ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE ENFERMAGEM

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Transcrição da apresentação:

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE ENFERMAGEM Prof. Letícia Lazarini de Abreu

MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE DATA ÊNFASE CENÁRIOS(POLÍTICO,ECONÔMI-CO,SOCIAL, TECNOLÓGICO) INFLUÊNCIA 1900 TAREFA (TAYLOR) MÉTODO + PADRONIZAÇÃO + TREINAMENTO (TEORIA CIENTÍFICA) PROCESSOS TEMPO/ MOVIMENTO 1925 ESTRUTU- RA(FAYOL) PLANEJAR - ORGANIZAR - COOR-DENAR – CONTROLAR - DIRIGIR RESULTA-DOS 1930 PESSOAS (MAYO) MOTIVAÇÃO (MASLOW) - COMU-CAÇÃO –ORGANIZAÇÃO INFORMAL LIDERANÇA/ EQUIPE 1940 ESTRUTU-RA-WEBER SOCIEDADE MERITOCRÁTICA- RACIONALIDADE MÁXIMA EFICIÊNCIA

MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE 1960 1980 AMBIENTE EXTERNO PLANEJAMENTO INTERNO ESTRATÉGICO CLIENTES SOCIEDADE 1990 TECNOLO-GIA INOVAÇÃO (CRIATIVIDADE) COMPETÊNCIAS / CONHECIMENTO INFORMA-ÇÃO

Divisão e Organização do Trabalho de Enfermagem Processo de divisão do trabalho: divisão técnica e social do trabalho; divisão entre trabalho manual e intelectual; divisão do trabalho em saúde (medicina como saber e prática originária da qual outras práticas saúde se desdobram ou agregam); divisão do trabalho de enfermagem.

O 1º modelo de organização do trabalho de enfermagem – Florence Nightingale organizar o ambiente (purificação do ar, limpeza, higiene, etc.); organizar o cuidado ao doente (técnicas de enfermagem); organizar os agentes de enfermagem (treinamento); Supervisão do ambiente; Disciplina do paciente e do pessoal de enfermagem.

Os modelos de Organização do Trabalho de Enfermagem modelo funcional modelo de trabalho em equipe modelo do cuidado integral Primary Nursing (cuidado integral seqüencial)

Modelo funcional Dirigido principalmente para as tarefas: enfermeiro, auxiliar, técnico; Centrado nas técnicas (1º saber de enfermagem) Trabalho gerencial baseado na Administração Científica e Clássica(Taylor, Fayol, Ford ): voltado para a tarefa e a estrutura voltado para o controle sobre os processos de trabalho permite maior produtividade (escassez de pessoal) divisão rigorosa do trabalho entre executores e gerentes incentivo monetário - pagar mais àquele que produzir +

Modelo do Trabalho em Equipe Final da década de 50, nos EUA, Leonor Lambertsen (Teacher’s College, Universidade de Columbia) preconiza a organização do serviço de enfermagem com base no trabalho em equipe para: aproveitamento do pessoal de enfermagem com máxima economia e eficácia; Dirigir-se ao paciente / usuário (crítica ao modelo funcional); A equipe de enfermagem assume todos os cuidados do paciente/usuário em um certo turno de trabalho;

Modelo do Trabalho em Equipe Trabalho gerencial baseado na Escola das Relações Humanas (Elton Mayo, década de 30): importância do fator humano; o homem não pode realizar tarefas cujos fins desconhece; possui necessidades de segurança, afeto, prestígio e auto-realização; este modelo consolida-se como discurso, mantém o modelo funcional e a primazia da liderança (a enfermeira líder da equipe). Grupo de atividades: mais complexas - enfermeira menos complexas - aux. enfermagem

Modelo do Cuidado Integral de Enfermagem Surge como crítica ao modelo funcional; Voltado para o paciente / usuário; Articula técnicas de comunicação/interação; Cuidado individualizado e humanizado; Garante a continuidade dos cuidados pelo mesmo profissional e equipe de enfermagem; Estabelece vínculo e responsabilização; Cada profissional de enfermagem assume todos os cuidados do paciente/usuário em um certo turno de trabalho.

