LITERATURA CINZENTA BRASILEIRA: ACESSO E RECUPERAÇÃO

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Tefko Saracevic.  Professor Emérito da Escola de Comunicação e Ciência da Informação de Rutgers da Universidade Estadual de Nova Jersey (EUA). Saracevic.
Transcrição da apresentação:

LITERATURA CINZENTA BRASILEIRA: ACESSO E RECUPERAÇÃO 2005

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DISCIPLINA: PCI 3211 – FONTES DE INFORMAÇÃO PROFESSORA: URSULA BLATTMANN ACADÊMICA: MARILIA B. DE C. SCHENKEL Mschenkel@linhalivre.net

O estudo foi estruturado da seguinte forma: Introdução Canais formais e informais de Comunicação Científica Estudos de produção científica Acesso e recuperação (IBICT E ECA) Considerações Finais

Características da LITERATURA CINZENTA Publicação que não foi “publicada” em mídia que submeta o conteúdo a avaliação por pares; Circulação normalmente muito restrita; Limitação geográfica de distribuição; Pode ser impressa ou apresentada em mídia eletrônica; Seu acesso é geralmente local. Apresenta-se sob a forma de: relatórios de pesquisa anais de eventos teses dissertações Algumas questões levantadas...

O que torna a Literatura Cinzenta importante? Rápida obsolescência da informação, principalmente em algumas áreas do conhecimento. Relata pesquisas recentes. Estudos apresentados são passíveis de discussão e apreciação junto a comunidade científica. Assuntos/tópicos de “ponta”.

Quais são os usuários, em potencial, da Literatura Cinzenta como fonte de informação? Pesquisadores Docentes Discentes Gestores de diferentes áreas Todos os atores envolvidos com inovação tecnológica.

CENÁRIO Na década de 1970, com a criação dos cursos de Pós-Graduação em Ciência da Informação e com a consolidação de três novos Programas ainda na década de 1990, o conhecimento produzido parecia estar se consolidando numa “área emergente”. (Población, 2005) Assim, na chamada Sociedade da Informação ou Sociedade do Conhecimento, os paradigmas para divulgação da produção científica da área vem sofrendo mudanças com as chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA FORMAIS INFORMAIS Revistas Científicas Periódicos Especializados Livros Bases de Dados Anais de Eventos Fóruns de Discussão Maior demora na publicação dos resultados Maior velocidade de difusão

Os Anais, segundo Mello (1996), são considerados publicações não convencionais, ou seja, constituem-se num tipo de literatura que não se encontra disponível através dos canais comerciais, conhecidas como literatura cinzenta.

Noronha et al (2000) afirma que, “os estudos quantitativos da produção científica têm permitido entender melhor a amplitude e a natureza das atividades de pesquisa desenvolvidas nas diferentes áreas do conhecimento, de diversos países, instituições e pesquisadores”.

Llagostera (1990, p. 120) ressalta a importância da análise da produção apresentada em eventos científicos, pois “fornece elementos relevantes para a avaliação da mesma, para detectar as instituições e pesquisadores de maior produtividade, a marcha histórica de desenvolvimento das várias áreas e a influência de saber oriundo de outros países”.

Por outro lado, algumas análises quanto ao fato de tais publicações apresentarem reduzido índice de citação, onde apenas 9,84% são oriundas de eventos da área, levam a inferir segundo (SCHMIDT e OHIRA, 2002) que “estudos dessa natureza permitem conhecer o comportamento da área em determinado período e espaço, revelando ainda as tendências do tema visando futuros estudos e pesquisas”.

Assim, algumas iniciativas de sistematização e disponibilização do acervo de Literatura Cinzenta passaram a ser uma realidade junto às instituições que buscam a informação como insumo para gerar conhecimento aliado à inovação tecnológica.

Destaca-se como autora no estudo da produção de Literatura Cinzenta no Brasil Dinah Aguiar Poblácion (CBD/ECA/USP). Pós-Doutorado. Universidad Autonoma de Madrid, U.A.M., Espanha. Doutorado e Mestrado em Ciência da Comunicação Especialização em Ciência da Informação Bibliotecária Exerce o Cargo de Professora na USP Coordena o Núcleo de Pesquisa de Produção Científica Vinculado ao Departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP

PROJETO Eventos da área da Ciência da Informação realizados no Brasil (1951-1992) BASES DE DADOS BLC-E: Base de Dados de Literatura Cinzenta - Eventos - Ciência da Informação. Criada em 1992 - Atualizada até 2000. BLC-T: Base de Dados de Literatura Cinzenta - Teses - Ciência da Informação. Criada em 1992 - Atualizada até 2002

PROJETO Produção científica: características da comunidade científica brasileira da área de Ciência da Informação segundo parâmetros cienciométricos. BASE DE DADOS PROBI: Base de Dados - Produção dos Docentes Doutores dos Cursos de Pós-Graduação em Ciência da Informação - Criada em 1999 PRODIR: Base de Dados - Diretório de Docentes Doutores dos Cursos de Pós-Graduação em Ciência da Informação - Criada em 1999

Segundo Marcondes e Sayão (2001) o projeto da Biblioteca Digital Brasileira, o IBICT “quer a possibilidade, fomentar e fornecer meios para a comunidade brasileira de C & T possa publicar seus trabalhos de forma rotineira, diretamente em rede, aumentando com isso a sua visibilidade nacional e internacional, otimizando o fluxo da comunicação científica e reduzindo o ciclo de geração de novos conhecimentos”.

Outra iniciativa a ser destacada

Considerações Finais Considerando que no período de 1990 a 1999 dos 1.108 documentos produzidos, 40,2% referem-se a literatura cinzenta, sendo que destes 29,8% dizem respeito a comunicações em eventos (Poblacion, 2002), percebe-se o número relevante de autores que se utilizam deste canal de comunicação científica para disseminar seus conhecimentos e suscitar a discussão e a reflexão junto a seus pares e a comunidade envolvida.