A Educação no Brasil Colônia. Contexto Histórico.

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Transcrição da apresentação:

A Educação no Brasil Colônia

Contexto Histórico

A história do Brasil nessa fase não pode se separar da história da Europa, pois a colonização deveu-se à necessidade de expansão comercial da burguesia enriquecida com a Revolução Industrial. Colônias: possibilidade de consumo e fornecedoras de matéria prima. Início da colonização no Brasil: capitanias hereditárias.

Economia colonial: engenhos de açúcar e grande proprietário de terras, mão-de-obra escrava (índios e negros). Lucro: para metrópole - Portugal. Educação - não é prioridade ao colonizador, pois não há necessidade de formação especializada. Metrópole envia religiosos - trabalho missionário e pedagógico - converter o gentio e impedir o desvio á fé cristã.

Os jesuítas obtêm um resultado significativo na atividade pedagógica - cativo dos índios. Garantia da unidade política através da aculturação - dominação metropolitana. Educação = agente colonizador!

A Obra Jesuítica Surgimento da Companhia de Jesus: após o movimento da Reforma, o Concílio de Trento faz sua Contra-reforma, destinada a impedir a propagação das ideias reformistas. Os jesuítas, de todas as ordens religiosas, foram os que mais rapidamente conquistaram os índios e os catequizaram, de norte a sul do Brasil Colônia. Por isso, ganharam a confiança da Coroa.

Em apenas 20 anos, chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega, promovem uma ação maciça na catequese dos índios, educação dos filhos dos colonos, formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra. A rigorosa formação dos jesuítas e orientação segura - Ratio Studiorum - permitiu a rápida expansão de seus ‘serviços’.

A Educação dos Curumins

Jesuítas aprendem a língua tupi-guarani. Anchieta organiza gramática tupi. O bilinguismo perdura algum tempo, até que as autoridades portuguesas exigem o uso exclusivo do português. Não conseguindo agir diretamente sobre os adultos, os padres conquistam as crianças, que aprendem a ler e a escrever. Se usa tudo para chamar a atenção da criança - teatro, música...

Aos poucos, vão aprendendo os ‘bons costumes’ e religião cristã. Logo começa um choque cultural. Se impõe a cultura do dominador... Inicia a desintegração da cultura indígena. Imposição de outra língua, outro deus, outra moral e outra estética.

A Educação do Filho do Colono Embora as primeiras escolas reunissem índios e colonos, houve a separação entre ‘catequizados’ e ‘instruídos’. Ação sobre os índios: cristianização + pacificação; Ação sobre colonos: mais efetiva, via escola elementar de ler e escrever. Dois cursos são montados:

Curso de humanidades: letras humanas, filosofia e ciência; Curso de teologia e ciências sagradas: formação do humanista e do teólogo. Assim, os jesuítas exercem monopólio do ensino no Brasil, apoiados pela Coroa. O governo de Portugal sabe o quanto a educação é meio de submissão e de domínio político e não intervém nos planos dos jesuítas.

Os jesuítas e a casa grande

Para enfrentar o poder do senhor da casa grande, conquistam seus elementos ‘passivos’: mulher, criança e escravo. Iniciam pela religiosidade da família e educação do ‘menino’. Como a tradição mandava que o 3º filho deveria ser padre, era no confessionário que os jesuítas conquistavam a casa grande.

Influência jesuítica na cultura brasileira A influência jesuítica na cultura brasileira tornou-se tão forte, que o governo passou a temer seu poder político. A Companhia de Jesus tornou-se muito rica, ameaçando economicamente a metrópole. Foi então que, em Portugal, tomou-se a decisão pela expulsão dos jesuítas da Colônia. Tal expulsão, no entanto, foi desastrosa à educação brasileira.

Numa sociedade agrária, onde a elite tinha prioridade intelectual, não se encontrou outra forma para garantir a educação dos menos favorecidos. Aumenta ainda mais o fosso existente entre os ‘letrados’ e a maioria da população analfabeta.

Concluindo... Pode-se dizer de forma contundente que a educação no Brasil Colônia resumiu-se à leitura dos livros sagrados sobre o vigilante olhar dos jesuítas. Numa demonstração de força, a Companhia de Jesus instalou frentes de batalha contra a Reforma, visando também à restauração feudal, reafirmando a doutrina da autoridade externa ao indivíduo e o conceito de disciplina pela obediência.

Durante mais de 3 séculos a educação foi teocrática destinada a formar sacerdotes e leigos obedientes e fiéis à Igreja. Para os padrões escolares romano-jesuíticos, a inteligência era uma falha no método de ensino e os poucos que conseguiam romper essa barreira tinham formação portuguesa. A orientação católica era a de que um analfabeto era um cidadão mais seguro do que um alfabetizado. Educação Brasil Sec.XVII e XVIII Educação Brasil Sec.XVII e XVIII