Teoria Crítica – Escola de Frankfurt - Contextualização -

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Transcrição da apresentação:

Teoria Crítica – Escola de Frankfurt - Contextualização - Década de 30 - o filósofo Max Horkheimer e o economista Friedrich Pollock fundam o Instituto de Pesquisa Social, afiliado à Universidade de Frankfurt; Com a tomada de poder por Hitler, Horkheimer é destituído do cargo de diretor do Instituto, assim como todos os membros judeus da instituição; O Instituto era financiado por empresários judeus, que garantiram a independência dele transferindo seus fundos para outros países;

Teoria Crítica – Escola de Frankfurt - Contextualização - O lugar que estabeleceu-se como sede de estudos desse Instituto foi a Universidade de Columbia/EUA, que cedeu um prédio aos pesquisadores exilados; Max Horkheimer, Leo Löwenthal e, a partir de 1938, Theodor Adorno, que era musicólogo e filósofo, trabalham ali;

Teoria Crítica – Escola de Frankfurt - Contextualização - Lazarsfeld, buscando “desenvolver uma convergência entre a teoria européia e o empirismo americano”, convida Adorno para integrar suas pesquisas; Esperava-se que a pesquisa crítica revitalizasse a pesquisa administrativa; Contudo essa esperança de aliança foi frustrada; Adorno recusa dobrar-se à lista de questões propostas pelo financiador da pesquisa (A Fundação Rockefeller), que prima pela pesquisa da rádio comercial;

Teoria Crítica – Escola de Frankfurt - Contextualização - Adorno diz que: “quando fui submetido à exigência de medir a cultura, vi que a cultura deveria precisamente ser essa condição que exclui uma mentalidade capaz de medi-la”; Horkheimer também compartilha dessa incompatibilidade de pesquisa entre as correntes européia e americana; Diz Horkheimer: “com excessiva freqüência, a pesquisa se vê impondo seus objetos pelos métodos de que dispõe, quando seria preciso adptar os métodos ao objeto”;

O conceito de Indústria Cultural Na década de 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de indústria cultural; O conceito de Indústria Cultural trata da produção da cultura como mercadoria; Entende-se que o mercado das massas impõe o mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série aos produtos simbólicos; Revistas, programas radiofônicos, filmes, música são tratados pela “indústria cultural” da mesma forma que a fabricação de automóveis;

O conceito de Indústria Cultural Serialização e padronização da cultura; Racionalidade técnica como racionalidade da dominação; Os produtos culturais são entendidos como produtos feitos para impedir a atividade mental do espectador, portanto são vistos como produtos alienantes – cultura da alienação; Os produtos da Indústria Cultural prescrevem reações; A mídia é rejeitada por reproduzir a dominação através de mensagens ideológicas;

O conceito de Indústria Cultural Através desse entendimento dos produtos culturais, a Indústria Cultural anula toda a individualidade e qualquer idéia de resistência por parte da audiência; A cultura erudita (música erudita) é vista como boa e verdadeira arte enquanto a cultura popular (música ligeira ou popular) é entendida como ruim e alienante.

Outras pesquisas da Escola de Frankfurt Embora o conceito de Indústria Cultural seja o ícone da Teoria Crítica da Comunicação, outros autores fazem parte da Escola de Frankfurt; Walter Benjamin, Marcuse e Habermas são outros expoentes da Teoria; Walter Benjamin, por exemplo, entendia a arte em diferentes termos: não diferenciava a arte erudita como boa e a popular como ruim, mas via na arte diferentes possibilidades; Ele nunca saiu da Europa e permaneceu em Paris durante seu exílio.

Outras pesquisas da Escola de Frankfurt A influência de Adorno e Horkheimer marcaram gerações de intelectuais até o final dos anos 70; Mas Walter Benjamin foi além; seus estudos despertam grande interesse ainda na década de 80; Marcuse e Löwenthal permaneceram nos EUA após a Guerra, e desenvolveram estudos diferentes;

Outras pesquisas da Escola de Frankfurt Löwenthal notabilizou-se por suas análises da cultura de massa; Marcuse foi o membro da Escola de maior destaque na década de 60, com estudos sobre uma sociedade unidimensional que anula o espaço do pensamento crítico; Habermas, por sua vez, destaca-se com estudos sobre a opinião pública.

Outras pesquisas da Escola de Frankfurt SÍNTESE DA TEORIA: o comum entre os estudos de todos os autores permite inferir uma escola de pensamento que critica um mundo onde a instrumentalização das coisas torna-se a dos indivíduos.

Influências da Escola de Frankfurt Concepção negativa da mídia (que manipula, aliena e engana); Os meios de comunicação de massa são apenas instrumentos de controle e manipulação do pensamento coletivo.

Crítica a Escola de Frankfurt A mídia não representa apenas uma ideologia dominante (ainda mais em tempos de grande difusão dos MCM); Espectadores não são massa ignorante que absorve a mensagem de forma passiva.