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Histórico das Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa

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Apresentação em tema: "Histórico das Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa"— Transcrição da apresentação:

1 Histórico das Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa
CURSO INTRODUTÓRIO EM PRÁTICAS CORPORAIS E MENTAIS DA MTC Histórico das Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa

2 As Práticas Corporais da MTC se originaram em um outro tempo e um outro local, muito diferente do nosso. Ainda assim, hoje e no Brasil, a implantação dessas técnicas nos serviços de saúde traz diversos benefícios aos usuários. Todas essas práticas têm três alicerces na sua execução: (i) o movimento (ou manipulação, no caso da massagem); (ii) a atitude mental; (iii) a respiração.

3 Registros Históricos - I
Os antigos relatos orais relativos à Medicina Tradicional Chinesa fazem referência ao Período dos Três Soberanos Divinos, personagens que teriam existido há cerca de anos. A eles são atribuídas diversas descobertas e invenções que fundamentaram a civilização chinesa. O primeiro deles foi o Imperador Fu Xi, que, observando os sinais do céu e da terra, criou os hexagramas que formam o Livro das Mutações. Além disso, a ele é atribuída a invenção dos nove tipos de agulhas para a acupuntura. Shennong foi o segundo. Diz-se que ele testou todas as plantas do mundo e registrou seus efeitos terapêuticos. O terceiro foi Huang Di, o “Imperador Amarelo”, considerado ancestral de todos os chineses. O hipotético diálogo entre ele e seus médicos da corte forma o conteúdo do “Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo”.

4 Registros Históricos - II
O “Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo” é uma compilação de numerosos livros e documentos médicos redigidos durante o Período de Primavera e Outono ( a.C.), Período dos Reinos Combatentes ( a.C.), Dinastia Qin ( a.C.) e Dinastia Han (202 a.C. – 220 d.C.). É formado por 18 volumes, divididos em 162 capítulos. É o mais antigo livro ainda existente sobre a MTC. Figura 1 Volumes do “Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo” impressos na Dinastia Ming ( ). (Fonte: Yu & Lin. La Medicina Tradicional China)

5 Registros Históricos - III
Figura 2 Duas técnicas de massagem (Fonte: Zhuang & Zhuang. Guia Ilustrado de Auto Tuina para Problemas Comuns de Saúde) As técnicas de massagem e automassagem surgiram na pré-história e se desenvolveram juntamente com a Teoria dos Meridianos da Medicina Tradicional Chinesa. Figura 3 Mapa dos Pontos do Vaso Governador. Gravura da Dinastia Qing ( ) (Fonte: Yu & Lin. La Medicina Tradicional China)

6 Registros Históricos - IV
Durante a Dinastia Shang (séc. XVI – séc. XI a.C.), era comum que se escrevessem perguntas divinatórias em ossos de animais e carapaças de tartarugas. Em um desses exemplares se lê “A dor abdominal do consultente pode ser tratada por massagem?”. (Citado em visualizado em 14 de julho de 2015). Figura 4 Caracteres chineses gravados em carapaça de tartaruga (Fonte: China ABC)

7 Registros Históricos - V
Figura 5 Daoyin Tu (“Ilustração dos Exercícios de Guiar o Qi e Alongar o Corpo”). Rolo de seda de aproximadamente 160 a.C. (Fonte: Chen Taiji – Inner Powers in Taijiquan)

8 Registros Históricos - VI
Hua Tuo, médico chinês da Dinastia Han (206 a.C a 220 d.C): “O corpo humano precisa de exercícios, mas estes não devem ser exagerados. Por outro lado, a inércia provoca o enfraquecimento do espírito vital.” Uma forma de Qigong (exercícios de concentração através da respiração e de posturas e movimentos), desenvolvida por Hua Tuo, é ainda praticada hoje em dia. Trata-se do Wuqinxi, ou “Jogos dos Cinco Animais”. Figura 7 Gravuras modernas do Wuqinxi (Fonte: Nei Menggu kepu zhi chuang) Figura 6 Gravuras antigas do Wuqinxi (Fonte: Luzhongwang Jiankang)

9 Registros Históricos - VII
O Baduanjin (“Oito Peças de Brocado”) é outra forma popular de prática corporal da Medicina Tradicional Chinesa. É usado tanto para recuperar e preservar a saúde como também para treinar aqueles que iniciam a prática de artes marciais. Figura 8 Gravura antiga do Baduanjin (Fonte: Taichi Village)

