; Escola- instrumento de modernização e progresso da nação; PROBLEMÁTICA entre escola, ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, a alfabetização; Educação escolar- agente de esclarecimento das “massas” iletradas e fator de civilização; Alfabetização- meio privilegiado de aquisição do saber;

11 Leitura e escrita- para poderem ser tecnicamente ensináveis, passaram a ser submetidas a uma organização sistemática e metódica; Preparação de profissionais especializados; Mundo da cultura letrada; Ambigüidade entre efeitos pretendidos e resultados obtidos; Brasil: condições de colonização, dimensão territorial, estrutura agrária- tardia preocupação com a educação; Fracasso escolar: ensino e aprendizagem da leitura e da escrita como um importante aspecto na busca de se efetivar o direito à educação; Saber ler e escrever, utilizar a leitura e a escrita: necessidades inquestionáveis para o exercício pleno da cidadania e medida do nível de desenvolvimento de uma nação; A escola não é o único lugar onde se pode aprender; “ Letramento”- “ Algo mais”, além da decodificação e codificação da linguagem escrita.

12 Capítulo 2- De “analfabeto” a “letramento”
Uso do ( Grande) Dicionário da Língua Portuguesa, de Antonio Moraes Silva, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, e Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. “ Analfabeto”: uso mais antigo, remontando ao início do século XVIII. Ignorante das letras do alfabeto, que não sabe ler nem escrever e, também, não tem instrução primária. Moraes e Houaiss- acepção de analfabeto como muito ignorante, bronco, rude. Houaiss: “que conhece mal determinado assunto. Analfabetismo: utilizada desde o final do século XIX- estado ou condição de analfabeto.

13 Iletrado: Usada como sinônimo de analfabeto (ou quase);
Analfabeto e analfabetismo: prefixo grego a(n): indica privação ou negação, aproximando da acepção de iletrado ( i- indica também negação). Sufixo ismo: doutrina ou sistema? Modo de proceder ou pensar? Terminologia científica? Significados de analfabetismo e analfabeto indica uma condição que antecede o aprendizado das letras e a instrução primária. Depois de analfabeto e analfabetismo passaram a ser necessárias palavras para designar o novo estado ou condição de saber ler e escrever: alfabetizar e alfabetismo; Alfabetizar: izar atribuição de qualidade ou modo de ser; Alfabetização: cão- ação ou resultado dela; alfabetizado- ado provido oi cheio de;

14 Para entender melhor porque o antônimo de analfabeto e é alfabetizado e analfabetismo é alfabetismo;
Reação ao crescente problema do analfabetismo: necessidade de aprender as primeiras letras- algo recente no Brasil. Necessidade que fez emergir a palavra “ letramento” e “letrado”. Surgimento no âmbito da pedagogia; Três aspectos importantes: Em alfabeto encontra-se a origem de analfabeto, analfabetismo, etc, e em letra, a origem de letramento, letrado, iletrado. Os significados de todas as palavras em análise têm relação direta ou indireta com a instrução e educação escolar; Os registros nos dicionários não acompanham pari passu as fatos que as palavras designam;

15 EM DICIONÁRIOS TÉCNICOS DE ALFABETIZAÇÃO E LINGUISTICA
Analfabetismo, analfabeto, alfabetização, alfabetizado e iletrado são definidos no Dicionário de alfabetização de forma próxima dos dicionários gerais da língua portuguesa supracitados; Lectoescrita: palavra que influenciou o surgimento da palavra letramento; Lectoescrita: capacidade mínima de ler e escrever em uma determinada língua; Dicionário de Linguagem e Linguistica: Letramento- a capacidade de ler e escrever de maneira eficaz; Dicionário de análise do discurso: Letramento- conjunto de saberes elementares, ler, escrever e contar; usos sociais da escrita, aprender a ler escrever e questionar os materiais escritos; cultura que se opõe à cultura da “ orality”. Consenso quanto á necessidade de se ampliar o sentido da capacidade mínima de ler e escrever em uma determinada língua; O mesmo não acontece com a definição de um conceito e um termo correspondentes a essa necessidade;

16 Capítulo 3 – Das primeiras letras ao letramento

17 Antes das primeiras letras
- Primeiros objetivos após o descobrimento - Companhia de Jesus (1549) “escolas de ler, escrever e contar” “papel branco” José de Anchieta (1553) Transcrição alfabética e a gramaticalização da língua tupi; Criança indígena; Educação jesuítica – colégios;

18 Período colonial / alfabetização – Escolarização do índio -
Curso de Humanidades; Período colonial / alfabetização – Escolarização do índio - A descoberta do analfabeto e do analfabetismo Reformas do marquês de Pombal ( 1759 ) Os jesuítas foram expulsos; Estado (português) / Igreja (católica); Proclamação da Independência do Brasil (1922); Gratuidade – 1824/1827; Regulamentação para a instrução pública; Dificuldades iniciais.

19 Abílio César Borges – “Barão de Macaúbas” - (1968)
(cinco livros de leitura) Dados do censo 85% da população – analfabeta e incapaz de ler um jornal Final do Império – Visibilidade à condição de analfabeto Proibição do voto do analfabeto (1881/1882) Leitura – Primeiro plano – Soletração/Silabação;

20 A escolarização do ensino da leitura e da escrita
Proclamação da República – 1889 - Intervenção institucional na formação do cidadão. Reforma Caetano de Campos – São Paulo - (1982) Método analítico – Sentenciação/historieta Constituição republicana (1891/1930) - Proibição do voto; - Discussões abordando o analfabetismo.

21 Contra o analfabetismo, a alfabetização do povo
O “aparelho escolar” paulista; Influência da Primeira Guerra Mundial Processo de Urbanização A utilização das “analphabetismo, analphabeto, alphabetização e alphabetizado”; Oscar Thompson (1918) – Sampaio Dória ( 1920) Educação popular.

22 Alfabetização na educação renovada
Década de 20; (Reformas educacionais em outros estados brasileiros; Analfabetismo / legitimação política; Lourenço Filho (CE) / Francisco Campos (MG) / Anísio Teixeira (BA); Constituição de 1934; Psicologia experimental; Caligrafia Muscular – Orminda Marques (1936); Concepção da Leitura;

23 Alfabetização de adultos;
Aumento do número de crianças na escola; Censo 1950 – “Ler e escrever um bilhete simples”; “Alfabetização” / escolanovismo / ideário político; Paulo Freire – “leitura de mundo”; 1961 – Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); Constituição de 1967 – Gratuidade e obrigatoriedade do ensino para oito anos (1º.grau); Perspectiva tecnicista / alfabetização; Chegada da escola às camadas populares.

24 Alfabetização não basta mais
Década de 70/80 – Abertura política – Teoria sociológica dialético-marxista (Sociologia, Filosofia, História e Educação); Relação educação/sociedade; Escola “redentora” Vs Escola “reprodutora”; Causas para o fracasso das camadas populares; Educação compensatória; Escola – “aparelho ideológico”; Fracasso >> Aluno >> escola; Constituição de 1988 – LDB (1996) Gratuidade/obrigatoriedade do ensino fundamental/médio Voto facultativo aos analfabetos

25 Perspectiva Construtivista;
Linguística e Psicolinguística; Interacionismo linguístico; Perspectiva Histórica e sociológica; 1980 – Primeiras formulações e proposições da palavra “letramento” para designar algo mais do que a “alfabetização”.


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