A ULA 1.2 F ISFAR V IRAL Prof. Licínio Andrade Gonçalves, Msc.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Dr. Odilon M. de Almeida Filho
Advertisements

IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
TOLERÂNCIA E AUTO-IMUNIDADE
AUTO-IMUNIDADE.
Luciano Espinheira Fonseca Júnior Igor Campos da Silva
Tolerância e Auto-imunidade
Tolerância e Autoimunidade
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Introdução Tolerância: é uma falha à resposta ao Ag Ag derivado dos próprios tecidos  Auto-tolerância Capacidade de responder.
Profa. Adriane Martins Dias
Mecanismos de defesa não específica
Tolerância Imunológica Indivíduos normais – Toleram seus antígenos. Sistema imune não reconhece Ag próprios. Linfócitos que reconhecem antígenos próprios.
Autoimunidade.
Tolerância e Autoimunidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de Fevereiro de 1808 Módulo Imunopatológico I (MED B21) Tolerância e auto-imunidade.
Acrocefalossindactilia ou Síndrome de Pfeiffer
1 DEFESA ESPECÍFICA (Continuação) 1 IMUNIDADE ADQUIRIDA.
 O sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema.
MHC/CPH Complexo Principal de Histocompatibilidade e Apresentação do Antígeno aos linfócitos T Docente: Luiz Fernando A. Machado Discentes: Gabriella Oliveira.
Imunologia Veterinária
Sistema Imunológico Biologia Tema: Sistema imunológico.
Imunologia Veterinária
Imunologia Veterinária
O Sistema Imunológico Profa Dra Vanessa Carregaro FMRP-USP
Processamento e Apresentação de Antígenos
Órgãos Linfóides.
Regulação da Resposta Imune
Sistema Imunitário Marcus Ferrassoli.
PROCESSO INFLAMATÓRIO
Imunologia Veterinária
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE
ANTÍGENOS e IMUNÓGENOS
IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
HIPERSENSIBILIDADE Aula (II) Luís Fernando Parizi 2017/2.
Células envolvidas na resposta imune
HIPERSENSIBILIDADE Aula (I) Luís Fernando Parizi 2017/2.
Tolerância e Autoimunidade
Imunidade no feto, no recém-nascido e em idade avançada
ALERGIAS ALIMENTARES E DOENÇAS AUTOIMUNES
ANTÍGENOS.
SISTEMA IMUNE. Formado por um conjunto de células e órgãos Importante na defesa do organismo contra agentes agressores ( microrganismos e toxinas) Retirada.
Microbiologia e Imunologia Profª Drª Ana Cristina Rivas Monitor: Júlio C. Santana.
Microbiologia Geral TEMA: Defesas do organismo e resposta inflamatória. Licenciatura em Saúde Pública.
Prof. Dr. Leonardo Sokolnik de Oliveira Instagram @professor_leonardo
IMUNOLOGIA BÁSICA AULA 3- ANTÍGENOS E ANTICORPOS.
MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA Profa. Dra. Eleonora Picoli
MORTE CELULAR.
Reações de Hipersensibilidade
Órgãos Linfóides.
Imunologia Veterinária
MHC VET Imunologia Veterinária Medicina Veterinária
Visão Geral do Sistema Imune
Imunidade adquirida Trabalho realizado por: Ana Marques Ana Coutinho Marta Bacelar Teresa Veloso.
Medula óssea - Formação de pró-linfócitos.
Periodontia Médica.
Porquê estudar a imunologia? Dr. Fabrício Prado Monteiro
Enquanto os linfócitos recirculam através do sangue e da linfa pelos orgãos linfóides secundários.... Zona B Zona T.
MOLÉCULAS, CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE
Propriedades Gerais das Respostas Imunológicas Imunologia Clínica.
Disciplina: Microbiologia e Imunologia Propriedades gerais das respostas imunes.
InflamaçãoInflamação aguda e crônicaagudaecrônica ProfaProfa Alessandra BaroneAlessandraBarone.
ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS B
ONTOGENIA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
Por quê estudar a imunologia? Dr. Fabrício Prado Monteiro
Professora: Naillin Ruiz
INTRODUÇÃO ÀS RESPOSTAS IMUNES
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA-CET DISCIPLINA: HISTOLOGIA PROFESSORA: FRANCISCA MAIRANA SISTEMA IMUNITARIO E ORGÃOS LINFÁTICOS.
IMUNOLOGIA.
ASPECTOS GERAIS DA MORTE CELULAR
Antígenos. ANTÍGENO é toda a estrutura molecular, que interage com um anticorpo. Toda molécula pode ser um antígeno pois o que é próprio de um organismo.
Transcrição da apresentação:

A ULA 1.2 F ISFAR V IRAL Prof. Licínio Andrade Gonçalves, Msc.

