História da Música III Música no Império Germânico.

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Transcrição da apresentação:

História da Música III Música no Império Germânico

Ópera Grande influência italiana – A Saxônia é uma região que desenvolve uma intensa atividade operística Circulação de companhias italianas – Forma-se o circuito da ópera italiana que vai de Dresden a Praga Imigração de compositores italianos – Agostino Stefanni, Antonio Lotti, entre outros, empregam-se nos teatros de ópera da região Muitos jovens músicos passam a estudar nos conservatórios de Nápoles, a partir do início do século XVIII – Inclusive o primeiro professor estrangeiro de Nápoles foi um alemão

Principais cidades Braunschwieg – Desde 1638 apresentam-se singspiel (pequenos teatros musicais, com melodias populares – A partir de 1680 compositores Johann Adolph Hasse apresentam ópera no estilo Italiano Surge inclusive temas de ópera buffa Hannover – Agostino Stefanni torna-se mestre de capela e desenvolve também a música operística Weissenfels – Igualmente tem uma vida operística intensa, principalmente pelo trabalho de Johann Phillip Krieger

Dresden Pode-se dizer que aos poucos se torna a capital da ópera italiana – Inúmeros compositores italianos passaram pela direção do Teatro de Ópera, a partir de Bontempi Destacam-se Pallavicino e Antônio Lotti Circuito Dresden – Praga – Encenações de óperas de Vivaldi e Fux – Mozart realizou encenações de suas óperas nesse circuito

Hamburgo Torna-se o outro grande centro da música de ópera – Inaugura o primeiro teatro de ópera público do Império Em 1678, Johann Theile estreia sua ópera Adam und Eva Movimento de tradução de óperas italianas e francesas Albergue de compositores notáveis – Teleman Óperas em estilo francês, como Germanicus – Escreveu para esse teatro 45 óperas – Johann Mattheson Cleopatra (1704) – Haendel Começou trabalhando na ópera de Hamburgo como violinista, depois passou a cravista Estreio nessa casa a ópera Almira

Música Religiosa Grande produção de oratórios – A influência italiana Compositores luteranos começaram a utilizar as novas técnicas da monodia e do concertato – Muitas obras de Michel Praetorius e Hassler foram escritos no estilo do grande concerto, outras em estilo concerto para poucas vozes. – O estilo madrigalesco veneziano sobreviveu na música sacra protestante pelas mãos de Heinrich Schütz

Schütz – Schütz, de sólida formação européia, foi o primeiro compositor alemão a utilizar o estilo recitativo e dar nova dimensão ao estilo concertato Foi aluno de Giovanni Gabrieli entre 1609 e 1612 Sua produção é majoritariamente sacra – Uma característica dele era a preocupação com a representação musical das palavras, chegando, como diz Bukofzer, ao exagero. – Desenvolve o estilo concertato, porém, ao contrário de seus conterrâneos, não recorre às melodias tradicionais dos corais » Recorre a policoralidade veneziana, usando com maestria a oposição entre grupos de solistas e corais Usa os estilos concertos, como nas Symphoniae Sacrae

Pasiones O oratório alemão só adquiri essa denominação no século XVIII – Inúmeros autores se dedicão ao gênero como parte de seus ofícios Oratórios na Quaresma; ópera a partir de agosto Antes dessa denominação eram conhecidos como Historia, Dialog A escola napolitana de Scarlatti – A partir do início do século XVIII o estilo de oratório napolitano invade, também, o universo luterano Nesse modelo Mattheson escreve 24 obras entre oratórios e cantatas

Traduções bíblicas com comentários Essa é a grande novidade da prática oratorial dos alemães – Autores como Kaiser (Hambrugo), Telman e Haendel usam os “comentários” de passagens bíblicas como material literário de seus oratórios Keiser, Teleman e Haendel – Der blutige und sterbende Jesus Esse costume é censurado e se proíbe os oratórios de fazerem interpolações nos textos bíblicos

Cantata protestante Nos países protestantes, a cantata ocupou um lugar de destaque na religião, senda a principal música no serviço musical luterano. – A princípio, pela cantata se identificar fortemente com a cultura italiana, o gênero aparecia como Aria, Motete ou Concerto. Atualmente, essas “canções” se conhecem pelo nome de Cantata Eclesiástica Antiga Schutz e seus Concertos Espirituais e Symphoniae são os percursores do gênero na Alemanha. – Essas obras estão elaboradas como cantatas italianas A Canta Antiga se baseava em textos bíblicos, corais, prosas, odes sacras (canções estróficas sacras) e, as vezes, prosa livre e contemplativa. – Cantata bíblica – partes claramente diferenciadas (ritornelos instrumentais, coros etc) – Cantata coral – elabora todas as estrofes de um coral em partes diferemntes, usando variações, partita (o coral é utilizado como cantus firmus) » Tornaram-se célebres as cantatas corais de Kuhnau, Krieger e Buxtehude – Cantata-ode – no estilo italiano, ou seja, partes solistas como canção estrófica. A música se modifica a cada estrofe. A cantata antiga carece de recitativo. A reforma de Neumeister – Em 1700, o pastor Weissenfls Erdmann Neumeister escreve textos de cantatas sobre pensamentos de sermões para todos os domingos e dias festivos. Versos livres para recitativo-ária-da-capo – Acompanha, assim, a tendência ópera coeva. Essas reformas serão fundamentais para o projeto de cantatas de Telemann e Bach.

