HTLV Vírus Linfotrópicos de células T Humanas
HTLV Vírus Linfotrópicos de células T Humanas
Taxonomia Família Retroviridae Sub-família Oncovirinae 1980 – HTLV – HTLV – HTLV – HTLV-4
HTLV: primeiro retrovírus descrito em humanos Mundo: 15 a 20 milhões de pessoas infectadas pelo HTLV-1 Brasil: ~2,5 milhões de pessoas infectadas pelo HTLV-1 Regiões endêmicas a prevalência aumenta com a idade e é maior no sexo feminino Fonte: Catalan-Soares, 2001; Coelho-dos-Reis, 2007 Epidemiologia
Prevalência de HTLV I / II reportadas no Brasil de 1989 a Fonte: e/rsbmt/v35n5/13170f 1.gif
Transmissão Transfusão de sangue contaminado pelo vírus Compartilhando agulhas, seringas, ou objetos cortantes (lâminas de barbear, alicates, etc) que contenham sangue contaminado Através de amamentação com leite materno de mãe que seja infectada pelo vírus Transmissão de forma vertical – passagem transplacentária Através de relação sexual, não protegida - isto é, sem uso de camisinha - com pessoa infectada pelo vírus Fonte: Ministério da Saúde, 2006 (
Patogênese e imunidade Alvo predominante: células T CD4+ e CD8+ (10%) Transmissão célula-a-célula Integração ao genoma do hospedeiro aleatória Transformação celular lenta
Patogênese e imunidade O crescimento celular descontrolado pode transformar neoplasicamente a célula Ou promover alterações genéticas ao longo de um período extenso Associados a transtornos neurológicos não- neoplásicos e outras doenças HTLV-I causa leucemia linfocítica aguda de células T do adulto (ATLL) e mielopatia associada a HTLV-I (parapesia espástica tropical), uma doença neurológica não-oncogênica Fonte: Murray, 2006
SÍNDROMES CLÍNICAS
Mielopatia / Paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) ( De 2-3 % )
( De 1-2 % ) Leucemia / linfoma das células T do adulto (ATLL) Principais sintomas e sinais clínicos Febre, dor abdominal, icterícia, perda de peso, linfoadenopatia, hepatoesplenomegalia, hipercalcemia, infecções oportunistas e lesões de pele
Dermatite infecciosa
Polimiosite Doença inflamatória que afeta o sistema muscular, provocando fraqueza muscular, presença de blefaroconjuntivite e de lesão nas narinas com ulcerações e crostas.
Síndrome de Sjögren Doença auto-imune caracterizada pela infiltração por linfócitos T das glândulas salivares e lacrimais, causando a destruição de sua estrutura ductal e secura de mucosas oral e conjuntival.
Uveíte Desordem inflamatória intra-ocular
AAH / Artrite reumatóide (Artropatia Associada ao HTLV-1)
Diagnóstico laboratorial Realizado em duas etapas: triagem e confirmação Triagem: testes laboratoriais sorológicos (ELISA ou aglutinação – Sorologia para HTLV) presença de anticorpos contra o vírus Confirmação: utiliza-se geralmente um teste sorológico (Western blot) e em casos de indeterminação deste, o teste PCR (HTLV-PCR) Os dois últimos testes, além de confirmarem a infecção, discriminam se ela é causada pelo HTLV-1 ou HTLV-2 Fonte:
Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico Laboratorial
Western Blot (WB) Reação em cadeia da polimerase (PCR)
Tratamento, prevenção e controle A cura do HTLV permanece desconhecida e, diferentemente do HIV, não existe tratamento específico que diminua a proliferação do vírus Atualmente, existem poucas opções de tratamento, que funcionam apenas como paliativos às manifestações patológicas causadas pelo vírus Uma combinação de AZT e interferon-α se mostrou efetiva em alguns pacientes com ATLL. Entretanto, nenhum procedimento em particular foi aprovado para o tratamento da infecção por HTLV-I (MURRAY, 2006) As medidas tomadas para limitar a disseminação do HTLV-I são as mesmas usadas para limitar a transmissão do HIV. Precauções sexuais, triagem do suprimento sanguíneo e aumento da atenção quanto aos riscos potenciais e às doenças são maneiras de prevenir a transmissão do vírus Fonte: Murray, 2006; Coelho-dos-Reis, 2007