Thiago Augusto Maziero

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Transcrição da apresentação:

Thiago Augusto Maziero Relação entre o aumento dos investimentos em saneamento com a melhoria da saúde pública na Microrregião dos Lagos, RJ (1998 a 2016) Autores Amanda Maia Pereira Giliane Feital Klaus Thiago Augusto Maziero

Introdução Municípios: Cabo Frio, Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Arraial do Cabo Concessão Plena de Água e Esgoto; Assinatura do Contrato: março de 1998; Aquisição pela AEGEA: 2007; Período da Concessão: 43 anos (25 anos + 18 anos de extensão obtida em 2010) População atendida: aprox. 400 mil a 1,5 milhão

Introdução EM 20 ANOS DE SERVIÇOS Foram investidos R$ 1,15 bilhão em saneamento básico. Um dos maiores investimentos por habitante no país.

Introdução Os indicadores de saúde tendem a melhorar com a ampliação da cobertura dos serviços de saneamento básico (HELLER, 1997). Indicadores de morbidade e mortalidade por diarreias são os mais aplicados para analisar o impacto das ações de saneamento sobre a saúde coletiva (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 2006).

Saneamento básico inadequado > 50% gastos com enfermidades Introdução Saneamento básico inadequado Diarreias > 50% das doenças > 50% gastos com enfermidades

Objetivo Avaliar o impacto dos investimentos e da evolução do saneamento na saúde pública, na Microrregião dos Lagos Identificar o município com maior fragilidade nos indicadores, a fim de orientar o direcionamento de novos investimentos

Etapas Material e Métodos Caracterização do perfil de morbidade Avaliação do quadro de gastos do SUS Análise dos investimentos e evolução do saneamento

Caracterização do perfil de morbidade Material e Métodos Caracterização do perfil de morbidade “Taxa de internação hospitalar por doenças diarreicas” (nº de internações/1000 hab.) Cólera, shiguelose, amebíase, diarreia, gastroenterite de origem presumível,etc Dados obtidos das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) * * Somente as internações registradas pelo SUS

Avaliação do quadro de gastos do SUS Material e Métodos Avaliação do quadro de gastos do SUS “Gastos com internação por diarreia” (total gastos c/ internações por diarreia/1000 hab.) Levantamento de dados: Departamento de Informática do SUS (DataSUS) Moeda dez/2017

Análise dos investimentos e evolução do saneamento Material e Métodos Análise dos investimentos e evolução do saneamento Dados de investimentos de 1999 a 2016 – Demonstrativos financeiros auditados e publicados pela Agenersa Moeda de dez/2017 (correção INCC-DI) Atendimento total de água (IN055) e Atendimento total de esgoto (IN056) – 2001 a 2016, exceto 2009 (SNIS)

Resultados e Discussão Taxa de internação 4,87 0,62 87,3% Águas de Guariroba (2003 a 2015) Figura 1. Relação entre a taxa de internação hospitalar por diarreia e os investimentos realizados pela concessionária (1998 a 2016) 91%

Resultados e Discussão Gastos SUS R$ 2.991,00 R$ 308,00 90% HIPÓTESE Figura 2. Relação entre os gastos com internações por diarreia pelo SUS e os investimentos realizados pela concessionária (1998 a 2016)

Resultados e Discussão Serviços Saneamento 97% 63% 77% 0% Taxa de internação 3,8 Figura 3. Relação entre o aumento nos índices de atendimento total de água e esgoto e a redução da taxa de internação por doenças diarreicas (2001 a 2016) 0,62

Bom Jesus de Itabapoana Resultados e Discussão Tabela 1. Taxa de internação por diarreias dos municípios da Baixada Litorânea (RJ) Bom Jesus de Itabapoana 7,5 internações/1.000 hab Média RJ 0,73/1.000 hab

Conclusão A melhoria nos índices de atendimento total de água e esgoto refletem o impacto positivo gerado na saúde pública Missão: prestar serviços de saneamento básico, com qualidade, eficiência econômica e respeito ao meio ambiente, contribuindo para a saúde da população e para o desenvolvimento sustentável Confirmando a hipótese, a taxa de internação hospitalar por doenças diarreicas apresentou redução de 87,3%, e os gastos do SUS referentes à esse tipo de doença, reduziu em 90%

Conclusão Resultados evidenciam e reforçam a importância do saneamento para a saúde pública, bem como auxiliam na tomada de decisões pelos órgãos gestores. Necessidade de gestão sinérgica entre saneamento e saúde.

Referências AGUAS GUARIROBA. (2016). Manual do saneamento da Águas Guariroba, 38 p. Disponível em: <http://www.aguasguariroba.com.br/wpcontent/uploads/downloads/2017/11/Manualsaneamento.pdf>. Acesso em: abr. 2018. ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M.Z. (2006). Introdução à Epidemiologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 296 p. FUNASA. Fundação Nacional de Saúde. (2010). Impactos na saúde e no sistema único de saúde decorrentes de agravos relacionados a um saneamento ambiental inadequado. Brasília, 246p. HELLER, L. (1997). Saneamento e saúde. Brasília: OPAS – Organização Pan-americana da Saúde, 97p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br>. Acesso em fev. 2017.

Referências INSTITUTO TRATA BRASIL. (2010). Esgotamento sanitário inadequado e impactos na saúde da população: Um diagnóstico da situação nos 81 municípios brasileiros com mais de 300 mil habitantes. 11 p. Disponível em: http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2012/01/esgotamento.pdf. Acesso em: abr. 2018. KRONEMBERGER, D. (2013). Análise dos impactos na saúde e no Sistema Único de Saúde decorrentes de agravos relacionados a um esgotamento sanitário inadequado dos 100 maiores municípios brasileiros no período de 2008-2011. Brasil: Instituto Trata Brasil. 74 p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Informações de saúde epidemiológicas e de morbidade. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS>. Acesso em fev. 2017.

Agradecimentos Ana Rita Lynce Denise Kronemberger