MOVIMENTOS PRECURSORES DO DESIGN GRÁFICO – ARTS & CRAFTS Início na Inglaterra na segunda metade do séc. XIX e prosseguiu até o séc. XX Europa continental e Estados Unidos Artistas, arquitetos, designers, escritores, artesãos e filantropos Reafirmação da importância do design e do artesanato em todas as artes diante da crescente industrialização, que, teoricamente, sacrificava a qualidade em favor da quantidade

Desejo de acabar com a hierarquia das artes que exaltava a pintura e a escultura, a fim de reavivar e restaurar a dignidade do artesanato tradicional e fazer uma arte acessível a todos (financeiramente) Expoente – designer, pintor, poeta e reformador social William Morris(1834 – 96) Socialista apaixonado – “Não quero a arte para uns poucos, do mesmo modo que não quero a educação para uns poucos ou a liberdade para uns poucos”

Apoiava-se nas idéias do arquiteto Augustus Pugin (1812-52) que apregoava a superioridade moral da arte da Idade Média e do crítico de arte John Ruskin(1819- 1900) que denunciava a cobiça e o egoísmo da sociedade capitalista contemporânea Conceito de arte bela e funcional Beleza pura e simples do artesanato medieval Amizade com os pintores pré rafaelitas Edward Burne-Jones(1833-96) e Dante Gabriel Rosseti(1828- 82) que também se reportaram à Idade Média – inspiração estética e orientação moral

Casa Vermelha(1859)- situada em Bexley Heath – início emblemático do movimento Encomenda de Morris ao arquiteto Philip Webb (1831 – 1915) para uso próprio – “A casa de tijolos vermelhos” fundamental para outros movimentos – art noveau e art déco. Projetos entre amigos – empreendimentos comerciais 1861- Morris, Webb, Rosst, Burne-Jones, o pintor Ford Brown, o topógrafo Marshall e o contadorCharles Faulkner – firma de decoração e manufatura (Morris & Co) Estrutura anti industrial – guildas medievais- artesãos concebiam e executavam Arte útil, bela e financeiramente acessível Tapeçaria, vitrais, tecidos de decoração, forros, ladrilhos e papel de parede

Ideologia inovadora – não o estilo que se voltava para a arquitetura, tapeçarias, iluminuras Reportavam-se às lendas do rei Arthur e à poesia de Chaucer, poeta do séc. XIV. Sucesso em elevar o status do artesão e dos materiais e tradições populares, fracasso na arte para as massas – produtos feitos à mão eram muito caros. Casas, objetos, decoração e roupas apenas para os ricos

Morris – mais conhecido por sua criação e desenhos padronizados por ladrilhos e papéis de parede, planos e formais, caracterizados pela riqueza da cor e complexidade do design- linha fluida e dinâmica dos desenhos O movimento influenciou várias corporações cujos objetivos eram: “Promover a educação em todas as artes visuais e fomentar e manter padrões elevados de design e do ofício artesanal” Reconhecimento de que a visibilidade pública era essencial para alcance dos objetivos educacionais e sobrevivência comercial – exposição de adeptos da segunda geração – colocar as atividades do espírito humano sob a influência da criação

Estética do desenho de um mobiliário simples – popular até hoje Estética bem aceita na Alemanha,Áustria, Hungria e Escandinávia – tradições artesanais rigorosas – renascimento das artes folclóricas e arquitetura medieval Base para a Bauhaus Perdeu o ímpeto por volta da 1ª Guerra, mas o ideal artesanal do movimento está por trás do prestígio que o design desfruta nos dias de hoje.