Música Intrumental Música para o culto luterano

Corais Ligados ao repertório dos hinos luteranos. Os compositores utilizavam a melodia coral de diversas formas: – Uso isolado do tema, harmonizado ou contrapontístico – Tema com variação Muiats vezes chamada de Partita Coral. O tema do coral servi para uma série de variações. Sweelinck costumava usar a melodia como cantus firmus, em notas longas – Temas para Fantasias A melodia do coral é fragmentada e os motivos resultantes são desenvolvidos através de ecos, contraponto imitativo e ornamentação. – Prelúdio Coral Peças relativamente breves em que a melodia é apresentável uma única vez de modo inequívoco. Nasceu na segunda metade do século XVII. Esse gênero deve ter surgido dentro da liturgia, quando o organista apresentava o tema e depois ornamentava-o e acompanhava-o ad libitum. O prelúdio coral é uma variação única sobre um coral. Encadeamentos de fuguetas – Cada parte da melodia pode ser usada como tema de uma fuga » Pachelbel - a primeira frase é submetida a um tratamento imitativo extenso. » Bach - o prelúdio coral de Bach caracteriza-se pelo uso de um acompanhamento que usa uma figura rítmica contínua, não relacionada com os motivos do tema.

Prelúdio Coral

Desenvolvimento dos instrumentos O Desenvolvimento da música instrumental esteve associada às possibilidades oferecidas pelos instrumentos, principalmente os órgãos, os cravos de dois teclados e a família das cordas As formas e as famílias de instrumentos – Tecla: Tocata (prelúdio e fantasia) e fuga; arranjos corais luteranos (prelúdio coral etc); variações; passacaglias e chacones; suite sonata (a partir de 1700) – Conjunto: sonata (chiesa); sinfonias e formas afins; suite (sonata de câmara) e formas afins e concerto

Órgãos - Silbermann

A música alemã para órgão Alemanha - período áureo no final do século XVII. – Tradição inaugurada por Sweelinck e Scheidt. Principais representantes foram Böhm, Buxtehude. Na Alemanha Central, Zachow e Kunhau, assim como Johann Christoph Bach. Porém um dos mais notáveis foi Johann Pachebel. – Grande parte da música escrita dentro das igrejas protestantes alemãs servia de prelúdio para uma ação, como a leitura da bíblia, o canto dos hinos etc. Incorporavam a forma de tocatas ou prelúdios, incorporando fugas ou tendo fugas por seção culminantes, e de corais para órgão

Tocata Obras de grandes proporções, simulando uma grande improvisação. – Nas seções não fugadas ocorria um procedimento comum: ritmo livre contrastante com um pulso, frases irregulares, mudanças bruscas de texturas, mudança no fluxo harmônico da música. – Na Alemanha, a virtuosidade na pedaleira era a marca de distinção. Dietrich Buxtehude – Nasceu na Suíça e ocupou o cargo de organista em Marienkirche, em Lübeck Representa o ponto alto da música para órgão da Alemanha setentrional (norte) – Tocatas de Buxtehude Denominadas de Praeludium cum fuga Consistia de algumas fugas procedidas e seguidas por seções em estilo livre Desde cedo incorporaram à tocata seções de contraponto imitativo, contrastando com a concepção rapsódica. Dessa seção nasce a FUGA, que, mais tarde, foi considerada como uma peça independente ligada à tocata

Seção Livre Seção fugada

Música Instrumental Música profana

Alemanha Suíte para teclado ou Partita – Assumiu uma forma fixa: allemande, courante, sarabanda e giga. – Os mais importantes compositores para suite alemã foram: Froberger, Pachelbel, Ploglitte, Krieger, Kuhnau. – Contemporâneos de Bach e Haendel foram Gottlieb Muffat - suites já no exemplo clássico. – Purcell escreveu suítes no estilo preciso alemão.

As orquestras Suíte orquestral – Discípulos alemães de Lully introduziram a música orquestral francesa na Alemanha. Assim, desenvolveu- se uma forma musical nova, a suíte orquestral, conhecida como ouverture – As suítes usualmente começavam com uma abertura francesa, seguida de uma série de danças. Florilegium (1695, 1698) de Georg Muffat, aluno de Lully. Outros compositores de suítes orquestrais: J. K. F. Fischer, Fux, Telemann (mais de 600 aberturas francesas), J. S. Bach