PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Advertisements

Motores. Foto cortesia da DaimlerChrysler Motor do Jeep Grand Cherokee 2003.
Termometria Aula 03.
Aula 05 Calor e Trabalho.
Definições O dinamômetro.
Constituição dos motores de combustão interna
Desenvolvimento dos motores de combustão
Sistema Elétrico dos Motores
Sistema de transmissão de tratores agrícolas
SISTEMAS AUXILIARES DOS MOTORES
Cap. 9 – Sistemas de potência a gás
TERMODINÂMICA.
-2- A PRIEMEIRA LEI OS CONCEITOS.
Equação da Energia Primeira lei da termodinâmica para sistemas aberto e não estacionários.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
PRESSIONE F5 PARA EXIBIÇÃO
O universo e sua composição fundamental
Mecânica Estudo dos Movimentos.
Sistemas de Unidades Força, massa, comprimento e tempo estão relacionados pela Segunda Lei De Newton. Definem-se as seguintes dimensões básicas: - dimensão.
FÍSICA PROF. Antônio Carlos REVISÃO.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
Motor de 2 tempos 1ºTempo : A mistura gasolina-ar explode e empurra o êmbolo para baixo, uma nova mistura entra no cárter pela janela de admissão. O êmbolo.
Processos adiabáticos
Motores de Combustão Interna
ESTIMATIVA DA POTÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Motor Otto Produzido por Raphael Cambas
SISTEMA HIDRÁULICO DO ENGATE DE 3 PONTOS
FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE CILINDROS MÚLTIPLOS
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá
Aula Prática 9 Adimensionalização.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO.
Ricardo S. Pereira, Manoel F.M. Nogueira e Francisco David L. Silva
Introdução ao estudo dos motores
Trabalho sobre a Turbina a vapor! Disciplina: Física
Primeira lei da Termodinâmica
Aula 03: 02/03/2012 Revisão de análise dimensional e unidades.
Cap. 3 – Estática dos fluidos
Entropia e 2º Lei da Termodinâmica.
Desempenho de Motores a Pistão
Máquinas térmicas.
Introdução a Motores a Pistão Motores do tipo Quatro Tempos
Parâmetros de Desempenho de Motores a Pistão
CICLO DIESEL.
Desempenho de Motores a Pistão Modelo Algébrico de Desempenho de
1a Lei para Sistemas Abertos e Ciclos de Potência
TRABALHO E CALOR.
Área de conhecimento interdisciplinar;
Compressores Alternativos From HOWDEN.
Sistema de Alimentação
BIOFÍSICA Aula 1- Grandezas Físicas - Fundamentais Derivadas
TERMOMETRIA, CALORIMETRIA E TERMODINÂMICA – Aula 7
Motores a combustão interna e a Transmissão de sua potência
ESTIMATIVA DA POTÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
Clicar nos números para
Constituição dos Motores de Combustão Interna
MOTORES A COMBUSTÃO INTERNA
O que é energia? Dizemos que um corpo (ou um conjunto de corpos) tem energia quando está em movimento ou quando está em uma situação a partir da qual se.
Motores de combustão interna
CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Motores a Pistão Ciclo OTTO simulação
Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira
Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Sistemas Térmicos Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto.
Como funciona um motor?.
Variáveis de Estado Pressão (P) = Quantidade de choques entre as partículas e as paredes do recipiente. Volume (V) = Espaço ocupado pela amostra. Temperatura.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS:PROFª CINOBELINA ELVAS CURSO:ZOOTECNIA DISC:MAQUINAS M.AGRICOLAS Prof.ªNEISVALDO CICLO DIESEL DISCENTES: Glaycyane.
Motor de combustão interna
Transcrição da apresentação:

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Instituto de Tecnologia - Departamento de Engenharia IT 154 Motores e Tratores PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Carlos Alberto Alves Varella[1] [1] Professor. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, IT-Departamento de Engenharia, BR 465 km 7 - CEP 23890-000 Seropédica – RJ. E-mail: varella@ufrrj.br.

Conteúdo Tipos de ciclo de funcionamento Motores do ciclo OTTO Motores do ciclo DIESEL Motores de 4T e 2T Funcionamento básico dos motores OTTO 4T e 2T Eficiência do ciclo dos motores

Tipos de ciclos de funcionamento OTTO foi descrito por NIKOLAUS OTTO, 1876; DIESEL por RUDOLF DIESEL, 1893.

