VigiFEx ESTUDO DE FEBRE E EXANTEMA OU MELHORANDO A VIGILÂNCIA DE FEBRE E EXANTEMA EM CAMPINAS ABRIL, 2003
COBERTURA VACINAL E CASOS NOTIFICADOS DE SARAMPO REGIÃO OPAS, 1990-2003* Campanhas Catch-up Cobertura vacinal de rotina em menores de um ano(%) Casos confirmados (milhares)) Campanhas de seguimento Source: PAHO/WHO Data sent by countries * 1990-1994 número total de casos notificados de sarampo 1995-2001 número total de casos confirtmados de sarampo * *Fevereiro de 2003
Casos de Sarampo por semana, OPAS, 2001- 2003* Números de casos 2001 2003 2002 *Até fevereiro de 2003 Semana de inicio
Desempenho da vigilância de febre e exantema. OPAS, 2000-2002 2001 2002 Casos notificados 1564 548 2683 Número de investigações por caso notificado 46 92 16 Proporção de casos suspeitos sem diagnósticofinal 60% 72% 79% Febre e exantema/100,000 8,4 5,9 5,0 Rubéola 15160 7396 1921 Dengue (somente com exantema) 1187 2021 1135
DOENÇAS FEBRIS EXANTEMÁTICAS SÃO PAULO CAMPANHAS DE VACINAÇÃO 1987 1992 1997 2000 2001 RESULTADOS ÚLTIMO CASO AUTÓCTONE DE SARAMPO EM 1999 REDUÇÃO DE 95% INCIDÊNCIA DA RUBÉOLA
SARAMPO SEGUNDO MÊS E ANO GRANDE SÃO PAULO ESTE GRAFICO UTILIZA DOS ESCALAS UNA PARA EL PERIODO 1986-96 Y YNA OUTRA CIEN VECES MAYOR PARA 1997 Y 1998. EL PROGRAMA AMPLIADO DE INMUNIZACIÓN EN SAO PAULO EMPEZÓ EN 1968. EN 1987 EN LA VIGENCIA DE UNA EPIDEMIA, EN QUE LOS NIÑOS FUERÓN LOS MÁS AFECTADOS SE HIZO UNA CAMPAÑA DE VACUNACIÓN INDISCRIMINADA PARA POBLACIÓN DE 9 MESES HASTA 14 AÑOS. EN 1989 Y 1990 HUBO BROTES AISLADOS EN TRABAJADORES DE CONSTRUCCIÓN CIVIL. EN 1992 HICIEMOS UNA OTRA JORNADA DE VACUNACIÓN COM MMR PARA NIÑOS DE 1 -10 AÑOS. DESPUÉS DE 10 AÑOS DE INCIDENCIA BAJA SURGE UNA OTRA EPIDEMIA. ATÉ 1987 CASOS HOSPITALIZADOS
DOENÇAS FEBRIS EXANTEMÁTICAS CAMPINAS POPULAÇÃO : 1.000.000 HABITANTES AMPLA REDE AMBULATORIAL E HOSPITALAR DUAS UNIVERSIDADES VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE BOA QUALIDADE PROXIMIDADE DO IAL CENTRAL APOIO INSTITUCIONAL APOIO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DAS INSTITUIÇÕES PRESTADORAS
Campinas-Brasil 5 distritos 60 unidades básicas de saúde Vigilância epidemiológica adequada Atenção médica 60% público 40% privado
Distribuição dos centros de saúde por distrito. Campinas-Brasil
Taxa de febre exantema e febre investigadas / 100000 habitantes, Região, Brasil e Campinas 1998-2002 Ano
Casos notificados de dengue, febre maculosa, sarampo, rubéola e outras doenças exantemáticas. Campinas 1998-2002 Casos notificados Ano
Sistema atual de Vigilância para febre e exantema Brasil 2003 De acordo com as recomendações da OPAS : Qualquer caso que cumpra a definição clínica de suspeito (do setor público) Investigação epidemiológica Amostra de sangue no primeiro contato para teste com IgM Amostra de urina ou swab naso faringe para isolamento Em algumas circircunstâncias sangue de convalescentes (Dengue)
Sistema atual de Vigilância para febre e exantema Brasil 2003 Limitações O setor privado geralmente não notifica >60% de casos de febre exantema não são diagnosticados Investigações incompletas Sem feedback
ESTUDO FEBRE E EXANTEMA ANTECEDENTES: Sistema de vigilância para febre e exantema semelhante ao da Paralisia flácida aguda Não há consenso sobre taxas de notificação Muitas doenças infecciosas e não infecciosas podem causar febre e exantema com variações sazonais Taxas podem variar de região para região Conhecimento pequeno sobre outras causas
