DRENAGEM TORÁCICA Utilização e diferenciais dos materiais de drenagem Profa. Dra. Maria Ribeiro S. Morard maria@rio.com.br.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RX TÓRAX Lorena Xavier Costa Brzezinski.
Advertisements

Toracocentese, Paracentese e Punção Lombar
RADIOGRAFIA DE TÓRAX.
Encaminhamento Médico. Tornozelo Exames Complementares: Possíveis Diagnósticos: Entorse de tornozelo; Fratura; Rompimento de ligamentos Tratamento: Cirúrgico:
Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas
Punção Subdural.
Toracocentese.
MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL DOS SERVIDORES – HSE – RJ SERVIÇO DE CIRURGIA PEDIÁTRICA Dilton Rocha Abril de 2003.
Bárbara Costalonga Orientadora: Dra. Lisliê Capoulade
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA APLICADA AO PERÍODO NEONATAL E PEDIÁTRICO
A Respiração.
DERRAME PLEURAL CONCEITO FISIOPATOLOGIA CLASSIFICAÇÃO
PNEUMOTÓRAX CONCEITO ACÚMULO DE AR NO ESPAÇO PLEURAL.
Trauma Torácico Prof. Fernando Ramos.
Derrame Pleural Prof. Marcos Nascimento
DRENAGEM TORÁCICA  Finalidades  Conceito
Derrame pleural é a coleção de líquido
Módulo Cirurgia Cabeça e pescoço
DERRAMES PLEURAIS.
Curso de Patologia II Prof. Jarbas de Brito
RX DE TÓRAX PNEUMOPATIAS.
CONGRESSO BRASILEIRO DE CANCEROLOGIA 2009
Derrame pleural parapneumônico e empiema
Robson MC, Krizek TJ, Heggers,JP. Biology of surgical infection
ANATOMIA Prof.:CLÉIA BET BAUMGARTEN
Trauma Cervical Priscila Rodrigues Silva Residente de Cirurgia Geral
INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Fisioterapia – FMRPUSP
FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Lívia Freitas Oliveira
AFECÇÕES PLEURAIS Paulo Evora Departamento de Cirurgia e Anatomia
Drenagem de Tórax é a introdução de um dreno em uma das três cavidades do tórax (cavidade pleural, cavidade pericárdica ou mediastino)
Radiografia do Tórax I Dr. José Acúrcio Macedo.
Derrame parapneumônico: Abordagem conservadora ou cirúrgica?
RADIOLOGIA PULMONAR.
Dreno de tórax Internato Obrigatório de Cirurgia Geral
Pleurodese. Quando e Como?
Trauma e Emergência MR2: Saulo Vieira
Punção e Biópsia de Pleura
Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Unidade de Neonatologia G. Casaccia, F. Crescenzi, S. Palamides, O. A. Catalano, P. Bagolan Pediatric Surgery Int 2006.
DERRAME PLEURAL Prof. Edson Garrido.
TRAQUEOSTOMIA E DRENAGEM TORÁCICA UFF- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Drenagem Torácica e Toracocentese
Radiografia de tórax.
DERRAMES PLEURAIS PARAPNEUMÔNICOS Maurícia Cammarota Unidade de Cirurgia Pediátrica do HRAS/SES/DF 18/4/2008.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DAS AFECÇÕES PULMONARES
Caxias do Sul, Outubro de 2013.
RADIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
DOENÇAS TORÁCICAS - ASPECTOS RADIOLÓGICOS
Sistema Respiratório TRAQUÉIA: parede posterior sem cartilagem
Atualização em Curativos (Materiais e Técnicas)
Narcizo A. Tonet Citologia Clínica
Radiografia Simples do Tórax Prof a. Alessandra Carla de A. Ribeiro Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC Faculdade de Medicina e Ciências da.
CUIDADOS COM DRENOS Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de líquido.
Alexandre Diniz Lacerda
DRENAGEM DE TÓRAX.
Empiema Pleural F.C.M.S.C.S.P. Departamento de Cirurgia
Teleradiografia do Tórax
DERRAMES PLEURAIS PARAPNEUMÔNICOS Maurícia Cammarota Hospital Regional da Asa Sul Brasília, 13/5/2010.
Tratamento das Complicações pós Drenagem Torácica
DERRAMES PLEURAIS PARAPNEUMÔNICOS Maurícia Cammarota Unidade de Cirurgia Pediátrica do HRAS/SES/DF 18/4/2008.
Transcrição da apresentação:

DRENAGEM TORÁCICA Utilização e diferenciais dos materiais de drenagem Profa. Dra. Maria Ribeiro S. Morard maria@rio.com.br

Folhetos Pleurais Parietal e Visceral

Folhetos Pleurais Parietal e Visceral

Anatomia do Espaço Pleural Costelas Vasos Intercostais Espaço Intercostal Diafragma Colapso Pulmonar

Anatomia do Espaço Pleural Costelas Líquido,livre dentro da cavidade Pulmão

Drenagem Torácica Histórico Hipócrates Idade Média 1os registros de drenagem de empiema pleural Idade Média Uso de sifões em ferimentos torácicos Aspiradores de feridas

Drenagem Torácica Histórico 1830 – Viena – Van Swieten - Tubo acoplado a bomba de sucção manual para hemotórax traumático 1859 – Inglaterra - C. Hunter - Agulha hipodérmica com torneirinha 1867 – Inglaterra – Hilier - Tubo flexível longo mergulhado em frasco com água 1872 – Ingaterra – Playfair / Hewett - Sistema fechado sob selo d’água 1920 – Nova Iorque – Kenyon - Sistema aberto de drenagem subaquática Guerra da Coréia – década 50 - Técnicas atuais

Drenagem Torácica Objetivos Restabelecimento da pressão negativa do espaço pleural Remoção de ar, líquidos, sólidos (fibrina) do espaço pleural e mediastino resultantes de processos infecciosos, trauma, procedimentos cirúrgicos Re-expansão pulmonar

Drenagem Torácica Principios A drenagem se faz por ação: Gravitacional Pressão positiva intrapleural Pressão negativa do sistema de drenagem

Drenagem Torácica Sistemas de Drenagem Quanto ao método de manutenção  Selo d’água Valvulares * VÁLVULA DE HEIMLICH Quanto ao processo Passivo Ativo Quanto ao equipamento Simples Duplo frasco Triplo frasco

Drenagem Torácica Toracocentese Deve preceder qualquer abordagem invasiva da pleura Permite coleta do material para análise e para se estabelecer a natureza da coleção pleural Permite estabelecer o local exato da possível drenagem Tratamento emergencial: Pneumotórax hipertensivo Tratmento definitivo: Pneumotórax residual

Drenagem Torácica Indicações 1. Pneumotórax Espontâneo Hipertensivo Primário Secundário Hipertensivo Traumático Iatrogênico

Drenagem Torácica Indicações 2. Hemotórax 3. Derrame pleural Traumático Residual 3. Derrame pleural Exsudato Empiema Quilotórax 4. Drenagem profilática

Drenagem Torácica Indicações 1. TRAUMA TORÁCICO EMPIEMA PLEURAL PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO QUILOTÓRAX HEMOTÓRAX NÃO TRAUMÁTICO DERRAME PLEURAL NEOPLÁSICO PÓS-OPERATÓRIO (ABERTURA PLEURAL)

Drenagem Torácica Materiais

Drenagem Torácica Materiais

Drenagem Torácica Materiais

Drenagem Torácica Rota Axilar 5° espaço intercostal Anterior edge of the latissimus dorsi Rota Axilar Borda externa do peitoral maior Entre o 3º e 5º espaço intercostal sobre a linha média axilar Local da Incisão

Drenagem Torácica Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica

Drenagem Torácica

Drenagem Torácica Materiais

Drenagem Torácica Materiais

Pneumotórax Hipertensivo Drenagem Torácica Pneumotórax Hipertensivo 2 cm

Pneumotórax Bilateral Drenagem Torácica Pneumotórax Bilateral BAROTRAUMA Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Empiema Pleural fase I

