2004 Resultados e Expectativas

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2004 Resultados e Expectativas 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 Introdução Introdução 1. – Os sinais de crescimento econômico passam a ter características mais definitivas. Há evidências de incremento do nível de investimentos (internos e externos) 2. – Ainda se recomenda uma dose de cautela nas ações. 3. – A difícil costura política: A necessidade das reformas, principalmente a previdenciária (ambiente Macro). Este problema parece se perpetuar 4. - Fragilidades: setor externo com juros americanos e petróleo. Interno: ambiente microeconômico (regulação) 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 Atividade Econômica Crescimento econômico restabelecido Crescimento do PIB -0.2% em 2003 Crescimento do PIB esperado de cerca de 4% em 2004 Dependência do setor externo sendo reduzida com exportações em alta e conta corrente superavitária substituição de importações ajudam novas linhas de comércio criadas taxa de câmbio adequada para operações comerciais Setor externo ainda colabora com o dinamismo da economia Mercado interno mostra ganho de vigor também em 2004 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico – Atividade Econômica Variação Anual do PIB Fonte: IBGE 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 2. Emprego Taxa de Desemprego (%) - Brasil 11,4% Fonte: IBGE 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico – Produção Industrial 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico Vendas no varejo 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 3. Inflação Efeitos internos da situação externa Inflação controlada a um elevado custo social até o momento todavia há aparente relaxamento da política monetária. O BC parece aceitar uma inflação próxima de 2 dígitos neste ano (8%) Depreciação cambial - não ocorre no momento e era a natureza principal dos impactos sobre a inflação Problema dos preços administrados deve se reduzir em 2004 IPAs pressionando custos e preços ao consumidor 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico – Inflação IPCA 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 4. – Setor Público Evolução da dívida pública (%) 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 5. – Setor Externo Setor externo ajustado Condições internacionais: Apesar dos reduzidos dos investimentos multinacionais até o momento, já há incremento verificado nos números de junho. Financiamento direto tem espaço para crescer, mas certamente virão após os investimentos nacionais. Queda do risco Brasil compensou a falta de investimento direto externo no 1º semestre. Obs.: condições internacionais e câmbio ajudaram 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 5.1 – Setor Externo Incertezas e inseguranças internacionais Redução do fluxo financeiro Anda faltam regras claras para FDI. Esta é a dúvida restante para 2005: o ambiente micro. Nível de recuperação da economia americana melhor do que o esperado e a liquidez internacional permanece muito elevada. Mesmo com provável elevação das taxas americanas de juros não deve haver problemas em financiar e rolar as dívidas do Brasil. A política internacional do governo Bush ainda é foco de preocupação pelos antagonismos criados 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 5.2 – Setor Externo Consequências Cautela dos investidores internacionais Liquidez elevada, porém cautela muito grande dos investidores internacionais. Para o Brasil o crescimento econômico deve compensar o excessivo risco no segundo semestre. Emergentes representam risco, principalmente regulatório (ambiente micro) e este deverá ser o foco das ações de política econômica. Fluxo financeiro direto encolheu para países emergentes no primeiro semestre de 2004. Uma parte pode ser recuperada no segundo semestre. 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 5.3 – Setor Externo Risco Brasil Fatores estruturais O risco Brasil foi reduzido em 2003 e acabou por se estabilizar entre os 500 e 600 pontos. Para se reduzir ainda mais precisaríamos de uma nova rodada de boas novidades, principalmente no que tange ao direito de propriedade e na continuidade de reformas de base. Não ocorrerá no curto prazo. O risco ainda acima de outros emergentes se deve: Moratórias anteriores Elevado déficit público e dívida pública Ainda elevada dependência externa Ainda faltam reformas essenciais 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico – Balança Comercial Saldo da Balança Comercial 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Gráfico - Setor Externo Redução dos investimentos multinacionais Investimentos Diretos Estrangeiros no Brasil (Set-96-Set-2003) 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 Gráfico – Risco Brasil 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 Perspectivas - 2004 Perspectivas 2004 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 6. - Perspectivas Principal preocupação deve ser o crescimento e emprego O país pode crescer cerca de 4% neste ano e entre 3% e 4% em 2005 Em parte o crescimento vem da utilização da capacidade ociosa, em parte produtividade e uma outra parcela com o real incremento nas contratações Taxa de desemprego IBGE pode terminar o ano próxima aos 10% (hoje está em 11%). Juros básicos (SELIC) não devem ficar abaixo de 16,5% e na ponta do consumidor deve se estabilizar no atual patamar O volume de crédito cresceu cerca de 15% no primeiro semestre e pode crescer um pouco ainda no segundo. O setor externo (bom resultado das exportações líquidas) continua a contribuir com o dinamismo econômico do país. 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 6.1 - Perspectivas Nível de Atividade Exportações por volta de US$ 88 bi Importações US$ 57 bi Demanda por bens e serviços crescendo recomposição parcial de salários desemprego muito alto, mas em queda crédito crescente Inflação no patamar de 8% em 2004 Investimentos Produtivos ainda reduzidos, mas crescendo Agricultura com boa safra e bons preços. Além disso o país deve vencer importantes batalhas comerciais na OMC, como já aconteceu com açúcar e algodão. 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 6.2 – Perspectivas Desafios Persistência na manutenção do bom andamento dos fundamentos da economia, principalmente política fiscal e monetária Após o ajuste fiscal e monetário, ajuste micro esperado Reformas ainda pendentes tanto macro como micro Ambiente regulatório essencial para garantir crescimento além de 2004. Cenário externo menos favorável a partir do segundo semestre de 2004, mas não há previsão de grandes sobressaltos. 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004

Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004 7. – Riscos e Desafios Riscos Real crescimento americano e japonês abaixo do esperado Juros internacionais vão subir guerra comercial mais acirrada com EUA e Europa (importância da OMC) Inflação acima da meta e o custo de trazer os IPCs para dentro da meta é muito elevado Desemprego X eleições municipais 08/10/2004 Abrapneus / Sicopneus Palestra – Setembro 2004