TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA. A população é dinâmica. Os elementos que definem a dinâmica da população são: - Nascimentos - Óbitos - Migração.

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Distribuição e contrastes nos indicadores demográficos
Transcrição da apresentação:

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

A população é dinâmica. Os elementos que definem a dinâmica da população são: - Nascimentos - Óbitos - Migração

Indicadores que avaliam a dinâmica da população Nascimentos Taxa bruta de natalidade Taxa de fecundidade total Óbitos Taxa de mortalidade geral

Taxa Bruta de Natalidade Taxa de Fecundidade Geral nº de nascidos vivos população X1000 det. local e ano nº de nascidos vivos pop. feminina idade fértil ( anos) X1000 det. local e ano

Taxa de Fecundidade Específica Taxa de Fecundidade Total expressa o nº médio de filhos por mulheres nº de nascidos vivos de mulheres 15 – 19 anos população feminina anos X1000 (TFE x5) 1000 

Taxa de mortalidade geral X 1000 nº de óbitos população ½ período Em determinado local e ano

É caracterizada por: Redução da taxa de fecundidade total e como conseqüência redução do número absoluto de nascidos vivos e redução das taxas de natalidade Redução das taxas de crescimento da população Aumento da participação de idosos (65 anos e mais) no conjunto da população Aumento da idade média da população Transição demográfica

Redução da participação da população jovem (<15 anos) Redução das taxas de mortalidade inicialmente por doenças infecciosas (controle de epidemias) – impacto na mortalidade infantil e posteriormente nas demais doenças. Aumento da esperança de vida

Taxa de fecundidade total -Brasil e regiões, 1965 a 2000 Região Norte7,06,76,25,54,84,03,03,1 Nordeste7,26,9 5,84,94,02,92,6 Sudeste4,74,4 3,22,72,42,1 Sul5,75,23,83,42,72,32,12,2 C. Oeste6,45,94,44,23,42,92,1 Brasil5,75,44,84,03,22,72,3 Fonte: Ibge.

Regiões Grupos Etários (%) 0 a 14 anos15 a 64 anos65 e mais anos Norte46,242,434,251,054,661,52,83,04,2 Nordeste43,539,430,152,255,563,54,45,16,4 Sudeste34,231,224,561,763,668,14,25,17,4 Sul36,331,924,959,963,168,13,85,07,0 Centro Oeste40,535,327,857,061,567,22,63,35,0 Brasil38,234,727,157,760,766,24,04,86,7 Distribuição percentual da população segundo grupos etários, Regiões e Brasil. 1980, 1991 e 2004 Fonte: IBGE – Tendências Demográficas. Avaliações a partir dos dados do censo demográfico de 1991 (1994) e Contagem da população 1996.

Anos0 a 1415 a 5960 e mais ,053,04, ,055,06, ,058,07, ,661,98, ,064,012,0 Distribuição da população (%) segundo grupos etários, Brasil,

TAXA DE FECUNDIDADE Nº Médio de filhos por mulher Fonte: Nações Unidas

TAXA DE CRESCIMENTOPOPULACIONAL, Brasil Fonte: Nações Unidas

PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO De 15 a 65 anos, Brasil 1965 a 2010 Fonte: Nações Unidas

Fonte: United Nations. Demographic yearbook. New York; Special issue Pirâmides populacionais de países de pré- iniciação da transição demográfica

Fonte: United Nations. Demographic yearbook. New York; Special issue Pirâmides populacionais de países de iniciação tardia da transição demográfica

Pirâmides populacionais de países de iniciação precoce da transição demográfica Fonte: United Nations. Demographic yearbook. New York; Special issue

Evolução da Esperança de Vida ao Nascer, por Sexo, Brasil, Fonte: IBGE.

