“Os trabalhadores – Energia, Petróleo e Pré-sal, a indústria e Desenvolvimento” A cadeia do setor de Petróleo/Gas, petroquímico e transformados plásticos.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Diálogo Social na Indústria Química
Advertisements

A Indústria Química em 2020 Um novo Rumo é possível
Gabriel Lourenço Gomes Chefe do Departamento de Indústria Química
Glauco Arbix Universidade de São Paulo - USP 13 de dezembro de 2006 CGEE – ABDI – FIESP - ANPEI Inovação Tecnológica e Segurança Jurídica Ambiente Institucional.
Unidade Offshore Techint Paraná Grupo Techint
As políticas públicas setoriais: expectativas dos ministérios do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência.
PAC:Progama de aceleração do crescimento
Política e meio ambiente
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Sucata e a Indústria Brasileira do Aço
AULA DE RECUPERAÇÃO 3º TRIMESTRE 2009
Workshop GT-VII Expansão e diversificação Industrial
Resumo dos Workshops anteriores
Maria Olívia de Souza Ramos
MECANISMOS PARA O FINANCIAMENTO DE ATERROS SANITÁRIOS COM GERAÇÃO ELÉTRICA Autores: Érico Rocha Felipe Tavares.
Indústria de Gás Natural no Brasil
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2011
Diálogos de Futuro: Planejamento Estratégico da Indústria Farmacêutica Nacional O Poder de Compra do Estado como Instrumento para a Promoção do Desenvolvimento.
PRONATEC: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
Inovar para sustentar o crescimento
Empregabilidade dos Jovens Profissionais da Engenharia Química O que o mercado deseja? Aracruz - ES Paulo Gustavo Luz
BRASIL MAIOR + BRASIL SEM MISÉRIA DESENVOLVIMENTO
Implementação das medidas recomendadas pelo Conselho de Competitividade do Plano Brasil Maior Dezembro de 2012.
5ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS 5ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais Novembro/2011 Mesa: Inovação, Conhecimento.
Agora é a nossa vez!. Agora é a nossa vez! Agora é a nossa vez!
Reunião CTPIn - Março Agenda O que é o BNDES FEP? Principais Objetivos do Estudo Setores Modelo de Equilíbrio Geral Alumínio Cimento Siderurgia.