Motores do ciclo OTTO Ignição por centelha Utilizam energia elétrica para dar início a reação de combustão. A centelha (faísca elétrica) é produzida pela vela de ignição; O combustível é misturado com o ar fora da câmara de combustão.

Motores do ciclo DIESEL Ignição por compressão Utilizam o aumento da temperatura, devido a compressão da massa de ar admitida, para dar início a reação de combustão; O combustível é misturado com o ar dentro da câmara de combustão.

Motores de 4T Realizam o ciclo em quatro cursos; O ciclo é equivalente a duas voltas (720o) na árvore de manivelas

Motores de 2T Realizam o ciclo em dois cursos; O ciclo é equivalente a uma volta (360o) na árvore de manivelas

Motores OTTO 4T Admissão de ar e combustível; completa o ciclo em 2 voltas da AM; ignição por centelha. Vela de ignição Árvore de manivelas

Motores diesel 4T Admissão de somente ar; completa o ciclo em 2 voltas da AM; ignição por compressão. Bico injetor Árvore de manivelas

Funcionamento básico dos motores OTTO 4 T Primeiro curso: Admissão O pistão se desloca do PMS para PMI Descarga Admissão Ar + combustível

Segundo curso: compressão O pistão se desloca do PMI para PMS Redução do volume admitido, aumento da temperatura Descarga Admissão

Terceiro curso: expansão Centelha elétrica ; deslocamento do pistão do PMS para PMI Tempo útil. Transformação da energia térmica em mecânica Descarga Admissão

Quarto curso: descarga Pistão se desloca do PMI para PMS Elimina resíduos da combustão Descarga Admissão Resíduos da combustão

Funcionamento básico de motores Otto 2T Os motores do ciclo otto de dois tempos admitem mistura de ar,combustível e óleo lubrificante.

Otto 2T: primeiro curso Compressão e admissão no cárter Pistão se desloca do PMI para PMS

Otto 2T: segundo curso Expansão, admissão no cilindro e descarga.

Eficiência do ciclo dos motores Segundo BARGER et. al (1966), a eficiência do ciclo dos motores depende dos seguintes parâmetros: Relação superfície-volume do cilindro (s/v) Pressão na expansão (P)

Relação superfície-volume (s/v) É inversamente proporcional ao curso do pistão, isto é, menor curso maior s/v Maior relação superfície-volume Menor curso Maior VLP Menor tempo para realizar o ciclo Maior potência Constante: rotação de funcionamento do motor. Ciclo dos motores = ADM-COM-EXP-DESC

Pressão na expansão (Pe) Maior pressão resulta em maior força F Maior força F resulta em maior trabalho mecânico

Trabalho mecânico na expansão W= trabalho mecânico = energia mecânica d= distância percorrida na direção da força F d=L= curso do pistão F= força na expansão

Potência na expansão t= tempo para percorrer o curso durante a expansão

Sistema Internacional de Unidades As sete unidades de base do sistema internacional são: comprimento, m massa, kg tempo, t intensidade de corrente elétrica, A temperatura termodinâmica, K quantidade de matéria, mol intensidade luminosa, cd.

Unidades internacionais Aceleração= m.s-2; Força, N = kg.m.s-2; massa x aceleração Comprimento, m Tempo, s Pressão, Pa = N.m-2; Energia, J = N.m Potência, W = J.s-1; energia no tempo

Conversão de Unidades gravidade, gn = 9,80665 m.s-2; número adotado no Serviço Internacional de Pesos e Medidas; quilograma-força, kgf = 1kg.9,80665m.s-2; kgf = 9,80665 N; cv = 75 kgf.m.s-1; hp = 76 kgf.m.s-1; cv = 0,73551 kW; hp = 0,74532 kW;

Conversão de kW para cv e hp

Exemplo: Motor de dois cilindros verticais em linha apresenta as seguintes características: a) Diâmetro= 90mm; b) Curso= 100mm; c) VLP= 1,5 m/s; d) Pressão na expansão= 12 kgf/cm2; Calcule a potência em cada cilindro na expansão. kgf/cm2 = 9,80665x104 Pa

Força na expansão Força atuante na superfície do pistão proveniente da expansão dos gases na combustão.

Energia na expansão Trabalho mecânico realizado durante a expansão quando o pistão se desloca do PMS para o PMI.

Potência na expansão Unidade internacional de potência (W)

FIM