CCIH: composição, seu papel e resultados Dra. Valéria Cassettari Coordenadora do Controle de Infecçcão Hospitalar do Hospital Universitário - USP
Relato de caso Recém-nascido de termo, sexo masculino. Parto cesáreo devido a distócia funcional e mecônio intraparto. IOT por 7 minutos e CPAP após. Síndrome de Aspiração Meconial leve, recebeu CPAP na UTI neonatal por 30 horas, recebeu penicilina e amicacina. Melhorou progressivamente e foi encaminhado ao Berçário de médio risco. No 6o dia de vida apresentou piora clínica e hemodinâmica súbita, necessitando novamente de UTI, ventilação mecânica, drogas vasoativas, antibióticos de largo espectro. Posteriormente, hemocultura indicou infecção primária da corrente sanguínea por Klebsiella pneumoniae ESBL.
Exemplo de Surto
Histórico e Legislação 1926 – nos EUA a primeira UTI nos moldes atuais 1941 – disponibilização da penicilina para uso 1963 – primeiro transplante de fígado no Brasil 1988 - Portaria nº 232 - Ministério da Saúde - Programa Nacional de Controle de IH 1989 - I Congresso Brasileiro de Infecção Hospitalar 1997 –Lei Federal nº 9431/MS torna obrigatório aos hospitais ter um Programa de Controle de Infecção Hospitalar 1998 - Portaria nº 2616 – Ministério da Saúde – Diretrizes para a composição da CCIH e SCIH.
Composição Comissão de Controle de Infecção Hospitalar: representantes das áreas de internação (UTI, clínica cirúrgica, clínica médica, pediatria, neonatologia...) e setores envolvidos (CME, Laboratório Clínico, Farmácia, Higiene Hospitalar...) Núcleo Executivo: legislação estabelece mínimo de 2 membros exclusivos (para serviços até 200 leitos e sem atendimento a pacientes críticos).
Atividades do Núcleo Executivo Vigilância e epidemiologia das Infecções Hospitalares. Identificação e controle de surtos. Padronização das medidas de prevenção de infecção nos procedimentos invasivos (cirurgias, uso de sondas e cateteres, ventilação mecânica) Manual Implementação dessas medidas (treinamento e fiscalização). Acompanhamento das atividades da CME, Serviço de Higiene, Laboratório de Microbiologia, Lavanderia, Centro Cirúrgico. Avaliação e orientação do uso de antimicrobianos.
COLONIZAÇÕES = BUSCA ATIVA DE CASOS Exemplo de Surto COLONIZAÇÕES = BUSCA ATIVA DE CASOS
Menor transmissão de bactérias multirresistentes Uso racional de antibióticos Menor transmissão de bactérias multirresistentes Missão da CCIH Higiene das mãos, materiais e ambiente Cuidados com procedimentos invasivos Menos infecções Controle de ATB, microbiologia, epidemiologia
Círculo vicioso negativo Higiene insuficiente das mãos, materiais e ambiente Transmissão de multirresistentes entre os pacientes Aumento das infecções Procedimentos invasivos sem orientação para prevenção Uso excessivo de antibióticos Insegurança devida a microbiologia não confiável e ausência de dados epidemiológicos
Quem realiza a prevenção da infecção hospitalar? Processos adequados na higiene do ambiente (SHE), materiais (CME), roupas (Lavanderia) Enfermagem, médicos, fisoterapeutas. UTIs, enfermarias, unidades neonatais, centro cirúrgico e obstétrico. Contato direto com o paciente e execução das ações de prevenção. Controle de qualidade na Farmácia e Laboratório Núcleo executivo da CCIH: coleta os dados, analisa e divulga informações e orientações
Ações e Resultados no Surto