MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Arte Bonsai o transplante… Curso de formação em: Tema: Duração: 15m
Advertisements

Pontos importantes na tomada de decisão do controle químico
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS
- Branqueamento ou Crestamento da Folha
DECLÍNIO DOS FRUTOS EM PRÉ- E PÓS-COLHEITA
Alternaria em Alho e Cebola
Bacteriose do Pessegueiro
Formação ambiental solo. Formação ambiental solo.
Estrutura das Comunidades
Romério José de Andrade
Polo Regional Leste Paulista – Monte Alegre do Sul /SP
Compostagem.
Daniel Kramer Fernanda Voltam Livia Matuda Tatiane Pereira
Desrama das árvores de florestas cultivadas
Brassicas.
Ementa do curso Reconhecer os principais insetos potencialmente prejudiciais aos cultivares de espécies ocorrentes em florestas; Conhecer as relações entre.
Ervilheiras.
COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
Cartilha de Dengue.
Produção de alimentos e sustentabilidade
Escola Secundária de Maximinos
Principais funções dos bichinhos!
Vamos Aprender a Fazer Compostagem.
Mistura de diferentes materiais, tanto orgânicos, quanto inorgânicos
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DA SOJA
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE - controle químico órgãos aéreos -
FERRUGEM DA SOJA.
FITORMÔNIOS HORMÔNIOS VEGETAIS.
Principais Doenças do Trigo
Aula 3 Filo Artrópode.
Cultivo de Feijão Vagem biodinâmico
Contributo para o estudo da bioecologia da traça oriental do pessegueiro, Grapholitha molesta Busck. (Lepidoptera: Olethreutidae) em pomares de pessegueiros.
Produtor Pedro Natal Saraceni Hortolândia SP
Compostagem Agricultura familiar.
Ecofisiologia aplicada à alta produtividade em trigo
Cultivo de morango Biodinâmico
A. Termos e Conceitos em Ecologia
DROSOPHILAS.
PERÍODO DE ATIVIDADE EXTERNA, CARREGAMENTO DE ISCA GRANULADA E CONTROLE DE Acromyrmex crassispinus EM FLORESTA DE Pinus taeda Stela de Oliveira Wilson.
CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO
Cultivo de cenoura Biodinâmica
ESTATICE Gênero Limonium.
Formação: Higiene e Segurança Alimentar
Quinta das 6 Marias São seis hectares trabalhados por seis mulheres, todas de nome Maria. São plantadas 83 variedades de hortícolas, além de árvores de.
PROBLEMAS AMBIENTAIS LUCIANO PILATTI 3 ANO.
Populações Ecológicas
JACARANDÁ Jacaranda mimosaefolia Família: BIGNONIACEAE
OÍDIO DA MACIEIRA, Podosphaera leucotricha
Cercosporioses do Amendoim (Arachis hypogaea)
ANTRACNOSES (Colletotrichum sp.)
Ferrugem-da-Goiabeira
PINTA PRETA OU MANCHA DE ALTERNARIA
LEGUMINOSAS ANUAIS DE INVERNO
Parasitismo e Parasitoidismo
Doenças da Beterraba Caio Kim Keller Daniel Tonetta
A VITICULTURA DA METADE SUL
Agente causal : Plasmopara viticola
Cercosporiose em Milho
Podridão parda - Monilinia fructicola (G. Wint.) Honey
Mancha da folha da uva ou Mancha de Isariopsis
Viroses nas Cucurbitáceas
(Plasmopara viticola)‏
Gener Augusto Penso Moira Schmeng Ricardo Carnieletto
Septoriose no Trigo Septoria nodorum; Leptosphaeria nodorum
SEPTORIOSE NA AVEIA Ana Paula Villwock Anelise Hagemann Angela Bernardon.
Controlo de PRAGAS Uma praga é a abundância de indivíduos de uma espécie indesejável que, invadindo as culturas ou explorações, competem com o.
Cultura da Abóbora Universidade Federal do Acre
Introdução ao Curso de Fisiologia Vegetal
Poluição dos Recursos Hídricos
Compostagem Doméstica
Transcrição da apresentação:

Metodologia a utilizar nas aulas práticas de Protecção Integrada de Citrinos e Macieira

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO - Ácaros:(identificação das espécies presentes) - ovos de inverno - retirar na altura da poda segmentos da árvore com suspeita de presença de ovos de inverno de ácaros: unidade de amostragem=> 80 gomos(10 árvores/ 4 segmentos/2 gomos) - colocação em placas com vaselina e observação das eclosões (3xsemana) - NEA 1000 /ovos/ amostra de 120 gomos (670 ovos) - percentagem de ocupação - observação visual semanal das folhas do 1/3 inferior do ramo unidade de amostragem=>80 folhas(10 árvores x 8 folhas) - NEA 50-65% folhas ocupadas/ amostra de 100 folhas (52% folhas ocupadas)

(DGPC, 1995)

(DGPC, 1995)

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO - Afídeos:(identificação das espécies presentes) percentagem de ocupação - observação visual semanal de orgãos (rebentos, inflorescências, infrutescências) a partir do estado C unidade de amostragem=>60 folhas (3 orgãos x 20 árvores) - identificação das espécies - percentagem de ocupação - nº de afídeos - nº de auxiliares e sua identificação - utilização do somatório de temperaturas (?) - NEA (para uma amostra de 100 orgãos): - D. plantaginea -1 a 2% de inflorescências ocupadas - 2 a 5% de rebentos infestados - A. pomi - 10-15% de orgãos ocupados - NEA (para técnica das pancadas) : - D. plantaginea -10 a 30 afídeos - A. pomi - 25 a 50 afídeos

