UNIFESO – CURSO DE MATEMÁTICA

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Transcrição da apresentação:

UNIFESO – CURSO DE MATEMÁTICA NAI – Prof. Ilydio P. de Sá CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS DE FUNÇÕES A PARTIR DE TRANSFORMAÇÕES ISOMÉTRICAS

1 TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS ISOMÉTRICAS Podemos definir uma transformação geométrica em um plano como uma correspondência um a um entre pontos do plano. Assim, por meio de uma transformação, os pontos de uma figura têm correspondentes nos pontos de outra figura que é a sua imagem pela transformação. As transformações isométricas não alteram as distâncias entre os pontos relacionam figuras congruentes. Como essas transformações não distorcem imagens, são também designadas como movimentos rígidos no plano. As transformações isométricas de um plano são translação, reflexão e rotação, assim como todas as combinações entre elas.

Translação é a transformação em que todos os pontos de uma figura se deslocam numa mesma direção, sentido e de uma mesma distância. Reflexão em relação a reta r, denominada de eixo de simetria, é a transformação que a cada ponto P associa o seu simétrico P’ em relação à reta r. Rotação é o giro da figura em torno de algum ponto e de um determinado ângulo.

O entendimento das propriedades dessas transformações geométricas pode ser muito importante como auxílio ao estudo das funções matemáticas, notadamente na sua representação através de gráficos cartesianos. Interessante ainda observar que as transformações isométricas influenciaram também diversos artistas plásticos, arquitetos, decoradores, etc.

O maior e mais importante exemplo que temos dessas aplicações artísticas é o holandês M. C. Escher (1898-1972), que através da combinação de simetrias, reflexões e rotações, além do uso de perspectivas, usou conhecimento matemático em sua arte conseguindo assim maravilhar a as pessoas através das ilusões que criava num mundo maravilhoso de formas. Nos próximos slides, um exemplo de obras desse importante artista plástico.

A TÉCNICA DE ESCHER

2. AS TRANSFORMAÇÕES ISOMÉTRICAS E OS GRÁFICOS DAS FUNÇÕES   Na matemática, o uso dessas transformações no plano pode ser instrumento valioso como auxílio para a construção dos gráficos das funções. Conhecendo um conjunto de gráficos fundamentais (que denominaremos de “gráficos básicos”) e aplicando algum conhecimento sobre esses movimentos rígidos do plano, poderemos obter diversos outros gráficos decorrentes desses fundamentais.

2.1. Reflexão vertical – eixo das ordenadas como eixo de simetria   Ocorre quando na equação que define uma função, substituímos x por –x, ou seja, existe uma reflexão vertical entre os gráficos de f(x) e f(-x). Note que apenas a variável independente foi multiplicada por -1.

2.2. Reflexão horizontal – eixo das abscissas como eixo de simetria.   Isto ocorre quando multiplicamos toda a equação que define uma função por -1, ou seja, existe uma reflexão horizontal entre os gráficos de f(x) e –f(x).

2.3. Dupla reflexão ou simetria em relação ao ponto de origem   Esse caso ocorrerá quando tanto a variável independente (x),quanto a função f(x) tiverem seus valores multiplicados por – 1, ou seja, existirá simetria em relação à origem entre os gráficos de f(x) e – f(-x).

2.4. Translação Horizontal   Este tipo de transformação ocorrerá quando na função original houver uma substituição da variável x por (x ± k). Se k é real e k > 0, a função sofrerá um deslocamento horizontal, mantendo seu aspecto gráfico. O deslocamento será de k unidades para a direita se a substituição for por (x – k) e será para a esquerda se a substituição for por (x + k).

2.5. Translação Vertical   Este tipo de transformação ocorrerá quando substituirmos a função f(x) por f(x) ± k. Considerando que k seja um número real positivo, teremos uma translação vertical “para cima” no sentido do eixo das ordenadas no caso de f(x) + k e a translação ocorrerá “para baixo” nos casos de f(x) – k.

É claro que existem muitas outras transformações que nos permitem a obtenção de gráficos de funções, a partir de outros gráficos considerados básicos. No presente estudo focaremos apenas esses cinco casos, relacionados a transformações isométricas.

3. GRÁFICOS BÁSICOS 3.1 Função linear: f(x) = ax Crescente (a > 0) Decrescente (a < 0)

3.3 Função Potência: f(x) = xn (n é natural positivo, maior que 1) Expoente ímpar Expoente par

Um exemplo: Qual o aspecto gráfico da função f(x) = (x – 1)3 + 2? Observe que um dos gráficos básicos (potência de expoente ímpar sofreu duas translações: uma horizontal, de 1 unidade para a direita e outra vertical, de duas unidades para cima.

3.4. Função Raiz: Índice ímpar Índice par X > 0

3.5 Função Modular A função f(x) = │x │ é definida por: f(x) =

Módulo de uma função, exemplo

3.6 Função Exponencial: f(x) = Ax (A > 0 e A ≠ 1)

3.7 . Função Logarítmica: f(x) = logA x (A > 0 e A≠1)

3.8. Função Quociente: f(x) = k/x, onde x ≠ 0

3.9. Função Seno: f(x) = sen x

3.10. Função Cosseno: f(x) = cos x

3.11. Função tangente: f(x) = tg x

Aplicações: A partir dos gráficos básicos apresentados e das transformações geométricas isométricas, podemos construir os gráficos de outras funções. Vejamos dois exemplos: Tentar identificar um gráfico básico, análogo ao gráfico pedido. Nesse caso, trata-se de uma função quociente com numerador positivo. 2. Identificar as transformações ocorridas na função padrão. Nesse caso ocorreram duas translações. Uma horizontal, de uma unidade para a direita (por conta do x – 1) e outra vertical, de três unidades para cima, por conta do + 3.

f(x) = – log2 (x + 2) ; (x > – 2) O gráfico básico associado a esse exercício é o gráfico da função f(x) = log2 x. Temos agora a ocorrência de apenas uma translação horizontal, de duas unidades “para a esquerda”. Só que temos também uma reflexão horizontal por conta da função ter sido multiplicada por -1. Construção do gráfico. Vamos deixar pontilhados o gráfico básico (f(x) = log2 x) e o gráfico obtido após a translação horizontal (f(x) = log2 (x + 2)). A resposta final, que está em vermelho representa a função f(x) = - log2 (x + 2).