SEMANA ESTADUAL DE MOBILIDADE URBANA DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

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Transcrição da apresentação:

SEMANA ESTADUAL DE MOBILIDADE URBANA DA GRANDE FLORIANÓPOLIS A PROMOÇÃO DO TRANSPORTE NÃO-MOTORIZADO COMO PARTE DE UM PLANO DE MOBILIDADE URBANA Dr. Emilio Merino Consultor Transporte

1 2 3 INDICE Atividades desenvolvidas Dificuldades das cidades para se tornar cidades cicláveis 3 Propostas e Sugestões

: Florianópolis Como vamos 1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Elaboração do Manual do Ciclista V2 ( Projeto Moviman – URB-AL ) Participação na última fase do Plano Diretor Cicloviario (revisão) Participação na fase inicial de implementação das ciclovias ( Diário de Noticias e Restinga) Participação na revisão inicial do projeto Ciclovia Ipiranga 5. Atualmente desenvolve Planos Integrais de Mobilidade Urbana Sustentável - PIMUS para cidades de América Latina 6. Desenvolve em parceria com ONG e redes internacionais de mobilidade: Manual de Mobilidade Urbana Sustentável dirigido para Tomadores de Decisão (políticos) e Gestores (técnicos) da Administração Pública. Grupo Multisetorial da Prefeitura de POA – Cicloativismo Frente Parlamentar Câmara de Vereadores de Mobilidade Urbana Comissão de Mobilidade Urbana do Estado do Rio Grande do Sul Cultura do planejamento Participação pouca - efetiva dos atores sociais e parceiros na construção do modelo de mobilidade urbana para as cidades Florianópolis Como vamos :

Coordenação Informação Comunicação 2. DIFICULDADES DAS CIDADES PLANO DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: Documento que oriente as políticas, diretrizes , estratégias e ações da mobilidade sustentável de FLORIPA. Interfaces entre TODOS os modais de transporte, priorização e gestão. 2. GESTÃO DA MOBILIDADE: Problemas da mobilidade enfrentados desde o lado da oferta e não da demanda. Chave: Organização Coordenação Informação Comunicação

: Florianópolis Como vamos 2. DIFICULDADES DAS CIDADES 3. PLANO DIRETOR CICLOVIARIO: Planejamento/ execução/ revisão e complementação a. Normativa da compensação ambiental b. Promoção da bicicleta como modo de transporte urbano c. Gestão onde se assegure a participação efetiva dos atores sociais e parceiros. Incluir indicadores de gestão. d. Material de divulgação (manual, guias, etc.). Florianópolis Como vamos : FALTA DA PROMOÇÃO DAS BICIS COMO MODO DE TRANSPORTE URBANO

2. Integração da bici na política general de transporte (a) Moderação do tráfego como ponto de partida promoção da bici: redução da velocidade e numero de carros promoção de bicis não a custas do % de pedestres recuperação da rua como espaço multifuncional de convivência com pedestres viário calmo pode ser mais seguro e com maior qualidade Segregação vs Integração: (-) encontros com tráfego veloz (-) velocidade onde os encontros de bicis vs carros sejam indesejáveis

2. Integração da bici na política general de transporte (b) Parceria de bicicletas com pedestres Juntos na idealização do espaço e desenho urbano As melhorias das bicis significam, também, melhorias para os pedestres Reivindicações comuns: moderação do trafego; regulação semafórica; mobiliário urbano; arborização, etc

2. Integração da bici na política general de transporte (c) Parceria com o transporte público Potencializar relação: bici alimentador dos trajetos de T.P de longo percurso Uso compartido do viário, paradas e estações de intercambio Transporte das próprias bicis dentro dos veículos : TRENSURB acessibilidade micro e macro

2. Expectativas para a promoção das bicicletas Aquisição de uma bicicleta = condição básica para seu maior uso (trabalho) Município sinalizando uma política de promoção da bici (maiores usuários) Reordenamento da infraestrutura viária para ciclistas (+ pistas e segurança). Motivos de incentivo para a aquisição de uma bici ou uso mais freqüente Pista para ciclista, facilidades, acessos, desvios, etc ................70% Restrições para a circulação de carros ....................................28% Estacionamentos para bicicletas vigiados.................................21% Campanhas de Promoção de bicicletas....................................11% Locais para o Aluguel ou empréstimo de Bicicletas.................... 8%

2. Facetas de uma política favorável Pro- bicis “ Uma política de promoção da bici ligado a seu aspecto de engenharia (construção da infraestrutura) foram um fracasso..... e não recuperaram a bici para a cidade como modo de transporte urbano....” “Pesquisas de promoção de bicis não se encontram exclusivamente na oferta de infraestrutura, senão, estas se estendem ao contexto social. Entender o comportamento dos usuários diante do transporte...” Lajeado –RS Uso de ciclovias como estacionamento 21,6 km - 7 hr – 18 hr.

2. Facetas de uma política favorável Pro- bicis “Uma política de promoção das bicis deve partir de um Plano para recém partir para os aspectos de engenharia, e valorar aspectos educativos, culturais e os normativos....” “Um Plano de ciclistas deve incluir, por outro lado, uma analise financeira e orçamentária e colocar um forte ênfase na participação cidadã...”