FUP – Federação Única dos Petroleiros
Presidente: Deputado Federal Vanderlei Siraque PT/SP SEMINÁRIO DO SETOR QUÍMICO DO BRASIL FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA.
PLENÁRIA FINAL.
O NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO
SEBRAE – ANEFAC - EPN Economia Brasileira: Desafios.
Economia Brasileira: Desafios
A Secretaria Estadual do Trabalho, foi criada pela lei em 11 de novembro de 2003, com o objetivo de implantar Políticas Públicas de qualificação.
Talentos para Inovação
5ª AULA Custos de Controle Ambiental na Geração de Energia Profª Drª Maria de Fátima Ribeiro Raia
PROGRAMA DE INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA PLÁSTICA Dezembro/2007.
5ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS 5ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ARRAJOS PRODUTIVOS LOCAIS PRÉ-EVENTO 1º ENCONTRO DOS NÚCLEOS ESTADUAIS.
Políticas Públicas para APLs de Base Mineral
Como usar o comércio para a erradicação da pobreza
Premissas Dados das Microrregiões.
A EVOLUÇÃO RECENTE DA INDÚSTRIA METALMECÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL, 2001/2005. Maria Fernanda Cavalieri de Lima Santin Porto Alegre, 26 de maio de 2006.
ENCARGOS TRABALHISTAS E PRODUTIVIDADE: IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA
Superando os gargalos da estratégia nacional de desenvolvimento
Apresentação BRASIL: o fim de um modelo ou um ajuste cíclico? Janeiro 2014.
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior 31 de Março de 2004 Construindo o Brasil do Futuro.
41 o Seminário de Aciaria – Internacional AMAN – Resende, 23-26/05/2010 Américo Bernardes Centro de Capacitação - Inmetro Formação.
1 INSTITUTO SOLON TAVARES PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL GRUPO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 2007.
Oportunidades e desafios no setor farmacêutico
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Plano Nacional de Trabalho Decente - PNTD
Pesquisa Industrial- Empresa Data 29/06/2011 Pesquisa Industrial- Produto 2009.
EDUARDO DINIZ ECONOMIA EDUARDO DINIZ
1.
Setor Têxtil e de Confecção Brasileiro Balanço 2009 e Perspectivas 2010 Apresentação: Haroldo Silva Economista Chefe - ABIT São Paulo, 05 de março de 2010.
AGENDA 2020 O Rio Grande que queremos. Crescimento econômico Elevação da qualidade de vida Eqüidade social e regional Referência em inovação e tecnologia.
‘NÃO VAMOS REINVENTAR A RODA’
Planejamento da Divisão de tecnologia Balanços dos Meetings 2006 Aprovação da Proposta de Diretrizes Nacionais para TIC Divisão de Tecnologia Agenda.
Política de Desenvolvimento e Uso do Gás Natural
Ministério da Ciência e Tecnologia Brasília, 29 de maio de 2007 Augusto Gadelha Secretaria de Política de Informática Política Nacional de Tecnologia da.
Ministério da Fazenda 11 CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Reforma Tributária e Seguridade Social Brasília Agosto de 2009.
Por quê Competitividade Industrial? Jorge Arbache Universidade de Brasília FIEMG - Lançamento do Plano de Competitividade Industrial de Minas Gerais, 2.
POLÍTICA NACIONAL DE TURISMO: Diretrizes e Programas
17 de fevereiro de 2016 Previdência: Aperfeiçoar para Fortalecer Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Ministro.
BENEFÍCIOS DA RENOVAÇÃO DA POLÍTICA PARA O GNV NO BRASIL Prof. Edmar de Almeida Instituto de Economia Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasília 2014.
José Carlos Frederice Coordenador de Conteúdo Local Salvador, 10 de novembro de Conteúdo Local e o incentivo à indústria nacional.
TERCEIRA CONFERÊNCIA DE CT&I IVAN ROCHA REGIONALIZAÇÃO DE C&T MARÇO DE 2005 CGEE.
AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO FEDERAL TEMA “PARQUE TECNOLÓGICO E O DESENVOLVIMENTO DO DF” DATA: 19/04/2016 HORÁRIO: 8H45MIN.
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
Transcrição da apresentação:

“Os trabalhadores – Energia, Petróleo e Pré-sal, a indústria e Desenvolvimento” A cadeia do setor de Petróleo/Gas, petroquímico e transformados plásticos

Cadeia do setor de petróleo e gás Dentre os produtos derivados do petróleo e gás obtém-se outros produtos como os petroquímicos básicos, processados na 1ª geração da cadeia petroquímica, a 2ª geração transformará em resinas e a 3ª geração em transformados plásticos, além disso, a essas matérias primas são utilizadas na indústria de fertilizantes, tintas, borracha, etc.

Características da cadeia produtiva A cadeia é altamente concentrada no topo e pulverizada na ponta. A primeira e segunda geração está nas mãos de uma única empresa – Braskem que fornece resinas para mais de 11.690 empresas de transformados plásticos que emprega 344 mil trabalhadores em âmbito nacional, sendo que 44% está concentrado no Estado de São Paulo.

Gargalos do setor Indústria química mundial gerou em 2012 US$ 5,1 trilhões de dólares Indústria química nacional ocupa a 6ª posição no mundo – US$ 153 bilhões em 2012 Perda de competitividade 1990 – 5% do consumo nacional importado 2012 – 33% do consumo nacional é importado Responsável pelo maior déficit da balança comercial brasileira – ( ligados a atividade agrícola corresponde a 16 % das importações totais dos produtos químico)

Gargalos do setor Elevado custo do gás natural – para uso como matéria-prima ( ureia, metanol, hidrogênio, termoplásticos) – produção de fertilizantes As petroquímicas do Oriente médio e da China produzem olefinas através de carvão –custos muito menores Estados Unidos – gás não convencional ( preços mais competitivos)