Modelo do Cuidado Integral de Enfermagem ) Trabalho gerencial baseado na Administração Flexível que caracteriza-se pela : busca de produção a baixo custo, com qualidade assegurada e flexibilidade de oferta; Enxugamento das estruturas e redução do efetivo de empregados permanentes; Divisão do trabalho menos acentuada; Polivalência e adaptabilidade do trabalhador.

Modelo do Cuidado Integral de Enfermagem Mobilização total do indivíduo a serviço da organização (ritmo de trabalho mais intenso); ênfase no trabalho em equipe (equipe competitiva mais que equipe cooperativa). Cuidado Integral Flexibilização do Trabalho

Modelo do Cuidado Integral de Enfermagem Diferenças: Atenção integral à saúde (SUS/integralidade); Cuidado integral de enfermagem(cada componente da equipe de enfermagem assume todos os cuidados de um grupo de pacientes / usuários, em cada turno de trabalho); Primary Nursing (cada enfermeiro assume a responsabilidade pelo cuidado de um grupo de pacientes/usuários nas 24 horas)

Modelo Primary Nursing- Cuidado Integral Seqüencial Introduzido nos EUA, na década de 70, por Marie Manthey, reflete os princípios da Administração Flexível; Primazia da excelência ou qualidade total e trabalho em equipe; Ênfase no relacionamento enf./paciente, que pode gerar confiança e produzir consistência e segurança no cuidado; Favorece a autonomia do enfermeiro; Coordenação e continuidade do cuidado (da admissão até a alta); planejar junto com a equipe, família e paciente o padrão de cuidados, as prioridades com base na SAE.

PRIMARY NURSING ENFERMEIRA PRINCIPAL - É A ENFERMEIRA COM RESPONSABILIDADE E AUTONOMIA PARA DAR CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM QUALIDADE A UM GRUPO DE PACIENTES. ENFERMEIRA ASSOCIADA- É A ENFERMEIRA QUE DÁ CONTINUIDADE AO ATENDIMENTO NA AUSÊNCIA DA ENFERMEIRA PRINCIPAL.

CONCEITOS QUE ESTRUTURAM O MODELO Responsabilidade Autoridade Autonomia Dever Na tomada de decisão

ELEMENTOS BÁSICOS DO MODELO Responsabilidade na tomada de decisão sobre as intervenções de enfermagem; Avaliação e acompanhamento integral e continuado; Facilita a comunicação direta entre os cuidadores; Descentralização da gerência da enfermeira principal.

IMPLICAÇÕES PARA O ENFERMEIRO Maior conhecimento do paciente e sua família; Aprofundamento do conhecimento científico sobre os diagnósticos de enfermagem e médicos; Estreita o vínculo enfermeiro- paciente- família; Torna visível a atuação do enfermeiro junto à equipe de saúde; Elo de integração no processo de comunicação; Enriquecimento de suas atividades.

IMPLICAÇÕES PARA O PACIENTE E FAMÍLIA Identifica o enfermeiro responsável pela coordenação de seus cuidados de enfermagem; Facilita a resolução de problemas e a continuidade dos cuidados; Promove cuidado seguro e de alta qualidade; Promove o cuidado humanizado; Reconhece o enfermeiro principal como referência para canalizar a resolução de suas necessidades; Maior envolvimento do paciente e familiar na tomada de decisão em todos os aspectos que dizem respeito ao seu cuidado.

IMPLICAÇÕES PARA EQUIPE DE SAÚDE Facilita a comunicação e a resolução dos problemas do paciente; Integração com a equipe multidisciplinar;

OPERACIONALIZAÇÃO DO MODELO Sensibilização da equipe de enfermagem; Divulgação na equipe de saúde; Definição dos papéis e das responsabilidades dos diferentes profissionais da equipe de enfermagem; Definir os critérios por divisão dos pacientes por enfermeira principal e associada de acordo com as características da unidade; A definição deve ser de forma participativa por todos os membros da equipe.

FIM