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Endemias e Epidemias Profa MSc: Claudia Curbani V.Manola Aula 3

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Apresentação em tema: "Endemias e Epidemias Profa MSc: Claudia Curbani V.Manola Aula 3"— Transcrição da apresentação:

1 Endemias e Epidemias Profa MSc: Claudia Curbani V.Manola Aula 3

2 RELAÇÃO DOENÇA X POPULAÇÃO
O estudo e entendimento da relação de uma doença com uma população é essencial: PARA QUE? estabelecimento de condutas com objetivo de diminuir os danos desta doença na população (tanto no presente quanto no futuro) COMO AS DOENÇAS PODEM ESTAR EM RELAÇÃO A POPULAÇÕES: - não estar presente - presente em casos esporádicos - presente em níveis habituais - presente em níveis acima dos habituais

3 Conceitos Hipócrates: obra clássica “Dos Ares, Águas e Lugares”: apresentar explicações, com fundamento no racional (não no sobrenatural), a respeito da ocorrência de doenças na população. Para tanto fez o uso dos termos: - endemeion: no sentido de “habitar” o lugar, nele se instalando por longo tempo (cronicidade) - epidemeion: no sentido de “visitar”, salientando o caráter de temporalidade, de provisório (agudização)

4 Endemia Entende-se por endemia de um determinado agravo à saúde, a situação na qual sua freqüência e distribuição, em agrupamentos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantenham padrões regulares de variações num determinado período, ou seja, as oscilações na ocorrência das doenças correspondem somente às flutuações cíclicas e sazonais. Padrões já esperados

5 Epidemia Nos momentos em que essas variações aumentam de forma irregular, temos uma epidemia, que pode ser definida como: a ocorrência de um claro excesso de casos de uma doença ou síndrome clínica em relação ao esperado, para uma determinada área ou grupo específico de pessoas, num particular período de tempo. Sentido de agudização (algo que “fugiu ao que era esperado”)

6 VAMOS A UM EXEMPLO

7 Exemplo

8 Endemia X Epidemia As epidemias podem ser conseqüência de exposição a agentes infecciosos (em indivíduos susceptíveis), substâncias tóxicas, à carência de determinado(s) nutriente(s) e até a “situações de risco” Podem evoluir por períodos que variam de dias, semanas, meses ou anos, não implicando, obrigatoriamente, a ocorrência de grande número de casos, mas um claro excesso de casos quando comparada à freqüência habitual de uma doença em uma localidade. (Ex malária) Mas como saber qual a freqüência habitual? (ou Endêmica)

9 Sazonalidade O perfil dos agravos à saúde numa população pode ser constante durante o ano, mas pode também apresentar marcadas oscilações de freqüências durante o ano, o que denomina-se variações sazonais Várias doenças infecciosas possuem sazonalidade em relação a estações do ano (p. ex. épocas de chuva)

10 Sazonalidade Outros agravos podem apresentar sazonalidade em relação a outros fatores como períodos de festas, feriados, períodos de colheitas agrícolas. Então, para se ter a variação habitual de um agravo deve-se construir seu Diagrama de Controle.

11 Séries Históricas Para a identificação precisa de um diagrama de controle pressupõe a disponibilidade, em tempo oportuno, de séries históricas rigorosamente atualizadas e, portanto, a existência de sistemas específicos de vigilância. É também importante, para garantir a comparabilidade dos dados de uma série histórica, que a definição de caso, assim como as técnicas laboratoriais utilizadas para o diagnóstico da doença em questão, não tenham variado no tempo. (IDEIA DE PADRÃO)

12 Diagrama de Controle Gráfico que informa a variação habitual de uma doença ou agravo, apresentando a sua distribuição de freqüências durante os meses (ou semanas) do ano, e de vários anos em seqüência. Para construção do diagrama é necessário os dados de freqüência da doença por vários anos, não podendo computar os anos em que houve epidemia

13 DIAGRAMA DE CONTROLE OBJETIVO:
CONHECER O COMPORTAMENTO DE DETERMINADA DOENÇA OU AGRAVO PARA? E COMO FAZER?

14 É composto graficamente por três linhas:
Diagrama de Controle É composto graficamente por três linhas: Limite superior do canal endêmico Limite Inferior do canal endêmico Valor Central (índice endêmico)

15

16 Deve ter-se previamente uma série histórica sem anos epidêmicos
Como Construir Deve ter-se previamente uma série histórica sem anos epidêmicos Para cada mês determina-se o valor central, o limite superior e inferior Para tanto pode-se usar a mediana e freqüências inframáximas e supramínimas

17 Mediana, InfraMax e SupraMin
Pega-se a série histórica do mês que se vai calcular: JANEIRO Ordena-se de modo decrescente: 11, 10, 9, 8, 7, “6”, 6, 5, 5, 4, 2 O índice endêmico será a mediana (está entre aspas) : 6 (O QUE FICA NO MEIO) O limite superior será o valor inframáximo da série (o valor imediatamente abaixo do máximo) : 10 (O SEGUNDO NÚMERO DA SEQUENCIA) O limite inferior será o valor supramínimo da série (o valor imediatamente acima do mínimo) : 4 ( O PENÚLTIMO NÚMERO DA SEQUENCIA) O uso deste s valores inframax e supramin é para descartar possíveis valores extremos discrepantes (p.ex. no caso de inclusão de um ano epidêmico na série histórica) SEGURANÇA ESTATÍSTICA) Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 Incid 2 4 8 9 6 7 5 10 11

