Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TRANSTORNOS BIPOLARES
Advertisements

Psicólogo clínico – CRP – 01/10.100

Depressão Esdras Cabus Moreira.
Depressão Daiane e Thaíse.
Prof. Dr. André Luiz Moraes Ramos
CUIDADO DE ENFERMAGEM COM ELETROCONVULSOTERAPIA
Um subgrupo da depressão
DEPRESSÃO Prof Bruno Silva Rio de Janeiro 2011.
TRANSTORNOS DE HUMOR. TRANSTORNOS DE HUMOR TRANSTORNOS DE HUMOR TEMPO LENTIFICAÇÃO ACELERAÇAO MANIA DEPRESSÃO.
ESQUIZOFRENIA.
Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro
RISCO DE SUICÍDIO, AVALIAÇÃO E MANEJO
A formulação de Caso cognitivo - comportamental
Por: Esaú Alencar Tavares Graduando em Ciência da Computação (UFPB)
ESQUIZOFRENIA Enf. Silvia Rodrigues.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Sintomas, alterações e particularidades
Transtorno Afetivo Bipolar
Transtorno do Humor UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CURSO DE ENFERMAGEM
Psicopatologia Forense Transtorno Psicóticos
“Antipsicóticos Atípicos no Transtorno Bipolar”
Licenciatura em Psicologia, 3º Ano, 2º Semestre
DEPRESSÃO Aspectos Clínicos IP JOQUEI 07/04/13.
Transtornos do Humor.
Transtorno Bipolar do Humor
Dr. SABRI LAKHDARI Especialista em Geriatria SBGG/AMB
10 de Outubro. Dia Mundial da Saúde Mental
Abuso de álcool e drogas no transtorno bipolar: aspectos clínicos e tratamento Fabiano G. Nery Programa de Transtorno Bipolar (PROMAN) - Depto de Psiquiatria.
UM MANUAL PARA CURA DA DEPRESSÃO
Psicoses e Transtornos da Personalidade
DEPRESSÃO O Mal do Século Lucio Reis Psicanalista.
Transtorno Bipolar.
Motivações relacionadas com a dependência
SEMINÁRIO INTEGRADO PSIQUITRIA
Transtornos de Adaptação
TABAGISMO E DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS
Concurso SES-DF: Psicólogo
Prof. Esther Gonzaga Spiler
Transtorno Bipolar Daniela Baiôa 11ºB nº6
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno bipolar do humor (TAB)
Prof. Octavio Domont de Serpa Jr. IPUB/UFRJ
Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia do Ceará
Transtornos Esquizoafetivos Transtornos delirantes persistentes Transtornos Psicóticos Agudos e Transitórios.
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
Transtornos de Humor Profa. ANA PATRÍCIA DE QUEIROZ MEDEIROS DANTAS.
AIDS: aspectos psicossociais e psicossomáticos
Foco da pesquisa Trata-se de um caso de Transtorno de Personalidade Borderline, encaminhado para a área de Psicoterapia Breve (PB) do Centro de Psicologia.
Transtorno Bipolar – Aspectos do Diagnóstico e Tratamento
ESQUIZOFRENIA.
SEGUNDO SUAS PRÓPRIAS QUEIXAS
ESTABILIZADORES DO HUMOR
SAÚDE METAL E TRABALHO.
Estabilizadores do humor
Depressão.
Comorbidades Psiquiátricas na Dependência Química
TRANSTORNOS AFETIVOS Tarsila Cunha.
SÍNDROMES DEPRESSIVAS
SÍNDROMES MANÍACAS Euforia ou alegria Sintomas de base patológica
Da Idade Média aos nossos dias
Por Felipe de Souza – Curso DSM-5 Por Felipe de Souza –
Transtorno Afetivo Bipolar Ellen Caroline Andrade Katine Pitana Acadêmicas de enfermagem Canoas/2009.
TRANSTORNOS AFETIVOS Alterações na regulação do humor, comportamento e afeto que vão além das flutuações normais que muitas pessoas apresentam.
Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem II
Esquizofrenia.
Depressão.
Transcrição da apresentação:

Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) Definição e o Espectro Bipolar Wagner de Sousa Gurgel

Key points in bipolar disorder Costly, common (1%+), treatable Defined by recurrent episodes of mania (or hypomania) and depression Often misdiagnosed New treatments FDA-approved, more on the way… … but older treatments can save lives, too.