Medidas adotadas no PBM Setor químico e petroquímico 1)Regime especial de incentivo ao investimento – REPEQUIM 2)Regime especial de incentivo ao desenvolvimento de infraestrutura – REIF 3) Regime especial de incentivo a inovação – REIQ 4) Desoneração de PIS/COFINS sobre matérias primas petroquímicas 5) Viabilizar o uso do gás natural como matéria-prima

Medidas implementadas Reduzir para 1% a alíquota do PIS/Cofins sobre os insumos da 1ª, 2ª geração, mantendo-se os créditos em 9,25%. Como funciona: atualmente as empresas pagam 5,6% sobre a receita e recebem de crédito 9,25%, o que gera um crédito de 3,65%, com as novas regras o valor pago cai para 1%, gerando um crédito de 8,25%. Essas medidas se estendem até 2017, sendo que em 2016 o crédito cai para 6,25% e para 4,25% em 2017. A partir de 2018 volta para 3,65%.

Propostas da indústria Choque de oferta de gás através de sua expansão - nos Leilões em terra – onshore para estimular a iniciativa privada Petrobrás não define o potencial de gás existente no pré-sal Especialistas alertam para incapacidade redução de preços do gás, quebra de monopólio pela Petrobrás no seu fornecimento e oferta futura incerta.

As medidas adotadas não chegam na ponta da cadeia produtiva onde os salários são menores, elevada rotatividade e reduzidos benefícios, além do pouco investimento em tecnologia e qualificação profissional.

Remuneração média na indústria química SP – R$ 3.365,55 Remuneração média na indústria de transformados plásticos SP – R$ 1.894,66 Na indústria de transformados plásticos 43% dos homens e 45% das mulheres permanecem até 2 anos do emprego.

Proposta dos trabalhadores

Proposta dos trabalhadores A indústria petroquímica é estratégica e portanto deve estar sob controle público; O planejamento e expansão da indústria petroquímica deve ser parte de uma estratégia mais geral de modelo de desenvolvimento econômico e soberania nacional, articulados com o fortalecimento da indústria nas diversas regiões do Brasil

Proposta dos trabalhadores Para terem acesso a recursos públicos: empréstimos, incentivos, desonerações as empresas devem: Manter quadro de trabalhadores estáveis/ sem rotatividade; Manter apenas trabalhadores contratados, sem terceirização; Ausência de práticas antissindicais; Devem apresentar certidão negativa em relação a existência de débitos trabalhistas na justiça do trabalho, bem como o cumprimento das convenções coletivas locais.

Proposta dos trabalhadores Todas as empresas do setor químico beneficiadas com desoneração, incentivos fiscais, redução de alíquotas ou empréstimos do BNDES devem informar de forma transparente o impacto desses benefícios dentro da empresa: Na manutenção ou no incremento do emprego; Na qualidade do emprego, ou seja, em que áreas/setores ocorreu a criação de novos postos de trabalho; Em equipamentos destinados a melhorar as condições de trabalho Em politicas de treinamento/capacitação (percentual de trabalhadores beneficiados em relação ao total);

Proposta dos trabalhadores Todo recurso que implica em reestruturação produtiva, a entidade de representação deverá ser informada sobre os impactos nos postos de trabalho e as políticas da empresa em relação à realocação de trabalhadores que eventualmente possam perder seus postos de trabalho em decorrência da adoção de novas tecnologias poupadoras de mão-de-obra.

As empresas beneficiadas devem apresentar estudos sobre o impacto ambiental e social dos novos investimentos na região. Número de postos de trabalho que serão gerados ( direto e indireto); Impacto econômico no entorno; Impacto ambiental no entorno; Impacto na cadeia de produção (a jusante e a montante

Proposta dos trabalhadores Promover a qualificação profissional envolvendo, além do SENAI, outras instituições de ensino técnico público tais como os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia. Constituir um grupo de trabalho tripartite que se reunirá trimestralmente para tratar de uma agenda de interesse comum.