Método Clínico Centrado na Pessoa

Apresentação em tema: "Método Clínico Centrado na Pessoa"— Transcrição da apresentação:

1 Método Clínico Centrado na Pessoa
Alunas: Jurraine Herculano, Rafaella Monterlei e Rebeca Queiroz Professores: Rose e Michael Disciplina: Medicina Integral 3 Universidade do Estado do Rio de Janeiro

2 Introdução O homem é um ser biopsicossocial, logo deve ser entendido pelo sistema de saúde como um todo, reforçando a necessidade de um atendimento integral e a participação efetiva da pessoa que busca ajuda no cuidado a saúde.

3 O que as pessoas esperam do atendimento médico
Avaliação da razão principal da consulta, suas preocupações e sua necessidade de informação Entendimento integrado do seu mundo – necessidades emocionais e questões existenciais Consenso sobre ‘qual é o problema’ e concordância com o tratamento Melhoria da prevenção e promoção da saúde Melhoria do relacionamento médico-pessoa atendida

4 Medicina centrada na pessoa
O primeiro passo, e o mais importante, é a mudança da postura e do pensar do médico. A noção hierárquica que nos distancia da pessoa deve ser substituída pela renúncia do controle e autonomia do paciente.

5  dicas e movimentos 5 – Intensificando a relação médico-pessoa
1- Explorando a enfermidade e a experiência da pessoa em estar doente 2- Entendendo a pessoa como um todo  dicas e movimentos pessoa enfermidade (disease) sentimentos idéias função expectativas história exame clínico exames complementares doença (illness) contexto próximo contexto distante Método Clínico Centrado na Pessoa 3- Elaborando projeto comum de manejo dos problemas problemas objetivos papéis 1º medico deve usar o conceito de doença e enfermidade chave são as dicas e movimentos e a partir daí coletar informações e dimensão da experiência da pessoa sobre a doença e entender sob seu ponto de vista. 2º Entender e conhecer os diferentes contextos e identificar o Ciclo vital 3º Natureza dos problemas – prioridades Objetivos do tratamento Papéis de cada um. Em geral existem grandes divergências. 4º aproveitar as oportunidades de cada encontro. 6º expectativas dentro das possibilidades e respeitar limites: do médico, da pessoa e do contexto. Usar a rede 5º diferentes pessoas requerem diferentes abordagens – conhecimento cumulativo ajuda. 6 - Sendo realista decisões conjuntas 4- Incorporando prevenção e promoção à saúde 5 – Intensificando a relação médico-pessoa

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7 Medicina centrada na pessoa
1) Explorando Disease e Illness Disease Construção teórica pela qual o médico tenta explicar os problemas dos pacientes em termos de anormalidades de estrutura e/ou função de órgãos e sistemas e inclui tanto distúrbios físicos quanto mentais. Illness Experiência individual e subjetiva do “estar doente”: sentimentos, idéias e comportamento. História Exame físico Exames complementares Sentimentos Idéias, medos Funções Expectativas

8 Caso clínico da Neurocirurgia
Illness x Disease. Acompanhamento. Paciente do sexo feminino, com 38 anos, recém operada de hérnia de disco, relatava que havia interrompido as sessões de fisioterapia pós- operatório e reclamava dos mesmos sintomas que a acompanhavam antes da operação. Os exames clínicos realizados para estes sintomas apareciam como negativos, indicando que a paciente apresentava-se poliqueixosa.

9 Medicina centrada na pessoa
2) Entendendo a pessoa como um todo A Pessoa -história de vida -ciclo vital -espiritualidade -Questões pessoais e de desenvolvimento Contexto próximo -família – estrutura, funcionamento e adaptações -emprego -rede de apoio social Contexto distante -cultura -comunidade -ecossistema

10 Caso Clínico AMI Avaliar paciente como um todo
Paciente do sexo feminino, 47a, alega perda ponderal de 12 kg em 3 meses. Ao perceber o contexto em que a paciente está inserida, foi possível entender que na verdade não se tratava de um problema puramente físico, mas também psicológico.