Justificativa Com o progresso do controle / erradicação do sarampo aumenta a proporção de casos falso positivo e todos os suspeitos são descartados . O sarampo torna-se um evento raro A vigilância do sarampo se deteriora Torna-se necessário estabelecer uma taxa mínima de investigações como um indicador de qualidade Estudos populacionais não são disponíveis
Importância A taxa de paralisia flácida aguda usada no programa de erradicação da poliomielite foi determinada anos atrás por diversos estudos feitos em todo o mundo . Este valor tornou possível determinar se os países estavam mantendo a qualidade da vigilância epidemiológica apesar de vários anos sem casos. O estudo busca um parâmetro similar. Determinar a incidência de diversas doenças caracterizadas por exantema e febre (escolhida por sua importância clínica) durante um ano. A taxa servirá compo um indicador para determinar o número de investigações necessária para certificar a qualidade da vigilância
Manifestações clínicas Sarampo Período de incubação 7-18 dias Febre alta > 38.5º C Tosse Corisa Conjuntivite Mancha de Koplik Exantema 2-4 dias após o início dos sintomas
Manifestações clínicas Rubeóla Sem sinais prodrômicos como o sarampo Febre Linfoadenopatia retro-auricular/cervical Discreto exantema máculo-papular no segundo dia Exantema pode durar 5-10 dias e coincide com a ocorrência da febre Nos adultos artralgias e mialgias
Manifestações clínicas Escarlatina (Group A Strepto) Pródromos 12-24 horas Febre e malestar Exantema eritematoso Palidez peribucal face estapeada Língua em framboesa
Manifestações clínicas Dengue Febre 1-5 dias Exantema 1-5 dias começando no tronco (10-15% dos casos) Astenia/ cefaléia/ artralgias Congestão Conjuntival e faríngea Linfoadenopatia generalizada Hepatomegalia Petéquias Sangramento gengival, melena, hematêmese
Manifestações clínicas Exantema subito (HHV 6) Pródromos 3-4 dias Febre 3-4 days Febre >39.5 ºC e calafrios Encefalite Exantema começando no tronco eritematoso papular) e começa após o desaparecimento da febre
Manifestações clínicas Eritema Infeccioso (B-19) Cefaléia, corisa, febre baixa, faringite, mal estar 7-10 dias antes Eritema sobre as bochechas como uma queimadura de sol Eritema desvanece após 2-4 dias Após o quarto dia é substituído de um eritma macular para uma erupção morbiliforme Poliartropatia
Manifestações clínicas Mononucleose (EBV) 1-2 semanas de fadiga / mal estar Corisa, faringite e aumento das amigdalas Dor de cabeça, febre, miagias Linfoadenopatia generalizada Hepatoesplenomegalia Petéquias Exantema máculo-papular
Manifestações clínicas Enterovirus (Echo-Coxsackie) Início agudo da febre Cefaléia Corisa Disfagia Anorexia Herpangina=Exantema com papulo-vesículas branco acinzentado com 1-2 mm de diâmetro Lesões progridem para úlcera rasa Úlceras auto-limitada para amigdala, úvula, palato mole e pilar anterior
Manifestações clínicas Adenoviros Febre faringoconjuntival (serotipos 3,4 e 7) afetando escolas infantis Olhos vermelhos, Conjutivite aguda e Conjutivite palpebral Faringite, dor de garganta, corisa, síndrome respiratória Febre Geralmente auto-limitada Exantema ocasional Pode ocorrer diarréia Linfoadenopatia cervical e pré-auricular
Manifestações clínicas Kawasaki Edema Eritema Descamação nas extremidades Conjutivite Bilateral Exantema polimorfo Adenopatia cervical Alterações nos lábios e na cavidade oral (edema, língua em framboesa) Artrite, dor abdominal Edema duro de dedos de mãos e pés
Manifestações clínicas Reação medicamentosa História de ingestão de algumas drogas (Atropina, Quinina, Antipirina, Hidantoinas, Alopurinol, Salvarsan, Sulfonamidas, Penicilinas) Pode ocorrer Febre e prurido Exantema pode ser máculo-papular Linfadenopatia pode ocorrer