10 Automassagem - I Wang Fu, em seu livro “Metodos Chinos de Masoterapia”, relata que a massagem remonta ao princípio da humanidade. No “Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo” se lê: “Na região das planícies centrais, onde as terras são baixas e o clima é úmido, são frequentes os reumatismos e artrites causados pelo frio. O melhor tratamento que pode se aplicar nessas enfermidades é a ginástica curativa daoyin e a massagem anmo”. Ao longo do tempo, as técnicas foram se aperfeiçoando, surgindo uma variedade de manobras manuais, como: apertar, amassar, pinçar, beliscar, pressionar, empurrar,... Na antiga China, vários nomes foram usados para denominar as técnicas de massagem, a depender da época e da região. Assim, podemos encontrar as denominações de “An-mo” e “Tui-na” na literatura. Aquela tem textos mais antigos, essa, em textos a partir da Dinastia Ming,

11 Automassagem - II O grande médico Bian Que, do Período dos Reinos Combatentes ( a.C.), utilizou a acupuntura e a massagem para salvar o príncipe do reino Zhao. É o primeiro exemplo de cura de uma enfermidade através da massagem relatado em um documento escrito. O já citado médico Hua Tuo prescrevia a massagem para o período pós-operatório. A Dinastia Tang ( ) foi uma das épocas de grande florescimento cultural da história chinesa. Nesse período se estabeleceu uma divisão de massagem no Departamento Imperial de Medicina e houve um intenso intercâmbio entre as culturas chinesa, coreana e japonesa. Nessa época, as técnicas de massagem, no estágio de desenvolvimento de então, foram introduzidas no Japão, onde passaram por aperfeiçoamentos, como o “amma” e o “shiatsu”.

12 Automassagem - III Na Dinastia Ming ( ) houve grande desenvolvimento da massagem, principalmente na modalidade aplicada às crianças. Nessa época foi publicado o “Tratado Completo de Prescrições para Massagem Infantil”, do médico Gong Yunlin. Nas Dinastias Ming ( ) e Qing ( ), a massagem estava entre as 13 disciplinas da Academia Imperial de Medicina. Desde 1956, as escolas e centros de massagem se estabeleceram nas universidades e faculdades de Medicina Tradicional Chinesa em várias localidades da China, como Beijing, Tianjin, Shijiazhuang e Shanxi. Como técnica de cuidado consigo mesmo, a automassagem esteve sempre associada a outras práticas corporais, como as diversas formas de Qigong (exercícios de respiração e concentração).

13 Tai Chi Chuan - I Existem muitas lendas sobre a criação do Tai Chi Chuan. A mais popular atribui o seu desenvolvimento ao mestre taoísta Zhang Sanfeng, que nasceu no século XIII e estaria ainda vivo nos dias de hoje. Os documentos históricos, no entanto, apontam que o Tai Chi Chuan foi sistematizado pelo general Chen Wangting ( ), no século XVII, entre o fim da Dinastia Ming e o início da Dinastia Qing. Figura 9 Representação popular de Zhang Sanfeng (Fonte: Egreenway) Figura 10 Chen Wangting (Fonte: Centre Yin Yang)

14 Tai Chi Chuan - II Chen Wangting fundamentou-se nos conhecimentos de artes marciais adquiridos em seu treinamento militar e na tradição das práticas corporais terapêuticas, como o Wuqinxi e o Baduanjin, citados acima. O Tai Chi Chuan manteve-se secreto, na remota vila de Chenjiagou (literalmente “Ravina da Família Chen”), sendo transmitido unicamente na família Chen, até a época de Chen Changxing ( ). Na ocasião, chegou à vila um mestre de artes marciais, chamado Yang Luchan. Enquanto trabalhava, Yang Luchan observou que, em determinado período do dia, os homens da vila se retiravam por algumas horas, sem falar com ninguém e voltavam exaustos, com aparência de quem havia feito algum esforço físico. Figura 11 Chen Changxing concede instruções a Yang Luchang (Fonte: Wudang Tai Chi Chuan)

15 Tai Chi Chuan - III Determinado a desvendar o mistério, Yang Luchan seguiu-os discretamente e descobriu que treinavam uma arte marcial desconhecida para ele. Ao longo dos dias, Yang continuou a observá-los secretamente. Retornando ao seu quarto, treinava as técnicas observadas. Esse “treinamento escondido” continuou até que foi descoberto. Imediatamente foi colocado à prova. Os relatos, tanto da família Chen quanto da família Yang, atestam que seu desempenho surpreendeu os Chen, que o acolheram oficialmente na linhagem. Após alguns anos, Yang Luchan recebeu autorização para ensinar o Tai Chi Chuan e deixou a vila de Chenjiagou com direção à capital da China, Beijing. Lá chegando, assumiu o cargo de professor de artes marciais na corte imperial.

