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Noções básicas/introdutórias à Piaget

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Apresentação em tema: "Noções básicas/introdutórias à Piaget"— Transcrição da apresentação:

1 Noções básicas/introdutórias à Piaget
A construção do real na criança; O nascimento da Inteligência na cça; Biologia e conhecimento; Seis estudos de psicologia: a linguagem e o pensamento do ponto de vista genético; Zélia Ramozzi-Chiarottino: “Psicologia e Epistemologia Genética de J. Piaget”.

2 A construção do real na criança
Estuda a evolução da inteligência sensório-motora: a acomodação dos esquemas da assimilação ao real (objeto e causalidade) (p. 20); O autor busca fazer uma análise “da representação das coisas que o indivíduo cria para si” (p. 20) (forma de representação do mundo característica da criança no estágio pré-verbal);

3 Durante os primeiros meses da existência (cça), o mundo exterior confunde-se com o eu e suas as sensações (indivíduo centrado em si mesmo); Egocentrismo: ausência de consciência de si e ausência de objetividade; a “tomada de posse” do objeto caminha ao lado da tomada de consciência de si (p. 21); A organização do real como cosmos/universo (espaço-temporal) se efetua na medida em que ocorre a eliminação do egocentrismo (p.21);

4 Primeiros meses a criança não dissocia o mundo exterior de sua atividade. Os quadros perceptivos [fenômenos] lhe parecem ser comandados por seus desejos e esforços; somente com os progressos da inteligência a criança passa a atribuir às coisas e às pessoas uma causalidade autônoma, a conceber relações causais independentes dela (p );

5 Da fase do artificialismo egocêntrico, passa à do animismo: representa para si as relações causais, dotando os objetos de atividades humanas (p. 384); [a criança continua egocêntrica no plano representativo – defasagem entre representação e ação];

6 Resumindo a causalidade, assim como as outras categorias, evolui, no plano do pensamento, de um egocentrismo à objetividade; Tempo: passa de uma duração interior (tempo psicológico/vivido), concebida como único modelo temporal ao tempo físico (p.385).

7 No domínio da representação do mundo, sob o caos das aparências, a criança procura as regularidades (experimentações); uma atividade profunda da própria inteligência. Domínio social: o ajustamento do pensamento próprio ao dos outros assegura a possibilidade de uma cooperação que constitui o meio para a elaboração da razão (p.391); [o egocentrismo é constrangido pela coerção da opinião do outro]

8 Procedendo do estado puramente individual, que caracteriza a inteligência sensório-motora, à cooperação, a criança depois de ter vencido seu egocentrismo, recebe desta (cooperação) os instrumentos necessários para prolongar a construção racional preparada durante os dois primeiros anos e desdobrá-la em um sistema de relações lógicas e de representações adequadas ( ).

9 Lei de evolução: a assimilação e a acomodação se originam de um estado de indiferenciação caótica até chegar a um estado de diferenciação e coordenação entre si (p. 359); do egocentrismo à objetividade (p. 363);

10 Relações entre pensamento individual e socialização: a acomodação ao ponto de vista dos outros possibilita ao pensamento individual situar-se em um conjunto de perspectivas que assegura sua objetividade e reduz seu egocentrismo (p. 363);

11 Da inteligência sensório-motora ao pensamento conceitual: a evolução da inteligência sensório-motora, culmina em um estado de equilíbrio próximo ao pensamento racional. “É assim que, partindo do exercício dos reflexos e das primeiras associações adquiridas, a criança chega, num espaço de alguns meses, a construir um sistema de esquemas suscetíveis de indefinidas combinações que anuncia o dos conceitos e das relações lógicas” (p. 364); Do plano prático ao da linguagem e do pensamento conceitual e socializado;

12 O pensamento surge como assimilação do real ao eu, com acomodação ao pensamento dos outros, mas sem síntese, só mais tarde conquista a unidade racional que concilia a perspectiva própria com a reciprocidade. O pensamento egocêntrico tende à satisfação e não à objetividade (p. 369);