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO - Bichado-da-fruta (Cydia pomonella L.): - Evolução das populações- na armadilha sexual - emergências em laboratório - somatório de temperaturas - Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de folhas e frutos a partir do registo de temperaturas crepusculares > 15 graus unidade de amostragem=>60 folhas (3 folhas x 20 árvores) =>60 frutos (3 frutos x 20 árvores) - Evolução do grau de ataque da fruta no chão - fruta caída ao pé das árvores unidade de amostragem=>30 árvores (3 conjuntos de 10 árvores) NEA:- 0,5 a 1% de frutos atacados (para uma amostra de 1000 frutos) (20 frutos x 50 árvores) - 2-3 machos adultos/ha(armadilha)/semana

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO - Mosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wied.): - Evolução das populações- na armadilha sexual/ curva de voo NEA - 10 adultos/garrafa mosqueiras/semana (alimentar ou com tridemelure) - Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de frutos unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores) - contagem e determinação do número de larvas/fruto (kg) NEA - 2 a 3 frutos atacados (retirado dos citrinos)

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO Traça oriental (L. molesta ): - Evolução das populações- na armadilha sexual/ curva de voo Grau de ataque nos rebentos- observação visual semanal de rebentos unidade de amostragem=> 60 rebentos (3 rebentos x 20 árvores) - contagem e determinação e análise da evolução da percentagem de rebentos atacados - Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de sintomas de ataque nos frutos de frutos atacados unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores) NEA - não existe (pode-se adoptar o da mosca da fruta): - 10 adultos /armadilha/semana - 2 a 3 frutos atacados

(DGPC, 1996)

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO Oídio (Podosphaera leucotricha (Ell. et Ev.)Salm.) Pedrado (Venturia inaequalis (Cke) Wint.): - Objectivos: - prospecção das peritecas e estudo da sua maturação* - avaliação da importância dos ascósporos na disseminação da doença** - Metodologia: - 100 folhas com peritecas (5 folhas x 20 árvores) - colocação de lâminas vaselinadas nas árvores * pedrado/peritecas - recolha de folhas com pedrado (Outono / Inverno), com observações a partir de Fevereiro (10 peritecas /folha) **pedrado/ascósporos - queda pluviométrica, levantamento de 2 lâminas, e observação ao microscópio das projecções

MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO Auxiliares: - Objectivo: Conhecimento dos principais auxiliares existentes nesta cultura - Metodologia: - técnica das pancadas (realizada quinzenalmente) - observação visual (larvas de dípteros predadores e quinzenalmente em 100 rebentos infestados de afídeos contagem de larvas de sirfídeos, cecidomídeos e taquinídeos) - contagem de ácaros fitoseídeos, na nervura central das folhas (quinzenalmente em 25 folhas)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Ácaro vermelho dos citrinos (Panonycus citri (Mc Gregor) - percentagem de ocupação e nº de formas móveis/folha - observação visual semanal das folhas, do 1/3 médio do rebentos, determinação do nº de folhas ocupada, por escovagem unidade de amostragem=>100 folhas(5 folhas x 20 árvores) -NEA = 30-50% folhas ocupadas/ amostra de 100 folhas - percentagem de ocupação das folhas e os estragos nos frutos- observação visual semanal igual à anterior e avaliação semanal dos estragos unidade de amostragem=>100 frutos(5 frutos x 20 árvores) NEA = estragos nos frutos

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Afídeos: - identificação das espécies - percentagem de ocupação (através do uso de círculo de d= 56cm) - nº de afídeos - nº de auxiliares e sua identificação - utilização do somatório de temperaturas para determinação do aparecimento das diferentes espécies de afídeos percentagem de ocupação - observação visual semanal: - do número de círculos ocupados (suficiente um rebento dentro ocupado) - percentagem de rebentos atacados unidade de amostragem=> 20 árvores (2 círculos em cada) => 5 rebentos x 20 árvores - NEA (para uma amostra de 100 rebentos): - Toxoptera aurantii- 25 % de rebentos infestados - Aphis citricola - 5-10 % de rebentos infestados

Afídeos (DGPC, 1996)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Cochonilhas (identificação das espécies): 1- cochonilha algodão (P. citri Risso) 2- cochonilha negra (S. oleae Bern) 3- cochonilha vírgula (L. beckii New.) observações de aferição no início do estudo observação de frutos (1 e 3)- observação visual semanal unidade de amostragem (1) => 120 a 180 frutos (6-9 frutos x 20 árvores) (3) => 140 frutos (7 frutos x 20 árvores) observação de folhas (2)- observação visual semanal unidade de amostragem (2) => 100 folhas com 40 cmde ramo - NEA : - P. citri - 5 a 10% de frutos atacados - S. oleae - 3-5 ninfas jovens /folha ou 3- 4 fêmeas adultas/40 cm de ramo - L. beckii - 2-3 % frutos atacados

Cochonilhas (DGPC, 1996)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Mosca branca dos citrinos (Aleurothrixus floccosus Maskell) observações do nº de rebentos atacados - semanalmente colocar círculos nas árvores e contar os rebentos atacados unidade de amostragem => 2 círculos x 20 árvores NEA: 70% de círculos atacados determinação do grau de parasitismo - recolha semanal de folhas e observação à lupa, com demarcação de círculos de 1cm, com observação do nº de ninfas de moscas brancas parasitadas unidade de amostragem => 40 folhas (2 folhas x 20 árvores)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO Mosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wied.): - Evolução das populações- nas garrafas com feromona sexual/ curva de voo unidade de amostragem=>2 armadilhas /pomar (distanciadas 25 m) NEA - 10 adultos/garrafa mosqueiras/semana (alimentar ou com tridemelure) - Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de frutos unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores) - contagem e determinação do número de larvas/fruto (kg) NEA - 2 a 3 frutos atacados