Case: B.P. 20 y.o. male college sophomore; What’s at stake? Depressive episode, age 16 Won’t get out of bed, won’t go to school Resolves after several months without treatment Manic episode, age 20 No sleep for 1 week – busy with ‘projects’ Agitated, excited, talking rapidly about his ‘cure for cancer’ Convinced his roommates are scheming against him What’s at stake?

The costs of bipolar disorder LIFE 8 years of effective function Risk of suicide death 29x general population >>$60 Billion

Expectable Course, Untreated If onset at age 16, given median rate of recurrence by age 30, EXPECT  10 episodes Age 1 16 2 20 3 22 4 24 5 25 6 26 7 27 8 28 9 29 30 10 Episode Number (Peak onset age 15-19)

A common disease Prevalence estimated between 1-3% Males=females (depends on diagnostic criteria) Males=females Found across cultures and ethnicities Strongly heritable

The High Rate of Misdiagnosis 2000 National DMDA Bipolar Survey of 600 bipolar patients: 69% Initially Misdiagnosed Most frequent misdiagnosis: Unipolar depression 60% As you can see from the 2000 National Depressive and Manic Depressive Association’s Bipolar Survey, correct diagnosis has been a tough challenge, historically. Just three years ago, 69 percent of patients in the survey had been misdiagnosed as having unipolar depression, when in fact they were suffering with bipolar disorder. And 35 percent of them waited at least 10 years for the correct diagnosis to be made. 35% were symptomatic for more than 10 years before correct diagnosis 10+ years National Depressive and Manic-Depressive Association (NDMDA), Constituent Survey. 2001; Chicago, IL. Hirschfeld RMA, et al. J Clin Psychiatry. 2003;64:161-174.

Diagnosis There are no clinically useful lab tests which make a diagnosis of bipolar disorder blood tests: normal CT/MRI: normal* EEG: normal Thus, diagnosis rests on clinical evaluation – ideally by a psychiatrist or psychologist!

AGE OF SYMPTOM ONSET NDMDA Survey N=500 LISH et al, J. Aff. Dis 1994 30% 28% 20% 16% 15% 14% 10% 12% 9% 5% < 5 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30+ Years of age

NDMDA Survey: Initial Symptoms of Bipolar Disorder (N = 500) Depressed mood/hopelessness 33 Mania/hyperactivity 32 Lack of sleep 24 Mood swings 13 Anger/irritability 9 Delusions/paranoia 9 More bipolar patients present with depression than is sometimes assumed. Lish et al surveyed members of the National Depressive and Manic-Depressive Association (NDMDA) who have bipolar disorder. The members were asked to respond to the question, “What do you now believe were the first symptoms/signs of your illness?” The NDMDA survey found that the first episode patients experience is usually depressed mood and/or hopelessness. However, mania and/or hyperactivity was reported virtually as often. NDMDA = National Depressive and Manic-Depressive Association. Lish et al. J Affect Disord. 1994;31:281-94. Lish JD, Dime-Meenan S, Whybrow PC, Price RA, Hirschfeld RMA. The National Depressive and Manic-Depressive Association (NDMDA) survey of bipolar members. J Affect Disord. 1994;31:281-94.

Definição do TAB Elevada prevalência. Inicio precoce. TAB - um problema de saúde publica. Elevada prevalência. Inicio precoce. Números freqüentes de episódios. Pacientes permanecem em depressão por longos períodos.

