GOBBI, Maria Cristina. Panorama da produção do conhecimento em comunicação no Brasil. Brasília: IPEA, 2010, p. 15-61.

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Transcrição da apresentação:

GOBBI, Maria Cristina. Panorama da produção do conhecimento em comunicação no Brasil. Brasília: IPEA, 2010, p

Ampla pesquisa com a base de dados oficial. Questionamento: como se encontra, do ponto de vista quantitativo, o campo de pesquisa da comunicação no Brasil no decênio ?

Metodologia utilizada Pesquisa quantitativa: consulta a base de dados oficiais – Capes, CNPQ, plataforma Lattes, Intercom, Socicom, Compós. Pesquisa qualitativa – entrevistas, s, observação (etnografia).

Objetivos Construir um cenário confiável. Financiador: Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), do governo federal. “[...] estabelecer parâmetros mínimos de qualidade para essa produção e sua divulgação, considerando-se a relevância e as demandas crescentes por estudos que evidenciem as mudanças ocorridas no cenário nacional, especialmente na última década” (19).

Caracterização do campo A) “necessidade de concepção unificada do campo científico” B) e existência de “diversas ciências da comunicação”. (19)

Citando Jesús Maria Aguirre: necessidade de “definição das fronteiras da disciplina” (20) e buscar legitimidade nos conceitos metodológicos.

História Anos 1970 em diante - Pesquisa dos meios e estudo da audiência. - Usos dos meios e análise dos fenômenos. A autora destaca ainda: “modismos” e a “dependência dos estudos” quanto a instituições estrangeiras.

Principais fontes das teorias: EUA e Europa (França, sobretudo).

A necessidade de pesquisa em comunicação justifica-se pelo momento atual: “Dimensão multiforme” da comunicação e da sociedade Mais acesso das pessoas à comunicação; usuários se transformam em produtores; maior intercâmbio possibilitado com as novas bases tecnológicas.

Instituições que atuam no campo da comunicação: Forcine, sociene – cinema ABCiber – cibercultura ABRAPcorp – comunicação organizacional e RP. Politicom – Marketing político. ABJC – Jornalismo científico Ulepicc – economia política da comunicação. Rede Folkcom – Folkcomunicação Rede Alcar – História da mídia. SBPR – Jornalismo ABES – Semiótica. Intercom, Compós.

Destaque para a Plataforma Lattes – traz um “panorama dos rumos da ciência no Brasil” (32). Em 2010, havia 1,6 milhão de currículos cadastrados – 8% de doutores e 14% de mestres.

Números absolutos no campo da comunicação Doutores: 835 – (Em 2000, formaram-se 47; em 2010, 86) Mestres: 2056 – (Em 2000, formaram-se 86; em 2010, 368).

Apesar do crescimento, a comunicação representa apenas 1% do total de pós- graduados. As áreas de maior representatividade são: ciências humanas (1650 doutores); ciências da saúde (1300) e ciências biológicas ( “o número de cientista-pesquisador anualmente formado ainda é insuficiente para atender a demanda do país” (34).

Questão geográfica Distribuição desigual Percentual de doutores Região Sudeste – 52%; Sul – 19%; Centro-oeste – 9,4%; Nordeste – 16%; Norte – 4%. Razões históricas de distribuição e produção de riquezas. Necessidade de incremento da pós-graduação

“Os números demonstram )...) que a pesquisa brasileira adquiriu maturidade, mas para uma projeção internacional significativa é necessário o investimento continuado nos programas de pós- graduação para a formação de recursos humanos, em diferentes áreas do conhecimento” (35).

A pesquisadora associa o pequenos desenvolvimento da área científica ao atraso nos vários setores da educação brasileira: 13% dos jovens na universidade. A meta era de 30% até Meta de pesquisadores: 150 mil doutores formados nas mais diversas áreas. Disparidade: “os 20% mais ricos têm 10 anos de estudo, enquanto metade da população brasileira tem cerca de cinco a seis anos de estudo” (39). Questão importante: em que medida o país está preparado para responder às demandas econômicas e sociais com a qualificação que fornece hoje?

Alguns dados O Paraná conta com 82 doutores e 243 mestres em comunicação entre os anos 2000 e Rio Grande do Sul – 162 doutores e 340 mestres. A faixa etária dos doutores concentra-se entre 40 e 55 anos. Há tendência de a idade cair.

Empregabilidade As universidades concentram a demanda por doutores – 61%. 58% dos mestres estão no setor privado. O setor empresarial emprega um número muito pequenos de mestres e doutores – apenas 2%.

Algumas conclusões Houve melhoras no setor Ainda há concentração no Sudeste. É preciso investir mais na pós-graduação