16 Tai Chi Chuan - IV O Tai Chi Chuan passou de uma prática de trabalhadores rurais, habituados ao esforço braçal, para um exercício praticado pelos mandarins e membros da família imperial. Essas mudanças fizeram com que o Tai Chi Chuan se tornasse mais lento, suave, com movimentos amplos, a postura do tronco, elegantemente mantido num eixo vertical, características que marcam o estilo Yang. Os três filhos de Yang Luchan também foram mestres de Tai Chi Chuan, cada um deles imprimindo suas características pessoais aos movimentos praticados. Um dos seus netos, Yang Chengfu ( ), tomou uma atitude determinante para a popularização do Tai Chi Chuan, notadamente do estilo Yang: ele tornou-se um mestre itinerante, viajando por toda a China, formando milhares de discípulos. Figura 12 Yang Chengfu (Fonte: Munndialarts)

17 Tai Chi Chuan - V Quando Yang e sua família começaram a difundir o Tai Chi Chuan pela China, praticantes se tornaram discípulos, e discípulos se tornaram mestres. Quando um mestre dominava a essência da arte a ponto de incutir nela suas características pessoais, sem macular os princípios do Tai Chi Chuan, estava criado um novo estilo. Assim, o mestre Wu Yuxiang ( ), discípulo de Yang Luchan, criou o estilo Wuu, também chamado estilo Hao. Outro discípulo de Yang Luchan, chamado Wu Quanyou ( ), desenvolveu o estilo Wu. O quinto estilo maior de Tai Chi Chuan é o estilo Sun, criado pelo mestre Sun Lutang, combinando essa modalidade com outras duas artes marciais internas: o Hsing Yi Chuan e o Pa Kua Chang.

18 Tai Chi Chuan - VI O século XX presenciou imensas mudanças na China, e o Tai Chi Chuan também se transformou. O grande trabalho de divulgação da prática foi feito por Yang Luchan e Yang Chengfu, o que fez com que esse estilo se tornasse, rapidamente, o mais popular na China. Ao longo do século, mestres do estilo Yang emigraram para a Europa e Estados Unidos, popularizando esse estilo também em todo mundo. O estilo Chen preservou suas características originais e, no início dos anos 1930, Chen Fake abriu uma escola em Beijing, ensinando o seu estilo para um reservado grupo de alunos. A partir dos anos 1980, com a política de “Portas Abertas” da China, praticantes de vários países puderam conhecer a vila de Chenjiagou e o estilo Chen. Então, vários mestres do estilo Chen foram convidados a estabelecer escolas ao redor do mundo. Os estilos Wu, Wuu e Sun tiveram menor divulgação, tanto na China, como no exterior. Ainda assim, são igualmente respeitados como legítimas formas de Tai Chi Chuan.

19 Tai Chi Chuan - VII Após a proclamação da República, o governo chinês procurou incentivar práticas corporais nativas, a fim de fortalecer a saúde do povo, abalada por dois séculos de ataques estrangeiros e guerra civil. Em 1956, o governo da China designou um comitê, coordenado pelo mestre Li Tianji ( ), para a elaboração de uma forma simplificada de Tai Chi Chuan. O resultado do trabalho foi o “Tai Chi Chuan Simplificado de 24 Movimentos”, baseado no estilo Yang. Outras iniciativas semelhantes deram origem à formas para competição e formas curtas de cada estilo tradicional. Figura 13 Li Tianji (Fonte: Tai Chi Teach)

20 Lian Gong em 18 Terapias - I
“Lian” significa “treinar”, “Gong” significa “trabalho, dedicação”. Assim, os métodos corporais desenvolvidos na China sempre contam com “Treinamento e Dedicação”. O médico tradicional chinês, especializado em Tui-na e ortopedia, Dr. Zhuang Yuanming ( ) foi discípulo do mestre Wang Zhiping na arte do Mi Tsung Chuan, uma arte marcial cujo corpo de conhecimento engloba, também, técnicas de recuperação e manutenção de saúde oriundas do Baduanjin, Tai Chi Chuan, Wuqinxi, Tui-na já citadas acima, além de outras formas de Qigong, como o Yijinjing. Figura 14 Zhuang Yuanming (Fonte: Tengxun Tiyu)