11 Medicina centrada na pessoa
3) Buscando acordo Problemas e prioridades Metas e Tratamento Responsabilidades

12 Medicina centrada na pessoa
4)Incorporando prevenção e promoção à saúde Reflexão crítica sobre saúde Valores, necessidades, motivos e compreensão Situação dinâmica, varia entre pacientes e entre períodos da vida

13 Medicina centrada na pessoa
5) Aperfeiçoando a relação médico paciente Cuidado: tempo, estar com, conversar, sensibilidade, atuar em interesse do outro, sentir, agir e reciprocidade Longitudinalidade e Constância Médico como instrumento terapêutico Auto-conhecimento Transferência e contra-transferência

14 Caso clínico da ginecologia infanto-puberal
Aperfeiçoamento da relação médico e paciente. Paciente do sexo feminino com 15 anos procurou a ginecologista para uma consulta de rotina. Ao final da consulta, sentiu-se a vontade para contar que teve sua primeira relação sexual com o namorado e buscava informações sobre os métodos contraceptivos, porém seu principal questionamento girava em torno de usar ou não a pílula anticoncepcional. A médica não esclareceu os aspectos positivos e negativos da pílula e deixou subentendido que, com a idade que a garota tinha, ela não deveria estar mantendo relações sexuais, muito menos usar anticoncepcional. Faltou cuidado e faltou terapêutica.

15 Medicina centrada na pessoa
6) Sendo realista Tempo e Timming Trabalhar em equipe Administração sensata de recursos

16 O método clínico centrado na pessoa em relação a outros modelos de comunicação na prática médica
A não redução da prática médica a técnicas está apoiada em uma maneira de pensar sobre as tarefas clínicas da medicina, que precisam ser explicadas clara e pragmaticamente.

17 Atuais desafios para o método clínico centrado na pessoa
“Empowerment”: a ênfase na autonomia da pessoa, o interesse na diversidade ética e a crescente atenção do público às atividades de prevenção e promoção da saúde. Isso melhora a capacidade da pessoa se envolver mais na assistência à sua própria saúde. Demanda competitiva, conflitos de interesses. Perda de continuidade do relacionamento entre pessoa e médico (proliferação de serviços de atendimento 24 horas). Distorção pela mídia Precaução e perda de confiança por parte dos profissionais e perda de confiança e segurança pelas pessoas. bem-estar das pessoas X contenção de custos

18 Advento da tecnologia da informação: seleção de informações úteis; nova dinâmica.
Medicina complementar ou alternativa e medicações populares Diretrizes na prática médica: contextualização Tipos de consulta: rotineiras, rituais ou dramáticas.

19 Confluência do método clínico centrado na pessoa e a medicina baseada em evidências
“Ciência dura” x “ciência leve”. Complementaridade: a evidência, as características particulares da pessoa e as preferências desta.

20 Por que discutir método clínico?

21 Conceitos equivocados sobre o método clínico centrado na pessoa
Demora mais tempo; Atende primariamente às questões psicossociais em detrimento das doenças; Requer que se aceitem as exigências da pessoas; Enigmas pessoais; Compartilhar informações e decisões com a pessoa; Conjunto de tarefas que não precisa ser aplicado a cada consulta, mas que pode ser usado em algumas situações ou descartado, de acordo com a escolha do médico;

22 Tipos de consulta (Miller,1992)
Drama Incertezas Conflitos Diagnóstico de doença com sérias implicações Rotina Queixas agudas Consultas simples e rápidas Cerimonial (manutenção) Doenças crônicas Pré-natal Puericultura Dramas ajustados Cerimonial (transicional) Explanação transicional, proteção ao paciente até próxima consulta

23 Conclusão Consultas que seguem o modelo centrado na pessoa não demoram mais que as convencionais, melhoram a interação entre médico e pessoa atendida (“illness”) e fornecem oportunidade para que se estabeleça uma base em comum entre eles. Os médicos que usam esse método são flexíveis na escolha de qual abordagem usar com cada pessoa. Por fim, pesquisas indicam que ensinar e aprender o método centrada na pessoa é um desafio complexo.

24 Conclusão Medicina centrada na doença Medicina centrada na pessoa