A Crise das Póleis e a conquista macedônica

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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
O Império Macedônico
Transcrição da apresentação:

A Crise das Póleis e a conquista macedônica Livro páginas 124 e 125- AV1- 3º Bimestre Livro páginas 124 e 125- AV1- 3º imestre

Guerras Médicas A Guerra do Peloponeso foi um conflito que opôs dois grupos de cidades-estados gregas, um liderado por Atenas e o outro, por Esparta. Esta guerra de gregos contra gregos representou o fim da democracia ateniense e o início do declínio da civilização grega, pois o enfraquecimento decorrente do conflito resultou no domínio macedônico um século depois. A guerra teve origem na aliança realizada pelas cidades-estados gregas com o objetivo de enfrentar os persas durante as Guerras Médicas, no século V a.C. Após a expulsão dos persas, Atenas se impôs com seu poderio militar às demais polis. Este processo de domínio sobre as demais cidades-estados se deu dentro da Confederação de Delos, formada para enfrentar os persas. Este domínio representou o período do imperialismo de Atenas, com a interferência na política e na sociedade dos demais aliados e também na tomada do tesouro que haviam acumulado como forma de garantir a existência da Confederação. Os aliados passaram ainda a pagar tributos aos atenienses, o que causou um agravamento nas alianças. Frente ao domínio ateniense, diversas cidades-estados que se mantinham aristocráticas aliaram-se a Esparta, na Confederação do Peloponeso

A tensa situação entre os dois grupos transformou-se em guerra em 431 a.C., quando em decorrência de uma disputa comercial, Atenas e Corinto entraram em conflito frontal. A aliança de Corinto com Esparta levou esta última a também guerrear contra Atenas. A força de cada uma das cidades localizava-se em âmbitos distintos. Esparta tinha uma força maior nos combates terrestres. Atenas destacava-se nos combates marítimos. Nos primeiro momentos da Guerra do Peloponeso, Esparta conseguiu vantagem, obrigando os atenienses a se refugiarem nos muros da cidade. Nesse período, que durou dez anos, o que houve foi uma guerra de desgaste, sem que houvesse um vencedor. A reclusão da população dentro dos muros de Atenas causou uma epidemia que inclusive vitimou o governante Péricles. Em 421 a.C., foi realizada uma trégua, a Paz de Nícias, que durou apenas sete anos. Atenas quebrou o acordo ao tentar conquistar regiões que eram dominadas pelos espartanos. A guerra reiniciou-se entre 415 e 413 a.C., levando os espartanos à vitória final em 404 a.C., na Batalha de Égos Potamos, quando Atenas foi obrigada a entregar seus navios e a renunciar ao império. Mas a supremacia espartana seria curta, já que em 371 a.C. seriam dominados pelos tebanos. Este enfraquecimento e divisão dos gregos foram aproveitados por Felipe da Macedônia, que conseguiu unificar as cidades-estados sob o domínio de seu Império.

Guerra do Peloponeso Motivos da guerra Apesar de formalmente amigáveis durante as Guerras Médicas, as relações entre Atenas e Esparta eram sempre tensas, e deterioraram-se a partir do ano de 450 a.C. Atenas dominava politicamente a Liga de Delos, comandando todo o comércio marítimo desfrutando então de uma situação financeira muito boa. Entre os principais motivos da guerra, estavam essas tensas relações entre espartanos e atenienses. Havia uma grande pressão por parte de um segmento da parte espartana – a cidade de Corinto – para atacar Atenas e iniciar uma guerra. Atenas enfrentava problemas comerciais com Corinto, e os espartanos viam sempre com muita desconfiança e também como uma ameaça o grande desenvolvimento econômico e o aumento da influência política que Atenas conquistava na região da Península do Peloponeso. As duas cidades-Estado passaram a disputar a hegemonia política e econômica na região, deixando o relacionamento entre elas ainda mais tenso. Como aconteceu? Com a pressão da cidade de Corinto, Tebas, cidade aliada de Esparta, ataca a cidade de Platéia – aliada de Atenas – iniciando a guerra que teve uma duração de 27 anos. Como aliadas de Esparta, estavam as cidades de Corinto, Tebas e Mégara. Enquanto isso, Atenas tinha como aliadas as cidades de Platéia e Ática. Ao contrário das outras guerras entre Esparta e Atenas, esta foi longa e envolveu muitos combatentes e grandes investimentos em armamento, além de muitas estratégias. As guerras que, anteriormente, possuíam um caráter estival, de curta duração, sem grandes investimentos ou estratégias, durante a Guerra do Peloponeso, envolveram grandes blocos de Estados e muitas áreas de combate.

O fim da guerra e suas consequências A guerra teve fim em abril de 404 a.C. com a rendição de Atenas, além da conquista espartana em Helesponto. O sistema democrático de Atenas foi derrubado e foi implantado um sistema de governo autoritário que ficou conhecida como Tirania dos Trinta – devido à sua formação, que envolvia trinta oligarcas -. Com o fim da guerra, Atenas perdeu seu poder na península, e instaurou-se a hegemonia política e econômica de Esparta, que tinha o sistema voltado para o fortalecimento militar. Os oligarcas acabaram com a Confederação de Delos, entregando todo o resto da fronteira para Esparta. A democracia, no entanto, foi restabelecida em 403 a.C..

