Abordagem Tradicional de Estudos de Usuários da Informação.

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Transcrição da apresentação:

Abordagem Tradicional de Estudos de Usuários da Informação

1. O campo de conhecimento A construção de um conhecimento CIENTÍFICO sobre os usuários da informação Os diferentes tipos de conhecimento As ciências humanas e sociais A ciência da informação A construção do campo de estudos de usuários

Modelo das ciências naturais Objeto de estudo: o que é “observável” Modo de analisar: medir Objetivo: produzir leis Por isso primeiro método é o questionário a) transforma impressões em algo fixo b) permite medição em escala c) padroniza para comparação d) cruzamentos para detectar variáveis Aberto/fechado – validade estatística

2. Evolução histórica dos estudos de usuários da informação Primórdios: frequência de uso de revistas em diferentes disciplinas – Gross e Gross, 1927; Allen, 1929, Hooker, 1935 (centrados nos documentos) Os primeiros estudos “com usuários”: Escola de Chicago – aparelhos socioeducativos, visão do todo EU como instrumentos de diagnóstico em instituições de informação – feedback, sistema

Décadas de 1940 e 1950 Royal Society Scientific Information Conference, 1948 – ponto de partida Bernal: como cientistas buscam e obtém infs; que liam, motivos da leitura, uso Urquhart: distribuição e uso da ICT Definição de informação como “coisa” Contexto da guerra fria

Ferramentas para facilitar a obtenção de infs – daí necessidade de conhecer os hábitos Exs: procedência da literatura usada, revistas mais importantes, intervalo de tempo Descoberta de Herner, 1954: preferência pela comunicação informal International Conference on Scientific Information, 1958 – objetivo de melhorar a disseminação da inf e de ter SI melhores Saldo: perfis, conhecimento dos canais, preferências

Década de 1960 Início do capítulo INU no Arist Relação entre uso de infs e resolução de problemas (até então, apenas preferências diantes de listas Início de pesquisa com cientistas sociais – influência Três grandes macroprojetos Projeto Scientific Information Exchange in Psichology, da APA, 1964

Garvey e Griffith: caminho da inf, da origem, transmissão, armazenamento, uso – conhecer o que ocorre em cada etapa da comunicação científica e o intercâmbio de ICT Estudos da Johns Hopkins Center for Research in Scientific Communication, 1966: demoras no fluxo, função e estrutura dos canais formais e informais INFROSS, Investigation into Information Requirements of the Social Sciences, M. Line, 1971 – vários aspectos do uso (uso de serviços, pessoas, idade, língua)

Década de 1970 Criação do Centre for Research on User Studies (CRUS), 1975 – Univ. Sheffield Estudo INISS, Information Needs and Services in Social Sciences Departments – hábitos dos trabalhadores, visitas aos departamentos administrativos, antecipar-se às necessidades vividas nos postos de trabalho Baixo nível de formação no uso de recursos de informação – letramento informacional

Década de 1980 Viragem de paradigma nos estudos de usuários Na América Latina, redemocratização, início da Abordagem Crítica EUA, Europa: orientação cognitiva, substituição dos perfis sociodemográficos por indicadores cognitivos – SIs adaptarem-se Exs: Sense Making de Dervin, Comportamento de busca da inf de Wilson, Modelos de Busca de Ellis, Etapas de Kuhlthau

Décadas de 1990 e 2000 Conferências ISIC (Information Seeking in Context), desde 1996 Contexto: consideração dos fatores sociais, econômicos, políticos, culturais Novas práticas: internet, modo geral de busca da inf Autores como Choo, Spink, desenvolvendo novos modelos Emergência, nos últimos cinco anos, do modelo sócio-cognitivo ou intersubjetivo/interacionista

Abordagem Tradicional UsuárioComporta mento SI (Atributos) DesejoPerfilBuscaCompletude NecessidadeSexoUsoExatidão DemandaIdadeAvaliaçãoFacilidade EscolaridadeFrequênciaTempo ProfissãoIdioma Barreiras

3. Exemplos de estudos da Abordagem Tradicional

1. Estudo de usuários de uma biblioteca de uma instituição pública Questionários respondidos por 157 servidores Total de 13 perguntas Dados de identificação: escolaridade, setor, idade, sexo, tempo de serviço na instituição Questões sobre freqüência, fontes, serviços solicitados, avaliação

Freqüência de uso da biblioteca

Freqüência de busca na biblioteca (em %)

Fonte de informação para a realização das atividades (em %)

Avaliação dos serviços da biblioteca (em %)

