O Ato de Estudar Os cursos de graduação e de pós-graduação têm como um de seus objetivos desenvolver nos estudantes o espírito científico e a prática de.

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Transcrição da apresentação:

O Ato de Estudar Os cursos de graduação e de pós-graduação têm como um de seus objetivos desenvolver nos estudantes o espírito científico e a prática de trabalhos técnicos. Entretanto, nada se conseguirá neste sentido, se os iniciantes em trabalhos intelectuais não tiverem adquirido hábitos de estudo sistemáticos e eficientes através da utilização de métodos e técnicas adequadas.

Salomon, autoridade no assunto, declara: Imaginamos o iniciante no trabalho científico como aquele que, implicado num processo de auto-desenvolvimento, vai paulatinamente se transformando: terá que ser antes estudioso para, em seguida, tornar-se trabalhador intelectual, pesquisador e, finalmente, autor. Essas fases, claro, não se excluem nem cessam pela aparição ulterior; antes, se completam e se superpõem a partir de determinado momento de cada uma. (SALOMON, 2001, p. 26).

O que significa estudar? Medeiros (2000, p. 13) explica que o estudo começa com a elaboração de um pequeno texto e atinge a produção de vários volumes de uma obra. E conclui “estudar é realizar experiências submetidas à análise crítica e à reflexão, com o objetivo de apreender informações que sejam úteis à resolução de problemas.”

Para realizar essas experiências citadas por Medeiros, o estudante necessita estar atento a dois aspectos: recorrer a procedimentos adequados para buscar as informações, bem como estabelecer uma organização para seus estudos. Complementando tal posição, Severino (2000) adverte que o ensino superior exige dos universitários: • autonomia no processo de aprendizagem e postura de auto-atividade didática rigorosa, crítica e criativa; • projeto de trabalho intelectual individualizado, apoiado em material didático e científico que se constitui, basicamente, na bibliografia especializada.

A bibliografia especializada de metodologia da pesquisa é considerada difícil por muitos estudantes. Isto ocorre porque ela parte da suposição de que aqueles que a ela recorrem dominam as técnicas adequadas de estudo e leitura, uma vez que já concluíram um curso superior.

Desse modo, para se iniciar nas questões da pesquisa científica, o estudante precisa conhecer e utilizar procedimentos adequados para fazer uma leitura proveitosa, fichamentos, citações, paráfrases, esquemas e resumos, dentre outras técnicas.

Isso leva à questão da formação da biblioteca pessoal Isso leva à questão da formação da biblioteca pessoal. Os livros são caros, tornam-se ultrapassados com alguma rapidez (pelo menos as edições), e o hábito de utilização de cópias dificulta a formação de acervos pessoais. Apesar do exposto, os estudantes devem se conscientizar de que existem livros fundamentais nas diferentes áreas do conhecimento e que devem ser adquiridos.

A assinatura de revistas especializadas é um hábito a ser cultivado, uma vez que os relatórios de pesquisa e as descobertas nas diferentes áreas do conhecimento, antes de aparecerem em livros, são publicados em revistas e jornais. As revistas também oferecem a oportunidade de ampliar a bibliografia sobre determinado assunto com novas referências.

Além dessas fontes, a internet, rede mundial de computadores, oferece hoje um acervo extraordinário para estudiosos das mais diferentes áreas; poderá ser bastante utilizada pelos cursistas que dela dispõem. As universidades e outras instituições possuem bibliotecas, embora em algumas delas o acervo seja limitado e pouco renovado.

De qualquer maneira, o estudante deve freqüentá-las, explorá-las De qualquer maneira, o estudante deve freqüentá-las, explorá-las. Lá se encontram obras de referência geral, periódicos, livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, dentre outras. Algumas faculdades, centro-universitários e universidades mantêm, em seus acervos, CD-ROMs, disquetes e outros recursos de multimídia disponíveis para pesquisadores.

As bibliotecas são organizadas no sentido de auxiliar os leitores e pesquisadores. Assim, seu acervo se apresenta classificado por assunto, título e autor, em fichas individuais reunidas em fichários por ordem alfabética. Nas fichas, além de dados sobre a obra e o autor, está registrada a referência da obra (código da biblioteca), através da qual ela é localizada nas prateleiras. Muitas bibliotecas estão hoje informatizadas oferecendo uma alternativa de organização mais moderna.

As técnicas especiais de leitura e fichamento para utilização desse instrumental serão abordadas nos próximos textos. Além do estudo através de fontes bibliográficas, outras modalidades de aprendizagem são os encontros, seminários, congressos, palestras, mesas-redondas etc., que devem acompanhar o estudioso pela vida toda. A princípio como participante, em seguida fazendo pequenas comunicações e, no decorrer da vida profissional, integrando mesas-redondas e fazendo palestras.

Outro aspecto a considerar, principalmente por todos aqueles que estudam e trabalham, é a programação das atividades de estudo e a divisão adequada do tempo. Não se pode fazer um curso superior se não houver tempo disponível para estudar, para refletir. “O conhecimento forma-se por fases e a quantidade de informação transforma-se em qualidade de conhecimento.” (GALLIANO, 1986, p. 53).

Observe as recomendações de Galliano sobre a utilização do tempo: - Planeje seu tempo – essa é a forma correta de “ganhar” tempo para o estudo. - Programe a utilização de períodos vazios em sua atividade. - Substitua o horário de uma ou mais atividades não-essenciais para obter tempo de estudo. - Reserve ao menos um período mínimo para estudar todos os dias. - Não estabeleça períodos muito longos de estudo sem pausas para descanso.

Ao se estabelecer um cronograma de estudos, deve-se escolher um horário em que o estudioso apresente um melhor rendimento; deixar as atividades de leitura e reflexão para o final do dia, por exemplo, pode levar a um aproveitamento nulo.