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella Staiton) Evolução das populações- placas cromotrópicas / curva de voo unidade de amostragem=>2 placas/pomar (na direcção dos ventos dominantes) Estudo do ciclo biológico - início de rebentação com marcação de rebentos com 1 cm de comprimento e observação visual semanal com marcação do encontrado (nº de ovos, larvas, pupas) unidade de amostragem=>20 rebentos (5 rebentos x 4 orientações) Determinação do grau de ataque e evolução ao longo do tempo- rebentos medidos desde a 1ª folha até à gema apical, com avaliação de estragos semanal provocados pela mineira (tabela)

Mineira dos citrinos (DGPC, 1996)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO Míldio ou aguado (Phytophtora spp.): - Objectivo: Estabelecer uma relação entre os níveis de inócuo de Phytophtora no solo e a possibilidade de ocorrência de epidemias - Metodologia: - amostra de solo à profundidade de 5 a 15 cm na rizosfera das árvores NEA: nível de inócuo superior a 20 propágulos / g de terra

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO Auxiliares: - Objectivo: Conhecimento dos principais auxiliares existentes nesta cultura - Metodologia: - técnica das pancadas (realizada quinzenalmente)= 100 ramos - observação visual de 100 rebentos infestados de afídeos contagem de larvas de dípteros predadores (sirfídeos, camemídeos, cecidomídeos e taquinídeos) - contagem de ácaros predadores (fitoseídeos e stigmatídeos), na nervura central das folhas (semanalmente em 60 folhas (3 folhas x 20 árvores) - prospecção de parasitóides de P. citrella (prospecção e recolha de folhas ou rebentos infestados ou com estragos e colocação em caixas para tentar obter emergências de parasitóides)

CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO Infestantes: - Objectivo: Conhecimento dos principais infestantes existentes nesta cultura - Metodologia: - estimação visual, numa escala de 1 a 5, de acordo com uma escala de abundância/coberto similar à de Braun-Blanquet

Infestantes (DGPC, 1995)

Acetatos das aulas de Protecção Integrada de Citrinos

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS ACIDENTES: As geadas: folhas e frutos Protecção contra as geadas: - conservação do calor - processos de agitação do ar - cobertura com palhas - fornalhas; queimadores

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS Outros acidentes: - Queimaduras do Sol - pincelagem dos ramos - Granizo - tratamentos preventivos com calda bordalesa

ACIDENTES FISIOLÓGICOS: - Asfixia radicular - plantação superficial e drenagem - Cloroses / Doenças de carência -ensaios com nutrientes - Mancha de óleo nos frutos (Oleocellosis) - causa: roçar dos frutos nos ramos por acção dos ventos =>arejamento da copa; colheita do fruto maduro e adequado manuseamento no pomar e na embalagem - Fendilhamento da casca - rega regular dos pomares - Empolamento da casca- causa:nutrição em N=>nutrição e colheita no cedo

ACIDENTES FISIOLÓGICOS: - Queimaduras / Tratamentos fitossanitários - substituição de tratamentos e cuidadosa preparação das caldas - Gomose- (exudados) causa: adubações e m.o => porta-enxertos resistentes; drenagem; evitar ferimentos do tronco e sua pulverização com caldas com fungicidas - Mancha de água - recolha precoce do fruto e evitar ventos e geadas - Frutos secos - evitar colheita tardia - Acidentes de armazenagem - evitar algumas condições nefastas

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS VÍRUS: - Tristeza - 10 milhões de árvores - Argentina 6 milhões Brasil mais recente em Espanha sintomas:amarelecimento das folhas e ramos terminais (de cima para baixo e do centro para a periferia); morte das radicelas sem a sua substituição. (Método de Bitancourt - Brasil (tintura de iodo) Como evitar: tratamentos aficidas (eliminação dos vectores) porta enxerto resistente ou sobre-enxertia em limoeiro VECTORES: - Toxoptera citricicola - Aphis gossypii - Myzus persicae

VÍRUS: Tristeza (Fases:) 1. Introdução do vírus na parte aérea (sem sintomas visíveis) 2. Expansão tolerada do vírus 3. Descida do vírus para a parte inferior dos ramos, do tronco e também no cavalo 4. Desagregação dos tubos crivosos 5. Suspensão da alimentação pelas raízes e utilização as reservas 6. Enfraquecimento das raízes e sua morte 7. Depauperamento progressivo da árvore

- Psorosis (A “palhetas”e B “escamação”) - sintomas: frutos com manchas circulares , abundante exudação de goma como evitar - enxertia de borbulhas de árvores isentas ou resistentes; aplicação de caldas cúpricas ou permanganato de potássio a 1% - Xiloporosis ou Caquexia sintomas:aparecimento de depressões arredondadas no lenho engrossamento (joelho) do cavalo; lenho com aspecto de crivo como evitar - enxertia tangelo Orlando - testagem - Ferrugem de cabeça de prego (leprosis) - sintomas: aparecimento manchas ovais com aspecto vidrado como evitar - luta química com calda bordalesa ou sulfo-cálcica e emulsão oleosa com dicofol

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS FUNGOS: - Gomose (Phytophthora spp.) sintomas: casca do colo base do tronco destaca-se em placas e exudação gomosa abundante; ataque do tronco em todo o seu diâmetro=> cessa passagem de seiva como evitar: resistentes; evitar terrenos argilosos e mal drenados; aplicação de calda bordalesa e fosetil; evitar contacto água com o colo; não enxertar junto ao solo - Míldio ou aguado (Phytophthora hibernalis ) sintomas: necroses originadas do ápice; mancha desbotada com cheiro característico como evitar: casca podas de arejamento; fungicidas sistémicos; solo bem drenados