Drenagem Torácica Drenagem Torácica Empiema Pleural fase I Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Drenagem Torácica Empiema Pleural fase I Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Drenagem Torácica Empiema Pleural fase I Setor Torácico HUGG

Empiema Pleural fase II Drenagem Torácica Empiema Pleural fase II Aderências Pleurais Local Derrame

Empiema Pleural fase II Videotoracoscopia Empiema Pleural fase II Marcadores indicativos para procedimento invasivo: Derrame loculado ou ocupando mais de 50% do hemitórax Gram e cultura positivos no líquido pleural pH < 7,20 e glicose < 60 mg/dL LDH > 2/3 do limite sérico normal Descorticação toracoscópica → Fase fibrinopurulenta (com menos de 3 semanas de duração) * *

Drenagem Torácica Derrame Neoplásico Pleurodese com talco Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Piopneumotórax Setor Torácico HUGG

Empiema pleural fase III Drenagem Torácica Empiema pleural fase III Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Derrame Pleural encistado

Drenagem Torácica Aberta Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Aberta Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica CRITÉRIOS DE RETIRADA DO DRENO OBJETIVOS SATISFEITOS

COMPLICAÇÕES NÃO INFECCIOSAS Drenagem Torácica Complicações EMPIEMA – 2 a 25% DESCONHECIMENTO TÉCNICO FALHAS DO SISTEMA DE DRENAGEM COMPLICAÇÕES NÃO INFECCIOSAS

Dreno não oscila: obstruído ou fora do tórax Drenagem Torácica Complicações TÉCNICA DE DRENAGEM OSCILAÇÃO DRENO FORA DO TÓRAX FIXAÇÃO DO DRENO INCISÃO NÃO SUTURADA TRANSFIXAÇÃO PERDA DO DRENO ORIFÍCIO NO SUBCUTÂNEO Dreno não oscila: obstruído ou fora do tórax

Drenagem Torácica Complicações SISTEMA DE DRENAGEM CONEXÕES ESTREITAS MÁ VEDAÇÃO COLUNA LÍQUIDA > 2 cm EXTENSÃO LONGA Equação de Poiseuille: Ø = ∆p π r4 / 8Lv Ø: fluxo; p: pressão; r: raio; L: extensão; v: viscosidade

Transporte do doente com dreno ocluído Drenagem Torácica Complicações SISTEMA DE DRENAGEM Transporte do doente com dreno ocluído

Drenagem Torácica Situações clínicas Situação Possíveis Causas Conduta Ausência de Oscilação Dreno dobrado Dreno obstruído / pinçado Dreno fora da cavidade pleural Conexões finas Conexões erradas Tubo submerso > 2 cm Manipular dreno Aspirar dreno Abrir dreno Redrenar Trocar conexões Esvaziar frasco Diminuição do débito com persistência de imagem radiológica Dreno obstruído Intermediário longo Intermediário fino Frasco no mesmo nível do tórax Frasco coletor cheio Verificar sistema Reposicionar frasco Borbulhamento persistente Orifício cutâneo alargado Conexões mal adaptadas Tampa do frasco não vedada Defeitos do frasco coletor Orifícios do dreno no subcutâneo Verificar sistema de drenagem Vedação

Tratamento complicações pós – drenagem pleural Drenagem Torácica Tratamento complicações pós – drenagem pleural Profilaxia das complicações Domínio Técnico Conhecer as complicações NÃO SUBESTIMAR O PROCEDIMENTO

Drenagem Torácica Cuidados Contraindicações/Cuidados Drenagem Torácica Cuidados Distúrbios da coagulação Aderências pleurais Bolhas gigantes Obstrução completa de brônquios principais Derrames pleurais por doença hepática Lesão diafragmática

Atelectasia de pulmão direito - Ruptura Brônquica Drenagem Torácica Cuidados Atelectasia de pulmão direito - Ruptura Brônquica Setor Torácico HUGG

Drenagem Torácica Armadilha

Put Chest Drain; Be Happy But, Be Observant and Do Follow -Up Not only Till Patient Go Home Later on too. maria@rio.com.br

Drenagem Torácica Armadilha O B R I G A D A ! Drenagem Torácica Armadilha maria@rio.com.br