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o l á!
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Chamo-me NeCa ! Filho do Neme e da Cabri-Júnior e um poema vos vou recitar!
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Apareci do nada...
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Pontoaponto,
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Segmento asegmento,
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Circunferênciaa Circunferência.
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Uma dilatação aqui,
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Outra acolá…
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Prova incontestável de que a matemática é divertida! E, aqui estou eu:
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Já corri muito: umas vezes a velocidade constante,
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Outras nem por isso.
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Saltei ao eixo!
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escalei triângulos até ao vértice!
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Atirei-me de paralelogramos em queda livre!
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Entrei nos eixos,
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Saí dos eixos!
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Vivi dentro dos limites
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Até sair dos limites.
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Animei as figuras certas e,
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fui animado por outras, como que marioneta de um qualquer matemático.
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Mas no domínio da vida algo aprendi: viver só é uma monotonia crescente!
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E foi aí, no ponto médio da vida,
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que encontrei a minha simetria em relação ao amor!
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Encontrei-a ao virar de um quadrado
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e, desde logo, nos apaixonamos!
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Uma rotação de 180º me alterou,
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e desde então, ela passou a ser o centro da minha geometria!
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Encontramos o lugar geométrico a que as nossas almas estavam equidistantes.
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Traçamos planos.
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Encontramos soluções para os problemas que nos surgiam na intersecção de vida...
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Dos sistemas de equações resultantes, a duas, três ou mais incógnitas, havia sempre solução...
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Logo percebemos: as nossas vidas não eram rectas paralelas que nunca se cruzam.
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Seriam, pelo menos, perpendiculares que se intersectam num ponto bem definido!
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Por uma recta, somos a “reflexão” um do outro e,
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fizemos uma transformação do nosso amor.
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Não é possível medir o incomensurável...
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Mas é, certamente, possível encontrar o segmento que nos une e,
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dilatá-lo até um só ponto!
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E assim, somos um só!
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Só me resta, para o meu amor mostrar, um axioma usar:
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"Para todos os elementos do conjunto dos corações enamorados, existe sempre uma correspondência. A nossa é biunívoca! …
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Qualquer que seja a função, o meu coração tende para o teu,
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e a soma dos dois,
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tende
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para o infinito”.
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Sou feliz, elevado à n-ésima potência!
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Trabalho realizado por: Núcleo de estágio de Matemática
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