ÉTICA E CONSTRUÇÃO DA REALIDADE

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Transcrição da apresentação:

ÉTICA E CONSTRUÇÃO DA REALIDADE

Ser humano inacabado, imperfeitamente programado. Os outros animais vem ao mundo com impulsos especializados e firmemente dirigidos. São determinados pelo instinto. Organizar o mundo para dar sentido a existência, precisa organizar o caos.  

Cultura: a segunda natureza Cultura é o mundo construído pelos homens, produtos humanos : Linguagem Memória leis, normas Cultura possibilita suprir ausência de instintos.

Internacionalização da cultura possibilita agir de forma instintiva e automática. As culturas são diferentes, são as diferenças que mostram que os atos não são automáticos. Cultura possui códigos e normas. Não se vive sem grupo social e sem normas. Para pertencer ao um grupo social precisa-se assimilar os mesmos valores e normas morais. A cultura passa a ser a segunda natureza.

Cultura: uma criação social A Cultura é fruto da criação social. Surge da exteriorização da geração anterior. A partir da primeira geração se forma uma tradição, que é transmitida de geração em geração. As novas gerações iniciam o seu relacionamento com o mundo interiorizando a cultura estabelecida como algo dado.

A partir e dentro desse mundo dado dão contribuições no processo social de construção da realidade gestando novas perguntas e soluções.  A nova geração faz a mudança sem perder a tradição. Tipos de mudança: - Novas técnicas, que não entram em conflito com valores estabelecidos. - Mudança de paradigma, mudanças que conflitam e alteram os principais valores. Alteram a vida do grupo.  

Objetividade da cultura Cultura quando se torna a segunda natureza é difícil percebê-la, assim tornar-se realidade. Cultura: realidade evidente Coerção: quem não compartilha desta realidade é considerado louco. Poder coercitivo. Autoridade: usa-se a cultura (normas e leis) para se punir em nome da ordem social.

Relação com o diferente É difícil ser diferente em uma cultura rígida. O diferente questiona valores vigentes. O diferente mostra a insegurança, a provisoriedade e a relatividade da condição humana.

Contato com o diferente se dá de duas formas: - Alguém que não internaliza normas sociais, a ordem estabelecida e se contrapões nas soluções aos demais. -Encontro com etnias diferentes: o mais poderosos dominam.  A sociedade cria mecanismos de repreensão contra os diferentes.

Legitimidade da ordem estabelecida A construção da realidade não é perfeita, não reproduz completamente a ordem estabelecida. Surge um espaço para se pensar em um mundo diferente. Liberdade: - Liberdade que gera medo do novo. - Os grupos sociais criam defesa contra o novo, pois ameaça a ordem estabelecida.

Sociedades tradicionais A tradição tem um lugar central: tradição honra e família são seus valores principais. Tudo legitimado em nome da tradição. As novidades não eram bem vistas. As desigualdades legitimadas pelos valores morais.

Nada de fundamental poderia ser modificado. Não havia a condição de se pensar em dias melhores. A religião era a base da legitimação da ordem: vontade divina.

Sociedades modernas Surge o mito do progresso. Valorização do individuo, em detrimento a coletividade. Querer é poder... A ciência realiza todos os desejos. O progresso técnico científico é apresentado como o paraíso, para a realização de todos os desejos individuais. O novo passou a ser sinônimo “melhor”.

Objetivo mítico: - acumulo de riquezas - o fim das doenças, através do progresso infinito das ciências medica. A ordem legitimada não mais pela religião e a moral. Tudo é feito em nome do progresso. E em seu nome “tudo” é justificado. Se o progresso é a solução para tudo, não há espaço para a ética.

A discussão sobre a vida passa a ter um caráter técnico A discussão sobre a vida passa a ter um caráter técnico. A convivência social e a condição humana. Se reduz a um problema meramente técnico. No entanto, a interiorização da ordem burguesa moderna não é perfeita, assim continuam existindo pessoas com outros valores.

E continuam existindo questões como a fome, a miséria, violência, corrupção, morte... Que nem o mito do progresso e nem a técnica conseguem abafar. Por isso a ética volta a ser um tema importante para a nossa sociedade.

BIBLIOGRAFIA SUNG, Jung Mo. Conversando sobre ética e sociedade. Petrópolis,Vozes, 2004.