A história das grandes migrações populacionais para o Brasil remonta ao período colonial, quando entraram no território brasileiro milhões de colonizadores.

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Transcrição da apresentação:

Do campo para a cidade: migrações populacionais no Brasil Contemporâneo

A história das grandes migrações populacionais para o Brasil remonta ao período colonial, quando entraram no território brasileiro milhões de colonizadores europeus e também de populações africanas que foram trazidas como escravas desde o século 16 até o fim do 19. Já no Brasil independente, com a abolição do tráfico negreiro e, em seguida, do próprio regime escravista, o país passou a receber um elevado número de trabalhadores europeus que vieram para trabalhar nas lavouras cafeeiras, atividade em franco crescimento no período. Essa migração foi predominante entre meados do século 19 e as primeiras décadas do 20. Já por volta de meados do século 20, com o aumento expressivo da industrialização, os grandes centros urbanos brasileiros passaram a atrair trabalhadores das áreas rurais do país, que buscavam melhores condições de vida e trabalho. O Brasil passou, então, a experimentar a migração de grandes contingentes populacionais do campo em direção às grandes cidades. A esse fenômeno migratório damos o nome de êxodo rural.

Entre fins do século 19 e inícios do 20 alguns intelectuais brasileiros argumentaram sobre a uma suposta “vocação agrária” do Brasil e da necessidade de investimentos no interior, principalmente no que diz respeito à educação e à agricultura. Entretanto, para a maior parte das elites brasileiras o interior era visto como lugar de atraso e barbárie, em detrimento da cidade, vista como lugar do progresso e da civilização (METZLER & WERLE, 2010; MESQUIDA, 2010). A migração de grandes contingentes para os centros urbanos influenciou diretamente aumento da miserabilidade e da criminalidade nas grandes cidades, já que boa parte dos imigrantes não conseguiu postos de trabalho nos centros urbanos e acabou vivendo em situações de extrema pobreza. Outro grande problema gerado pelo êxodo rural foi a escassez de mão-de-obra no campo. Já no final do século 20, a desconcentração da industrialização nos grandes centros do sudeste tem gerado um fenômeno inverso àquele de meados do século. Atualmente muitas pessoas têm deixado as grandes cidades para viver no campo.

As migrações regionais do campo para as grandes cidades no Brasil também geram problemas como comportamentos preconceituosos em relação aos imigrantes. Um exemplo atual dessa situação foram as manifestações preconceituosas veiculadas através do Twitter por uma estudante universitária que sugeria que cada paulista afogasse um nordestino. Essa declaração foi dada após a vitória eleitoral da candidata Dilma nas eleições de 2010, que contou com o apoio decisivo da região nordeste.

Referências Bibliográficas LOPES, Rodrigo Bandeira. Migrações no espaço mundial e o Brasil. Disponível em <http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/ t132.asp>. Acessado em 03 de abril de 2011. MESQUIDA, Peri. Da cidade para o campo e do campo para a cidade: civilização, barbárie e educação no processo civilizador na América Latina (século XIX). In:WERLE, Flávia Obino Corrêa (org). Educação Rural: práticas civilizatórias e institucionalização da formação de professores. São Leopoldo: Oikos; Brasília: Liber Livro, 2010 p. 91-103. MENEZES, Maria Lúcia Pires. Tendências atuais das migrações internas no Brasil. Scripta Nova. Barcelona, nº 69, de 1 de agosto de 2000. Disponível em <http://www.ub.edu/geocrit/sn-69-45.htm>. Acessado em 03 de abril de 2011. METZLER, Ana Maria Carvalho; WERLE, Flávia Obino Corrêa. Contextos Institucionalização e Práticas Pedagógicas. In: Educação Rural: Práticas Civilizatórias e Institucionalização da Formação de Professores. São Leopoldo: Oikos; Brasília: Liber Livros, 2010, p. 15-52.