PRIMEIRA REPÚBLICA 21/09/2018 www.nilson.pro.br.

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Transcrição da apresentação:

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Nomenclatura O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser designado pelos historiadores de diferentes modos: República Oligárquica República do Café-com-Leite República Velha Primeira República 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Situação Política Com a República, o nº de eleitores cresceu em relação ao Império, mas não chegava a 10% O voto censitário foi abolido (baseado na renda econômica) Continuavam sem direito a voto: mulheres, analfabetos, padres, soldados e mendigos. Com a implementação do voto aberto, os políticos locais continuavam interferindo violentamente nas eleições, principalmente os coronéis, que deram nome ao coronelismo. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Coronel No período regencial, os fazendeiros com postos de comando na Guarda Nacional recebiam o título de “coronel”. Mesmo depois de extinta a Guarda (em 1918), o título de coronel continuo a ser atribuído aos grandes proprietários de terra da Primeira República. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Coronelismo Na Primeira República, a economia brasileira era essencialmente agrícola. Quase 70% da população trabalhava na agricultura e, por isso, subordinada aos coronéis. Os principais cargos estavam sujeitos à influência pessoal, por isso todos se aproximavam dos coronéis em busca de favores, o que caracterizava o clientelismo. Clientelismo: prática de premiar com favores públicos o grupo de pessoas que demonstrava fidelidade política aos coronéis. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Voto de Cabresto Em troca de “favores”, os coronéis exigiam que os eleitores votassem nos candidatos por eles indicados. Quem se negasse ficava sujeito à violência dos jagunços ou capangas que trabalhavam nas fazendas e compunham grupos armados que perseguiam os inimigos do coronel. O voto aberto dado sob pressão ficou conhecido como voto de cabresto. Além disso, os coronéis praticavam fraudes para que seus candidatos vencessem as eleições. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Voto de Cabresto 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Rede de Poder O coronel mais poderoso de cada município estabelecia alianças com outros fazendeiros para eleger o governador do estado. Depois de eleito,o governador retribuía o apoio recebido destinando verbas para a construção de obras nos municípios controlados pelos coronéis. Nessa rede de transmissão de poder montada pelas oligarquias,o coronel desempenhava importante papel, mantendo o poder nas mãos de um mesmo grupo. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Política dos Governadores Consistia basicamente na troca de favores. Os governadores de estado davam seu apoio ao governo federal, ajudando a eleger deputados federais e senadores favoráveis ao presidente. O presidente, em retribuição, apoiava os governadores concedendo mais verbas, empregos e favores para seus aliados políticos. A política dos governadores reproduzia, no plano federal, a rede de compromissos e o clientelismo que já ligava os coronéis e os governadores dentro dos estados. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Política do Café-com-Leite Fazendo coligações com os agricultores de outros estados, os políticos de MG e SP lideravam a vida política do país. Quase todos os presidentes desse período foram eleitos com o apoio de paulistas e mineiros. SP era o maior produtor de café; MG era o segundo, mas destacava-se também pela produção de leite. Nasceu daí o apelido para aliança entre o PRP e o PRM: Política do café-com-leite. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

O Café O café representou mais de 50% dos lucros das exportações brasileiras durante quase toda a 1ª República. Chegou a abastecer 2/3 do mercado internacional. Entusiasmados com os lucros e contando com a mão-de-obra imigrante assalariada, os cafeicultores aumentaram desmedidamente as plantações. A produção ultrapassou as necessidades de consumo e começou a enfrentar uma crise de superprodução. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Colheita do café 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Convênio de Taubaté - 1906 Os fazendeiros propuseram que o governo federal comprasse a produção de café que excedesse a procura de mercado. O excedente seria estocado para futura venda em preço melhor. Para comprar o café o governo faria empréstimos no exterior. As propostas foram aceitas. Com a compra pelo governo, o preço nunca caía, os fazendeiros não tinham prejuízos, os estoques do governo aumentavam. Alguns cafeicultores aproveitaram seus lucros para investirem na indústria. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Estoques do governo lotados de café. PALACETE DE D. LEOPOLDINA Local da assinatura do Convênio de Taubaté em 26/02/1906. Estoques do governo lotados de café. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Imigração e Industrialização No período de 1890 a 1930, estima-se que entraram no Brasil mais de 3,5 milhões de imigrantes. SP recebeu cerca de 57% deles. Em 1889 havia no Brasil pouco mais de 600 fábricas com 54 mil operários. 31 anos depois já eram 13 mil indústrias com 275 mil operários. SP concentrava 31% delas. Durante a 1ª GM a indústria se desenvolveu por causa da substituição das importações. E, 1928 a renda do setor industrial superou pela primeira vez o setor agrícola. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Movimento Operário Com o desenvolvimento das indústrias e as condições do operariado bastante desfavoráveis, tem início o movimento operário. Dentre as correntes políticas que influenciaram o movimento operário estavam: Anarquismo: ausência de poder Corrente católica: afastar os trabalhadores das influências anarquista e socialista. Sindicalismo revolucionário: defendia a greve como principal instrumento de luta dos operários na busca de conquistas amplas. 21/09/2018 www.nilson.pro.br

Concentração do movimento grevista na Rua da Praia. Porto Alegre 1917. Greve geral de 1917 - passeata no bairro do Brás - São Paulo. Enterro do sapateiro anarquista José Martinez. I Congresso Operário do Brasil, Rio de Janeiro, 1906. 21/09/2018 www.nilson.pro.br