Rinite Alérgica Luiz Arnaldo Ferrari.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prevalência de Asma diagnosticada por médico em Escolares brasileiros (6-7 e anos) - Estudo ISAAC BRASIL, 1996 % Itabira.
Advertisements

Diagnosis and treatment of asthma in childhood:
Doenças do inverno Mírian Silva do Carmo.
Distúrbios do trato respiratório
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Rinossinusite e Rinite Alérgica
MEDICAMENTOS MAIS USADOS EM PEDIATRIA
SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof.: Gilmar.
RINITES Prof. Dr. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
RINITE ALÉRGICA-2009 Ataualpa P. Reis
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIRETORIA GERAL DE SAÚDE.
ASMA Por Dra. Tania Salustino Alergologista e Pediatra
Asma em paciente de 73-anos
ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE
HERPES.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA HOSPITAL REGIONAL DA CEILÂNDIA
HALOTERAPIA NO ESPORTE
Cap Andréa Gomes Hospital Geral de Brasília Serviço de Oftalmologia
Doenças Respiratórias na Infância
ALERGIAS ALIMENTARES - MANIFESTAÇÕES
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO(LES)
Sistema Respiratório.
Alunas: Luciane Garcia Marcia Pickarski
MENINGITES NA INFÂNCIA
Resfriado comum e gripe
Curso sobre uso racional de medicamentos
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Doenças de hipersensibilidade: distúrbios causados pela
Tratamento das Doenças Alérgicas Medidas Preventivas
FCM da Santa Casa de São Paulo
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (AOS) QUESTIONÁRIO DE BERLIM
Doenças do Sistema Respiratório
Doenças de pele.
Sinusite (Rinossinusite): o que o pneumologista precisa saber?
Dr. Fabrício Prado Monteiro Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA
OMALIZUMABE experiência com a anti-IgE na asma de difícil controle
ASMA E TABAGISMO João Paulo Becker Lotufo
URTICÁRIA AGUDA E ANAFILAXIA NA EMERGÊNCIA: COMO ABORDAR?
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
Broncoespasmo/Asma Induzidos por Exercício
Cefaléias Dra Norma Fleming.
Profª Mariane C. A. Franco Pediatra – Neonatologista
Diagnóstico Laboratorial em Doenças Alérgicas
Sandro Schreiber de Oliveira
Síndrome do bebê chiador
Discentes Gleyce Kelly Ribeiro R.A
Dermatites mais comuns tipos e tratamento
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Gripe influenza tipo A (H1N1)
Fernanda Ferreira Caldas
Rinossinusite alérgica
Morena Morais Rezende Hungria!!
URTICÁRIA E ANGIOEDEMA
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS Pediátrica
Asma Induzida por Exercício
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALÉIAS
Tratamento da asma para controlar os sintomas e minimizar os riscos
UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ UNIDADE – SINOP AEROPORTO
Hipersensibilidade Tipo I
IVAS Bárbara Castro Neves Internato de Pediatria
CASOS CLÍNICOS FOSSAS NASAIS E CAVIDADADES PARANASAIS
Rinossinusites Crônicas
ALERGIA E IMUNOLOGIA CLÍNICA HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
RINOSSINUSITE AGUDA Camila Brandão Camila Sampaio Crislaine Siston.
CASO CLINICO OTOLOGIA CASO 1 Nome: E.S.MIdade: 35 anosOcupação: Secretária Procedência: Marica - RJ.
PATOLOGIA NASOSINUSAL
Asma por cobalto em metalúrgicos fábrica de válvulas de motor de automóvel.
Transcrição da apresentação:

Rinite Alérgica Luiz Arnaldo Ferrari

Definição Caracterizada clinicamente por prurido nasal intenso, obstrução nasal, coriza hialina, consequentes da inflamação da mucosa nasal. A inflamação é decorrência de uma reação tipo1, ou seja, produção de anticorpos IgE e inflamação local consequente a alergênos. Sua incidência é de cerca de 20% da população de escolares. Tem caráter genético modificado pelo ambiente, maior entre filhos de pais alérgicos, sem preferência por sexo ou raça e com início em qualquer idade

Desencadeantes/Agravantes - Ácaros domésticos - Fungos - Pelos - Epitélios, salivas e urinas de animais domésticos - Restos de insetos e baratas - Odores fortes - Fumaça de tabaco

História Clínica e Exame Físico Devemos investigar sobre: - Meio ambiente - Fatores ocupacionais - História familiar - Doença atópica - Frequência dos episódios ( episódicos ou perenes ) - Duração - Gravidade

Clínica - Espirros em salva - Coriza aquosa - Prurido e obstrução nasal - Sintomas oculares (prurido, lacrimejamento, hiperemia conjuntival, fotofobia) - Prurido de orofaringe, pálato e conduto auditivo - Cefaléia, dor na garganta, secreção na retrofaringe, tosse constante, perda do paladar, hiposmia, fadiga, sensação de cabeça pesada e ouvido entupido, falta de concentração, podem fazer parte do quadro.

