AULA: 30/10/2013 TEMA: O CICLO DA GESTÃO: COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO PERÍODO 3 PROFESSOR WASHINGTON BRUM.

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AULA: 30/10/2013 TEMA: O CICLO DA GESTÃO: COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO PERÍODO 3 PROFESSOR WASHINGTON BRUM

COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO Estes têm por finalidade acompanhar e assegurar a efetividade do trabalho empreendido, como nosso objeto de estudo é a escola, tanto o coordenador quanto o supervisor se inserem no contexto educacional para auxiliar no sucesso do ensino-aprendizagem. Geralmente apoiam a direção no processo de gestão, atuando junto aos professores para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos na proposta pedagógica. Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós -graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional (CARNEIRO, 2010, p. 444).

Para tanto, resgatamos as contribuições de Chiavenato (2009) no que diz respeitos às organizações e dialogamos com Libâneo (2007) que compreende a função de coordenação como um suporte da gestão. Cabe destacar que tais profissionais visam garantir a qualidade do ensino nas instituições educacionais na medida em que supervisionam e orientam os profissionais sempre que possível. A ideia de supervisão surgiu com a industrialização, tendo em vista a melhoria quantitativa e qualitativa da produção, antes de ser assumida pelo sistema educacional, em busca de um melhor desempenho da escola em sua tarefa educativa (LIMA, 2010, p. 69). Em função de sua história de construção, a supervisão está atrelada, intimamente, com o período da industrialização e se fundamenta no controle e no autoritarismo, tendo como referência a divisão do trabalho, muitos autores tecem fortes críticas a este profissional nas escolas, compreendido como capataz.

Entretanto, ressaltamos que no que diz respeito às instituições educacionais, tendo em vista, sua função de formação humana para cidadania, tanto o coordenador quanto o supervisor assumem sentidos e significados diferentes dos estabelecidos na Era da industrialização, principalmente após a adoção do termo gestão na educação. Eles atuam na construção da proposta pedagógica e auxiliam para que os objetivos nela traçados sejam atingidos, colaboram na avaliação e identificam em que medida as metas estão sendo alcançadas. Em relação as novas conotações da coordenação e da supervisão, veja o que diz Ferreira (2010) "Não se trata de coordenação e controle – de supervisão educacional – fundamentados em uma perspectiva fragmentada de divisão de trabalho em uma estrutura vertical. É a supervisão educacional compreendida como prática profissional do educador comprometido com os princípios da Carta Magna da educação, que impõem outra visão de mundo e sociedade que se quer e almeja, mais justa e humana, seriamente articulada com as políticas, o planejamento, a gestão, a avaliação da educação e o ensino "(p.87).

Considerando que as organizações se caracterizam por um conjunto de pessoas trabalhando juntas em função de um mesmo objetivo, é necessário que haja operacionalização para o alcance das metas estabelecidas, daí a necessidade da distinção dos papéis. Cada pessoa da organização desenvolve funções distintas, porém interligadas, todas estão envolvidas com os objetivos da organização. CONTROLE E AVALIAÇÃO Libâneo (2007) indica que as organizações / instituições sociais existem para a realização de objetivos e, para serem alcançados é essencial definir os meios e os procedimentos que facilitarão seu alcance. Enfocaremos dois procedimentos /funções empregados quando a finalidade é atingir objetivos: controle e avaliação.

A função de controle se relaciona com o trabalho de acompanhamento, tendo como objetivo último o desempenho satisfatório e a eficiência. Já a avaliação diz respeito ao processo que constatará o alcance dos objetivos estabelecidos no plano de ação. Para avaliar, é necessário o uso de algumas técnicas e instrumentos. Embora apresentados de modo distinto, o controle a avaliação se relacionam mutuamente. Cabe ao primeiro assegurar as condições para que os objetivos sejam atingidos satisfatoriamente. Para Silva (2005) controle é a função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado (p. 10). Como assinalou o referido autor, o controle está relacionado ao planejado. Podemos entender por controle os esforços empreendidos no alcance das metas. Neste sentido, é imprescindível medir e comparar o desempenho alcançado com as metas preestabelecidas no plano de trabalho que orienta as atividades desenvolvidas, para identificar em que medida os objetivos foram ou não almejados. Portanto, cabe ao controle assegurar as condições básicas e necessárias para que os fins sejam atendidos.

