Dr. Paulo Tadeu Meira e Silva de Oliveira

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Transcrição da apresentação:

Dr. Paulo Tadeu Meira e Silva de Oliveira Profa. Dra. Ana Paula Camargo Larocca Seminário Evolução em termos comparativos de pessoas com e sem deficiência no Brasil 18 a 21 de outubro de 2017

Introdução - Pessoa com deficiência A deficiência é considerada desafio universal: custos sociais e económicos elevados para indivíduos, famílias, comunidades e nações; varia de acordo com uma combinação complexa de fatores como idade, sexo, exposição a riscos ambientais, status econômico dos países membros, cultura e recursos disponíveis; associados a problemas de saúde crônicos; envelhecimento global e, finalmente; as pessoas com deficiência e suas famílias estão enfrentam as piores realidades económicas e sociais (Hawking, 2011).

Introdução - Pessoa com deficiência (cont.) Acredita-se que as pessoas com deficiência têm: condições de desigualdade; estão sujeitos a violações da sua dignidade, e, por fim; algumas pessoas com deficiência tem perda da sua autonomia.

Materiais e métodos - Motivação Estimativas 2010 Um bilhão de pessoas vivem com deficiência = 15% da população mundial Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 23,9% de sua população apresenta, no mínimo, uma deficiência (45 milhões em 190 milhões) No Brasil, segundo o censo do IBGE Operação mais complexa de um país Investiga características da população e dos domicílios em todo o país Mais importante referência para o conhecimento das condições de vida da população em todas as localidades Em termos estatísticos Dados do censo

Dados composicionais Materiais e métodos - Análise de perfis Técnica estatística que envolve observações de um conjunto de unidades de investigação classificadas em diferentes subpopulações. Neste trabalho consideramos nível de instrução, tipo de trabalho e renda para os grupos pessoas com deficiência, sem deficiência e o seu conjunto. Dados composicionais Em estatística, dados composicionais são descrições quantitativas das partes de um todo, que comunicam exclusivamente informação de forma relativa ao todo. A característica mais marcante desse tipo de dados é que a sua soma sempre é igual a uma constante (1 para proporções e 100 para porcentagens).

Resultados e discussões Foram feitos gráficos de perfis considerando as diferentes idades das pessoas entrevistadas que compõe a amostra variando de ano em ano para: nível de instrução; tipo de trabalho principal, e, por fim; renda. A Figura 1 apresenta o gráfico de perfis para a variável nível de instrução e repare que: para o nível entre sem instrução até fundamental incompleto (marrom); nível entre fundamental completo e nível médio incompleto (azul); nível entre nível médio completo e superior incompleto (vermelho), e, finalmente; nível superior completo ou mais (verde).

Resultados e discussões

Resultados e discussões Estudando o gráfico da Figura 1, nota-se que: Pessoas com deficiência: Grupo formado por pessoas entre sem instrução e fundamental incompleto. A partir dos 27 anos de idade nota-se um forte predomínio, em termos proporcionais pela ordem: sem instrução e fundamental incompleto; fundamental completo e médio incompleto; nível médio completo e superior incompleto, e, finalmente; nível superior completo ou mais.

Resultados e discussões Já a Figura 2 os perfis foram representados: empregados com carteira assinada (em azul); militares e servidores públicos estatutários (em marrom); conta própria (em laranja); empregadores (em vermelho); não remunerado (em preto), e, por fim; trabalhadores na produção para o próprio consumo (em rosa). Na Figura 2 verificam-se maiores proporções de pessoas com deficiência: empregados sem carteira de trabalho assinada; trabalhadores na produção para o próprio consumo, e por fim; trabalhadores não remunerados.

Resultados e discussões

Resultados e discussões Ainda na Figura 2, nota-se também maior predomínio por tipo de trabalho por faixa etária: trabalhadores por conta própria predomina na faixa etária entre 55 e 83 anos; trabalhadores para o próprio consumo: idade inferior a 13 anos; sem carteira de trabalho assinada: idade entre 13 e 18 anos; com carteira de trabalho assinada: entre 18 e 55 anos, e, entre 90 e 92 anos; por conta própria: entre 55 e 83 anos; no próprio consumo: entre 83 e 90 anos, e, por fim; revezamento entre conta própria e trabalhadores na produção para o próprio consumo: a partir de 92 anos ou mais.

Resultados e discussões Finalmente, na Figura 3 apresenta o gráfico de perrfis para a variável renda, sendo que cada categoria representa um perfil, sendo que: entre 0 e 1 salário mínimo (em preto); entre 1 e 3 salários mínimos (em marrom); entre 3 e 7 salários mínimos (em vermelho); entre 7 a 15 salários mínimos (em verde), e finalmente; a partir de 15 salários mínimos (em azul).

Resultados e discussões

Resultados e discussões Examinando a Figura 3 concluímos que pessoas com deficiência são predominantes na faixa salarial entre 0 e 1 salário mínimo. Fazendo uma síntese dos resultados obtidos mediante análise dos gráficos das figuras 1, 2 e 3; notamos pessoas com deficiência ao serem comparadas com as que não apresentam deficiência apresentam: menores níveis de instrução; piores condições de trabalho, e, por fim; Menores níveis de renda com o ganho por esse trabalho.

Conclusões Pessoas com deficiência encontram-se inferiorizadas ao serem comparadas com as pessoas que não apresentam deficiência em termos de: educação (pessoas com deficiência mais concentradas em nível de instrução entre sem instrução e fundamental incompleto); trabalho (pessoas com deficiência mais concentradas em trabalho sem instrução, para o próprio consumo e sem remuneração), e, por fim; nível de renda (com pessoas com deficiência mais concentradas em renda entre zero e um salário mínimo). O que reflete nas primeiras as piores condições de vida devido a falta de acessibilidade e inclusão.

Referências bibliográficas OLIVEIRA, P.T.M.S. Pessoas com deficiência: análise de resultados do Censo de 2010 e a sua evolução. Sigmae, 3(2):1-3, 2013. AITCHISON, J. The Statistical Analysis of Compositional Data. Chapman Hall, The Blackburn Press, 1986. GARCIA, V.G. Pessoas com deficiência e o mercado detrabalho: histórico. Tese de doutorado, Instituto de Economia, UNICAMP, Campinas-SP, 2010. GUGEL, M.A. Pessoa com deficiência e o direito ao trabalho. Obra jurídica, Florianópolis, SC, 2007 HAWKING, S.W. Relatório mundial sobre deficiência. OMS, São Paulo-SP, 2011. MAGALHÃES, M.N.; LIMA, A. C. P. Noções de Estatística}.EDUSP, São Paulo-SP, 2009. SILVA, O.M. A epopeia ignorada. CEDAS, São Paulo-SP, 1987 SINGER, J. M. Análise de dados longitudinais. Associação Brasileira de Estatística, São Paulo-SP, 1986 FIGUEIRA, E. Caminhando em silêncio. Giz Editorial e Livraria LTDA, São Paulo-SP, 2008.

Grato a todos Paulo Tadeu Meira e Silva de Oliveira Email: poliver@usp.br