WIILIAM JAMES: um “fazedor de idéias inquietantes” para o passado, presente e futuro da psicologia. IPUSP - HFP - LMS - Material Didático.

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Transcrição da apresentação:

WIILIAM JAMES: um “fazedor de idéias inquietantes” para o passado, presente e futuro da psicologia. IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

1ª. Edição em cada pessoa pode reconhecer sua própria racionalidade, assim como reconhece outros aspectos de si, através de marcas subjetivas que a afetam; dentre essas marcas, podem estar presentes intenso sentimento de paz, descanso, tranquilidade e suficiência de si mesma com relação ao momento presentemente vivenciado, assim como sentimentos antagônicos a esses; o reconhecimento consciente da presença de sentimentos vivenciados são a marca da racionalidade humana. IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

1ª. Edição em questões do direito de crer em algo e da precedência da crença sobre fatos, podendo aumentar o sucesso da pessoa em circunstâncias adversas; os processos psicológicos são afetivamente orientadores das ações na ‘futuridade’, isto é, afetam a expectativa que orienta, cognitiva e emocionalmente, a ação racional; antecipa algumas das colocações dos psicólogos da Gestalt (Köhler e Koffka), assim como do Psicólogo Cultural Ernst Boesch; referência adicional: Simão, Souza e Coelho Jr., “Noção de Objeto, Concepção de Sujeito: Freud, Piaget e Boesch”, Casa do Psicólogo, IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

no capítulo sobre “Ação Reflexa e teísmo”, argumenta sobre a existência de “uma opacidade última das coisas, uma dimensão do ser que nos escapa ao controle teórico” (p. 143), antecipando questões atinentes à alteridade e aos limites da racionalidade para a compreensão das relações interpessoais; referência adicional: Simão. L. M. e Valsiner, J. (Orgs.) “Otherness in Question: Labyrinths of the Self”. Information Age Publishing, IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

1ª. Edição em no ensaio intitulado “Certa Cegueira dos Seres Humanos” aborda a dificuldade dos seres humanos em se colocarem uns nos lugares dos outros; antecipa discussões filosóficas e psicológicas sobre essa real possibilidade, bem como sobre a desejabilidade dessa possibilidade; no âmbito psicológico, essas questões remetem às relações humanas como território do engano, das tensões, dos compartilhamentos e das diferenças. referências adicionais: Simão, L. M. e Mitjáns, A. “O Outro no Desenvolvimento Humano: diálogo para a pesquisa e prática profissional em psicologia”. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, Simão, L. M. Ensaios Dialógicos: compartilhamento e diferença nas relações eu - outro. São Paulo: HUCITEC, IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

Em edição original de 1902, William James toca aqui na questão da experiência individual, pessoal, com o transcendente, com o divino. Distingue entre experiências místicas da mente sã e da mente doente, abrindo assim espaço para uma das mais acirradas discussões que farão parte da psicologia moderna e contemporânea. IPUSP - HFP - LMS - Material Didático

Com a primeira edição datada de 1878 (anterior, portanto, aos livros que acabamos de comentar), esta é considerada por muitos historiadores e filósofos da psicologia, não só a obra mais bem desenvolvida do próprio William James, como uma obra que demarca um ponto de viragem na psicologia da época, especialmente no debate com a obra de Wundt, inaugurando relações que não mais abandonarão a psicologia. IPUSP - HFP - LMS - Material Didático