2. Uma política favorável: planejamento Iniciativas não integradas num planejamento global, levam ao fracasso Resolver primeiro os obstáculos e condicionantes do uso da bici. Construir um marco minimamente coerente de objetivos, priorização e hierarquia identificar ao destinatário da promoção. Não todos os ciclistas são iguais Contar com um Plano global para o desenvolvimento das bicicletas

2. Uma política favorável: engenharia Realizar um planejamento da infraestrutura coerente com o plano global de desenvolvimento das bicicletas Informação: estrutura urbana, modelo de transportes, barreiras artificiais e naturais. Linhas de desejo dos futuros/ potenciais deslocamentos de bici (croquis da rede) conjunto articulado de diversos tipos de vias que facilitem a circulação dos ciclistas Esquema global de circulação (não sujeitos a vontade municipal) Consistência com os usos previsíveis e sintonia com as necessidades locais de espaço e circulação

2. Uma política favorável: educação e cultura Processo de extensão e difusão do conhecimento de trafego e segurança objetivo: estabelecer um marco de valoração social da bici. Conhecimento das vantagens individuais e coletivos da bici e desvanecer a ideia de que esta serve só para lazer,esporte, crianças e pobres Educação não só para ciclistas senão para toda a população No caso dos ciclistas a educação deve focar no comportamento que permite reduzir os riscos... “ciclismo defensivo” Educação vial do ciclista infantil < habilidades e capacidade de compreender as diversas circunstancia do trafego>

2. Uma política favorável: educação e cultura Stuttgart – Alemanha

2. Uma política favorável: Promoção Deve-se evitar 4 erros fundamentais: Suposto de que os meios de comunicação, técnicos e políticos estão em sintonia com a opinião pública. Importância dos formadores de opinião 2. Atribuir infundadas expectativas de câmbios às simples campanhas de promoção. Quando os câmbios na imagem não se traduzem, necessariamente, em mudanças comportamentais 3. realização de campanhas em vazio, sem o suporte de um plano integral 4. Não se deve restringir a uma ação localizada no tempo e espaço. Deve-se envolver todos os mecanismos de comunicação pública

2. Uma política favorável: Financiamento O fato de que a infraestrutura das bicis custe bem menos da que o transporte motorizado não quere dizer que não se dedique o máximo esforço e dedicação Em Londres (1981) A Administração se comprometeu a empregar 1% do orçamento do Departamento de Transporte nas bicicletas Na Holanda (Delft e Groningen) durante vários anos se dedicou “ todo” o orçamento municipal de transportes, dedicado só as bicicletas.

2. Uma política favorável: Financiamento Em POA (2009) A Prefeitura se comprometeu a destinar o 20% das multas arrecadas de trânsito em favor das bicicletas.

2. Uma política favorável: Participação Participação da cidadania = exigência democrática na promoção das bicis garante que as necessidades dos usuários sejam plasmadas no projeto A falta de experiência ciclista que caracteriza a boa parte dos técnicos da prefeitura pode ser paliada com a participação dos ciclistas (usuários) Planejamento compartilhado por parte da prefeitura e os grupos de defesa das bicis * Grupo de Trabalho da bici (Amsterdã) * Comitê de Enlace entre a prefeitura e os ciclistas (Londres) (POA??) * Comissão Cívica da Bici (Barcelona)

2. Uma política favorável: Normativa Conjunto de Normas de aspectos variados da atividade social e econômica da cidade; Regras de jogo urbanísticas até as que proíbem ou permitem a circulação de bicis nos parques ou mesmo com os estacionamentos/ circulação pela calcada de pedestres Regras urbanísticas (corto/meio/longo prazo) que permitam realizações concretas Não esta livre de conflitos e dificuldades (beneficio de ciclistas restam privilégios ao transporte motorizado) Aceitação das regras de trafego pelos ciclistas, dependem de que estes percebam de que elas contribuem para sua comodidade e segurança

2. Uma política favorável: Avaliação e seguimento O êxito de uma política de promoção da bici não se pode medir exclusivamente através de parâmetros numéricos: numero de ciclistas que usam uma via ou o numero de acidentes Não se pode esperar câmbios drásticos e imediatos nos hábitos de deslocamento da população e por conseguinte esperar um uso massivo da bici, ali onde antes havia uns quantos esportistas Deve-se ter muita precaução à hora de avaliar os resultados locais e globais de qualquer política de promoção de bicicletas, especialmente, no terreno dos acidentes.

3. Propostas e Sugestões Realização do Programa de Promoção das Bicicletas Criar o Conselho de Usuários e parceiros das Bicicletas (planejamento e gestão) Realização de PDC :prioridades na construção de ciclovias; compensação ambiental, destino dos recursos da multas de trânsito. Foro de Secretários de Mobilidade Urbana: proposta da redução do IPI das Bicicletas Iniciar campanha com os fabricantes de bicicletas para conseguir um protótipo de bicicleta urbana com preços bem mais baratos Criar a Escolinha Bike: escola para ensinar às crianças as normas de circulação e convivência no trafego (Bici Anjo???). Implementar Projeto Piloto em bairros de SC( Prefeituras de SC, Associações de Vizinhos, ONG, Associações de Ciclistas: mudança no comportamento e no % de uso, trafego calmo, convivência dos modais. Implementar projeto: Social Bike ( projeto inclusivo de moradores de rua, desempregados e 3º idade- Oficina de manutenção de bicicletas). Implementar o Bbike : Prefeitura + Parceiros = Bicis de aluguel

3. Propostas e Sugestões Morte de ciclista – Bairro Mario Quintana ( 01/06/2012)

MUITO OBRIGADO Dr. Emilio Merino Domínguez emilio.merino@gmail.com 3. Propostas e Sugestões MUITO OBRIGADO Dr. Emilio Merino Domínguez emilio.merino@gmail.com