13 A criança, entre 2 e 6 anos, permanece muito tempo fechada em seu ponto de vista próprio, tem dificuldades para sair de seu pensamento próprio a fim de adaptar-se ao dos outros; Por outro lado, durante os primeiros estágios do pensamento individual, assistimos uma espantosa submissão da criança às sugestões e às afirmações do outro (p.369);

14 O raciocínio infantil primitivo, por não conhecer classes nem relações propriamente ditas, consiste em fusões simples, em transduções, assimilações sincréticas (p. 370); [sincretismo: fusão de pré-conceitos]. É apenas no transcorrer de um desenvolvimento laborioso que o raciocínio infantil se torna racional (p. 370);

15 Quando se compara uma criança de 2-3 anos a um bebê de 8 a 10 meses fica-se tentado a comparar a criança, antes e depois da linguagem, isto é, de concluir que a linguagem é a fonte do pensamento. Mas não é a única responsável por tais transformações. (p ).

16 Existe uma função simbólica mais ampla que a linguagem, englobando, além do sistema de signos verbais, o do símbolo no sentido estrito. Então a origem do pensamento deve ser procurada na função simbólica (p. 85).

17 1ª Tese: A linguagem ou o pensamento verbal se limitam a permitir o término de uma estruturação que tem suas origens nos sistemas de operações concretas, nas estruturas da própria ação (estruturas próprias ao nível de 7 a 11 anos: operações concretas). 2ª Tese: O sujeito passa das estruturas concretas elementares (classificação, seriação) para a estrutura das operações formais por meio da intervenção de operações combinatórias. As quais se formam por volta dos anos em todos os campos (p.90).

18 A linguagem não é suficiente para explicar o pensamento, pois as estruturas que o caracterizam têm suas raízes na ação e nos mecanismos senso-motores que são mais profundos que o fato lingüístico (p. 92).

19 Sem a linguagem (sistema de expressão simbólica) as operações permaneceriam individuais e ignorariam a regulação que resulta da troca interindividual e da cooperação. A linguagem é indispensável à elaboração do pensamento. Entre linguagem e pensamento há um ciclo genético, um se apóia sobre o outro (ação recíproca). Mas ambos dependem no final das contas, da inteligência, que é anterior à linguagem e independente dela (p. 92).

20 Biologia e conhecimento
Piaget, biologista de formação, após ter publicado diversos trabalhos de zoologia e botânica, buscou neste livro estudar o desenvolvimento psicológico das funções cognitivas. O autor, para evitar uma leitura vitalista, define em seu livro os métodos para se comparar de maneira racional os mecanismos cognoscitivos com os processos orgânicos.

21 O autor aponta correspondências funcionais e estruturais entre as funções cognoscitivas e as funções orgânicas [...] as estruturas cognoscitivas ultrapassam as estruturas orgânicas, prolongando-as [...]” (p. 393, 402). O organismo não basta a si mesmo, não pode prescindir do conhecimento, dos instintos, aprendizagem ou inteligência. Não há dualidade radical de natureza entre a vida e o conhecimento.

22 Conhecimento desinteressado acessível igualmente aos chimpanzés
Conhecimento desinteressado acessível igualmente aos chimpanzés. Explorar por explorar, sem utilidade imediata [...] até chegar a aprender por aprender, como se entrevê no plano da inteligência sensório-motora, é estender ainda mais o meio utilizável”. (p. 394) “[...] a ação é corrigida em função dos resultados (p. 398) [tentativa e erro]

23 “[...] outro caráter específico das funções cognoscitivas comparadas com as formas da organização viva: é a possível dissociação das formas e dos conteúdos. [...] com os progressos da inteligência, os esquemas operatórios tornam-se muito gerais [...] uma lógica formal torna-se possível no sentido de uma estrutura organizadora aplicável a qualquer tipo de conteúdo”. (p ) “[...] [Ensinar a pensar sem ensinar conteúdos]