Definição do TAB TAB - um problema de saúde publica. Causa grande impacto social. Custos elevados para os governos. Para os pacientes e seus familiares. Perda da produtividade e de Perda de emprego. Prejuízo do desenvolvimento social. Causa desenlace familiar, separações.

Definição do TAB TAB - um problema de saúde publica. Muitos pacientes mesmo bem tratados permanecem com sintomas depressivos residuais. Outra questão importante é que a depressão costuma ser o sintoma predominante no TAB tipo I e II. Estudos mostram que os pacientes passam 3 vezes mais tempo deprimidos do que maníacos ou hipomaníacos.

On average, bipolar patients spent about 1/3 of their time with symptoms of depression Mood states NIMH Collab Depression Study - Judd et al, Archives 6/2002

Considerações gerais O estado de ânimo (timía) numa pessoa normal sofre oscilações ao longo do tempo. Eutimia – normalidade. Depressão – anormalmente baixo. Hipomania ou mania – anormalmente alto. Ciclotimia – alterna em ciclos.

Considerações gerais Humor Normal - deve flutuar entre os diversos estados: de alegria, tristeza, ansiedade e raiva. Transtorno do humor transtorno do humor começa quando algo em seu ajuste sai do prumo, como um instrumento que desafina, produzindo respostas emocionais de maneira absurda, sem propósitos, em intensidade e/ou duração, ou até mesmo mudanças no humor sem estímulo necessário para sua ocorrência.

TRANSTORNOS DO HUMOR T. Depressivo (“Unipolar”) Outros T. depressivos Leve Moderado Grave Grave com sintomas psicóticos Outros T. depressivos Distimia Ciclotimia T. Afetivo Bipolar

Bipolar I or II Disorder ? What is the difference? 1+ manic or mixed episodes May have other mood episodes Bipolar II 1 + major depressive episodes AND 1 + hypomanic episodes Never manic or mixed episode

Prevalence Rates and Course Bipolar I Lifetime: .4-1.6% = in men and women Men>manic episodes Women>dep episodes Women>rapid cycling Ave. age onset = 20 Recurrent 60-70% of manic episodes occur before or after a depressive episode

Prevalence Rates and Course Bipolar II Lifetime: .5% May be more common in women than men Men>hypomanic than depressive episodes Women>depressive than hypomanic episodes Women>rapid cycling 60-70%of hypomanic episodes occur before or after a depressive episode Interval between episodes decrease with age Less data overall

Classificação Classificação dos transtornos do Humor (afetivos) CID-10 Episodio maníaco. Hipomania. Transtorno afetivo bipolar. Episodio depressivo. Transtorno depressivo recorrente. Transtornos persistentes do humor (ciclotimia, distimia ). Outros transtornos afetivos. Trastornos afetivos não especificados.

Dsm - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders

Conceitos Básicos - DEPRESSÃO Pólo Negativo (Tudo “-”): Humor Depressivo Desânimo Diminuição do Prazer (Anedonia) Sem Energia Sem Apetite Sono

Critérios para Episódio Depressivo Maior – DSM IV A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer. Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes com o humor. (1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito). Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável (2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros) (3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados

Critérios para Episódio Depressivo Maior – DSM IV (4) insônia ou hipersonia quase todos os dias (5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento) (6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente) (8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros) (9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio

Critérios para Episódio Depressivo Maior – DSM IV B. Os sintomas não satisfazem os critérios para um Episódio Misto C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipotiroidismo). E. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor.

Depressão Unipolar versus Bipolar É muito comum classificar-se uma pessoa que apresenta sintomas depressivos como pertencente ao espectro unipolar e tratá-las com antidepressivos, sem investigar uma possível bipolaridade. As depressões bipolares são diagnosticas só depois de vários anos de busca dos pacientes por tratamento adequado.