- Bolores (Penicillium digitatum e italicum)- sintomas: franja larga/estreita, branca, pastosa/pulvererenta; parte central azulada. como evitar: evitar ferimentos da epiderme; revestimento dos frutos com parafina; papel embebido em fungicida (difenil); tratar frutos com fungicidas(tiobendazol, oxicloreto de cobre+zinebe); vigiar Mosca-da-fruta;

Antracnose (Colletotrichum gloesporioides) FUNGOS: Antracnose (Colletotrichum gloesporioides) sintomas: seca da ponta de ramos novos; manchas circulares nos frutos. como evitar: poda das partes atacadas; adubação equilibrada; químicos (folpete, manebe e zinebe) Alternariose (Alternaria citri) sintomas: amadurecimento precoce; parte apical negra; apodrecimento do eixo central; como evitar: poda de ramos secos; rega; fertilização; evitar feridas epidérmicas Fumagina (Pleosphaera citri) sintomas: vive na matéria açucarada de mosca branca e afídeos; manchas de cor negra. como evitar: poda de arejamento, eliminação de pragas produtoras de melada e aplicação de fungicidas

Outros (Armillaria mellea e Rosellinea sp.) sintomas:desenvolvimento de micélio branco sobre raízes e troncos; depauperamento rápido das árvores como evitar: desinfecção de solo suspeito; destruição de árvores atacadas; evitar enterramento de restos lenhosos à plantação. BACTÉRIAS: - cancro (Phytomonas citri Hanse) - - pinta- negra (Phytomonas syringae Bery) sintomas: desenvolvimento de pequenas manchas escuras; nos ramos pequenas manchas de cor castanha- avermelhada meios de luta: culturais - evitar feridas; plantação de sebes - químicos - fungicidas cúpricos

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS NEMÁTODOS: - Tylenchulus semipenetrans Cobb (endo) - Radophilus similis (Cobb) Thorne (ecto) SINTOMAS:clorose; folhas pequenas, queda de ramos, morte prematura dos ramos, frutos pequenos. MEIOS DE LUTA - uso de árvores isentas; análise prévia do solo; nematodicida

COCHONILHAS DOS CITRINOS FAMÍLIAS MAIS IMPORTANTES -Diaspididae: - Lepidosaphes - Chrysomphalus - Aonidiella - Pseudococcidae: - Pseudococcus - Planococcus - Coccidae: - Coccus - Saissetia - Ceroplastes - Margarodidae: Icerya

COCHONILHAS DOS CITRINOS -Algodões: -Margarodidae - Icéria (Iceria purchasi Mask) - Pseudococcidae - Algodão (Pseudococus citri Riso) - Escamas ou Lapas: - Coccidae -Lapa da laranjeira (Cocus hesperidiumL.) -Cochonilha preta (Saissetia olea Bern) -Carrapeta branca(Ceroplastes sinensis del Guercio) - Diaspididae -Vírgula (Lepidosaphes beckii New.) -Pinta-amarela(Chrysomphalus dictyospermi Morg.) -Escama vermelha da Califórnia(Aonidiella aurantii)

PREDADORES E PARASITAS DOS CITRINOS - I. purchasi - Rodolia cardinalis Muls. pre - P. citri - Cryptolaemus montrouzieiri Muls pre - Leptomastix dactyolopii How. par - C. hesperidium - Metaphycus flavus How par - Coccophagus lycimnia e sautellaris(Walk.) par - S. oleae -Chilochorus e Exochomus bipustulatus L.pre -Metaphycus flavus e helvovus Howard par - C. sinensis - Scutellista cyanea Motsch par - Exochorus quadrispustulatus L. pre - L. beckii-Chilocorus bipustulatus/Hemisarcoptes pre -Aphitis lepidosaphes par

PREDADORES E PARASITAS DOS CITRINOS - C. dictyospermi - Aphitis chrysomphali Mercet par - Aspidiotiphagus lounsburyi Bel. par - Chilocorus bipustulatus L. pre - Lindorus lophantae Blais pre - Hermisarcoptes spp. pre - A. aurantii - Aphitis chrysomphali Mercet par - Aphitis lingnanensis Comper par - Aphitis melinus De Basch par - Q. perniciosi - Prospaltella perniciosi par

PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS Mosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wield) Traça-dos-citrinos (Prays citri Mill) Mosca-branca dos citrinos Aleurothrixus floccosus Mask => Cales noacki Afídeos: - Aphis spyraecola Patch - Toxoptera aurantii Boy - Aphis gossypii Gliver

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Poseima Madeira - Comissão Fitossanitária Permanente das Comunidades Europeias - 1993/98 “Programa de luta contra os organismos prejudiciais às plantas e produtos vegetais da Ilha da Madeira” - relação hospedeiro-praga - bioecologia - estratégias de luta 6dias 11dias 13dias 8dias 4dias CICLO DE VIDA: ovo - 1º instar - 2º instar - 3º instar - 4º instar - 5º instar - adulto Zero vegetativo dos citrinos - 12,8 graus centígrados O equilíbrio hídrico dos citrinos é influenciado pela humidade relativa e exerce influência directa e indirecta não só sobre os citrinos como também sobre a biologia da mosca-branca-dos- citrinos