24 É uma questão desprovida de sentido perguntar se a lógica ou a matemática são na essência individuais ou sociais. [...] as regulações interindividuais, ou sociais constituem um fato novo com relação ao pensamento individual, que sem elas fica exposto a todas as deformações egocêntricas (p ). Proposta: procurar “o segredo da organização racional na organização vital, inclusive em suas superações, o método consiste então em procurar compreender o conhecimento em sua própria construção”. (p. 409)

25 Três tipos fundamentais de conhecimento – p. 412:
O saber inato cujo protótipo é o instinto [conceito p. 413]; O conhecimento do mundo físico que prolonga o aprendizado em função do meio; O conhecimento lógico-matemático.

26 Conhecimento e sociedade – “a inteligência não renuncia ao instinto frente às interações interindividuais ou sociais. Parece mesmo não haver nenhuma descontinuidade a este respeito, porque já os chimpanzés só trabalham em grupo”. (p. 415) “Pesar os méritos do indivíduo e do grupo é um problema análogo ao das relações de filiação entre o ovo e a galinha. [...] as regulações cognoscitivas ou operações são as mesmas num único cérebro ou num sistema de cooperações”. (p. 416)

27 Inteligência (pressupostos):
A inteligência verbal baseia-se numa inteligência prática ou sensório-motora, a qual se apóia nos hábitos e associações adquiridos para recombiná-los; hábitos e associações que pressupõem a existência de do sistema de reflexos (p. 13); Existe certa continuidade entre a inteligência e os processos puramente biológicos de morfogênese e adaptação ao meio (p. 13);

28 Fatores hereditários (de ordem estrutural) condicionam o desenvolvimento intelectual (constituição do sistema nervoso e órgãos sensoriais) (p. 13); A atividade funcional da razão que não provém da experiência está vinculada à hereditariedade. A inteligência não poderia apreender qualquer dado exterior sem certas funções de coerência (não contradição), de relacionamento, que são comuns a toda e qualquer organização intelectual (p. 14);

29 Existe um núcleo funcional da organização intelectual que promana da organização biológica. Essa invariante orientará o conjunto das sucessivas estruturas que a razão vai elaborar em seu contato com o real (a priori) (p. 14);

30 A priori não como estruturas feitas acabadas (p.14);
A inteligência é um caso particular da adaptação biológica; ela é essencialmente, uma organização e sua função consiste em estruturar o universo tal como o organismo estrutura o meio imediato (p.15);

31 No desenvolvimento mental, existem elementos variáveis e outros invariantes (estruturas variáveis; funções invariantes). A priori funcional da razão; e a priori final do desenvolvimento. Contudo o autor afirma que “as estruturas cognoscitivas ultrapassam as estruturas orgânicas, prolongando-as”, ou seja, existem estruturas orgânicas, e, portanto, hereditárias, que constituem a base sobre as quais outras estruturas vão ser construídas (reflexos, esquemas de ações, operações).

32 Zélia Ramozzi-Chiarottino, em “Psicologia e Epistemologia Genética de Jean Piaget”, afirma que para Piaget: o processo de interação entre organismo e meio possibilita a construção das estruturas mentais (superação da dicotomia organismo-meio), três tipos de estruturas: as totalmente programadas (aparelho reprodutor/maturação sexual);

33 as parcialmente programadas (sistema nervoso, cujo desenvolvimento e construção depende do meio);
as nada programadas (mentais específicas para o ato de conhecer); Estruturas existem a priori.

34 Estrutura orgânica nada programada: a espécie humana traria, no genoma, possibilidades que poderiam ou não atualizar-se, em função da solicitação do meio; As possibilidades genéticas do ser humano, com respeito às estruturas mentais específicas para o ato de conhecer, estão determinadas pela espécie, mas sua atualização vai depender do meio (as possibilidades de todos os seres humanos são, teoricamente, as mesmas); [O meio não determina, influencia...]


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