PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE DOENÇA FALCIFORME ASSISTIDOS PELA UNIFAL Prefeitura Municipal de Camaçari - PMC Secretária de Saúde - SESAU Departamento.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE DOENÇA FALCIFORME ASSISTIDOS PELA UNIFAL Prefeitura Municipal de Camaçari - PMC Secretária de Saúde - SESAU Departamento de Média e Alta Complexidade - DMAC UNIFAL Prefeitura Municipal de Camaçari - PMC Secretária de Saúde - SESAU Departamento de Média e Alta Complexidade - DMAC Unidade de Apoio às Pessoas com Doença Falciforme - UNIFAL Camaçari, 2014

Estudos destacam a Doença Falciforme como a alteração genética mais comum no mundo, sendo mais predominante na população negra. No Brasil os afro-descendentes tem uma prevalência de 8% de portadores de traço falcêmico (Rocha, 2004). Segundo Naoum et al 1987, a prevalência da doença falciforme na população geral brasileira situa-se em torno de 0,04% e, entre negros, de 0,22%. Segundo esses autores, a Bahia possui a maior freqüência de casos da doença. Dados obtidos de amostras de sangue proveniente de 65 cidades em 16 estados do país encontraram uma proporção de 2,10% de hemoglobinas AS (traço falciforme) e 0,01% de Hb SS (doença falciforme SS). (Naoum, 1997) A incidência de nascidos vivos diagnósticados com Doença Falciforme na Bahia situou-se em torno de 1 em 650 nascimentos, a mais alta entre os 14 estados brasileiros pesquisados na primeira fase do Programa de Triagem Neonatal – SUS a média dos demais estados situou-se em torno de 1:5253 (Brasil, MS, 2008)

Nascidos vivos no município de Camaçari, Ba, entre 1997 e 2012 por Raça segundo registro no SINASC DATASUS (estimativa) * % encontrado censo 2000 A incidência de nascidos vivos diagnósticados com Doença Falciforme na Bahia situou-se em torno de 1 em 650 nascimentos (Brasil, MS, 2008) o que nos permite estimatva da prevalência de 91 portadores da Hb SS entre 1997 e 2012, em cerca de NV ou aproximadamente numa incidência de 7 RN ano Cor/ra ç anºnº % Branca19563,3% Preta10681,8% Amarela3260,6% Parda ,4% Ind í gena 1090,2% Ignorado52038,8% Total %

2012% * Branca ,5 Preta ,5 Parda ,6 Amarela1.0210,4 Ind í gena ,2 sem declara ç ão ,8 Total População Residente Município: Camaçari, Ba, 2012 Estimativa de População Resident por Raça* DATASUS (estimativa) * % encontrado censo 2000 Segundo Naoum et al 1987, a prevalência da doença falciforme na população geral brasileira situa-se em torno de 0,04% e, entre negros, de 0,22%. O que nos permite estimar para uma Camaçari de habitantes 444 Portadores Hb SS ( 0,22 %) na população de indivíduos auto identificados como negros ou pardos.

Cor/raça Total Branca Preta Parda Amarela Indígena S/ inform Total DATASUS Camaçari, Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência Internações por Outras Anemias* Cor/raça e Ano atendimento Na Lista Morb CID-10 a categoria Outras anemias exclui "anemias por deficiência de ferro" e afecç hemorrág e outr doenç sang e órg hematopoéticos

Md Reg. Norte0,50,30,70,8 0,90,70,60,70,80,71,31,51,31,41,51,71,0 Reg. Nordeste1,00,70,81,01,51,31,51,71,6 2,02,22,32,22,92,82,61,7.. Bahia2,41,31,61,42,92,6 2,32,62,74,03,93,84,35,2 5,33,2 Reg. Sudeste1,71,5 1,4 1,51,6 1,81,72,02,22,3 2,6 2,51,9 Reg. Sul0,50,4 0,30,6 0,5 0,70,50,4 0,60,8 0,5 Reg. Centro-Oeste1,31,12,22,1 1,92,02,3 2,1 2,92,22,73,73,23,92,4 Total1,21,01,11,21,3 1,4 1,5 1,71,9 2,02,4 2,31,6 Brasil, Coeficiente de Mortalidade por Transt falciformes (CID-10: D57) p/ milhão de habitantes nas regiões e undades da federação do país DATASUS