Diagnóstico de depressão bipolar A depressão bipolar é um transtorno de elevada prevalência, morbidade e elevado risco de suicídio, em torno de 20%. O diagnóstico de depressão bipolar é um desafio até mesmo para o psiquiatra experiente. Hoje em dia se considera que de 30% a 70% dos transtornos depressivos maiores apresentam características de bipolaridade tipo II, em sua variação do espectro bipolar.

Diagnóstico diferencial entre depressão Bipolar e Unipolar. Depressão Unipolar Surge mais tarde, após os 25 anos. Costuma piorar gradativamente e não há história passada de mania e/ou hipomania. Depressão Bipolar O inicio é precoce, antes dos 18 anos. Os episódios são abruptos e se instalam numa questão de horas ou dias e costumam ser periódicos ou sazonais. Há antecedentes familiares para bipolaridade. Há presença na historia passada dos pacientes de episódios de mania e/ou hipomania ou de aumento de energia, atividade, necessidade de menor quantidade de sono e também historia de insucesso terapêutico com antidepressivos, sem associação com estabilizadores do humor, ou seja, de resistência a tratamento com antidepressivos.

Diagnóstico diferencial entre depressão Bipolar e Unipolar. Encontramos nestes pacientes frequentemente sintomas de irritação, inquietação, insônia ou que já foram diagnosticados como tendo pânico, ansiedade generalizada, etc. O que mais auxilia no diagnostico diferencial entre depressão bipolar e unipolar é a historia clinica.

Major Issues that Impede Diagnosis and Recognition of B.D. Clinicians are not always looking for manic/hypomanic episodes and have a strong reliance on self-reports NOT forming a strong alliance throughout assessment period Poor assessment by the clinician of family and personal history Denial/Stigma may cause clinicians to under diagnose and clients may not accept the diagnosis

Conceitos Básicos - MANIA ou hIPOMANIA Pólo Positivo (Tudo “+”): Humor Eufórico ou Irritado Aumento de Energia Menor necessidade de Sono Pensamento Acelerado Aumento da Libido Mais Comunicativo Mais Gastos Mais Impulsivo

Manic Episode A distinct period of abnormally and persistently elevated, expansive, or irritable mood, lasting at least one week.

Critérios para Episódio Maníaco – DSM IV Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando pelo menos 1 semana (ou qualquer duração, se a hospitalização é necessária). Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro, se o humor é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau significativo: (1) auto-estima inflada ou grandiosidade (2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono) (3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar (4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo (5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes)

Critérios para Episódio Maníaco – DSM IV (6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora (7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para conseqüências dolorosas (por ex., envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos) C. Os sintomas não satisfazem os critérios para Episódio Misto D. A perturbação do humor é suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos. E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo). Nota: Episódios tipo maníacos nitidamente causados por um tratamento antidepressivo somático (por ex., medicamentos, terapia eletroconvulsiva, fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de Transtorno Bipolar I.

Dsm - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders

Espectro bipolar No espectro bipolar pode-se incluir diversos tipos de pessoas. (pessoas de temperamento forte, exagerado ou impulsivo que preferem novidades e aventuras, à rotina, até os portadores de transtorno do humor bipolar do tipo I). Algumas pessoas do espectro bipolar manifestam as alterações do humor mais como irritabilidade, apatia e/ou ansiedade do que como euforia ou tristeza.

Espectro bipolar segundo Olavo Pinto e Akiskal

Espectro bipolar segundo Olavo Pinto e Akiskal Bipolar tipo I Representa toda amplitude da variação do humor. É o pico mais alto e pode durar várias semanas, alternando com depressões graves. Não é raro apresentar sintomas psicóticos, como delírios, ou mesmo alucinações. Caso não seja tratado, em geral, prejudica enormemente o curso da vida do individuo.