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Factores decisivos na abundância da mosca-branca-dos-citrinos: hospedeiro temperatura humidade relativa vento chuva organismos diversos (auxiliares) Tem numerosas gerações anuais e elevado potencial biológico A sua caracterização morfológica permite entender: - relação funcional das ligações entre os diferentes estádios da praga - repercussões da sua acção na fisiologia das plantas - interpretação das respectivas susceptibilidades perante condicionalismos agro-ecológicos - compreender a ineficácia dos tratamentos vulgarmente utilizados na luta contra este organismo e outras pragas dos citrinos

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Actividade glandular e excretora da mosca-branca-dos-citrinos: AG - produção de diferentes tipos de secreções cerosas sobre os estados imaturos e adultos- contribuem Par a sobrevivência e rápido aumento populacional da espécie AS - associada ao regime alimentar - acumulação e excreção de substâncias - MELADA Ciclo de Vida (48 dias): - 1200 espécies de aleurodídeos a nível mundial - insectos hemimetabólicos (metamorfoses simples) com 4 ínstares ninfais -humidade >70% e temperatura =25 C - armadura bucal picadora-sugadora (ninfa-adulto) -a pupa é um estado de transição entre os imaturos e adultos onde se vêm os esboços das estruturas e não há alimentação - reprodução ovípara (100 a 200 ovos) - adultos permanecem na página inferior das folhas e as fêmeas limitam-se a realizar a postura, realizando voos curtos quando perturbadas

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Relações fenológicas: - ritmos de rebentação anual (folhas jovens e tenras) têm profunda influência na existência e abundância da mosca-branca-dos-citrinos (inata apetência com maior facilidade que proporciona à armadura bucal) - depende estreitamente do estado fenológico do hospedeiro - ao contrário dos afídeos (com maior abundância Primaveril) é relativamente pouco abundante quando estes aparecem mas continua nos pomares durante todo o ano com flutuações em geral moderadas. A fenologia exerce influência sobre: - postura - capacidade de sobrevivência dos diferentes estados de desenvolvimento - taxa de multiplicação

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Postura na página inferior com maior incidência nas folhas jovens e em geral em círculo. As fêmeas inserem os ovos através da superfície das folhas (abertura dos estomas) mediante o pedúnculo que os ovos possuem. Relação fisiológica: - é estabelecida entre os ovos e a planta hospedeira que permite a não perda de água e o desenvolvimento dos ovos Número de ovos depositados depende não só da fecundidade individual mas também do condicionalismo do ambiente: - temperatura - idade e estado fenológico das folhas

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) Melada - associada à secreção de substâncias cerosas produzidas pela alimentação das ninfas do 1º ínstar (recém eclodidas) com coloração amarelo-pálida e translúcidas que se fixam perto das nervuras Ninfas do 2º ínstar: - maiores dimensões - segmentação do abdómen mais nítida - desenvolvimento de secreções a cobrir o corpo - maior quantidade de substâncias excretadas com a retenção da melada no dorso do organismo 3º ínstar: - produção abundante de secreções - filamentos sofrem enrolamento

MOSCA BRANCA DOS CITRINOS (Aleurotrixus floccosus) 4º ínstar: - forma elíptica - coloração amarelada - maior acentuação da segmentação - maior nitidez da margem do corpo e da estrutura vasiforme - secreções cerosas com grande desenvolvimento Praga dos citrinos com marcado efeito alarmista - porque mesmo com infestações intensas as folhas não ficam deformadas e enroladas e depois de lavadas parecem perfeitamente sãs ADULTO - insecto pequeno de corpo amarelado e asas translúcidas que se tornam brancas pelas secreções cerosas dando-lhe um aspecto pulvorento Coexistência de diferentes estadios resulta : - na mesma planta resulta da sobreposição de gerações - da elevada variação que se observa na duração do desenvolvimento de cada estado

MINEIRA DOS CITRINOS (Phyllocnistis citrella Staiton) Abundância / Dispersão: Ceilão; Birmânia; Indonésia; Filipinas; Japão; Austrália; Arábia Saudita; Espanha; Portugal (Açores, 1996; Algarve, 1994). Biologia / Ciclo de vida: Ovo - larva (L1; L2; L3; L4) - crisálida - adulto (Verão: 14 a 17 dias) Prejuízos: viveiros e pomares jovens (enfraquecimento; atraso crescimento das árvores) Meios de luta: Luta Cultural - Fertilização Invernal com limitação da rebentação (< N ) Luta Química - Óleos de Verão + insecticidas (diflubenzurão, imidaclopride; lufenurão) Luta Biológica - Citrotichus phyllocristoides Cirrospolus quadristriatus Ageniaspis citricola

MINEIRA DOS CITRINOS (Phyllocnistis citrella Staiton) Determinação do grau de ataque: 30 Árvores / parcela 5 rebentos / 4 orientações (desde a 1ª folha até à gema apical (4cm) registo do: - nº de ovos; - nº de larvas L1, L2 e L3; - nº de pupas. Avaliação do grau de ataque: Índice - % folhas atacadas 0 - 0 1 - menos de 25 2 - 25-50 3 - 50-75 4 - + 75

MINEIRA DOS CITRINOS (Phyllocnistis citrella Staiton) Medidas culturais : - evitar podas severas - evitar regas em excesso - evitar adubações desequilibradas Medidas químicas : - proteger rebentações novas (pomares novos) - proteger rebentação da Primavera e do fim do Verão (pomares adultos) NEA : - árvores jovens: 10-15% de rebentos com L1 e L2 - árvores adultas: 20-25% de rebentos com L1 e L2