21 Lian Gong em 18 Terapias - II
Ao longo de décadas de experiência clínica e estudo, o Dr. Zhuang sistematizou, a partir dessas técnicas antigas, um liangong moderno, que denominou “Lian Gong em 18 Terapias”. Figura 15 Desenvolvimento do Lian Gong em 18 Terapias a partir de antigos exercícios corporais. Os desenhos da parte superior retratam movimentos de Daoyin (Fonte: Liangong.com)

22 Lian Gong em 18 Terapias - III
Em 1974, o Dr. Zhuang lançou a primeira série de 18 Terapias, também conhecida como “Parte Anterior”. Posteriormente, a prática foi complementada com a “Parte Posterior” e o “I Qi Gong – continuação do Lian Gong em 18 Terapias”. O Lian Gong em 18 Terapias tornou-se bastante popular na China, no Japão, na Malásia, na Indonésia e no Brasil. Figura 16 Dr. Zhuang Yuanming praticando Lian Gong em 18 Terapias (Fonte: Liangong.com)

23 Lian Gong em 18 Terapias - IV
No Brasil, o Lian Gong em 18 Terapias foi introduzido pela professora Maria Lúcia Lee ( ), em A divulgação foi feita por livros, série de programas na televisão aberta e material audiovisual. Houve grande aceitação por parte da população brasileira. O Dr. Zhuang Yuanming visitou o Brasil em 1997 e 1999, por ocasião dos I e II Encontro Nacional de Lian Gong em 18 Terapias. Em 2006, seu filho e sucessor, Dr. Zhuang Jianshen, esteve presente no IV Encontro Nacional de Lian Gong em 18 Terapias. Figura 17 III Encontro Nacional de Lian Gong em 18 Terapias, realizado em Campinas-SP, com pessoas presentes. (Fonte: Wikipedia)

24 No Brasil Embora a presença chinesa no Brasil date do início do século XIX, não há documentação que comprove a prática da Medicina Tradicional Chinesa e suas práticas na época. A massagem e automassagem estiveram sempre presentes nas famílias, como por exemplo, as manobras usadas pelas mães para baixar a febre dos filhos. O Tai Chi Chuan começou a ser introduzido na sociedade brasileira nos anos 60, com a curiosidade despertada ao verem ágeis mestres chineses praticando o que parecia ser um balé em câmera lenta. Aos poucos, escolas e associações se formaram, a partir dos trabalhos desses pioneiros e a prática se popularizou. O Lian Gong em 18 Terapias foi introduzido no Brasil na segunda metade da década de 1980 e também teve grande aceitação pela população. Essas práticas corporais foram contempladas na Portaria 971 do Ministério da Saúde, de 03 de maio de 2006, que as relaciona entre as práticas oferecidas pelo SUS.

25 Créditos das imagens e fotos
Figura 1: Yu Y. & Lin Q. La Medicina Tradicional China. Ministerio de Cultura de la República Popular China. Sem data. Figura 2: Zhuang Y. M. & Zhuang J. S. Guia Ilustrado de Auto Tuina para Problemas Comuns de Saúde. Editora Pensamento. São Paulo, 2006. Figura 3: Yu Y. & Lin Q. La Medicina Tradicional China. Ministerio de Cultura de la República Popular China. Sem data. Figura 4: visualizada em 14 de julho de 2015. Figura 5: , visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 6: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 7: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 8: visualizado em 14 de julho de 2015.

26 Figura 9: http://www. egreenway. com/taichichuan/chang1
Figura 9: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 10: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 11: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 12: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 13: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 14: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 15: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 16: visualizado em 14 de julho de 2015. Figura 17: visualizado em 14 de julho de 2015.

27 Bibliografia consultada
DESPEUX, Catherine. Tai Chi Chuan – Arte marcial, técnica da longa vida. Editora Pensamento. 10ª edição.1995. Hospital da Escola de Medicina de Anhui (compilação). Massagem Chinesa: Manual de Massagem Chinesa. Editora Nova Era.7ª edição WANG Fu. Metodos Chinos de Masoterapia. Ediciones em Lenguas Extranjeras. 1ª edição. 1995 YU Youhua & LIN Qian, La Medicina Tradicional China. Ministerio de Cultura de la República Popular China. Sem data. JIAO Jian. História da China. China em Construção. 1ª edição Sites consultados visualizado em 14 de julho de 2015. visualizado em 14 de julho de 2015. visualizado em 14 de julho de 2015. visualizado em 14 de julho de 2015. visualizado em 14 de julho de 2015.

28 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA


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