P ESQUISA - AÇÃO Ariana Mayra Massote Tattiana Baroni.

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Transcrição da apresentação:

P ESQUISA - AÇÃO Ariana Mayra Massote Tattiana Baroni

Pesquisa-ação: uma introdução metodológica David Tripp - Universidade de Murdoch PESQUISA-AÇÃO (aspectos práticos nos movimentos sociais populares e em extensão popular) José Francisco de Melo Neto

PESQUISA-AÇÃO A pesquisa-ação é um método de pesquisa social na qual o pesquisador detecta um problema em seu meio social ou laboral e busca, junto com outros atores, sua solução; É investiga-ação, é intervencionista; Um processo de ação planejada de investigação da prática. Exerce um tipo de reeducação de comportamentos; “É um termo que se aplica a projetos em que os práticos buscam efetuar transformações em suas próprias práticas..." (Brown; Dowling, 2001, p. 152); “Identificação de estratégias de ação planejada que são implementadas e, a seguir, sistematicamente submetidas a observação, reflexão e mudança" (Grundy; Kemmis, 1982)

Lewis mostrou que a ação é mais eficaz que o discurso para induzir modificações de certos comportamentos humanos. THIOLLENT mostra um tipo de pesquisa social com base empírica que é realizada em associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Hugues Dionne mostra uma prática que associa pesquisadores e atores em uma mesma estratégia de ação para modificar uma dada situação e uma estratégia de pesquisa para adquirir um conhecimento sistemático sobre a situação identificada.

Breve História: Não há certeza sobre quem inventou a pesquisa-ação. atribui-se a criação do processo a Lewin (1946); Deshler e Ewart (1995) também sugerem que a pesquisa-ação foi utilizada pela primeira vez por John Collier para melhorar as relações inter-raciais, antes e durante a Segunda Guerra Mundial; Selener (1997) assinala que o livro de Buckingham (1926), Pesquisa para professores, defende um processo reconhecível como de pesquisa-ação; Rogers (2002), fala sobre o conceito de reflexão utilizado por John Dewey (1933) mostra muita semelhança com o conceito de pesquisa-ação; Também se poderia realçar que os antigos empiristas gregos usavam um ciclo de pesquisa-ação;

Na pesquisa-ação planeja-se, implementa-se (agir), descreve-se e avalia-se uma mudança para a melhora de sua prática;

A maioria dos processos de melhora segue o mesmo ciclo. A solução de problemas, por exemplo, começa com a identificação do problema, o planejamento de uma solução, sua imple- mentação, seu monitoramento e a avaliação de sua eficácia. Analogamente, o tratamento médico também segue o ciclo: monitoramento de sintomas, diagnóstico da doença, prescrição do remédio, tratamento, monitoramento e avaliação dos resultados.

a pesquisa-ação requer ação tanto nas áreas da prática quanto da pesquisa, acrescentando, procedimentos, significância, originalidade, validade;

Pesquisa-ação e prática pesquisada é muito difícil traçar limites definitivos entre pesquisa-ação e outros tipos de investigação-ação, Já em 1945, Lippitt escreveu sobre pesquisa-ação para Collier: "Não se trata de pesquisa-a-ser-seguida-por-ação, ou pesquisa- em-ação, mas pesquisa-como-ação" (Cooke, s.d., p. 7); Existe dois critérios: 1 - o processo de mudança está sendo conduzido por meio da análise e interpretação de dados adequados, válidos e confiáveis? 2 - O alvo principal da atividade é a criação de conhecimento teórico ou o aprimoramento da prática? Isso quer dizer que um estudo de caso de um processo de pesquisa-ação não é uma pesquisa-ação, embora possa ser aceito para publicação numa revista de pesquisa-ação como uma pesquisa sobre a pesquisa- ação.

Algumas Modalidades de Pesquisa-ação 1 - Pesquisa-ação técnica; 2 - Pesquisa-ação prática; 3 - Pesquisa-ação política - Critica; Exemplo ilustrativo: Grundy (1983) um professor que está simplesmente implementando um novo modo de ensinar adição ou ortografia, a cujo respeito leu num livro ou aprendeu num curso, está fazendo algo completamente diferente de um professor que está tentando inventar maneiras de lidar com uma questão de justiça social em sua escola. O primeiro é "técnico", no sentido de que o professor está tentando fazer que uma idéia "tirada da estante" funcione na sua situação. O segundo é "socialmente crítico", no sentido de que o professor está tentando encontrar maneiras de mudar a cultura política de sua instituição. Esses exemplos ilustram três importantes diferenças na natureza do tópico, as quais podem ser expostas sob a forma de perguntas:

Pensando o exemplo a cima: a - o projeto trata da melhora da eficiência e da eficácia de práticas comuns ou da introdução de novas? b - o projeto está introduzindo uma prática nova para a situação, ou adotando uma idéia ou prática extraída de algum outro lugar ou está utilizando o projeto para desenvolver idéias ou práticas próprias inteiramente novas e originais? c - o projeto está preocupado em trabalhar dentro da cultura institucional existente e das limitações sobre a prática, criadas por essa cultura, ou o projeto trata da mudança dessa cultura e de suas limitações?