Espectro bipolar segundo Olavo Pinto e Akiskal Bipolar tipo II A fase maníaca é mais suave e curta, por isso é chamada de hipomania. Os sintomas são semelhantes, mas não prejudicam a pessoa de modo tão significativo. As depressões, por outro lado, podem ser profundas. Pode iniciar-se na adolescência, com oscilações do humor.

Espectro bipolar segundo Olavo Pinto e Akiskal Bipolar tipo III e III 1/2 Fase maníaca ou hipomaníaca é induzida por psicofármacos, geralmente antidepressivos. Fase maníaca ou hipomaníaca é induzida por abuso de álcool e substâncias. Devem ser tratados como bipolares, mesmo que saiam do quadro maníaco ou hipomaníaco com a retirada do antidepressivo, álcool e outras substâncias.

Espectro bipolar segundo Olavo Pinto e Akiskal Bipolar tipo IV Pacientes que nunca tiveram mania ou hipomania, mas têm uma história do humor um pouco mais vibrante. Possuem temperamento hipertímico. A fase depressiva pode ocorrer por volta dos 50 anos e pode apresentar-se com características mistas.

Espectro Unipolar Distimia: Depressão maior Transtornos depressivos recorrentes

Tratamento Visão geral O tratamento deve ser individualizado. Deve se levar em conta no diagnóstico e no esquema terapêutico a ser usado, não só as necessidades de determinados subgrupos, mas também os fatores externos relacionados aos episódios agudos. Fatores psicológicos: como negação da doença, falta de insight e ambivalência com relação à mesma (que dificultam à adesão ao tratamento) devem ser pesquisados.

Tratamento Visão geral

OBRIGADO!

Referencias Daniel Chaves Vieira Psiquiatra Pedro Carlos Primo Psiquiatra/psicanalista, mestre em saúde mental pela universidade de León – Espanha. Pós-graduado em tecnologia da informação pela Unesp. Site: www.institutotelepsi.med.br Roy Perlis, MD Bipolar Research Program Massachusetts General Hospital/Harvard Medical School Kim Carter, MD Appalachian State University

Tratamento Farmacológico do THB Estabilizadores do humor As fases do tratamento. Fase aguda (maníaca, hipomaníaca, depressiva ou mista) e a de manutenção. O tratamento é basicamente farmacológico e deve acompanhar-se de uma informação exaustiva sobre a doença. Sais de Lítio O lítio é reconhecido como o tratamento de eleição para a maioria dos casos de mania aguda e para a profilaxia das recorrências das fases maníaco-depressivas.

Tratamento Farmacológico do THB Fármacos Anticonvulsivantes Apesar da eficácia comprovada dos sais de lítio, uma percentagem não desprezível de pacientes não respondem ao mesmo ou apresentam problemas de intolerância. Valproato O valproato ou o divalproato (uma composição contendo as mesmas proporções de ácido valpróico e valproato de sódio) vem sendo usada, nos últimos anos, para o tratamento do transtorno bipolar.

Tratamento Farmacológico do THB Carbamazepina (CBZ) Começou a ser utilizada no tratamento da mania nos E.U.A, em meados dos anos setenta. Em geral, o uso de carbamazepina no tratamento de mania se reserva para os casos com falta de resposta ao lítio ou ao ácido valpróico, já que o seu nível de eficácia não é claramente superior ao do lítio, sendo portanto os seus resultados terapêuticos controvertidos.

Tratamento Farmacológico do THB Em geral, as características para uma boa resposta a carbamazepina são as seguintes: Pacientes não respondedores a litioterapia. Cicladores rápidos. Pacientes com mania mista. Pacientes esquizoafetivos. Pacientes com dano cerebral. Pacientes com início precoce sem antecedentes familiares.

Tratamento Farmacológico do THB Antidepressivos Em geral, devem se usados com cautela. O seu uso é controvertido, principalmente com relação aos triciclicos. Há quem não use. Outros usam, porém associados com estabilizador do humor. Promovem virada maníaca/hipomaníaca.

