Www.cit.rs.gov.br CANNABIS SATIVA GOMES, C.1;SOLTAU, R.L.1; SOUZA JR., L.F1; BOFF, G.S.J.2 1Estudantes de Medicina Veterinária – Ulbra/Canoas 2Medica Veterinária.

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1 CANNABIS SATIVA GOMES, C.1;SOLTAU, R.L.1; SOUZA JR., L.F1; BOFF, G.S.J.2 1Estudantes de Medicina Veterinária – Ulbra/Canoas 2Medica Veterinária Toxicologista do CIT/RS, Profa Ulbra A Cannabis sativa é conhecida popularmente como maconha, marijuana, hemp, haxixe, entre outros. Seu principio ativo são os canabinóides, principalmente o THC (-9-tetrahidrocanabinol), que varia de acordo com as condições climáticas, o tipo de solo, a altitude, a maturidade da planta, etc.... É rapidamente absorvida por via oral e inalatória.

2 A maconha é uma planta exótica e teria sido introduzida no Brasil, a partir de 1549, pelos negros escravos, daí a sua denominação de fumo-de-Angola. Na época era também conhecida pelo nome de “Bangüê”. Animais de estimação podem ingerir acidentalmente tocos de cigarros de maconha, ou produto mal “armazenado” que fique ao alcance dos mesmos ou por administração inalatória intencional do proprietário. Os cães são os mais sensíveis dos animais de estimação e bovinos ocasionalmente podem ingerir a planta seca.

3 É excretada pelas fezes, urina e leite.
O mecanismo de ação é semelhante à dos barbitúricos. Apresentam ação anticonvulsivante, elevam o limiar para a ativação comportamental e EEC, e deprimem os reflexos polissinápticos. A concentração plasmática atinge o pico em 7 a 10 minutos e os efeitos podem durar de 2 a 3 horas quando inalada e de 4 a 6 horas quando ingerida. É excretada pelas fezes, urina e leite.

4 Sinais e Sintomas: Sonolência, sedação, diminuição do comportamento agressivo, alteração no equilíbrio, ataxia, incoordenação. Alucinações aparentes (latidos e agitação sem motivo aparente). Broncodilatação. Secura de mucosas. Aumento do apetite. Aumento da freqüência cardíaca e da pressão sistólica em decúbito. Depressão, vermelhidão acentuada das conjuntivas oculares. Diminuição da produção lacrimal, da pressão intraocular e da resposta imunocelular e humoral. Hipotermia e taquipnéia. Animais jovens parecem ser mais afetados que os adultos.

5 Em ingestas crônicas podem levar a cios anovulatórios e diminuição na espermatogênese. Tratamento: Sintomático e de manutenção. O animal deve ser mantido hidratado em ambiente tranqüilo, confortável, pouco iluminado e aquecido. A recuperação ocorre entre 1 a 3 dias. OBS: Como o THC possui ação antiemética, os eméticos nem sempre são eficazes.

6 Considerações: O diagnóstico da intoxicação por maconha (e outras drogas ilícitas) é problemático porque as informações solicitadas na anamnese, podem ser muitas vezes sonegadas ou enganosas.

7 Bibliografia: ELLENHORN, M.J. Ellenhorn's Medical Toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. 2. ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 2047 p GFELLER, R.W. Manual de toxicologia e envenenamentos em pequenos animais. 2. ed. São Paulo: Roca, 376 p. : il MARTINDALE: the extra pharmacopoeia. 31.ed. London: Royal Pharmaceutical Society, 2739 p OSWEILER, G.D. Toxicologia Veterinária. Porto Alegre: ARTMED, 526 p., il PIRES, R.C.Toxicologia Veterinária: guia prático para o clínico de pequenos animais. São Paulo: HP,  96 p., il