Exame Físico - Saudação do alérgico - Sulco nasal transverso - Olheira - Mucosa nasal pálida e edemaciada - Respiração bucal - Pálato em olgiva - Flacidez da musculatura facial - Presença das linhas de Denni-Morgan -Hiperemia conjuntival e lacrimejamento

Avaliaçãao Laboratorial - Teste cutâneos - IgE sérica total ou específica - Citograma nasal - Testes de provocação nasal - Rx dos seios paranasais e do cavo - Audiometria e impedanciometria - Estudo ortodôntico

Tratamento Controle do ambiente -Prevenção primária: quando se adota medidas que impedirão, em crianças de risco, sua sensibilização atópica - Prevenção secundária: embora já sensibilizado, tenta-se evitar que se manifeste a doença atópica - Prevenção terciária: a doença está instalada e tenta-se controlá-la evitando exarcebações e sintomas crônicos

Tratamento Providências a serem tomadas: 1-Forrar colchões e travesseiros com capas impermeáveis aos ácaros e de fácil higienização 2-Uso de pano úmido na limpeza do ambiente 3-Aspirar ambiente do quarto 4-Desumificadores e vaporizadores 5-Evitar tapetes, carpetes e cortinas 6-Evitar objetos que acumulem poeiras 7-Agentes químicos (benzoato de benzila, ácido tânico) para matar ácaros

Tratamento 8-Evitar mofo e umidades no ambiente (ácido fênico) 9-Evitar animais de pelo 10-Evitar uso de talco, perfumes, desinfetantes e produtos de limpeza com odor forte. Não usar inseticidas do tipo spray ou tipo espiral 11-Evitar a procriação de baratas 12-Proibir tabagismo no interior do domicílio

Tratamento Farmacológico Espirros Rinorréia Obstrução nasal Prurido nasal Anti-histamínicos Oral ++ + +++ Nasal Corticóides Intranasais Cromonas nasais Descogestionante ++++ Antileucotrienos

Tratamento Farmacológico Anti-histamínicos: Clássicos ou de1ªgeração - apresentam a sedação como principal efeito colateral. Clemastina ( agasten ) Dexclorfeniramina (polaramine ) Hidroxizina ( hixizine ) Prometazina ( fenergan )

Tratamento Farmacológico Não clássicos ou de 2ªgeração – com menor incidência de sedação: Citerizina ( zetalerg, zyrtec ) 2 anos Ebastina ( ebastel ) 2 anos Epinastina ( talerg ) 6 anos Fexofenadina ( allegra ) 2 anos Loratadina ( Claritin, loralerg, loremix) 2 anos Desloratadina ( desalex ) 6 meses

Tratamento Farmacológico Corticosteróides Intranasais : efeito local intenso a partir da 2ª semana de uso Beclometasona ( clenil nasal aquoso ) 6 anos Budesonida ( budecort aquoso ) 6 anos Mometasona, Furoato ( nasonex ) 2 anos Fluticasona, Propionato ( flixonase, plurair ) 4 anos Triancinolona, Acetonido ( nasacort ) 4 anos Fluticasona, Furoato ( avamys ) 2 anos

Tratamento Farmacológico Corticosteróides orais: usados em ciclos curtos em casos graves Prednisona (meticorten )- 0,14 a 2mg/dia 1x dia máximo de 40mg dia Prednisolona ( predsin, prelone ) 1 a 2mg/kg/dia Deflasacort ( calcort ) – 1,5 mg /dia

Tratamento Famacológico Cromonas Nasais- efeito antinflamatório leve, sendo mais efetivo quando administrado antes da exposição ao alérgeno Rilan 2% 2gts ou 1 a 2 aspersões/narinas Intal nasal 4% cada 4 ou 6 hs Anticolinérgicos: Brometo de ipatrópio (2 jatos) por narina, 3x ao dia, indicado em rinites com componente vasomotor.

Tratamento Farmacológico Descongestionantes nasais : Tópico- usar por período menor de 5 dias, devido ao efeito rebote, podendo causar rinite medicamentosa ou atrófica Em lactentes e crianças pequenas podem causar depressão do S.N.C., coma, hipotermia. Nafasolina Oximetazolina

Tratamento Farmacólógico Descongestionantes orais disponíveis associados aos anti- histamínicos. Azatadina+pseudoefedrina - Cedrin Loratadina+pseudoefedrina – Claritin D Loralerg D Loremix D Fexofenadina + pseudoefedrina – Allegra D

Tratamento Farmacológico Antileucotrienos – têm sido usados em pacientes com rinite alérgica associada a asma. Montelucaste sódico ( singulair ) 6 meses a 2 anos - 4mg/dia 1 sachê 1x ao deitar 2 a 6 anos – 4 mg/dia 1 sachê ou comp mastigável ao deitar 6 a 12 anos – 1 comprimido mastigável 5 mg ao deitar acima de 12 anos 1 comp mastigável 10 mg ao deitar

Complicações Sinusite Otite média recorrente Asma