APRESENTAÇÃO DO AUTOR Por Sader e Jinkings a)István Mészáros nasceu em 1930, em Budapeste. b) Proveniente de uma família modesta, foi criado pela mãe, operária, completou os estudos fundamentais na escola pública e trabalhou numa indústria de aviões de carga. c) Trabalhou como assistente de Georg Lukács no Instituto de Estética da Universidade de Budapeste em 1951 e defendeu a sua tese em Exilou-se na Itália e depois de passar por várias universidades foi trabalhar em Sussex (Inglaterra) onde ganhou o título de Professor emérito.

APRESENTAÇÃO DO LIVRO Por Sader e Jinkings a)Conferência de abertura Fórum Mundial em Porto Alegre 2004; b)Afirma que educação não é um negócio, é criação; c) Ensina que para pensar a sociedade no parâmetro do ser humano exige a superação da lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição seus fundamentos. O educar é – coloca fim na separação entre homo faber e homo sapiens; d) Diz também que Colocar em prática tudo isto exige ações além da escola, dos gabinetes e dos fóruns acadêmicos; e) Denuncia que vivemos num novo analfabetismo porque é capaz de explicar, mas não entender; f) Pensando na ruptura do capital, Mészáros reflete as seguintes questões:

1- Qual o papel da educação na construção de um outro mundo possível? 2- Como construir uma educação cuja principal referência seja o ser humano? 3- Como se constitui uma educação que realize as transformações políticas, econômicas, culturais e sociais necessárias?

Ponto de partida A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender. Paracelso Se viene a la tierra como cera, - y el azar nos vacía Em moldes prehechos. Las convencines creadas Deforman han venido siendo formales; - es necesario que sean Esenciales (...) la libertad política no estará asegurada, Política no estará asegurada, mientras no se asegura la libertad espiritual. (...) la escuela y el hogar son la dos formidables Cárceles del hombre. José Martí Marx

As três citações enfatizam a urgência de instituir uma radical mudança estrutural. Uma mudança que nos leve para além do capital no sentido genuíno e educacionalmente viável do termo. (MÉSZAROS, p. 25)

Adam Smith e Robert Owen: intelectuais reformistas e liberais Adam smith faz uma denuncia moralizadora dos efietos degradantes das forças ocultas, culpando os próprios trabalhadores em vz do sistema. (p. 29) Preocupa-se em instituir algo mais elevado do que o tempo de lazer dos jovens de seu tempo, quando se divertem na “intemperança e na libertinagem”.(p.30)

Robert Owen- (p. 30) tenta reconciliar a concepção de uma utopia-liberal/reformista cm as regras implacáveis da ordem estruturante incorrigível do capital. (p. 32) Chama a atenção para a ferocidade de caráter dos jovens trabalhadores que vivem no “erro e na ignorância” e propõe que sejam educados com base na razão e no esclarecimento.

As soluções não podem ser apenas formais: elas devem ser essenciais A educação institucionalizada: conformidade ou consenso (Fidel p. 36) O capital e a ciência da teoria: uma caracterização devastadora (Marx, p.37) Brutalidade, educação profissionalizante, religião e internalização (p )

Para sairmos de tal prisão é preciso o confronto e a alteração de todo o sistema de internalização. Por uma concepção mais ampla de educação. (p. 49)

A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice Cada resposta uma decisão para o bem ou para o mal. P. 48) O que aprendemos de uma forma ou de outra? Será que a aprendizagem conduz à auto-realização dos indivíduos como “indivíduos socialmente ricos humanamente (Marx) ou está a serviço da perpetuação, consciente ou não, da ordem social alienante do capital? Será o conhecimento o elemento necessário para transformar em realidade o ideal da emancipação humana... Ou será ao contrário modo de adoção dos objetivos reificados do capital?

Por uma educação no seu sentido amplo x uma educação estreita elitista Não há nenhuma atividade humana da qual se possa excluir qualquer intervenção intelectual – o homo faber não pode ser separado do homo sapiens. Além disso, fora do trabalho, todo homem desenvolve alguma atividade intelectual; ele é, em outras palavras, um “filosófo”, um artista, um homem com sensibilidade; ele partilha uma concepção do mundo, tem uma linha consciente de conduta moral, e portanto contribui para manter ou mudar a concepção do mundo, isso é, para estimular novas formas de pensamento. Gramsci, 1957 p. 49

Necessidade de mudar o modo de internalização rompendo com a lógica do capital; Pensar na educação numa perspectiva ampla e a importância de todos os processos das nossas vidas; Referência auto-biográfica “Preservação da memória quem controla o passado, controla o futuro, e quem controla o presente, controla o passado”. P. 54 Contra-internalização e a contraconsciência dentro do espaço da escola. ex. o historiador Clelestino (p.56-57) Momento favorável na história para a mudança (Lenin, p. 51)

A educação como “transcendência positiva da auto-alienação do trabalho” Função metabólica do sistema capitalista: Alienação do trabalho, fetiche, alienação de mediação de segunda ordem; Qual é o papel da educação? Negação radical fase inicial de contra-internalização (p. 61); a transformação progressiva da consciência, transcedência da auto-alienação do trabalho (p.65); Universalização da educação e do trabalho; Sustentabilidade, autocontrole; automediação (p. 72)