Tratamento Novos Anticonvulsivantes Por não se ter muitos estudos controlados com esses medicamentos, os mesmos devem ser empregados com cautela e para casos resistentes aos tratamentos já estabelecidos. Oxcarbazepina A oxcarbazepina é o 10-ceto, análogo da carbamazepina, que em contraste com esta não leva ao aumento do metabolismo oxidativo hepático . Aparentemente, a oxcarbazepina causa menos “rash” cutâneo do que a CBZ.

Tratamento Novos Anticonvulsivantes Lamotrigina A lamotrigina é um antiepiléptico da classe da feniltriazina, que se mostra eficaz no tratamento do transtorno bipolar. Utiliza-se principalmente na depressão bipolar e com sucesso em cicladores rápidos e nos estados mistos, como tratamento coadjuvante e também como monoterapia. Gabapentina A gabapentina não sofre metabolização no organismo humano, sendo eliminada pelos rins praticamente inalterada.

Tratamento Novos anticonvulsivantes Topiramato O topiramato tem sido usado mais recentemente no tratamento do transtorno bipolar. Seus efeitos colaterais incluem: náuseas, parestesias, sonolência, tonturas, cansaço, perda de peso e redução do apetite ( o que leva a ter indicação nos pacientes obesos e nas pessoas com tendência a engordar), Em monoterapia se mostrou útil em alguns casos, em associação com outras drogas tem se mostrado também útil na depressão bipolar, na mania, hipomania e em estados mistos.

Tratamento Neurolépticos Neurolépticos típicos Há bastante tempo, os neurolépticos clássicos foram utilizados no tratamento da mania aguda, pela rapidez da ação e pelo controle da agitação psicomotora. Seu uso no tratamento de manutenção é evitado pelos efeitos colaterais ( parkinsonismo, acatisia e risco de desenvolver a discinesia tardia), podendo ainda desencadear ou agravar quadros depressivos.

Neurolépticos atípicos Hoje em dia são uma boa escolha para o tratamento dos transtornos bipolares do humor. A olanzapina associada à fluoxetina, em pacientes com depressão bipolar. Na fase aguda da mania já foram testadas com êxito: quetiapina, risperidona, ziprazidona, aripiprazol, clozapina. Olanzapina e quetiapina também na fase de manutenção, como estabilizadores do humor (aprovadas pelo FDA).

Hormônios Tireoidianos São usados no tratamento do transtorno bipolar do humor. Na depressão bipolar resistente. Na depressão unipolar resistente. Nos cicladores rápidos.

Tratamento com Eletroconvulsoterapia Conserva lugar de proeminência no tratamento dos casos resistentes, mostrando ação antidepressiva, antimaníaca e estabilizadora do humor. Em casos refratários chega a ser utilizada, dentro de certos limites, até como tratamento de manutenção. Recomenda-se que a eletroconvulsoterapia seja feita com corrente de pulsos breves (“onda quadrada”) e só aplicados por doutores com especialização.

Tratamento Psicológico Psicoterapia Terapias individuais inspiradas na psicanálise. Terapias de família. Técnicas cognitivo-comportamentais. Promove melhora dos aspectos subjetivos, como auto-estima, auto-conhecimento, relações interpessoais, etc.

Tratamento Psicológico Psicoeducação O modelo psicoeducativo está inspirado no modelo médico e visa a conscientização do transtorno e adesão ao tratamento. Facilita a identificação precoce de sintomas de recaída. Auxilia a lidar com as conseqüências psicossociais dos episódios presentes e a prevenir os do futuro, dotando, os pacientes e seus familiares de habilidades no manejo da doença, com o objetivo de melhorar seu curso. As terapias de família Algumas técnicas cognitivo-comportamentais Melhora de aspectos mais subjetivos, como autoestima, autoconhecimento, relações interpessoais, capacidade de afrontamento, etc.

Tabela de diferenças