Avaliar é inerente a todas as organizações sociais. Como já estudado elas trabalham tendo em vista um plano de trabalho pensado e elaborado para o alcance de metas. No entanto, é necessário avaliar para identificar em que medida estas estão sendo alcançadas e como este alcance é satisfatório ou não. Em relação ao tema algumas questões são pertinentes: o que avaliar? Por que avaliar? Frequentemente, avaliamos os processos sociais, as ações, as atitudes e os resultados. Ao refletirmos sobre avaliação notamos tratar-se de uma questão presente em nossa vida cotidiana, uma vez que avaliamos e somos avaliados em diversos contextos. A avaliação é um ponto de partida para tomada de decisão e reorganização do plano de ação quando necessário. Além de não se limitar a técnica, é importante destacar que não é neutra. A avaliação carrega um conjunto de intenções e sempre estar a serviço de alguém ou alguma instituição. E se encarrega de dizer algo sobre o objeto / sujeito avaliado, implicando tomada de decisão. Talvez, por isso, mexa com corações e mentes como destacou Canen (2009).

Em função do papel que desempenha nas organizações, é preciso discutirmos um conceito de avaliação que se coloca a serviço da transformação. Uma avaliação estruturada nos princípios multiculturais, capaz de compreender a diversidade das relações interpessoais e a importância dos recursos humanos no processo produtivo. Em relação aos sentidos da avaliação, comumente a classificamos em duas perspectivas distintas: classificatória e formativa. Como afirmou Freire, 1987 a educação é um ato político no sentido que sempre atua em prol de algumas proposições. Assim, a avaliação, apesar de por um longo período ter sido considerada uma função técnica, não é neutra, pelo contrário, é carregada de intencionalidades, seus resultados direcionam os procedimentos adequados a serem adotados para a melhoria da qualidade da educação, neste caso, na escola.

Avaliar e julgar a partir de critérios. Seu resultado implica em tomada de decisão. Assim, é nítido que toda avaliação tem um objetivo. No caso das nacionais, podemos apontar a mensuração da qualidade da educação. E as mais comuns são: Enem e Enade. A avaliação se divide em classificatória e somativa e diagnóstica e formativa. A avaliação classificatória se caracteriza por ter seu foco direcionado no produto final, ignorando a subjetividade e as peculiaridades do processo de construção do conhecimento, tende a homogeneizar e classificar os sujeitos conforme as notas adquiridas na avaliação, o juízo que é feito após a avaliação, aferição de nota, realizada no final do processo, pois o interessante é o produto fi nal. Entende-se por avaliação somativa aquela que é feita ao fi nal do curso. (Canen, 2005, p. 100)

A avaliação formativa e diagnóstica se diferencia da classificatória e somativa, na medida em que enfatiza o processo como um todo e não visa apenas atribuir um conceito ao final do processo, pelo contrário, desenvolve instrumentos para acompanhar os alunos ao longo do processo, ou seja, no início, meio e fim. Cada momento avaliado fornece um panorama da situação, propiciando a adoção de novas estratégias, quando necessário, para que os objetivos sejam alcançados de modo processual. Podemos afirmar que esta tendência da maior atenção para subjetividade e diversidade cultural dos alunos e das organizações. Pretendendo adiantar-se nas discussões que envolvem o tema avaliação Canen (2005 e 2009) prossegue suas reflexões e contribui significativamente para uma proposta de avaliação democrática e multicultural, articula aspectos tanto da classificatória como da formativa, mesclando o que cada uma tem de melhor, sem ignorar os impactos culturais, sociais, regionais, numa perspectiva objetiva e numa visão subjetiva, satisfazendo, deste modo os pressupostos de uma avaliação transformadora e inovadora, buscando equilibrar as duas possibilidades avaliativas e atender mais democraticamente as proposições do multiculturalismo crítico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Quarta Parte, capítulo III e IV. In. LIBÂNEO, José Carlos. (et.al) Educação Escolar: coordenação, supervisão, controle e avaliação. – 4º ed. – São Paulo: Cortez, 2007 – (Coleção docência em formação).