Uma analogia pratica da pesquisa - ação em relação ao docente: todos nós planejamos nossas ações, mas podemos fazê- lo mais deliberadamente, imaginativamente, e com uma compreensão melhor da situação; todos nós agimos, mas podemos experimentar mais, confiar menos em hábitos estabelecidos, e agir mais responsavelmente; todos nós observamos o que acontece, mas podemos obter mais dados e de melhor qualidade, podemos obter mais feedback de outras pessoas diferentes, e podemos fazer isso de maneira mais sistemática; todos nós pensamos sobre o que aconteceu, mas também podemos melhorar nossa reflexão, questionar nossas idéias sobre o que é importante e ir mais fundo e mais criticamente nas coisas; todos nós aprendemos com a experiência, mas podemos também registrar o que aprendemos a fim de esclarecê- lo, disseminá-lo entre os colegas e acrescentá-lo ao estoque de conhecimento profissional sobre a docência. (Tripp, 1996)

Etapas do pesquisador ao usar a pesquisa-ação como ferramenta na intervenção social Como comunidade dos setores sociais excluídos da sociedade percebe e analisa sua realidade? Não tendo como objetivo inclusão no modelo de sociedade dominante e sim a busca por um outro estilo de viver, para além da sociedade capitalista e que por esta abordagem investigativa, torna-se possível o encontro com algum outro exercício “A informação é devolvida ao povo, de onde a mesma surgiu bem como na linguagem e na forma cultural daquele ambiente; o povo e o movimento de base passam a estabelecer o controle do trabalho; as técnicas de pesquisa tornam-se acessíveis ao povo; um esforço consciente é necessário para manter o ritmo da ação-reflexão do trabalho; aprender a escutar e a ciência tornam-se partes do dia-a-dia da população”.

ETAPAS: Aproximação do Investigador com a comunidade escolhida; Conhecimento da comunidade; Observação de como apresenta seus problemas; Tendo como base os dados coletados de fontes faladas, vivas ou sensoriais e as observações sobre a vida diária, bem como dados oficiais da atividade econômica, social e cultural; Pode-se também utilizar visitas e entrevistas que serão relatadas em pequenos informes para posterior devolução aos participantes da pesquisa; Com base nos resultados encontrados, confeccionam- se fichas problemas contendo dados, juízos, apreciações que são utilizados na devolução do material aos grupos; Desenvolvimento da análise crítica das necessidades e outros aspectos coletados, extraindo-se as dimensões positivas e negativas das questões levantadas, encarando a realidade numa perspectiva de mudança, impulsionando os grupos à reflexão e à ação, desenvolvendo seu poder de organização e intervenção na realidade;

Ou também Esquema de um relatório de estudo de caso de pesquisa-ação: 1 - Introdução: intenções do pesquisador e benefícios previstos; 2 - Reconhecimento (investigação trabalho de campo e revisão literatura), da situação, dos participantes, das práticas, da intencionalidade e do foco temático; 3 - Planejamento: da preocupação temática, Implementação: relato discursivo sobre quem fez o quê, quando, onde, como e por quê; Relatório sobre resultados da melhora planejada; Resumo do(s) método(s); Apresentação e análise dos dados; Discussão dos resultados: explicações e implicações; Avaliação; mudança na prática: o que funcionou ou não funcionou e por quê; da pesquisa: em que medida foi útil e adequada; 4 – Conclusão; Sumário de quais foram as melhorias práticas alcançadas; o que foi aprendido a respeito do processo de pesquisa-ação, suas implicações, recomendações, e replicações;

Conclusão “A pesquisa – ação é o estudo de uma situação social com vistas a melhorar a qualidade da ação dentro dela" Elliott (1991, p. 69); Intervir é produzir realidades inéditas e que o papel do pesquisador é seguir os atores em ação; Pesquisa - Ação é engajar-se num coletivo, é interessar-se pelo que interessa ao outro, deixar- se afetar pelo que afeta ao outro;

Bibliografia : Artigos: Pesquisa-ação: uma introdução etodológica David Tripp - Universidade de Murdoch PESQUISA-AÇÃO (aspectos práticos nos movimentos sociais populares e em extensão popular) José Francisco de Melo Neto