Md Cama ç ari 0,70,0 1,90,01,21,70,0 0,51,00,4 1,20,80,00,6 Candeias1,40,0 1,31,20,01,20,03,7 0,01,2 0,9 Dias d' Á vila 0,0 2,20,02,10,0 1,80,0 1,50,0 0,4 Lauro de Freitas0,0 0,80,0 0,60,0 0,60,1 Mata de São João3,10,0 2,90,05,10,02,40,00,8 Salvador0,80,30,40,30,2 0,3 0,20,60,40,30,60,80,50,60,4 São Sebastião do Pass é 0,0 2,4 0,0 0,3 Simões Filho0,0 1,0 0,0 0,9 0,0 1,60,3 Bahia0,20,10,20,10,3 0,20,3 0,4 0,5 0,3 Mortalidade - Bahia Coeficiente de Mortalidade por Transt falciformes (CID-10: D57) p/ cem mil habitantes em Camaçari e municípios vizinhos Categoria CID-10: D57 Transt falciformes DATASUS

A Unidade de Apoio às Pessoas com Doença Falciforme - UNIFAL teve início em fevereiro de 2009 e atualmente o setor possui 765 pacientes cadastrados que se dividem em portadores de doença falciforme e outras doenças hematológicas. A equipe multidisciplinar conta com 02 Hematologistas, sendo uma Pediatra, 01 enfermeira, 01 nutricionista, 01 psicólogo, 01 Assistente Social e 01 Assistente Administrativo.

No diagnóstico de registro digital no programa utilizado pela UNIFAL detectou-se apenas 105 portadores de Doença Falciforme SS e 90 SC entre os 765 registros. O que indica a limitação do módulo de análise do programa que já está sendo corrigido em sua nova versão. O presente trabalho baseia-se numa amostra extraída da revisão de prontuários da UNIFAL com o objetivo de traçar o perfil da nossa clientela.

Ano SSSCCC do nasc. nº% % % ,8%12,2%00,0% ,1%1124,4%00,0% ,8%1022,2%00,0% ,7%1022,2%00,0% ,8%613,3%2100% ,3%48,9%00,0% Sem Data911,5%36,7%00,0% Total78100%45100%2 Amostra de pacientes cadastrados na UNIFAL por faixa etária e genótipo UNIFAL, 2014

Tipo SSSCCC nº% % % Pen-ve Oral2455,8%1083,3% 00,0% Benzetacil49,3%216,7% 00,0% Hidroxiuréia1227,9%00,0% 00,0% Deferasirox37,0%00,0% 00,0% Total 43100%12100% 0100% Amostra de pacientes cadastrados na UNIFAL por uso de medicação específica UNIFAL, 2014

Amostra de pacientes cadastrados na UNIFAL por complicação clínica UNIFAL, 2014 EspecificaçãoSSSCCC nº% % % Transfusão3432,7%921,4%00,0% Sequestro esplênico87,7%37,1%00,0% Coletitíase98,7%12,4%00,0% Acid vasc Cerebral11,0%00,0%0 Osteomielite65,8%24,8%00,0% Osteonecrose1312,5%511,9%00,0% Osteoncr Cbç Femur21,9%37,1%00,0% Úlceras43,8%00,0%0 Retinopatia00,0%0 0 Outras2726,0%1945,2%2100% Total104100%42100%2

Referências Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depto de Atenção Especializada. Doença Falciforme, o que é e onde encontrar tratamento. Brasilia, Ministério da Saúde, 2013 Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depto de Atenção Especializada. Doença Falciforme, condutas básicas para tratamento. Brasilia, Ministério da Saúde, 2013 Naoum PC, Alvarez F, Domingos CRB, Ferrari F, Moreira HW, Sampaio Z, et al. Hemoglobinas anormais no Brasil: prevalência e distribuição geográfica. Rev Bras Patol Clin 1987;23(3): Apud LOUREIRO, Monique Morgado; ROZENFELD, Suely. Epidemiologia de internações por doença falciforme no Brasil. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 6, Dec access on 17 Nov Naoum, Paulo Cesar. Hemoglobinopatias e talassemias. SP, Sarvier, 1997 Rocha, Heloisa H. G. Anemia falciforme. RJ, Rubio, 2004

Elaboração: Paulo Pedro P. R Costa Vitória Alice F. S. Lima Jamile Nicanor Maria das Mercês P. Borja COORDENAÇÃO: Ademário Gomes Ribeiro Trabalho apresentado na Sessão Especial da Câmera Municipal de Vereadores do Município de Camaçari pela passagem do Dia Nacional de Luta pelo Direitos das Pessoas com Doença Falciforme. 21 de novembro de 2014