Manifestações clínicas Febre tifóide Febre, cefaléia, anorexia Dor abdominal Hepatoesplenomegalia Obstipação seguido de diarréia Exantema aparece na segunda semana na maioria dos casos Exantema desaparece após 3-4 dias
Manifestações clínicas Micoplasma Período de incubação de 1 – 4 semanas Pródromos com febre, mal-estar e astenia Sintomas respiratórios com tosse paraxística Em 10% dos pacientes com exantema máculo-papular
Manifestações clínicas Toxoplasmose Assintomático em recém-nascido Período de Incubação7 dias Febre , mialgia, dor de garganta, astenia Exantema Máculo-papular Hepatoesplenomegalia
Rash and fever in the English population- Ramsay M, Arch Dis Child 2002;87;202-6 195 crianças 39 Médicos gerais durante 1996-1998 Lab confirmação em 93 (48%) crianças Parvovirus B19 = 34 (17%) Strepto G A = 30 (15%) HHV tipo 6 = 11 (6%) Enterovirus = 9 (5%) Adenovirus = 7 (4%) Strepto G A = 6 (3%)
2 unidades básicas de saúde e um hospital durante 1994-1998 Rash and fever in Rio de Janeiro Oliveira SA, Epidemiol Infect 2001;127;509-16 327 pacientes 2 unidades básicas de saúde e um hospital durante 1994-1998 Lab confirmação in 233 (71%) crianças Dengue = 33% Rubéola = 20% Parvovirus B19 = 9% Measles = 7% HHV tipo 6 = 2%
Jan 1994 – Jan 1995 no Children’s Medical Center of Brooklyn Diagnóstico diferencial de febre e exantema em crianças, Brooklyn 1994 Papania M, 36th ICAAC abstract 62 pacientes Jan 1994 – Jan 1995 no Children’s Medical Center of Brooklyn Escarlatina = 44% Parvovirus B-19 = 19% HHV 6 = 8% Sarampo = 5% Rubéola = 3%
Características clínicas e epidemiológicas de pacientes referidos para evolução de possível doença Kawasaki Burns JC, Journal of Pediatrics 1991;118;680-6 42 pacientes Jun 1988 – Nov 1989-NIH USA Sarampo = 29% Outros vírus = 29% Im/Reumatológico = 17% Reação medicamentosa = 14% GAS = 11%
ESTUDO FEBRE E EXANTEMA Campinas-Brasil Objetivos: Implementação completa das normas nacionais para vigilância epidemiológica para estimar a taxa de doentes com febre e exantema entre pessoas <39 anos em Campinas, Brasil Determinar o agente etiológico responsável pela febre e exantema
Vigi FEx Vigilância Doenças Febris Exantemáticas
Vigi FEx METODOLOGIA POPULAÇÃO ALVO RESIDENTES EM CAMPINAS DE 0 A 39 ANOS DE IDADE DOENÇA FEBRIL EXANTEMÁTICA De maio 2003 a abril de 2004
Vigi FEx Assessibilidade aos serviços de saúde Metodologia (2) Envolvimento de todos os parceiros Seminario Rememorações e visitas frequentes Distribuição de material impresso Feedback oportuno Assessibilidade aos serviços de saúde Elaboração de folder e outros documentos Contratação de profissionais de enfermagem dedicadas a busca ativa
Vigi FEx Metodologia (3) Formulário ampliado para investigação Mais dados clinicos Disponibilidade de “kits” de diagnóstico para outras patologias Retorno dos resultados laboratoriais oportunamente Determinição das causas dos casos de febre e exantema notificados Descrição epidemiológica dos casos notificados de febre e exantema em Campinas
Metodologia (4) Aguda Conv. ELISA IgM ELISA IgG OF swab Im/f Ind Cult. Bact. Sarampo e rubéola X Parvovirus B19 Dengue HHV tipo 6 Epstein-Bar Enterovirus Adenovirus Rickettsia X>7d X S1<7d escarlatina
Algoritmo para análise laboratorial Doença febril exantemática Prevalência + síntomas clínicos Sem sintomas respiratórios Sintomas respiratórios + outros dados clínicos Lingua em framboesa Petéquias Coriza Linfoadenopatia Sintomas gerais Etc. Sarampo ou Rubéola Ou Suspeita clínica Dengue/ f.maculosa Positivo Negativo Positivo Negativo