Caderno de Atividades Autoras: Lília Campos Pereira 09/99512

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Transcrição da apresentação:

Caderno de Atividades Autoras: Lília Campos Pereira 09/99512 Universidade de Brasília - UnB Instituto de Letras - IL Departamento de Linguística,Português e Línguas Clássicas – LIP Disciplina: Estágio 1 Professora: Janaína de Aquino Ferraz Autoras: Lília Campos Pereira 09/99512 Mariana Fernandes do Santos10/01914

1. Interpretando Atividades Veja o trecho do filme Escritores da Liberdade e responda as seguintes questões: ( escrevendo-as ou somente como fonte inspiradora para debate em sala de aula) Link : http://www.youtube.com/watch?v=zG29DEttmQg

1. Interpretando ( escrevendo-as ou somente como fonte inspiradora para debate em sala de aula) Qual a relação que você pode inferir entre o trecho do filme, Escritores da Liberdade, e o tema escola? Quais os principais assuntos discutidos no trecho do filme? Você consegue reconhecer parte dessa realidade proposta no filme? Dê exemplos.(Faça uma relação entre a escola do filme e sua)

2. Leitura das imagens Observe as imagens.

Observe mais algumas imagens:

Responda: 1. Quais as diferenças encontradas nas imagens? 3. Agora, faça frases sobre as imagens e/ou trecho do filme apresentados. Qual a importância você acha que a escola tem para os meninos do filme Escritores da Liberdade? Qual a importância da escola para você?

3. Leitura e escrita Crônica: Os certinhos e os seres do abismo Luis Fernando Veríssimo

Era assim no meu tempo de frequentador de aulas (“estudante” seria um exagero), mas não deve ter mudado muito a não ser quando a professora ou o professor designasse o lugar de cada um segundo alguma ordem, como a alfabética - e nesse caso eu era condenado pelo sobrenome a sentar no fundo da sala, junto com os Us, os Zs e os outros Vs -, os alunos se distribuíam pelas carteiras de acordo com uma geografia social espontânea, nem sempre bem definida, mas reincidente.

Na frente sentava a Turma do Apagador, assim cha­mada porque era a eles que a professora recorria para ajudar a limpar o quadro-negro e os próprios apagado­res. Nunca entendi bem por que se sujar com pó de giz era considerado um privilégio, mas a Turma do Apaga­dor era uma elite, vista pelo resto da aula como favori­tos do poder e invejada e destratada com a mesma intensidade. Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como to­ das as aristocracias tornadas irrelevantes.

Não se deve confundir a Turma do Apagador com os Certinhos e os Bundas de Aço. Os certinhos ocupavam as primeiras fileiras para não se misturarem com a Massa que sentava atrás, os bundas de aço para esta­rem mais perto do quadro-negro e não perderem nada. Todos os apagadores eram certinhos, mas nem todos os certinhos eram apagadores, e os bundas de aço não eram necessariamente certinhos. Muitos bundas de aço, por exemplo, eram excêntricos, introvertidos, ansiosos - enfim, esquisitos. Já os certinhos autênticos se definiam pelo que não eram. Não eram nem puxa­-sacos como os apagadores, nem estranhos como os bundas de aço, nem medíocres como a Massa, nem bagunceiros como os Seres do Abismo, que sentavam no fundo, e sua principal característica eram os livros encapados com perfeição.

Atrás dos apagadores, dos certinhos e dos bundas de aço ficava a Massa, dividida em núcleos, como o Núcleo do Nem Aí, formado por três ou quatro meninas que igno­ravam as aulas, davam mais atenção aos próprios cabelos e, já que tinham esse interesse em comum, sentavam juntas; o Clube de Debates, algumas celebridades (a ga­rota mais bonita da aula, o cara que desenhava quadrinho de sacanagem) e seus respectivos círculos de admirado­res, e nós do Centrão Desconsolado, que só tínhamos em comum a vontade de estar em outro lugar.

E no fundo sentavam os Seres do Abismo, cuja única comunicação com a frente da sala eram os ocasionais mísseis que disparavam lá de trás e incluíam desde o gor­do que arrotava em vários tons até uma proto-dark, prova­velmente a primeira da história, com tatuagem na coxa. Luis Fernando Veríssimo. Revista Veja - Especial Jovens, julho de 2003.

3. Interpretando em Libras Agora, interprete o em Libras o segundo parágrafo da crônica: “Na frente sentava a Turma do Apagador, assim cha­mada porque era a eles que a professora recorria para ajudar a limpar o quadro-negro e os próprios apagado­res. Nunca entendi bem por que se sujar com pó de giz era considerado um privilégio, mas a Turma do Apaga­dor era uma elite, vista pelo resto da aula como favori­tos do poder e invejada e destratada com a mesma intensidade. Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como to­das as aristocracias tornadas irrelevantes.”

4. Vocabulário Quais são as palavras que você não conhece que estão no texto? (tanto interpretando em Libras como em português) Agora em grupos, procure os significados das expressões encontradas na crônica, dentro do contexto. “os queridinhos”; “ os bunda de aço”; “ certinhos”; “puxa-saco”; “Massa”; “ Seres do abismo”; “Apagadores”.

4. Vocabulário Procure nos dicionários os significados das seguintes palavras encontradas na crônica “Os certinhos e os seres do abismo”: a) reincidente ; b) privilégio ; c) excêntricos ; d) ntrovertido; e) aristocracia.

5. Interpretação em Português 1. Correlacione as colunas de acordo com o texto “Os certinhos e os seres do abismo”. Professor /a “Turma do Apagador” Alunos/as “Centrão desconsolado” “ bundas de Aço” “ Os certinhos”

5.Interpretação em Português ( ) Ocupa as primeiras fileiras. ( )Designa o lugar de cada um na sala de aula. ( ) Sem lugar para sentar específico, não definido. ( )Considerados “elite” e os “queridinhos”. ( ) Mais perto do quadro-negro. ( ) Tinham vontade de estar em outro lugar

5. Interpretação em Português 2. Você se identifica com algum de aluno que está descrito no texto? Por quê? Dê exemplos. 3. Como a escola, isto é, a sala de aula é descrita pelo autor? 4. Quais são as características do gênero textual presente no texto? Descreva-os. 5. Você gostou do texto? Já leu outras crônicas?

6. Produzindo Textos Depois de ver o trecho do filme, as imagens e a crônica, produza um texto com algum ponto que você achou interessante e que seja relacionado ao tema “ escola”. ( utilize os textos somente como fonte inspiradora)

Bibliografia Filmes “ Escritores da Liberdade”, 2007. http://www.youtube.com/watch?v=zG29DEttmQg Imagens: http://www.google.com.br/imagens VERÍSSIMO, Luis Fernando. Revista Veja - Especial Jovens, julho de 2003.