AFÍDEOS DOS CITRINOS 1. Aphis spyraecola = Aphis citricola Van der Goot ataca laranjas e mandarinas Danos visíveis: - deformação e enrolamento das folhas - rebentos atacados interrompem crescimento - produz abundante melada => formigas Biologia: - polífago - hospedeiro invernal (Spirea) e como hospedeiro secundário os citrinos - reprodução partenogenética Ciclo de vida: Ninfa (recém nascida)- ninfa áptera- adulto áptero- ninfas aladas (4 mudas)- adulto alado

AFÍDEOS DOS CITRINOS 2. Toxoptera aurantii Boyer de Fons. Danos visíveis: - gemas florais e frutos recém formados caem - folhas endurecem e deformam-se ligeiramente Biologia: - polífago - ciclo anual sem formas sexuadas (anonocíclico) - hospedeiro Invernal (Citrinos e Pittosporum) - > abundância na Primavera - ataca mais o limoeiro abdómen estridulatório movimentos ritmados da colónia Ciclo de vida: Ninfa (recém nascida) - ninfa áptera (2estados) - adulto ápetro - ninfas aladas - adulto alado asas com pterostigma ou placa distal negra

AFÍDEOS DOS CITRINOS 3. Aphis gossypii Glover Previsão do aparecimento: - Somatório de temperaturas com a observação semanal de 100 rebentos (2 rb x 50 A) Avaliação dos rebentos atacados (grau de ataque): Índice - Nº de rebentos atacados 0 - 0 1 - 1-2 2 - 3-6 3 - +6 Amostragem Intensiva Somatório (nº de rebentos atacados por círculo) (20A - nº reb atacados em 20) (2C x 20 A) Amostragem Simples Somatório (nº de círculos atacados) (20 A x 2 C) 100+ rebentos atacados

Clementinas - 5% - 10% Reb. Atacados AFÍDEOS DOS CITRINOS NEA: Aphis gossypii Glover - Obs. visual (2reb x 50 A) - Primavera / Outono - 30% Reb. Atacados Toxoptera aurantii Boyer de Fons. - Obs. visual (2reb x 50 A) - Abril / Junho - 25% - 30% Reb. Atacados Aphis citricola Van der Goot - Obs. visual (2reb x 50 A) - Abril / Junho Clementinas - 5% - 10% Reb. Atacados Laranjas - 5% Reb. Atacados outros afídeos - Obs. visual (2 Circ. x 20 A) - Primavera / Outono Clementinas - 50% Círculos atacados Laranjas - 70% Círculos atacados Têm em atenção a fauna auxiliar

ÁCAROS DOS CITRINOS ÁCAROS: - FITÓFAGOS - PREDADORES - SAPRÓFAGOS / INFIFERENTES TETRANIQUÍDEOS - ácaros vermelho dos citrinos (Panonichus citri Mc.Gregor) - aranhiço vermelho (Tetranychus urticae Koch T. telarius L.) ERIOFÍDEOS - ácaro dos gomos (Eriophyes sheldoni Ewing) TENUIPALPÍDEOS - ácaros planos ( Brevipalpus californicus; B. phonicis - laranjeira B. lewisi - limoeiro)

ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaro vermelho (Panonichus citri Mc. Gregor) Biologia: - fêmea arredondada e de cor vermelha escura ou púrpura - corpo no dorso com pelos compridos com base dilatada - picadas provocam descoloração dos órgãos atacados - desfoliações nos casos mais graves (elevadas populações; baixa Humidade e vento; deficiência do sistema radicular ou seca) (Verão e Outono) - vive sobre folhas, frutos e ramos verdes - ciclo de vida completo num mês - > abundância Agosto / Novembro e menos na Primavera Ciclo de vida: ovo - larva - protocrisálida - deutocrisálida - protoninfa - deuteroninfa - teliocrisálida - adulto > alimentação

ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaro vermelho (Panonichus citri Mc. Gregor) Luta química: - acaricidas específicos / resistência - óleos de Verão - piretróides usados contra afídeos - fosforados contra coccídeos Luta biológica: - insectos: - neurópteros (Conluentzia psociformes) - coleópteros (Stethorus punctillum) - ácaros fitoseídeos: Euseius stipulatus Athias -Henriot

ÁCAROS DOS CITRINOS Aranhiço roxo (Tetranychus urticae Koch) Biologia: - polífago de ar livre e estufa/ herbáceas e lenhosas (Clementinas e limoeiro) - colónias desenvolvem-se na página inferior - coloração amarelo-ferrosa das folhas e frutos (bigode) - produz sedas / colónias - zonas frias hiberna sob a forma de fêmea adulta 8no solo ou sobre espontâneas) - ciclo de vida de 10 dias - temperatura óptima = 30 0 C - Inverno: fios - solo - Primavera - rebentos jovens Ciclo de vida: ovo (amarelo) - larva (amarela com olhos vermelhos) - protocrisálida - protoninfa - deutocrisálida - deuteroninfa - teliocrisálida - macho e fêmea - adulto (roxo)

ÁCAROS DOS CITRINOS Aranhiço roxo (Tetranychus urticae Koch) Luta química: - acaricidas / formas vivas / molhar bem as folhas Luta biológica: - coleópteros (Stethorus punctillum) - ácaros fitoseídeos

ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaros dos gomos (Eriophyes sheldoni Ewing ) Biologia: - adultos de cor branco amarelada com 2 pares de patas - corpo vermiforme e anelado (65-70 anéis) - prefere limoeiro pela sua floração escalonada - deformação das gemas e frutos - ciclo de vida no Verão de 15 dias e no Inverno de 30 dias - humidade = 100% Ciclo de vida: ovo - larva - ninfa - adulto Luta química: - acaricidas /abrolhar dos gomos / Primavera Luta biológica: - ácaros fitoseídeos (T. phialatus)

ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaros Planos (Brevipalpus sp.) Biologia: - adultos de corpo achatado / cor vermelha/ manchas pretas no dorso - não tece teias e possui patas curtas (imóveis) - preferência frutos jovens que abortam pela sua acção - manchas com aspecto prateado a acastanhado (folhas , rebentos e frutos) - nos frutos provoca necroses e por vezes a sua escarificação Ciclo de vida: ovo - larva - ninfa - adulto Luta química: Luta cultural: destruição de infestantes e rega - enxofre - acaricida específico Luta biológica: - Crisopa ; Coccinelídeos (S.punctillum); Euseius stipulatus

OUTROS PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS DOS CITRINOS Gafanhoto verde ou fanelóptera (Phaneroptera nana Fieb.) Formiga negra (Tapinoma nigerinum Nye) Tripes das estufas (heliothrips haemorhoidalis Bouché) Traça dos enxertos ( Ephestia vapidella Manneiheim) Cetónia ou Besouros (Oxithyrea) Coehos e Ratos

ÁCAROS DOS CITRINOS ESTIMATIVA DO RISCO( relação % de ocupação /estragos nos frutos ) P. citri e T, urticae - Fev em diante :Obs. visual de 100 folhas (2f x 50 A ou 25f x25A)com escovagem e contagem de formas móveis - Set em diante: Obs. visual de 100 frutos (2Frut x 50A) NEA: P. citri - Abril / Nov : 30% a 50% folhas ocupadas ou 3 ácaros /folha - Set /Nov : estragos nos frutos T. urticicae - Mai/ Out: 8% - 10% folhas ocupadas - Ago / Out: 2-5% frutos atacados

Acetatos das aulas de PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA

PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA PRAGAS: - Bichado (Cydia pomonella L.) - Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.) - Afídeos - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch.) - Cochonilha de S. José (Quadraspidiotus perniciosus Comst.) - Psila (Cacopsylla pyri L.) - Cecidomia (Dasineura pyri Bouché) - Ácaros eriofídeos (Epitrimerus pyri (Nal.)) - Lagartas mineiras(Lithocolleta coryfoliella e L. blancardella)

PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA DOENÇAS: - Pedrado (Venturia inadequalis e V. pirina Aderh.) - Oídio (Oidium farinosum Cooke) - Septoriose da macieira (Septoria piricola Dem.) - Cancro (Nectria galligena Bres) - Podridões (Monilia fructigena Pers. e M. laxa (Ehremb.) Sacc. - Podridão cinzenta (Botrytis cinerea Pers.) Estimativa do risco -Pedrado Avaliação dos períodos de risco tendo em conta factores climáticos, severidade da infecção e estado fenológico das macieiras e pereiras

PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA Doenças Bacterianas: - Fogo bacteriano (Erwinia amylovora (Burr.) Winslow et al. - Emurchimento bacteriano (Pseudomonas syringae pv. syringae Van Hall

ESTIMATIVA DO RISCO: MEIOS DE PROTECÇÃO: - Bichado DIRECTOS - Observação Visual INDIRECTOS: - Armadilhas Sexuais - Cintas-Armadilha - Somatório das temperaturas - Biológicos / Auxiliares - Baixa mortalidade da praga - Confusão sexual - Químicos - ovos - diflubenzurão; fenoxicarbe; teflubenzurão e triflumurão - larvas - diclorvos; fosalona; fosfamidão e fosmete (Alternância) MEIOS DE PROTECÇÃO:

Níveis Económicos de Ataque (NEA) - BICHADO 1ª GERAÇÃO - ARMADILHA SEXUAL (Maio/Junho) Macieira: 2/3 machos /ha/semana Pereira: 4 machos /ha /semana OBSERVAÇÃO VISUAL - 1000 frutos: 0,5- 1% frutos atacados 2ª GERAÇÃO - ARMADILHA SEXUAL (Julho/Agosto) Pereira: 3/4 machos /ha /semana 3ª GERAÇÃO - ARMADILHA SEXUAL (após colheita)

Níveis Económicos de Ataque (NEA) - AFÍDEOS AFÍDEO CINZENTO (Dysaphis plantaginea Pass.) Março - Abril: 1- 2 % inflorescências infestadas Maio: 1- 2 % inflorescências infestadas 2- 5% rebentos infestados Verão: observação visual - 2% rebentos infestados técnica das pancadas - 10-30 afídeos AFÍDEO VERDE (Aphis pomi De Geer) Março - Abril : observação visual - 10-15% rebentos infestados técnica das pancadas - 25-50 afídeos Maio: 15 % rebentos infestadas

Níveis Económicos de Ataque (NEA) Aranhiço vermelho (P. ulmi) INVERNO: Observação visual (100 segmentos) - 1000 ovos/ amostra MAIO: Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo) Macieira - 50 - 65 % folhas ocupadas Pereira - 40% folhas ocupadas JUNHO / JULHO : Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo) Macieira - 50 - 75 % folhas ocupadas Pereira - 50% folhas ocupadas Desde AGOSTO : Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo) Macieira - 45 - 50 % folhas ocupadas Pereira - 30% folhas ocupadas

Acetatos das aulas de PROTECÇÃO INTEGRADA DAVINHA

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA Regiões Vitivinícolas de Portugal (350 x 103 Ha) - Douro - Bairrada - Setúbal - Dão - Barcelos - Colares - Carcavelos - Algarve - Vidigueira Espanha, França, Itália, Rússia + de 1.000 x 10 3 Ha

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA Emprego sistemático de pesticidas na vinha conduziu a: - aparecimento de resistências - destruição de auxiliares (ex: Tiflodromus) - perigo de intoxicação directa de pessoas ou através de resíduos nas uvas (alteração da fermentação e do mosto)

