6/23/2016 1  UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA Seminário Multidisciplinar 2004 CECD Curso Especialização em Ciências Documentais.

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6/23/  UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA Seminário Multidisciplinar 2004 CECD Curso Especialização em Ciências Documentais

6/23/ Da arqueologia documental à ciência da informação: balanço e perspectivas Susana Rocha Relvas

6/23/ A arquivística como ciência - Documento como prova de autenticidade e como testemunho científico. - O método e o objecto Arquivística aliada a áreas como ciência da informação e gestão documental, alteram forçosamente o seu paradigma. Mudança de paradigma: do «documento/ monumento» à informação, centrado no conteúdo (dados) e não no suporte. novas fontes de investigação como os registos paroquiais Transdisciplinariedade com a informática, a sociologia, a história económica, história das ideias, a linguística, a crítica literária, etc: Evolução da disciplina arquivística

6/23/ Arquivo «sistema de pensamento», (Foucault) Preservação da memória e fonte de informação 1– Instituição produtora de documentos administrativos, jurídicos ou científicos, 2 – Espaço físico e intelectual da memória, 3 – Os seus suportes: papel, audiovisual e digital, 4- Conjunto orgânico de documentos produzidos na instituição ou recebidos de outras entidades, 5 – Depósito de arquivo, 6 - Os seus recursos humanos especializados, 7 – Tarefas científicas e técnicas que passam pela avaliação, organização, conservação e disponibilização da documentação, 8 - Tipologias arquivísitcas: arquivos de empresas, de família, públicos, distritais…

6/23/ Papel do arquivista – mediador entre a ciência da informação e a sociedade Do arquivista como «arqueólogo» e fiel guardião de vestígios escritos do passado, ao arquivista como gestor da informação, responsável pelas três fases da produção de documentos, especialista nos diferentes suportes que as novas tecnologias oferecem, conhecedor da gestão integrada de informação, investigador (pesquisador)...

6/23/ Criatividade do arquivista, a par dos seus conhecimentos técnicos que transformam um «arquivo morto» num arquivo vivo: organizado e disponibilizado ao público. Responsável pelo tratamento, avaliação, conservação e comunicabilidade; Colaborador administrativo e investigador; «Researcher» - especializado em recursos informacionais.

6/23/ Arquivos, Bibliotecas e Museus: «sistema patrimonial complexo» (António Hespanha) Regulados pela Lei do Património Cultural Ciências sociais e Humanas

6/23/ A investigação arquivística - representa avanço epistemológico (produção conhecimento científico). - essencial à formação e actualização permanente

6/23/ Possíveis temas de investigação: Louise Gagnon-Arguin - Groupe de recherche en achivistique (GIRA) Finalidade e objecto da arquivística; Papel social e lugar da arquivística na sociedade; Desenvolvimento da própria disciplina; Os princípios e os métodos; O vocabulário e a terminologia; O ciclo de vida dos documentos de arquivo; A aplicação do princípio da proveniência, A normalização; A tipologia da informação contida nos arquivos; A pedagogia arquivística; As relações entre a teoria e a prática;

6/23/ Possíveis temas de investigação (cont.) O conhecimento do meio no qual evoluem os arquivistas; A formação; Os estudos de utilizadores; A avaliação dos serviços de arquivo; A história dos serviços de arquivo; A história dos arquivos; A história da arquivística.

6/23/ A investigação arquivística pode ser entendida a dois níveis: 1- a investigação - (cientista da informação) - que se prende com questões epistemológicas da ciência arquivística (contribui para o seu avanço),  Teoria, fundamentos e gestão arquivística

6/23/ Investigação arquivística 2 – investigação (pesquisa), entendida como recurso informacional produzido no contexto do serviço de referência da instituição, de apoio ao utilizador. Análise de conteúdo-crítica interpretativa e judicativa (teoria literária) índices, resumos, indexação(recuperação temática da informação).

6/23/ Procedimentos: 1.Procurar, reunir e selecionar a informação pretendida, 2.Tratar intelectualmente essa informação, 3. Estudar, refletir, comparar dados informacionais, 4. Tirar conclusões: produção de conhecimento, 5. Aplicação do conhecimento: produção da inteligência (URDANETA – Gestão da Inteligência, 1992)

6/23/ Universidades, Empresas e Estado «Tríplice élice» (Leydesdorff e Etzkowikz,1998) Formação inicial e contínua dos técnicos; Valorização das carreiras; Criação de projectos modernos;

6/23/ A arquivística comparada (Métodos comparativo e histórico) Estudar as realidades arquivísticas nacionais e estrangeiras; Estudar as diferentes tendências das principais escolas: Annales, École de Chartes, Escola de Florença; Estudar as tendências dos contributos dados nas Conferências Internacionais da Table Ronde des Archives, etc...

6/23/ Linguística na Indexação e na Terminologia arquivísticas Código linguístico essencial à materialização da informação; Identifica e organiza os símbolos contidos nos registos de informação; Normalização e fixação de uma terminologia estruturada.

6/23/ Papel da crítica interpretativa e judicativa na análise de conteúdo Texto como expressão de certas necessidades socioculturais, localizado no espaço e no tempo (Paul Ricoeur, 1976) O arquivista faz uso da sua capacidade de julgar quando interpreta. (Capacidade interpretativa e seletiva) Significado do texto – objeto ideal que pode ser identificado por diferentes indivíduos em épocas diferentes. (Husserl – Investigações Lógicas)

6/23/ Balanço do CECD – 2002/04 e perspetivas Aquisição de conhecimentos metodológicos, teóricos e práticos Realização de investigação Importância crucial do estágio Quebrar a barreira do 1º emprego Entrar no mercado competitivo Enriquecimento e formação profissional Desafios