2. Usos e demandas de usuários de um site sobre uma cidade Questionários respondidos por 152 pessoas Total de 9 perguntas Dados de identificação: idade, profissão, cidade onde mora Questões sobre freqüência, razões do uso, fontes, itens do site acessados

Definição dos grupos GR1 = moradores GR2 = moradores cuja atividade profissional está ligada à cidade GR3 = pessoas não residentes na cidade e cuja atividade profissional está ligada à cidade GR4 = Ex-moradores GR5 = Usuários que pretendem visitar a cidade GR6 = Usuários que já visitaram a cidade

Grupos obtidos a partir da pergunta 5, “por quê você busca informações sobre a cidade?”

Freqüência de acesso dos grupos à internet e ao site analisado (em %)

Grau de utilização de fontes de informação sobre a cidade (em %)

Grau de uso dos assuntos disponíveis no site (%)

3. Necessidades e uso de informações de agricultores Entrevistas realizadas com 10 famílias (de um universo de 395) Dados pessoais + total de 12 perguntas Dados de identificação: sexo, idade, escolaridade, tempo que possui a terra e como a conseguiu Questões sobre fonte, freqüência de solicitação, avaliação das respostas obtidas, impacto da informação utilizada

Informações mais solicitadas (em %)

Periodicidade com que solicita informação (em %)

Resultado das solicitações (em %)

Tempo de resposta (em %)

Evolução da produção conseguida com a informação (em %)

Dificuldades na solicitação da informação (em %)

4. Uso de fontes de informação para a inteligência competitiva Empresas necessitam de informações sobre o ambiente (riscos e oportunidades) – monitoração ambiental Realidade atual: muitas mudanças no ambiente Desafio: selecionar e analisar a informação Essa pesquisa: ver a influência do tamanho organizacional sobre a maneira pela qual as pessoas usam fontes de informação em empresas brasileiras

Fontes sobre o ambiente – Sutton, 1998 Internas (setores de vendas, pesquisa mercadológica, planejamento, etc) Contatos diretos com setor de negócios (clientes, encontros, distribuidores) Informações publicadas (periódicos do setor, material promocional, relatórios anuais) Outras fontes (analistas financeiros, bases de dados eletrônicas, etc)

Fontes sobre o ambiente – Choo, 1994 Pessoais externas (clientes, concorrentes, representantes de órgãos governamentais) Documentais externas (jornais e revistas em papel, jornais e revistas eletrônicas, publicações governamentais, rádio e TV) Pessoais internas (superiores, subordinados, colegas do mesmo nível) Documentais internas (memorandos, circulares, relatórios internos em papel e eletrônicos)

Setores do ambiente empresarial Clientela Concorrência Tecnologia Regulação Economia Setor sócio-cultural

Critérios para análise Quanto aos seis setores: grau de importância e grau de mudança Uso de escala Likert Quanto ao comportamento informacional: freqüência de acesso às fontes, relevância (úteis para os objetivos) e confiabilidade (origem em fonte idônea)

Perfil da amostra Sexo Formação Atuação profissional Setor de atuação das empresas Dois grupos: pequenas e grandes empresas

Considerações Resultados revelam o efeito do tamanho nas empresas sobre a maneira pela qual os seus ambientes externos são percebidos Profissionais das grandes empresas: lêem mais jornais e revistas, importância maior a todos os setores exceto clientes, voltatividade de setores regulatório, econômico e sócio-cultural

Certa pobreza, em termos informacionais, das empresas de menor porte Fatores que influenciam o comportamento informacional podem ser investigados a fundo Importância de se aperfeiçoar a competência informacional dos profissionais quanto ao uso de fontes de informação a respeito do ambiente organizacional externo

1ª etapa do trabalho – apresentação 16/11 1. Identificação do local/instituição – fundação, estrutura, serviços, setores, universo 2. Identificação (perfil) – idade, sexo, escolaridade, tempo na instituição, setor de atividade, área do curso, vínculo com instituição, período do curso, turno, habilidade com computador, etc 3. Comportamento informacional – fontes que usa, freqüência, necessidades, impressões/satisfação, tarefas típicas, se teve ou não treinamento, como conheceu o SI, situação em que vai ao SI, tempo que utiliza, idioma, finalidade do uso 4. Avaliação de sistemas – serviços e produtos usados/acessados, usabilidade, qualidade/conteúdo, eficácia, satisfação, tempo de resposta, impacto, dificuldades de uso, ambiente (limpeza, atendimento, etc)