ACIDENTES FISIOLÓGICOS: - Asfixia radicular - plantação superficial e drenagem - Cloroses / Doenças de carência -ensaios com nutrientes - Mancha de óleo nos frutos (Oleocellosis) - colheita em maturação e adequado manuseamento - Fendilhamento da casca - rega regular dos pomares - Empolamento da casca- nutrição e colheita no cedo - Queimaduras / Tratamentos fitossanitários - substituição tratamentos e cuidadosa preparação das caldas - Gomose- porta-enxertos resistentes; drenagem; evitar ferimentos do tronco e sua pulverização com caldas com fungicidas - Mancha de água - recolha precoce do fruto e evitar ventos e geadas - Frutos secos - evitar colheita tardia - Acidentes de armazenagem - evitar algumas condições nefastas

PROTECÇÃO INTEGRADADA VINHA PODRIDÃO CINZENTA(Botrytis cinerea Pers.): Inverno - esclerotos nos sarmentos em forma de manchas alargadas, principalmente na sua extremidade Primavera - Helevada e T elevada => maturação dos orgãos de conservação => conidiófioros => conídios (30 dias) => germinação nos orgãos verdes e molhados das cepas => aparecimento nas folhas e jovens e lançamentos Verão - aparecimento provável antes da floração; após a floração e a partir do pintor Condições óptimas para o seu desenvolvimento: - Humidade elevada - Temperatura acima dos 18graus - falta de arejamento (sistema de condução) - lesões (dos ataques de oídio e traça)

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA SINTOMAS: - Folhas - ampla necrose no bordo do limbo (queimadura) polvilho cinzento no bordo das folhas - Cachos - floração e jovem cacho - manchas achocolatadas bagos - podres e com molho cinzento com cheiro típico - Rebentos jovens e sarmentos - - manchas alargadas de cor achocolatada com cor e película cinzenta com tempo húmido; - perda de alguns rebentos jovens em caso de ataque intenso; Nocividade da Botrytis: Uva de mesa - afectação do aspecto do cacho (tolerância nula); desequilíbrio do cacho => maior despesa de limpeza;

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA Nocividade da Botrytis: Uva para vinho - afectação da qualidade do vinho: - fermentação difícil; - maceração carbónica (perda de aroma e côr); - aumento do teor em sulfuroso NÍVEIS PERMITIDOS: TINTO - 10/12% DE PODRIDÕES BRANCO/SECO - 50% DE PODRIDÕES (técnicas de reequilibrio do vinho) - consequências da Botrytis: DIRECTAS- perda da colheita; dessecação do ráquis; dessecação do bago; INDIRECTAS - ataques drosófilas; podridão ácida;

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA MEIOS DE LUTA CONTRA A BOTRYTIS: - culturais:adubação equilibrada e sistema de condução adequado (desparra, compasso e poda); bom controlo da traça e do oídio (=> redução dos riscos em 50%); - químicos: utlização de fungicidas (de modo a baixar o NEA e em resposta à previsão do risco); (procimidina; vincozolina; iprodiona; folpete; tirame; ditiofencarbe;carbenzamida); - genéticos: resistência genética através de hibridação com “vitis vinifera” e cruzamento entre castas; - biológicos: utilização de fungos antagonistas (ex: Trichoderma viridae);

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA MÉTODOS DE LUTA CONTRA A BOTRYTIS: - STANDARD: 4 tratamentos preventivos fixos aos seguintes estados fenológicos: A - saída dos cupões florais; B- grão/bago de algodão; C- início da ponta verde; D- saída das folhas; - 15-15:realização de tratamentos: - desde a floração até 21 dias antes da colheita; - sempre que a humectção >15 horas e T >15 graus; - intervalo entre tratamentos >10 dias.

PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA - EPI/MODELO BOTRYTIS: - baseado na T e H (humectação) com registos de 2 em 2 dias; - analisa a interacção entre clima, parasita e planta; - indica a cada instante o NEA FASE POTENCIAL / RISCO POTENCIAL DA DOENÇA - Da floração ao pintor (A/B/C) FASE CINÉTICA - Do pintor até 3 semanas antes da colheita (C/D) BASES DO MODELO: Tempo seco / H < 85% => RISCO POTENCIAL BAIXO(temp. sem influência) Humectação elevada / H > 85% => ELEVADO RISCO POTENCIAL (tanto maior quanto maior o período de humectação) (16< T >10) CONCLUSÃO: risco é apenas função da humectação APLICAÇÃO: Dão (2 tratamentos-A e C); 4 tratamentos máximo

Oídio da videira Uncinula necator Burr. - ataca todos os orgãos não atempados da planta; - pó branco que pode limitar-se a determinadas zonas ou ocupar toda a superfície da folha; - nos caules e sarmentos e rebentos jovens => manchas difusas de cor verde escura que vão crescendo e tomando cor achocolatada por vezes provocando o endurecimento dos rebentos; - nos frutos => pó branco no início da formação do cacho podendo causar a paragem de crescimento da “pele” dos bagos =>favorecimento da penetração da Botrytis; - hiberna sob a forma de micélio nos gomos, cachos e folhas que caem no solo; - T e H e insolação => factores com maior influência no desenvolvimento do parasita TRATAMENTOS QUÍMICOS: 1º enxofre molhável (D-E; GHI) 2º IBE(inibidores da síntese do ergosterol) (GH e I) e quando necessário o 3º FAVOR: Rápida penetração; boa persistência; actuam mesmo com temperaturas baixas CONTRA: Resistência