Universidade Católica de Brasília Internato de Pediatria/6ª Série Acadêmica: Greice Elen de Mello Garcia Orientação: Profª Dra. Carmem Lívia Martins Zika e Microcefalia www.paulomargotto.com.br Brasília, 22 de novembro de 2016
Zika Etiologia: Zika Virus (ZIKV) Transmissão: Aedes aegypt Clínica: Febre baixa, exantema máculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia, hiperemia conjuntival, edema, odinofagia, tosse seca e alterações gastrointestinais, principalmente vômitos. -Em 22 de outubro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco notificou e solicitou apoio do Ministério da Saúde para complementar as investigações iniciais de 26 casos de microcefalia, recebidas de diversos serviços de saúde nas semanas anteriores à notificação. -Em 28 de novembro de 2015, com base nos resultados preliminares das investigações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, além da identificação do vírus em líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba com histórico de doença exantemática durante a gestação e fetos com microcefalia, e da identificação de vírus Zika em tecido de recém-nascido com microcefalia que evoluiu para óbito no estado do Ceará, o Ministério da Saúde reconheceu a relação entre o aumento na prevalência de microcefalias no Brasil com a infecção pelo vírus Zika durante a gestação. -Além disso, a OMS considera que a medida menor que menos três (-3) desvios-padrões é definida como microcefalia grave (5). Considera-se que a criança com microcefalia, em alguns casos, pode apresentar alteração na estrutura do cérebro e problemas de desenvolvimento (4,6–11). -A medição do perímetro cefálico deve ser feita com fita métrica não-extensível, na altura das arcadas supraorbitárias, anteriormente, e da maior proeminência do osso occipital, posteriormente. Os valores obtidos devem ser registrados em gráficos de crescimento craniano, o que permite a construção da curva de cada criança e a comparação com os valores de referência.
2015 Aumento de casos de microcefalia. Correlação: Virus Zika (ZIKV) Infecção congênita Medida do perimetro cefálico: Valor de referência para microcefalia: RN<37s: PC < -2 DP RN≥37s: \ PC < 31,5cm para meninas PC < 31,9cm para meninos Equivalente a menor que -2 DP -Em 22 de outubro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco notificou e solicitou apoio do Ministério da Saúde para complementar as investigações iniciais de 26 casos de microcefalia, recebidas de diversos serviços de saúde nas semanas anteriores à notificação. -Em 28 de novembro de 2015, com base nos resultados preliminares das investigações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, além da identificação do vírus em líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba com histórico de doença exantemática durante a gestação e fetos com microcefalia, e da identificação de vírus Zika em tecido de recém-nascido com microcefalia que evoluiu para óbito no estado do Ceará, o Ministério da Saúde reconheceu a relação entre o aumento na prevalência de microcefalias no Brasil com a infecção pelo vírus Zika durante a gestação. -Além disso, a OMS considera que a medida menor que menos três (-3) desvios-padrões é definida como microcefalia grave (5). Considera-se que a criança com microcefalia, em alguns casos, pode apresentar alteração na estrutura do cérebro e problemas de desenvolvimento (4,6–11). -A medição do perímetro cefálico deve ser feita com fita métrica não-extensível, na altura das arcadas supraorbitárias, anteriormente, e da maior proeminência do osso occipital, posteriormente. Os valores obtidos devem ser registrados em gráficos de crescimento craniano, o que permite a construção da curva de cada criança e a comparação com os valores de referência.
Classificação Microcefalia: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -2 desvios-padrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo. Microcefalia grave: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -3 desvios-padrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo. GESTANTE COM DOENÇA EXANTEMÁTICA NA GESTAÇÃO + RN COM MICROCEFALIA = NOTIFICAÇÃO -Importante: A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP (Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP – Microcefalias)) não exclui a necessidade de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
Padrão de PC para sexo e idade OMS - Z score.
Rotina O pré natal não é alterado Atendimento ao RN: Contato pele a pele com a mãe Clampeamento do cordão Amamentação na primeira hora de vida. Medida do perímetro cefálico (PC): Entre 24 e 48h de vida Para fins de notificação: Entre 24h e 6dias e 23horas de vida.
Importância Microcefalia pode ser acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição -Em 22 de outubro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco notificou e solicitou apoio do Ministério da Saúde para complementar as investigações iniciais de 26 casos de microcefalia, recebidas de diversos serviços de saúde nas semanas anteriores à notificação. -Em 28 de novembro de 2015, com base nos resultados preliminares das investigações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, além da identificação do vírus em líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba com histórico de doença exantemática durante a gestação e fetos com microcefalia, e da identificação de vírus Zika em tecido de recém-nascido com microcefalia que evoluiu para óbito no estado do Ceará, o Ministério da Saúde reconheceu a relação entre o aumento na prevalência de microcefalias no Brasil com a infecção pelo vírus Zika durante a gestação. -Além disso, a OMS considera que a medida menor que menos três (-3) desvios-padrões é definida como microcefalia grave (5). Considera-se que a criança com microcefalia, em alguns casos, pode apresentar alteração na estrutura do cérebro e problemas de desenvolvimento (4,6–11). -A medição do perímetro cefálico deve ser feita com fita métrica não-extensível, na altura das arcadas supraorbitárias, anteriormente, e da maior proeminência do osso occipital, posteriormente. Os valores obtidos devem ser registrados em gráficos de crescimento craniano, o que permite a construção da curva de cada criança e a comparação com os valores de referência.
Exames indicados Exames de imagem: Ultrassonografia (USG) transfontanela Tomografia computadorizada (TC) de crânio Achados: inespecíficos de uma encefalite com destruição cerebral e microcefalia por perda tecidual, com imagens de calcificações ou dilatação ventricular, atrofia cerebral.
Exames indicados Exames laboratoriais: Inespecíficos: HC, TGO, TGP, bilirrubinas, DHL, PCR, Ferritina, Ur e Cr + conforme necessidade do RN Específicos: Sangue, liquor, sangue de cordão e placenta podem ser utilizados para identificação do ZIKV por PCR ou Sorologias.
Tratamento Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cada criança desenvolve complicações diferentes, entre elas, respiratórias, neurológicas e motoras, o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender das funções que ficarem comprometidas.
Acompanhamento durante infância 1. Histórico da gestação, materno e familiar, 2. Crescimento da cabeça 3. Avaliação de desenvolvimento 4. Exames físicos e neurológicos Incluindo avaliação da audição e ocular para identificação de problemas.
Protocolo de atendimento ao RN
Referências Bibliográficas Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC) / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto Consultem também! Discussão clínica: Zika vírus perinatal Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HRAS/HMIB/SES/DF