Revisão – Parnasianismo e A Hora da Estrela Questões

01.A obra A hora da estrela, de Clarice Lispector marca-se pela depuração da arte de escrever e dialoga com todo o universo ficcional da autora. Despontam nela as perplexidades da narrativa moderna. Indique a alternativa que NÃO condiz com esse romance entendido como um todo: (A) A história são as fracas aventuras de uma moça alagoana, “numa cidade toda feita contra ela”, o Rio de Janeiro. (B) A estrela que dá título à obra é a estrela de cinema e só aparece mesmo na hora da morte. (C) A narrativa constrói-se da alternância entre as reflexões do narrador que parece narrar a si mesmo e os fatos apresentados que dão o retrato da protagonista. (D) O espaço da ação é o social-urbano, mas restrito à “Rua do Acre para morar” e à “Rua do Lavradio para trabalhar”. (E) Macabéa, personagem do romance, tem a coragem e o heroísmo dos fortes e se torna, na vida, a grande estrela com que sempre sonhou.

"Será que eu enriqueceria este relato se usasse alguns difíceis termos técnicos? Mas aíque está: esta história não tem nenhuma técnica, nem de estilo, ela é ao deus-dará. Eu que também não mancharia por nada deste mundo com palavras brilhantes e falsas uma vida parcacomo a da datilógrafa." (Clarice Lispector, A Hora da Estrela) 02. Em A Hora da Estrela, o narrador questiona-se quanto ao modo e, até, à possibilidade de narrar a história. De acordo com o trecho acima, isso deriva do fato de ser ele um narrador: (A) Autocrítico que percebe a inadequação de um estilo sofisticado para narrar a vida popular. (B) Iniciante, que não domina as técnicas necessárias ao relato literário. (C) Pós-moderno, para quem as preocupações de estilo são ultrapassadas. (D) Impessoal, que aspira a um grau de objetividade máxima no relato. (E) Objetividade, que se preocupa apenas com a precisão técnica do relato.

03. A partir desse relacionamento entre o "autor" e sua personagem, o leitor verá como o autor a trata. Esses (mal)tratos serão importantes para o fim da obra, em que ela morrerá atropelada? Possivelmente a, Macabéa possui um final trágico de propósito a sua hora da estrela será a morte, então o narrador procura de todas as formas estabelecer uma relação mais realista, em que a personagem se torna anônima e miserável. 4. Por que Rodrigo finge que não quer matá-la ao final da história, se ele mesmo diz que "ela nascera para o abraço da morte?" Afinal, Rodrigo traiu sua personagem ou lhe deu um final feliz, apesar do atropelamento? Apesar do distanciamento o único que não queria a morte de Macabéa e ainda lamenta é Rodrigo S. M.

05. As relações que Macabéa estabelece com outros personagens são passíveis de análise e observação: Olímpico, o namorado que a despreza ("Você só faz chover") e a troca por sua colega Glória; esta, a colega de trabalho, "loura de farmácia", que aceita o namorado da outra; o chefe suburbano, que a avisa que será despedida em breve; o médico, "que não gosta de pobre"; a cartomante, "Madama Carlota", cujos prognósticos nunca se cumprirão. Não serão todos mais bem adaptados à vida urbana (ou suburbana) que Macabéa? Esta, em sua ingenuidade teria sido usada por eles? Todos os personagens de uma forma ou de outra usam Macabéa, frágil, ingênua ela acaba sendo manipulada e ao mesmo tempo massacrada 06. O atropelamento é a grande ironia da obra, não? Macabéa será atropelada após ouvir prognósticos fabulosamente positivos (e irrealizáveis), quando atravessa a rua "grávida de futuro" e morrerá diante de todos em sua 'hora de estrela'. Por que Rodrigo faz isso com sua personagem? Por que o prognóstico de atropelamento chegou antes da cliente da cartomante? O destino de Macabéa já estava traçado. A Cartomante erra e indica o destino da heroína para a moça que entra antes, há uma troca de destino.

07. Se fechamos o livro após a leitura, veremos que a obra também trata de uma questão social: a adaptação do migrante nordestino ao trabalho e vida no sudeste do país. O que Macabéa representa, afinal, dentro dessa leitura? A nordestina que sai de sua terra natal, Alagoas, para ser engolida pela cidade grande, Rio de Janeiro e ter uma vida miserável, mas cheia de ilusões. 08.Assinale a alternativa que tenha apenas características do Parnasianismo: a) culto da forma; objetivismo; predomínio dos elementos da natureza; b) predomínio do sentimentalismo; vocabulário precioso; descrições de objetos; c) teoria da arte pela arte; métrica perfeita; busca do nacionalismo; d) sexualidade; hereditariedade; meio ambiente. e) preocupação com a forma, com a técnica e com a métrica; presença de rimas ricas, raras, preciosas;

09. Não caracteriza a estética parnasiana: a) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente. b) A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas. c) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma. d) A obsessão pelo adorno e contenção lírica. e) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos. 10. Cite pelo menos 3 autores parnasianos com suas características especificas. Olavo Bilac – autor que procura confirmar a estética parnasiana com o Poema “profissão de fé”, que trabalha a forma como um ourives. Alberto de Oliveira – o mais parnasiano de todos, segue a risca a estética com princípios franceses. Raimundo Correia – e o parnasiano mais subjetivo, uso como símbolo as pombas.