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PublicouGiovanni Álvaro Carlos Alterado mais de 8 anos atrás
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-A preocupação na década de 1970 residia na possível escassez de recursos naturais/energéticos. -Atualmente a preocupação está centrada nos impactos das atividades econômicas sobre a poluição global. -Por que? A economia mundial atingiu uma escala suficientemente elevada. - Motivos: A magnitude da população e o nível de renda per capita. 1
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-Por mais pobre que seja uma sociedade, se a população cresce a uma taxa elevada, haverá aumentos nocivos ao meio ambiente. Por que? -Por sua vez, mesmo que não haja aumento populacional, um aumento da renda per capita também terá efeitos negativos. Por que? -Em termos matemáticos: Y = (Y/P) x P DA= α(Y) Em que Y= PIB real (proxy da escala de produção material), P é a população e DA, degradação ambiental.
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A dinâmica demográfica O número de pessoas que, em um dado momento no tempo, habitam o globo terrestre é fator fundamental na determinação dos impactos da sociedade humana sobre o meio-ambiente. Mais importante, porém, é a taxa de crescimento dessa população, e a distribuição geográfica de tal crescimento.
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Terá o nosso globo a capacidade de, por volta de 2050, alimentar os seus quase 9 bilhões de habitantes? Poderão as cidades absorver vários bilhões de pessoas em condições adequadas de saúde, educação, habitação, emprego e segurança? A expectativa é a de que, em 2050 bem mais da metade da população mundial esteja residindo em cidades. Qual o impacto dessa expansão demográfica sobre o consumo de energia e de outros recursos naturais? E sobre a poluição? Será que em 2050 o sistema econômico global terá condições de oferecer padrões de vida aceitáveis a quase 9 bilhões de habitantes sem impor profunda e irreversível degradação ambiental?
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Elementos da dinâmica demográfica Variação demográfica = entradas – saídas Entradas = natalidade + imigração Saídas = mortalidade + emigração
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O crescimento da produção material (PIB per capita) e o meio ambiente De que forma o crescimento do produto afeta o meio ambiente? Quanto maior o nível do produto (escala), maior a absorção de recursos naturais, aumentando a sua escassez. A elevação acentuada da escala da economia, amplia as emanações de poluição e degradação.
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A hipótese do “U invertido” (Curva de Kuznets) Tomando a renda per capita, Y/P, de um país como indicador de desenvolvimento, e observando a relação empírica entre esse indicador e certos índices de qualidade ambiental, observou-se que para economias de baixo PIB per capita, aumentos deste seriam acompanhados de uma acentuação na deterioração ambiental. Entretanto, se esse país continuasse a crescer, após um determinado ponto, aumentos de Y/P acabariam propiciando reduções na degradação do meio- ambiente.
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Curva de Kuznets ambiental
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Em um país pobre, o crescimento da produção é prioritário e a preservação do meio ambiente e o combate à poluição são luxos. Contudo, se a economia do país cresce continuamente a taxas superiores a do seu crescimento demográfico, cedo ou tarde sua renda per capita atingirá um nível tal em que o padrão de vida da população será relativamente confortável; e quando isto acontece, a qualidade do meio-ambiente acaba se tornando prioritária. Em consequência, observa-se a introdução de legislação ambiental, o desenvolvimento de instituições apropriadas, a promoção de tecnologias e de produtos “limpos” e a implementação de políticas de proteção ambienta
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Se for verdadeiro a hipótese do U invertido não há incompatibilidade entre crescimento econômico e qualidade ambiental. A seguir, alguns exemplos reais apoiando a hipótese:
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Renda real per capita
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Tempo (anos)
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Críticas à hipótese do U invertido Para começar, a curva do “U” invertido se aplica a apenas alguns poluentes, geralmente aqueles com impactos locais e de curto prazo. Os estudos empíricos não avaliam o panorama global. A diminuição das emissões de um poluente em um dado país pode significar aumentos da emissão de outros poluentes no mesmo país, ou a transferência da poluição a outros países, via exportação de indústrias “sujas”.
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De forma geral, ela não se aplica a poluentes com efeitos duradouros e de amplo alcance espacial – como a emissão de dióxido de carbono (efeito estufa). Em outras palavras, a expansão da renda per capita pode estar associada a melhorias em alguns indicadores, mas isso não nos permite concluir que basta o crescimento econômico para garantir uma melhoria ambiental generalizada; nem que os impactos ambientais do crescimento podem ser ignorados e, que a base de recursos do globo é capaz de sustentar o crescimento econômico.
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Figura 8 - Emissão de dióxido de carbono per capita
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A hipótese do U invertido e o teorema da impossibilidade Mesmo que a hipótese do U invertido fosse válida para todos os poluentes no contexto de países individuais, seria fisicamente impossível um crescimento generalizado no longo prazo de todos os países e uma redução global da degradação ambiental. Para verificar isso, suponhamos que a teoria de U invertido seja verdadeira e que com o passar do tempo, todos países em desenvolvimento – inclusive países da África consigam registrar significativos aumentos de renda per capita.
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O ambientalista Common, através de seu modelo garante que no longo prazo a evolução hipotética do U invertido não garantiria um declínio da degradação global; um declínio desses não estaria assegurado nem mesmo se a renda per capita de todos os países viesse a atingir níveis que os colocassem na faixa descendente do U invertido.
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A primeira hipótese supõe que, com a economia crescendo continuamente, no muito longo prazo o produto real per capita acabará atingindo o ponto a, da Figura 10. Em outros termos, supomos aqui que se acabe descobrindo maneira de produzir e consumir sem, de nenhuma forma, degradar o meio-ambiente. A segunda hipótese, mais realista, estabelece um limite inferior para a relação entre renda per capita e degradação ambiental – o nível de degradação k, da Figura 10. Existe, pois, um limite para o declínio da degradação ambiental.
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Por mais elevada que seja a renda per capita de um dos países, a degradação ambiental não pode ser inferior a k. Assim, com a passagem do tempo e crescimento, ambos os países ingressam na fase descendente do U invertido, e apresentam níveis de degradação ambiental cada vez menores; e com o tempo, todos atingirão o patamar mínimo de degradação k. Isso significa que, quando os países tiverem atingido a renda 0y', com a continuidade do crescimento haverá uma incremento proporcional na degradação ambiental. E esse incremento continuará a ocorrer indefinidamente, enquanto houver crescimento.
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Impacto ambiental
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Conclusão Se, de fato, houver redução significativa da pobreza em todo o mundo, se os países mais pobres, que abrigam cerca de 4/5 da população mundial, puderem melhorar seus padrões de vida, a expansão demográfica e o crescimento da renda per capita levariam a escala da economia mundial a níveis extremamente altos, gerando extensa degradação ambiental. Além disso, há serias dúvidas de que essa escala da economia teria condições físicas de ser atingida.
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Exercícios Como o crescimento populacional e a renda per capita (proxy para a produção material) afetam o meio ambiente? A curva de Kuznets ambiental e sua veracidade empírica varia de país para país. Na sua opinião, se ocorresse um aumento generalizado da renda per capita no Brasil ao longo do tempo, o mercado automaticamente reduziria o impacto ambiental das atividades econômicas ou haveria a necessidade de intervenção governamental? Defenda seu ponto de vista.
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