O Império Macedônico A Macedônia localizava-se na Península Balcânica, ao norte da Grécia. Região de altas montanhas e planícies férteis. Os macedônios possuíam semelhanças culturais com os antigos gregos, mas, eram vistos por estes como “bárbaros”. Sua economia era baseada na agricultura e na pecuária e o poder estava nas mãos dos proprietários de terras e escravos. A Macedônia só passou a ter importância política no século IV a.C., quando Filipe II, subiu ao trono, aos 23 anos de idade, em 359 a.C. Filipe II, efetuou reformas, criando um governo centralizado, confiscando terras da aristocracia e distribuindo-as aos camponeses, diminuiu o poder da nobreza e reorganizou seu exército, criando a famosa falange macedônica, fortaleceu a economia, desenvolvendo o comércio e aumentando a exploração das jazidas de ouro. Filipe II viveu alguns anos na cidade de Tebas, na Grécia, durante o período da hegemonia tebana (371-362 a.C.), conhecia a cultura grega, sua organização política e militar, a rivalidade que havia entre as cidades gregas e o seu consequente enfraquecimento, após tantos anos de guerras internas. Seu objetivo era conquistar as cidades gregas e depois o Império Persa. Com um exército poderoso e bem treinado, partiu para a conquista da Grécia. Conquistou a Trácia, rica em minas de ouro, avançou submetendo a Calcídica e a Tessália, e as cidades-Estado da Grécia Central, que foram derrotadas na Batalha de Queronéia, na Beócia, em 338 a.C. Liderou a formação da Liga de Corinto, que reunia todas as cidades gregas sob o seu comando. Após a conquista da Grécia, Filipe II, planejou uma guerra contra o rico e poderoso Império Persa. Mas, não conseguiu concretizar seu plano, Filipe II, foi assassinado em 336 a.C.

Com o assassinato de Felipe II, o poder passou para seu filho Alexandre Magno, aos 20 anos de idade e que já se destacara na guerra contra os gregos. Alexandre fora educado pelo filósofo grego Aristóteles e era profundo conhecedor e admirador da cultura grega. Alexandre deu continuidade à política expansionista de Filipe II, após derrotar as cidades gregas, entre elas, Tebas e Atenas, partiu para a conquista da Ásia. Em 334 a.C, Alexandre atravessou o Helesponto e dominou a Ásia Menor. Logo depois conquistou a Síria, a Fenícia, a Palestina, o Egito e o Império Persa. Nesse período de expansão, casou-se com a filha do rei persa Dario III e promoveu casamentos entre os seus oficiais com jovens das populações dominadas. Construiu muitas cidades que, apesar de terem instituições parecidas com as das cidades gregas, eram bem diferentes, pois não tinham autonomia. Em 327 a.C., invadiu a Índia. Em 10 anos, o rei Alexandre, o Grande (ou Magno), transformou o Império Macedônio em um dos maiores de toda a Antiguidade. O Império Macedônico ia da Grécia ao rio Indo. O cansaço dos soldados, o calor e as chuvas obrigaram Alexandre a voltar para o Ocidente. Aos 33 anos de idade e 10 de campanhas militares, Alexandre, o Grande, morreu na Babilônia, em 323 a.C., vítima da malária.

A Cultura Helenística A Cultura Helenística A Fragmentação do Império Macedônico A Cultura Helenística Após sua morte, explodiram várias guerras entre seus principais generais, até que o Império Macedônio foi dividido em três reinos: Ptolomeu ficou com o Egito; Selêuco, com a Síria, a Mesopotâmia e a Pérsia; e Antigônida, com a Grécia e a Macedônia. Esses reinos conhecidos como reinos helenísticos, acabaram cada um deles sendo conquistados pelos romanos no decorrer dos séculos II e I a.C. As campanhas de Alexandre contribuíram para a fusão da cultura grega com a cultura oriental, foi surgindo aos poucos uma nova forma de civilização, chamada de helenística, com predominância do idioma grego. Os grandes centros da cultura helenística eram as cidades de Alexandria, Pérgamo e Antioquia. O mundo helenístico caracterizou-se pela implantação de monarquias absolutas teocráticas. Para manter o poder de modo absoluto, utilizavam-se estratégias políticas, tais como promover o desenvolvimento econômico do país, incrementando a exploração de seus recursos naturais e, assim, conseguir o aumento da renda do Estado. Com isso, mantinham-se as frotas navais fortes, que garantiam o poder real. A arquitetura helenística caracterizou-se pela construção de templos grandiosos. Foram construídos inúmeros altares, rodeados de colunatas, e grandes palácios cercados de parques e jardins, como os de Alexandria, Antioquia, Pérgamo e Pela. A escultura e a pintura tornaram-se mais realistas, retratando a violência, as paixões e o sofrimento humano. É bastante importante a noção de movimento que os escultores faziam questão de colocar em seus trabalhos. Na pintura, a noção de perspectiva era cuidadosamente empregada e deu-se, pela primeira vez, séria atenção à paisagem como representação, quase perfeita, dos efeitos de luz e sombras. As ciências tiveram grande desenvolvimento, destacando-se Ptolomeu, na Astronomia; Erastótenes, na Geografia; Arquimedes, na Física; Euclides, na Geometria; Herófilo, na Medicina, entre outros. Na filosofia, o helenismo originou ainda novas correntes filosóficas, tais como: Estoicismo, fundada por Zenão, defendia a felicidade como equilíbrio interior, o qual oferecia ao homem a possibilidade de aceitar, com serenidade, a dor e o prazer, a ventura e o infortúnio;