18 Média e Desvio Padrão Neste tipo de construção a Média das incidências da série histórica é utilizada como índice epidêmico (parâm. central) Média = = 73/11 = 6,6 Para determinar o Limite Superior e Inferior soma-se e subtrai-se da média dois desvios- padrão calculados previamente na série histórica Lim. Sup = Média + 2 DP = 6,6 + 2 x 2,6 = 11,8 Lim. Inf. = Média – 2 DP = 6,6 – 2 x 2,6 = 1,4

19 DESVIO PADÃO – O primeiro passo para o cálculo do desvio padrão é calcular a média dos valores. Isso é feito dividindo por 9 a soma dos valores. Assim ( )/9 = 36/9 = 4 O segundo passo é calcular (xi - média)², onde xi é cada um dos valores. Assim (3-4)² = (-1)² = 1 (5-4)² = (1)² = 1 (2-4)² = (-2)² = 4 (1-4)² = (-3)² = 9 (3-4)² = (-1)² = 1 (4-4)² = (0)² = 0 (6-4)² = (2)² = 4 (9-4)² = (5)² = 25 (3-4)² = (-1)² = 1 O terceiro passo é somar esses quadrados. Assim = 46 E dividir por 9, que é o total de números. Resulta 46/9 Esse valor é chamado de variância. Finalmente, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, isto é, raiz quadrada de 46/9 = (raiz46)/9~ 2,2608

20 Faixa Endêmica

21 Identificando Epidemias
Tendo-se o diagrama de controle de um agravo em relação a uma população torna-se possível identificar uma epidemia no momento em que a incidência da doença ultrapassa o limite superior da faixa endêmica convencionada (também denominado de Limiar Epidêmico)

22 Curva Epidêmica Limiar Epidêmico

23 Tipos de Epidemias Epidemia Explosiva (ou por fonte comum):
Há um aumento expressivo no número de casos, em um curto período de tempo, sendo compatível com o período de incubação da doença. A fonte é única (ex. intox. alimentar, por água) Epidemia Progressiva (ou de contato): Ocorre um aumento gradativo de casos, mas a fonte de infecção não é única, sendo representadas por exposições sucessivas e em cadeia.

24 Epidemia Explosiva Surto de Intoxicação Alimentar No. de Casos Horas

25 Epidemia Progressiva Surto de Sarampo No. de Casos
Dias do Mês

26 Casos de Febre Tifóide No. de Casos
Semanas Epidemiológicas

27 Pandemia É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, podendo passar de um continente a outro. Trata-se de um processo de massa limitado no tempo mas ilimitado no espaço. Ex. Sétima pandemia de cólera: Celebres (Austrália-1961)India(1964)  Oriente Médio (1965)Africa (1970) Europa (1970) EUA (1991) América Latina (1991)

28 Austrália e Nova Zelândia
PANDEMIA - HIV/AIDS Europa Ocidental Europa Oriental & Ásia Central América do Norte Ásia Oriental & Pacífico África do Norte & Oriente Médio Caribe Sul e Sudeste da Ásia 6.7 milhões África Sub- Saariana 22.5 milhões América do Norte: Caribe: América Latina: 1.4 milhão Europa Ocidental: Europa Ocidental e Ásia Central: África do Norte e Oriente Médio: África Sub-Saariana: 22.5 milhões Ásia Oriental e Pacífico: Sul e Sudeste da Ásia: 6.7 milhões Austrália e Nova Zelândia: América Latina 1.4 milhão Austrália e Nova Zelândia 12.000 Fonte: UNAIDS/OMS 1998.

29 CURVA EPIDÊMICA egressão incidência máxima coef. incidência
nível epidêmico limiar epidêmico nível endêmico tempo progressão regressão egressão

30 SURTO EPIDÊMICO Ou simplesmente surto, é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício, bairro, etc. Ex.: “Maria Tifosa” (cozinheira portadora de salmonella typhi, EUA)

31 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A descrição do comportamento das endemias e elaboração de seus diagramas de controle são funções de grande importância da vigilância epidemiológica, sendo necessário para isso a efetiva notificação, por parte dos profissionais de saúde, dos casos (confirmados ou suspeitos) de agravos passíveis de surtos ou epidemias

32 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Ao identificar precocemente uma epidemia (ou uma suspeita) torna-se possível diminuir os danos da doença na população através de várias medidas de controle (isolamento, quarentena, atenção aos contactantes) e profilaxia (quimioprofilaxia), além de medidas de prevenção de novas epidemias (vacinação, melhorias sanitárias, controle de vetores, campanhas educacionais, etc)

33 Bibliografia: Epidemiologia – Teoria e Prática de Maurício Gomes Pereira Epidemiologia e Saúde de Maria Zélia Rouquayrol


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