U NIDADE 1 S EÇÃO 2 Tolerância imunológica e imunologia tumoral e dos transplantes

T EMA DA AULA Vale a pena recordar que uma das principais características do sistema imunológico sadio é a sua capacidade de reagir a uma enorme diversidade de microrganismos, mas não contra antígenos próprios do organismo. tolerância Essa não responsividade aos antígenos próprios do indivíduo é denominada como tolerância imunológica, foco de estudo desta aula.

T OLERÂNCIA IMUNOLÓGICA A tolerância imunológica é a falta de resposta aos antígenos que são induzidos pela exposição dos linfócitos aos antígenos. Desta forma, três respostas são possíveis quando linfócitos com receptores para um antígeno específico são expostos a esses antígenos: Ativação. Tolerância. Ignorância.

T OLERÂNCIA É um estado de não responsividade imune a determinados antígenos. Tolerância a auto-antígenos Central: eliminação de linfócitos auto-reativos nos órgãos linfoides primários A tolerância central é induzida pela morte dos linfócitos T imaturos quando colidem com os antígenos nos órgãos linfoides formadores.

T OLERÂNCIA É um estado de não responsividade imune a determinados antígenos. Tolerância a auto-antígenos Periférica: eliminação ou anergia de linfócitos auto- reativos da circulação. Decorre do reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos maduros nos tecidos periféricos. Sequestro de Ag Células TReg

A figura mostra a tolerância central e periférica aos antígenos próprios. Nos linfócitos B, a tolerância central é induzida a partir do reconhecimento de células imaturas aos antígenos próprios na medula óssea, e a tolerância periférica pela anergia é disparada quando os linfócitos B maduros reconhecem antígenos próprios sem a ajuda dos linfócitos T.

No que se refere aos antígenos próprios, o conceito de autoimunidade pode ser definido como uma resposta imune contra esses antígenos, ou seja, contra os antígenos autólogos. Falhas na autotolerância provocam lesões celulares e teciduais, causando as doenças autoimunes, tais como a tireoidite, diabetes, o lúpus eritematoso sistêmico e a artrite reumatoide, dentre outras.

A FALHA NA TOLERÂNCIA... Auto-imunidade Doenças Auto-Imunes Órgão-Específicas Doenças Auto-Imunes Sistêmicas Mecanismos de indução de auto-imunidade: Liberação de Ag sequestrados Mimetismo molecular Expressão inapropriada de moléculas de MHCII (Major Histocompatibility Complex) Ativação policlonal das células B

M AS QUAIS SÃO AS CAUSAS DA AUTOIMUNIDADE ? Herança genética Pode auxiliar para a quebra da autotolerância e estimulação do meio. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade são: Presença de infecções Pode ativar os linfócitos autorreativos, conforme podemos visualizar na figura a seguir.

A figura esquematiza a proposição de uma doença autoimune de órgão específico regulado pelo linfócito T, diversos loci gênicos podem inferir susceptibilidade à autoimunidade, tendo como causa provável a atuação da manutenção dos mecanismos de autotolerância.

Estímulos oriundos do meio ambiente, como as infecções e outros estímulos inflamatórios, induzem o influxo dos linfócitos para os tecidos, provocando consequentemente a ativação dos linfócitos T autorreativos, tendo comoresultado uma lesão tecidual. Diversos genes contribuem para o estabelecimento da autoimunidade, desta forma, existem indícios fortes de associações entre os genes do HLA (do inglês, human leukocyte antigen – sistema antígeno leucocitário humano) e diversas doenças autoimunes reguladas pelos linfócitos T.

Em contrapartida, as infecções predispõem à autoimunidade, porque causam processos inflamatórios e induzem à expressão aberrante dos coestimuladores, ou ainda, por causa das reações cruzadas entre os antígenos próprios e dos microrganismos.

D OENÇAS A UTO – IMUNES E O P APEL DAS INFECÇÕES