MaleFemaleMaleFemale Age Source: World Population Prospects: The 2004 Revision (2005). Pirâmides populacionais, China Age 2050 Female Male

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

A transição epidemiológica é resultante dos processos de urbanização e ao mesmo tempo que é resultante do da transição demográfica, contribui para seu avanço. A transição epidemiológica é caracterizada por:

Redução da participação (mortalidade proporcional) e da intensidade (taxas) da mortalidade por doenças infecciosas: - redução da parcela da população mais susceptível às doenças infecciosas, devido à redução das taxas de fecundidade - aumento de saneamento básico - medidas de prevenção e controle de doenças transmissíveis - aumento do acesso aos serviços de saúde - aumento da escolaridade - melhoria das condições de habitação

Aumento da participação ( mortalidade proporcional ) das doenças crônicas degenerativas - aumento da participação relativa da população da idosa devido à redução das taxas de fecundidade -estilo de vida (sedentarismo, elevação do consumo alimentar de gorduras) -condições de trabalho –stress -Com avanço da transição há redução da intensidade (taxa) de óbitos de algumas doenças crônico degenerativas devido ao aumento do acesso precoce ao tratamento. -Ex. redução da taxa de câncer de colo de útero e infarto do miocárdio

Aumento da participação das causas externas : Aumento de mortalidade por acidentes de transito, agressões e suicídios - Grandes aglomerados urbanos - Desigualdades sociais -Consumo de drogas que alteram estado consciência - Aumento do número de veículos circulantes

Surgimento de doenças infecciosas emergentes (AIDS, febre aviária, gripe A) e re-emergentes (dengue, febre amarela): - Expansão da fronteira agrícola - Desmatamento -Contacto com novas espécies -Surgimento de novas espécies por mutação

Causas DIP45,743,535,925,915,711,46,3 Neoplasias2,73,95,78,19,711,214,3 Circulatório11,814,514,221,524,830,832 Externas2,62,43,34,87,57,714,3 Evolução temporal da mortalidade proporcional por quatro causas de óbito no Brasil, 1930 a 1990 Fonte: Dr. Maria Magalhães in Dados 7/Radis – Fiocruz, 1984

Mortalidade Proporcional por Grupo de Causas, Brasil, 2007 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. RIPSA. IDB.

Há várias classificações da transição epidemiológica Alguns autores consideram que há diversos estágios e outros denominam de transição completa e incompleta.

Completa – quando a população como um todo já apresenta o perfil da transição e inicia-se também a redução das taxas de mortalidade por doenças crônico-degenerativas Incompleta – quando persiste na em parte da população as doenças infecciosas por falta de meios de controle eficiente das doenças transmissíveis (tuberculose, hanseníase, malária) e das DI mais associadas às precárias condições de vida (diarréias).

Europa, Canadá, EUA e Japão – transição completa África - a maioria dos paises ainda não passaram pela transição demográfica, conseqüentemente não apresentam a transição epidemiológica. Brasil – transição epidemiológica incompleta

Principais causas de morte Brasil,1990,2000 e Doenças Ap. Circulatório 2-Mal definidas 2- Neoplasias 3-Causas Externas3-Neoplasias3-Causas Externas 4-D. Infecc. e Parasit.4-Causas Externas4-D. Ap. Respiratório 5-Neoplasias5-D. Ap. Respiratório5-Mal definidas 6-D. Ap. Respiratório6-D. End. Met. Nutri. 7- Perinatais7-D. Infecc. e Parasit.7-D. Ap. Digestivo 8-D. End. Met. Nutri.8-D. Ap. Digestivo8-D. Infecciosas e Parasit. 9-D. Ap. Digestivo9- Perinatais 10-D. Sist. Nerv. Org. Sentido10-D. Ap. genito urinário 10-D. Sist. Nerv. Org. Sentido Fonte: datasus

Coeficiente de Mortalidade Infantil, por Idade, Estado de São Paulo, Ref. Bib.: Fundação Seade. SP Demográfico, ano 10, n.6, agosto Introdução da vacina para menores de 5 anos

Coeficiente de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) em diferentes países, para os anos 1995 e PaísC.M.I 1995C.M.I Angola124,6141,0 Etiópia115,577,0 Índia74,058,0 Bolívia65,651,0 Brasil37,520,0 Colômbia30,019,0 Romênia21,214,0 Iugoslávia14,114,5 Polônia12,110,0 EUA7,26,5 Cuba6,46,2 Israel5,73,9 Canadá5,55,3 Espanha4,93,8 Suécia3,42,8